Escuros Como A Meia-Noite escrita por moonday


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Vocês não têm ideia de como estou nervosa. Sempre que começo uma nova fanfic eu fico assim, estranhamente ansiosa.Eu espero que você gostem da fanfic! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643220/chapter/1

29 DE DEZEMBRO DE 1995

Mike Moon sorriu para o pequeno bebê loiro nos braços da mãe. Ele não acreditava que o antigo ódio tão profundo entre os dois virou um amor proibido e poderia dar fruto ao pequenino Austin Moon, como foi nomeado. O menino seria o segredo mais bem guardado da vida de ambos, mas isso não poderia durar muito tempo; logo seus irmãos saberiam da verdade, e eles tinham que preparar seu filho.

– Mike - chamou Mimi apertando com mais força o garotinho loiro em seus braços, protegendo-o. -, ele será poderoso. - a terra em seu forma humana concordou, embora soubesse que isso não significava exatamente coisas boas para o filho. - Mas o futuro dele será muito conturbado.

– Eu tenho certeza disso. - o homem de meia-idade passou as grandes mãos pelos cabelos louros do bebê. - Eu tenho uma ideia para proteção dele durante alguns anos. - comentou e um arrepio percorreu seu corpo. - Austin pode viver com James e Grace; pelo menos até ter idade suficiente para poder voltar para nós.

A mulher se ajeitou na cama em que estava. O pequeno Moon dormia em seus braços e se mexia desconfortável quando a mãe o apertava um pouco mais.

– Eu não sei, Mike. Eles sempre foram de confiança, mas também têm relações com Fogo e Ar. - a mulher deixou de apertar Austin ao ver a aflição do bebê. Mike olhava a chuva do lado de fora da casa, com o olhar distante.

Os dois odiavam guerra, mas colocaram no mundo o que poderia ser a causa de uma.

Mike fez um movimento com as mãos e uma luz ofuscante apareceu em seus dedos. A terra sob seus pés tremeu. Mimi sabia o que isso significava.

– Mike, ainda não deci... - começou, mas o olhar duro do homem deixou claro: ele já havia decidido o futuro do filho.

– Austin será mandado para Miami, lugar de meu alcance, e James e Grace criarão ele como seu sobrinho até ter idade suficiente para voltar para nossos braços. Para todos os efeitos, os pais de Austin estão mortos. - anunciou, e nada mudaria sua decisão.

Mimi suspirou e passou Austin para as mãos do pai. James e Grace chegariam em pouco tempo para levar seu filho recém-nascido. A mulher levantou de sua cama disforme e passou os dedos pela cabeça do filho, depositando o último beijo que daria nele em anos.

O vento soprou por todo o quarto e o chão ribombou, anunciando a chegada de James e Grace. Logo, Grace já estava com Austin nos braços, se preparando para levar seu único filho para longe dela.

– Cuidarei dele, Mimi. - prometeu Grace. A mulher concordou com a cabeça e murmurou "claro que vai".

James abraçou Mimi e fez um gesto para Mike, para que o homem os levasse de volta. A terra novamente rangeu e logo seus amigos e seu filho sumiram. Antes que pudessem sair, Mimi fez uma promessa para ela mesma: ficaria próxima ao filho de qualquer maneira.

...

31 DE OUTUBRO DE 2001. Época preferia de Austin. O garoto de cinco anos estava fantasiado de fantasma, passando de casa em casa com seu amigo mais velho, Peter. que estava com uma fantasia mal feita de vampiro.

Austin nunca teve medo das histórias que seu tio James contava, menos uma. James o contara que seus pais haviam sido mortos em um assalto um dia depois de seu nascimento, em um beco escuro. O garoto resolveu evitar becos depois deste dia.

– Peter, essa casa não! - o pequeno Austin cruzou os braços e se virou.

– Vocês vão ter que se falar algum dia, Austin. - o garoto dez anos mais velho que Austin riu de sua reação.

Peter tinha quinze anos e sempre foi o melhor amigo de Austin, mesmo com a grande diferença de idade. O garoto de cabelos escuros e olhos verdes guiara Austin por todas as casas do quarteirão, mas a de Ally ele deixara por último.

O loirinho pigarreou e apertou a campainha de Ally. Uma mulher morena com os olhos cor de mel atendeu a porta. Austin falou a frase típica de Halloween sem ânimo, mas Peter atrás dele fez um sinal para que a mulher não ligasse para isso.

– Gostosuras ou travessuras. - falou Austin e a mulher colocou algumas balas em sua cesta de doces. O loirinho agradeceu e tentou sair dali o mais rápido possível, mas uma garotinha morena à sua frente o impediu.

Ally estava furiosa. Os dois nunca se deram bem desde que começaram a estudar juntos, e a família dos dois também.

– Existem muitas casas em Miami, mas por que tinha que vir na minha? - Ally, com sua fantasia de abelha, passou por Austin batendo em seu ombro. O loirinho cambaleou para o lado deixando algumas balas caírem de sua cesta, mas Peter conseguiu segurá-lo.

Austin e Ally sabiam o significado de ódio e o praticava um com o outro.

Ambos não sabiam, mas esse ódio atravessava gerações, tempos e eras. Ambos não sabiam, mas tiveram os mesmo destino quando menores: tiveram que se afastar de seus pais de verdade e viver como órfãos. E ambos não sabiam, mas teriam que trabalhar juntos para que o mundo continuasse a ser o mundo que conhecemos. Mas Peter sabia disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!