Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 8
Presentes


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo ficou bem grande, espero que gostem!



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Seus pensamentos ficaram atrevidos. “De nada, eu acho. Eu adoraria que você pudesse ser razoável com as coisas, Aya.”

“Sinto muito, Alec. Você sabe que você é bom demais para mim. Eu apenas... ainda não encontrei o que eu estou procurando.” Pensei, não querendo deixá-lo constrangido caso dissesse em voz alta.

Alguém pigarreou.

- Será que o casalzinho não se importa de irmos embora? – Felix disse sorrindo.

- Vamos logo antes que as garotas decidam comprar mais alguma coisa – Demetri acrescentou fazendo uma careta.

- Eu não tive culpa – sussurrei – Jane escolheu tudo. Eu apenas...

- Ficou sonhando acordada, acertei? – Demitri completou para mim.

Eu concordei.

- Ficou completamente absorta em pensamentos como sempre! – Felix disse revirando os olhos.

- Blá, eu não sou assim tão desligada. É que, como vocês possuem tudo aguçado percebem mais coisas que eu, e também porque vocês não dormem. – dei a língua para Felix e Demetri.

Alec riu ao meu lado com a minha cena infantil.

- Quem irá pagar a conta? – perguntei dando um sorrisinho.

- Ele. – disseram Felix e Demetri ao mesmo tempo, e ambos apontaram para Alec.

- Na verdade, Aro que pagará a conta.

Alec esclareceu dando um sorriso amarelo.

 

Quando Alec estava pagando a conta, a vendedora, Belatriz marcou o seu telefone no verso da nota fiscal. “Quem sabe ele não me ligue e marcamos um encontro. Não sou ciumenta, apesar de ele estar arrastando a asa para aquelazinha, não me importo. Se bem que, eu sou mil vezes melhor que ela. E além do mais ele tem dinheiro! Pagou tudo o que aquelas garotas gastaram Meu Deus!” não consegui aguentar e soltei uma risada.

Quando estávamos saindo da loja – todos cheios de sacolas, menos eu – Demetri me perguntou do que eu estava rindo.

- Belatriz, a vendedora, se interessou por Alec. E então, ela marcou o seu telefone no verso da nota fiscal – eu disse lembrando-me do pensamento dela.

- Urght, humanos! – Jane resmungou.

Tentei ignorar o comentário de Jane, sabia que ela não falava por mal. Mas, embora eu não gostasse, eu ainda era humana mesmo que seja somente uma parte de mim. Corria sangue pelas minhas veias. 

- Hm, quem sabe nosso amigo Alec, não a convida para jantar um dia desses no castelo? – Felix sugeriu, e então seus olhos ficaram negros de sede.

- Não! – grunhi – Apesar de não ter gostado dela, não quero que isso aconteça a ela. Pelo amor Felix, tenha um pouco de compaixão.

- Calma Aya, já me esqueci disso. Estava apenas brincando.

Ele deu um sorrisinho arrependido.

- Sei, sei. Meu caro Felix lembre-se eu consigo ler mentes, se antes era difícil me enganar, agora é impossível.

Falei imitando o tom autoritário de meu pai, e todos rimos.

Eu acelerei ainda mais o meu passo, e num movimento ágil os ultrapassei, e então eu estava correndo, movendo-me tão rápido que meus pés mal tinham tempo de tocar no chão. Eu não olhei para trás. Porém, antes que eu respirasse, os quatro estavam ao meu lado sorrindo.

- Não foi justo, nos abandonar assim. – Demetri disse fazendo cara de magoado.

- Nós somos mais rápidos que você, Ayinha. – Felix disse me fazendo carinho no rosto.

- Aarght vocês são vampiros tem super velocidade, eu ainda tenho uma parte humana – falei fazendo bico tentando me justificar.

- Own, tadinha da Aya. Veja pelo lado bom, em breve você será uma de nós. – Demetri veio ao meu lado me reconfortar.

