Anteriormente:
– Cala a boca ou leva pior, entendeu? Você vai ser minha mensageira, quero que conquiste a confiança da Ally e me diga todos os seus pontos fracos, amigos, família, não importa. Apenas diga. -Eu falo.
– Nem que minha vida dependesse disso. – Responde Piper, ainda com lágrimas nos olhos. Fraca!
– Cuidado com o que deseja gatinha. – eu digo e saio.

Agora

oOo

Pov Piper

Isso foi uma ameaça? Meu Deus! Que merda é essa? Quer saber? Se ele acha que eu vou deixar quieto o fato de ele ter me dado um soco, ele está bem enganado.
Estou andando até a sala de aula com um pouco de dificuldade por causa do soco que levei, eu tenho matemática agora. Infelizmente na mesma sala que Dallas. Meu estômago ainda está doendo bastante, mas isso não vai me impedir de jogar na cara daquele canalha que eu estou bem e nem um pouco intimidada.
Assim que cheguei na sala tratei de me sentar na frente do Dallas. O professor chegou na sala e começou a passar a matéria, pouco tempo depois, me viro frente a frente com Dallas e digo:

– Se você acha que eu estou com medo, está bem enganado. Bater em mulher é crime seu desgraçado, e pode ter certeza que hoje mesmo as pessoa vão descobrir o tipo de monstro que você é.

Falei e me virei totalmente satisfeita por ter deixado Dallas quieto. Mesmo que por pouco tempo, afinal, é muito raro alguém deixar ele sem palavras.

– Sabe gatinha, coisas ruins acontecem a pessoas corajosas, você vai aprender isso em breve. – ele fala, se erguendo um pouco sobre sua mesa e colocando a boca bem perto da minha orelha. E o desgraçado ainda teve a audácia de morder (de leve) a pontinha dela.

A aula acabou e eu fui a caminho da diretoria, se o Dallas acha que eu estava brincando, está muito enganado. Eu estava andando pelo corredor que pelo visto estava deserto, até perceber que as câmeras de segurança estavam tapadas. Me aproximei mais para observar, e de repente tudo ficou escuro. Não, eu não tinha apagado, alguém enfiou um saco preto na minha cabeça, eu comecei a gritar.

Mas o ar fez falta, então, simplesmente desmaiei. Acordei em um lugar que se parecia muito com uma fábrica abandonada. As paredes e o teto se mesclavam em cinza e branco, com alguns tons de verde causado pelo mofo. Havia várias janelas com vidros quebrados, e ferros enferrujados por toda parte.

Eu estava amarrada a uma cadeira, no centro desse lugar, que era bem espaçoso. Tinha uma fita adesiva tampando minha boca, e minhas mãos também estavam amarradas, assim como meus pés. A diferença é que as mãos estavam presas atrás da cadeira.

– Ummm umn unmmd onunn!! – Tentei gritar, mas como eu disse, tinha uma fita na minha boca. Um homem alto e musculoso apareceu e retirou a fita de uma vez da minha boca. Ai!! Dallas estava do lado dele.

– Eu disse para tomar cuidado com o que deseja gatinha. – diz Dallas piscando para mim.

– NÃO ME CHAME ASSIM! – grito alto, e como recompensa levo um tapa na cara.

– Eu vou te explicar como funciona, nós vamos fazer um joguinho. Você faz o que eu mandar, na hora que eu quiser sem nunca questionar.

– E se eu não fizer? – pergunto com uma lágrima solitária escorrendo por meu rosto.

Pov Austin

Eu não acredito, eu quase beijei a Ally, duas vezes. Na verdade, eu estou nesse exato momento a encarando, olhando para seus lábios, planejando tentar beija-lá pela terceira vez hoje.

– Austin, pode me alcançar o meu remédio? Ele está na mesinha ao seu lado. – ela diz, após recuar quando eu tentei beija – lá.

Eu não estou surpreso, após termos sidos interrompidos duas vezes, é meio difícil de acreditar que isso possa acontecer sem alguém entrar na sala segundos antes de acabarmos com o espaço entre nós.

– Acho melhor eu ir embora. – digo

–NÃO!- Ela grita. - Q-quer dizer, não, por favor! Eu não quero ficar sozinha. – completa

– Mas a Trish e o Dez? – pergunto

– E-eu quero ficar com v-você. -Ela responde totalmente corada, eu fiquei surpreso, e com o choque não falei nada.

