Pov Trish
Eu estava acampando, eu odeio acampar! Só estou aqui porque fui desafiada. Ou era isso ou beijava Dez. Eu detesto esse lugar! Tem bicho pra tudo quanto é canto. Imagina se o pé grande passa por minha barraca durante a noite e me mata esmagada? Era uma vez uma Trish...era. Quer saber? Eu vou é dar o fora daqui. Não tem ninguém aqui mesmo.

– Fugindo dona Trish? – alguém disse

– Ahhhhhhhhh – foi a única coisa que saiu da minha boca, um grito que pelo visto afugentou os pássaros.

– Seu idiota, filho de uma mãe. Você quer me matar do coração seu viado? Mais uma dessas e você volta pra casa com o rosto deformado. Ouviu bem? E outra, o que você ta fazendo AQUI?!- eu digo

– Primeiro, quanta agressividade, segundo, eu imaginei que você fugiria se ficasse aqui sozinha. E pelo visto acertei não é? – Diz Trent

Eu ia dizer algo, só que o garoto estava sem blusa, colocando um pijama, e eu meio que fiquei sem palavras depois dessa cena.

– O que está fazendo? – pergunto enquanto ele adentra minha barraca.
– Você vem ou não? Pode deixar Trish, eu te protejo. – ele fala.

Apenas entrei na barraca e deitei ao seu lado, mas mantendo uma certa distância é claro. Até que ele me puxou para um abraço,e eu coloquei meu rosto no seu peito.

– Eu já disse que você é muito linda? – ele pergunta.

– E eu já disse que se você não calar essa maldita boca de viado e me deixar dormir eu arranco ela fora?

Falei ameaçando, ele apenas deu uma risadinha e me deu um Celinho.Eu arregalei os olhos e o empurrei me sentando dentro da barraca, e ele também se sentou.

– Mas que merda foi essa? – pergunto visivelmente irritada.

– Tem razão, foi uma merda, eu posso fazer melhor –

Ele disse e simplesmente colou nossas bocas em um beijo calmo e romântico. Ele pediu passagem e eu cedi. Nossas línguas brincavam uma com a outra, foi o melhor beijo da minha vida. Nos separamos assim que o ar faltou.

– Por que você fez isso? – perguntei séria

– Por que eu gosto de você, e sei que você também gosta de mim. – ele responde, era verdade, eu meio que tenho uma quedinha, melhor, um abismo por ele já faz dois anos.

– Você gosta de mim? – perguntei.

– Sim, Trish, eu gosto muito de você. – ele responde meio corado. Awnn!!!
Depois disso, passamos a noite dormindo abraçados. Acordei de manhã com Trent me dando vários selinhos. Sorri.

– Seria muito antecipado te pedir para casar comigo? – ele pergunta.

– Sim, seria muito. – Respondo meio assustada.

– Bom nesse caso, namoro também serve.

OMG! Ele realmente está fazendo o que eu acho?

– Trish De lá Rosa, você aceita na...- meu telefone tocou o interrompendo.

– Desculpa. – desliguei na cara de quem quer que fosse.

– Continua – Pedi.

– Você aceita namo...- Celular de novo.

Mas dessa vez eu atendo.
Ligação on 📱
(Trish/ Dez)
–O que você quer seu ruivo maldito? – Respondo visivelmente irritada.

– Chega de brigas Trish, eu tentei te ligar a noite toda. A Ally sofreu um acidente de carro, e o Lester e a Penny...bem...– sons de choro se fizerem presentes no outro lado da linha.

–A meu Deus Dez! A Ally está bem? Eu to indo já para aí. – Digo chorando.

–Ela não consegue se lembrar muita coisa do dia interior, e está com uma fratura exposta, teve que colocar pinos na perna. E de vez em quando tem algumas convulsões. Mas acho que ela vai ficar bem. Vem logo! Tchau.

–Tchau.

Ligação of 📲

– O que houve Trish? – pergunta Trent

– A Ally sofreu um acidente de carro e seus pais morreram. Penny e Lester estão mortos Trent! – Falei em meio a lágrimas e ele me abraçou.

– Vai ficar tudo bem minha linda. – disse e depositou um Celinho demorado nos meus lábios. Eu apenas concordei com a cabeça.
.........
– Você tem certeza que não quer que eu fique? – pergunta Trent

– Tenho, pode ir. Até porque você tem prova hoje. – Respondo

– Assim que acabar a aula eu venho, e quando você puder sair para descansar, eu quero te perguntar uma coisa. – ele diz

– Pergunta agora – digo curiosa

– Depois minha linda, quando você estiver calma e puder sair para se divertir. – piscou para mim e nos despedimos com um beijo calmo. Ele me trouxe de carro, estamos desde madrugada na estrada. Assim que entrei no quarto, Ally estava dormindo, então eu comecei a chorar.