- Será? Não estou tão convicta quanto a isso, sei lá, nunca houve ninguém na história assim como eu, pelo menos não comprovado, são apenas lendas e histórias. – suspirei – Isso sobre eu me tornar uma vampira completa é apenas uma teoria do meu pai, ele acha que isso irá acontecer porque eu “ganho mais talentos” ao decorrer dos tempos.

- Mi, mas o que você me diz sobre você não dormir mais 8hs por dia? Agora você só dorme 3hs.

- Então porque eu não sinto tanta sede?

Para essa pergunta ninguém tinha resposta. Ninguém poderia responder ao fato de que eu não sentia uma atração incontrolável pelo sangue.

Eu sentia sede? Sim, porém não seria por isso que eu sairia matando todo mundo, correto? “Monstro” a palavra soou pela minha mente, era isso que eu seria um monstro, eu acabaria com vidas de pessoas normais, que estavam tentando de alguma forma serem feliz.

 

Assim que chegamos ao castelo, fui avisada por Heidi que meu pai queria falar comigo. Rapidamente passei pela recepção, parando para respirar fundo diante das portas duplas no fundo da sala, que levava à sala onde se encontrava Aro. Abri a porta lentamente, escutando os pensamentos do único vampiro que estava ali.

- Minha filha, comprou muitas coisas? – Aro perguntou se aproximando de mim, e me dando um abraço apertado.

Ele se afastou, e segurou meu rosto com suas mãos gélidas. Numa tentativa frustrante de descobrir o que se passava pela minha mente.

- Minha mente está funcionando? – perguntei ironicamente.

Assim que completei três anos, brincava que meu pai não lia minha mente devido algum problema no meu cérebro. A cada momento que passávamos juntos, a cada reencontro, ele hesitava e me tocava de alguma maneira, seja por um abraço, por um carinho, por um comprimento.

Ele soltou um riso agudo, ele detestava quando eu falava ironicamente.

- Você sabe muito bem, que sua mente sempre funcionou perfeitamente. Ela está só bloqueada. Não há nenhum problema em seu cérebro. – Aro disse sorrindo – Quero lhe dar um presente.

Ele simplesmente disse e se virou, indo em direção à mesinha que fica ao lado dos três “tronos”.

- Mas pai, hoje Jane e eu compramos roupas. Não preciso de mais presentes. – Falei, tentando impedir de ganhar mais presentes. E de ser paparicada.

Antes que eu pudesse dizer algo mais, ele já estava ao meu lado me convidando a sentar num dos tronos. Aceitei seu convite e sentei, no trono normalmente ocupado por Caius.

- As compras não foram o meu presente. Foi de Jane, e dos garotos. Esse aqui é especialmente meu, sei que irá gostar.

Diante de mim estava uma caixinha de madeira pintado de vermelho. Nele estava escrito em dourado, mais precisamente, em ouro, MICHELLE. Eu sorri, abri a caixa que continha um diário com uma fechadura e dois corações, um do lado do outro. Nem forcei a fechadura, abriria depois, porém não encontrava a chave, minhas sobrancelhas se uniram.

- Era de sua mãe, Sarah escrevia qualquer acontecimento. Os nossos encontros, confrontos, as brigas, a gravidez. Porém, ele foi configurado para ser aberto somente com um pingente – seu rosto se entristeceu – e este pingente sumiu. Porém sei que mesmo assim você gostará dele.

- Eu amei, foi o melhor de todos os presentes que já ganhei papai!

Pulei no seu colo para dar-lhe um abraço, ele sorriu por me ver feliz.

Era a primeira recordação concreta que eu tinha da minha mãe. Queria poder ler o que estava escrito, os momentos que ela havia passado. De tudo.

- Mas pai, este diário não pode ser aberto por algum vampiro forte? Eu queria tanto poder ler o que esta escrito...

Eu simplesmente disse, imaginando minha mãe contando para mim tudo que ela havia presenciado como se fosse uma maravilhosa história.

A expressão de Aro ela triste, seus olhos estavam negros como nunca havia visto.

- Infelizmente não. Ele não pode ser aberto com força, você pode acreditar, eu já tentei de tudo para abrir-lo. Ele só pode ser aberto com o pingente.

Aro disse frustrado.