– Desculpa, eu to parecendo uma idiota. É que eu me sinto segura com você. – a garota já estava no ponto pimentão.

– É q-que, b-bom. Você me salvou várias vezes, e e-eu...

– Eu fico. – a interrompi com um sorriso de canto nos lábios.

– Mas...- minha vez de corar

– Eu posso me deitar com você? É que minhas costas ainda estão doendo do sofá cama.

– Claro – responde, sério, se o rosto dela ficar mais vermelho, eu acho que a garota explode.

E eu não devo estar muito diferente. Eu me deitei ao seu lado e nós dois ficamos nos encarando um pouco, até que a Ally adormeceu, e logo em seguida eu também.

Pov Ally

Acordamos juntos e percebemos que dormimos abraçados. Mas continuamos ali, nos encarando. O que parece que estamos fazendo muito desde ontem. Mas eu não me importo de ficar o olhando, se dependesse de mim, eu ficaria assim para sempre. Mas Austin resolveu parar de me encarar e chegar mais perto, e percebi que eu também estava chegando. Quando me dei conta, nossos lábios já estavam colados. Era sem dúvidas, o melhor beijo da minha vida. Toda vez que beijava Dallas, ele tentava aprofundar mais aquilo, e tentava passar a mão na minha bunda. E toda vez que o beijo acabava, vinha briga depois. Pois eu sempre dizia para ele parar, mas ele nunca me ouvia. Mas, esse beijo com o Austin, era calmo e romântico. Eu não queria que aquele momento acabasse, pois eu sabia que assim que terminasse, o clima iria ficar estranho. Mas infelizmente, o ar fez falta e tivemos que nos separar.

– Ally eu...me desculpa. – Diz ele

– Desculpa pelo o que? – pergunto realmente sem entender nada, ele se arrependeu? Droga Ally! Por que tudo sempre da errado pra você?

– Por, bom, você sabe. – Ele responde corado.

– Por ter me beijado? Você se arrependeu? – resolvi de perguntar tudo de uma vez, sem timidez. Bom, com um pouquinho talvez.

– É. – ele diz, panaca! Se ele não queria, porque o fez?

– Austin sai daqui – Respondo, visivelmente irritada.

– Não, não foi isso. Me deixa de explicar, por favor. – Disse ele.

– Austin, por favor, sai. – eu disse com a voz meio embargada, sim, eu estava magoada com o fato de um estranho ter me beijado e se arrependido. Por quê? Eu não faço ideia.

– Eu não me arrependi, esse foi o melhor beijo da minha vida. – Own! Epa, own o caramba, eu ainda to brava. Né?

– Então por que disse que se arrependeu? – pergunto confusa.

– Eu disse é porque você me perguntou se era por culpa do beijo que eu estava me desculpando. – ele responde

– Eu espero que você saiba que só ta piorando as coisas. – Eu digo.

– Quer saber? Que se dane. – ele diz, e me puxa para outro beijo, um pouco mais rápido. Mas ainda assim, romântico.

– Então você não se arrependeu? – pergunto.

– Nunca – ele responde e eu córo.

Pov Dallas

– Se você não fizer, você vai sofrer. Muito mesmo, e se ainda assim não fizer, você vai sumir. – digo e pisco.

– Você acha mesmo que ninguém vai sentir minha falta Dallas? – ela pergunta.

– Piper, você vai fazer o que eu mandar, não importa a sua teimosia. – eu digo.

– Como você tem tanta certeza? – pergunta.

– Porque eu vou te fazer sofrer de uma maneira que você não vai aguentar, hoje, no final do dia, você vai acabar concordando em fazer o que eu quiser. – Digo.

– Você está é loco. Você pode me machucar, mas nunca vai conseguir retirar minha essência. – ela diz.

– Se você demorar mais que um dia para se decidir, você vai deixar de existir. Entendeu? – eu respondo, irritado! Muito irritado.

– Você tem que entender que nem sempre pode ter o quer Dallas! – ela grita.

– Quem tem que entender é você, eu posso ter sim tudo o quiser. E nesse momento, eu quero te ver chorar. – Digo e pisco.