– Trish, eu não to morta. – ela responde acordando com o meu choro.

– Eu sei, mas é que...me dói te ver assim. E branca do jeito que você é, sempre que dorme parece que ta morta. – digo soltando uma risada, mas Ally continua totalmente séria. E um sorrisinho diabólico aparece em seus lábios.

– Você já pensou que talvez eu possa ser um zumbi? CÉREBRO!!!! – Começou a berrar e eu a gritar correndo pelo quarto, enquanto ela tentava me alcançar com os braços, já que ela não podia levantar da cama.

– Brincadeiras a parte, eu estou feliz que esteja bem. – eu digo.

– Obrigada – e me abraçou.

Então do nada surge um loirinho muito gato correndo até o quarto da Ally.

– Ally, você ta bem? O que houve? Se machucou? Ta com dor? Ally? Reponde! – diz o garoto.

– Calma Austin, eu estou bem. Era só minha amiga Trish brincando comigo. – responde Ally, acho que só agora ele percebeu que estou aqui.

– Vocês estão juntos? E o Dallas? – pergunto para Ally, percebendo que Austin corou.

– Nao Trish! E afinal, quem é esse Dallas? Eu conheço esse nome. Acho que foi ele que me ajudou a me levantar quando me machuquei. Mas não tenho certeza. Ainda estou confusa. E se não se importam, eu quero dormir. - Responde Ally.

O loiro me explicou tudo o que tinha acontecido, e eu disse que já sabia quem era. Ficamos conversando e ele me disse que está aqui desde ter pego Ally, no carro. Ele não saiu por um minuto do hospital. Own, que fofo!

– Austin, fica no sofa cama que tem no quarto da Ally, eu arrumo outro canto para mim. Até porque, você está exausto. E eu sei que você quer ficar do lado dela, não ouse mentir para mim.

–Obrigado Trish.

Pov Ally

– Meu herói. – eu disse
Depois de soltar o abraço, quase cai por causa da perna. Então Austin segurou minha cintura, me pegou ao estilo noiva, e me levou até minha cama. Já deitada novamente, começamos a conversar.

– Do que você se lembra? – perguntou

– De tudo – Respondo

– Tem certeza? Você ainda pode estar confusa!

– Mônica, eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. – Eu disse, e ele sorriu.

– Que bom que voltou. – diz

– Por que você ficou aqui Austin? Você mal me conhecê, então, por que ficou? – Digo

– Eu acho que você é uma pessoa legal, eu realmente gostei de conversar com você aquele dia. E eu não poderia deixar você aqui sozinha, o Dez teve que ir para casa e a Trish ainda não havia chegado. Eu posso ter medo de hospitais, mas eu superei, eu superei por você Ally. – Responde.

Sabe aquele momento em que sua consciência resolve dar uma volta em Nárnia? Era o que estava acontecendo comigo, eu olhei no fundo dos olhos de Austin e ele nos meus. E fomos nos aproximando bem devagar, e estava gritando internamente coisas do tipo Ally acorda Ooi? Alguém em casa? ou O que você está fazendo sua doida varrida?.

Mas eu não conseguia parar com aquilo. Senti nossos lábios roçarem, até que nós dois fomos acordados por uma Trish indignada estalando os dedos na nossa frente e dizendo:

– Oii, casalzinho, eu ainda to aqui.

Corei instantaneamente, e Austin também. Obrigado Trish, você evitou que eu fizesse uma loucura. Se bem que, ele é tão bonito, essa loucura seria uma boa, se a Trish não estivesse aqui...FOCO ALLY. De qualquer forma, obrigado Trish!

– Eu vou dar um rolé, divirtam – se. – ela diz, isso é serio? Ela estraga aquele momento prefeito para dizer que vai dar um rolé? É doida mesmo!

– D-desculpa Ally. – Austin gaguejava.

– T-tudo b-bem. Respondo, também gaguejando.

Tudo bem uma ova, eu estou morrendo internamente, eu não consigo parar de olhar pros lábios do Mônica. Droga! Acho que ele percebeu, pera, ele também ta olhando pros meus lábios? Consciênciaa, cadê você?. E de novo estávamos nos aproximando. Nossos lábios roçaram novamente e eu já não aguentava mais aquele espaço entre nós. Até que...

–Oi gente! – diz Dez.

– Santa mensagem ilimitada! Será que ninguém aqui sabe o significado da palavrinha privacidade não?- Diz Austin, visivelmente irritado.

– Atrapalho? – pergunta dez com um sorrisinho malicioso nos lábios, e eu estava novamente corada. Acho que Austin percebeu o que havia dito e também corou, me olhando nos olhos.

– Vou dar um passeio. – Diz Dez, esse é outro que só chega para atrapalhar os momentos.