Fiquei abismada. Como isso podia acontecer? Aro Volturi, o poderoso, não conseguir abrir um diário? E ainda por cima desistir?

- Mas, você nunca procurou a chave?

Perguntei extremamente interessada.

- Já, mas não sei o que aconteceu com ele. Sua mãe o usava como pingente no pescoço, e quando ela morreu o pingente havia desaparecido.

Passos leves estavam se aproximando da sala, acompanhados por pensamentos.

- Temos companhia.

Murmurei recompondo a minha expressão.

Aro fez o mesmo.

“Podemos entrar?” Caius pensou.

- Claro – respondi em voz alta o seu pensamento.

Marcus e Caius abriram a porta e a fecharam em seguida. Ambos sorriam.

Eles caminharam lentamente até eu e meu pai. Levantei-me para que Caius pudesse sentar.

- Temos mais um presente para você – Aro disse alegre.

- Mais um? – perguntei assustada – Meu Deus, tudo isso é para que eu não vá embora?

- Não minha filha, esses presentes são para você aproveitar a sua nova vida. Apesar de não gostar da sua viagem, sei que fará bem para você.

Aro disse paternalmente.

- Este presente é de nós três. – Caius lembrou sorrindo.

- Oh que prazer receber presente dos vampiros mais poderosos do mundo! – disse me fingindo estar lisonjeada.

- Se você for embora, quem ousará nos profanar? – Marcus disse emoção na voz e então acrescentou com alguma emoção – Ninguém além de você, Aya, tem coragem o suficiente de nos “desrespeitar”. Mesmo que seja brincando. Acho que sentirei falta disto.

- Own, que bonitinho, titio Marcus você sentirá minha falta – falei abrindo um sorriso brincalhão – Mas isso não é nenhum milagre, sei que farei muita falta a todos!

Abri um sorriso convencido e os três riram.

“Sim, você fará muita falta minha menina” Aro pensou.

“Como nossa menininha cresceu!” Marcus pensou.

“Convencida! E o pior de tudo, você está certa. Todos nós sentiremos sua falta. Como isso pode ser possível? Uma ‘simples’ garota híbrida ser capaz de ter tamanha influencia sobre nossas vidas!” Caius pensou ironicamente.

Dei a língua para Caius, e ele riu. Aro curioso aproximou de Caius para poder escutar e entender o que aconteceu, e ele abriu um sorriso.

- Minha filha é encantadora! Não tem como não se apaixonar por ela. – disse Aro.

- Acho que ela tem o poder das crianças imortais. – Caius disse.

- O poder de persuasão. – Completou Marcus.

- Assim vocês me deixam sem jeito – falei corando, e então meus olhos brilharam de curiosidade – cadê o meu presente?

Um presente dos três mais poderosos vampiros do mundo não deveria ser simples, por mais horripilante que seja receber presentes, eu adorava ganhar presentes de Aro, Caius e Marcus. Eram fantásticos!

Caius se aproximou de mim, com algo escondido nas mãos.

- Aqui está, aproveite. 

Então ele estendeu sua mão e a abriu.

Nela continha um cartão de crédito internacional, sem limites.

Minha boca abriu-se em um formato de “o”.

- AAAA obrigada, eu amei! – falei dando pulinhos de alegria e abraçando um por um.

Os três abriram sorrisos enormes com minha empolgação.

***

Era uma manhã ensolarada em Volterra, o sol estava a pino sem nenhuma nuvem para impedir o sol, e também para atrapalhar a visão de um céu azul. A temperatura não passava de 24 graus, era totalmente agradável, para uma humana – ou metade humana – menos para vampiros, que não podiam se retirar sem ser notado. Era só nisso que eu pensava enquanto eu corria pela floresta sozinha até o aeroporto. Abri um sorriso quando cheguei ao aeroporto. Finalmente estaria livre!

Ao chegar ao aeroporto caminhei numa velocidade normal até a plataforma 15. Respirei fundo e entrei no avião. No meio da longa viagem acabei pegando no sono.

 


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Notas finais do capítulo

Só pra constar este capitulo ficou grande para que no próximo capitulo a Aya possa encontrar os Cullens.