" Ser forte é ver a pessoa amada com outra e rir com os olhos cheios de lágrimas, é amar alguém em silêncio, é deixar-se amar por alguém que não se ama, é fazer alguém feliz mesmo com o coração em pedaços, é tentar perdoar alguém que não merece perdão, por isso, por mais difícil que seja a vida: ame e seja forte. " 

Mansão dos Rivera/Nova York

Pov Carmem

Entrei dentro do meu pequeno quarto de empregada, peguei uma mala qualquer e a enchi com as minhas poucas roupas, peguei meus documentos, passaporte e a passagem, eu estava determinada e nada me faria mudar de ideia, eu iria embora daquela casa.

— Está fazendo o que em? – perguntou João entrando no meu quarto com seu pijama de patinhos.

— Não é nada querido, mais vem cá rapazinho, não era pro senhor está dormindo? – perguntei indignada, ele riu.

— Só consigo dormir depois que você canta pra mim. – falou João com os olhos brilhando, seria duro viver sem ele.

— Ok? Você venceu, vamos lá pra mim cantar pra você. – falei em sinal de redenção, o peguei no colo e comecei a cantar enquanto o levava até seu quarto.

Depois de um bom tempo João dormiu, chorei ao observar o pequeno garotinho, como pode o Cirilo não ama-lo? João é uma criança tão incrível, ele é tão inocente e sincero quanto o pai era na infância, eu amo esse pequeno como se fosse meu filho, e me dói muito deixa-lo.

Mansão RF/Brasil

Paulo e Valéria se beijavam ardentemente naquele jardim, por um instante a Ferreira havia esquecido de todos os seus problemas, e mesmo que eles não percebessem Alicia observava tudo pela janela, e sem entender ela sentiu seu coração apertar vendo aquela cena.

— Paulo eu acho melhor a gente parar por aqui. – falou Valéria um pouco nervosa com o que estava acontecendo.

— Parar porque? Nós estamos gostando não é? – perguntou Paulo e a Ferreira assentiu envergonhada.

Os dois voltaram a se beijar novamente, Valéria mal lembrava a última vez que havia provado os lábios de outra pessoa que não fosse Davi, e aquilo era algo bom e um pouco estranho para a mesma.

(...)

“ O sapo não lava o pé, não lava porque não quer, ele mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer, mais que chulé! “

Pedrinho cantava animado enquanto Jaime estacionava o luxuoso carro, Jonas havia pedido que Jaime levasse o irmão mais novo para dormi com ele naquele noite, e até que estava sendo divertido.

— Chegamos, vamos Pedrinho, tem um vídeo game aqui na mansão, você gosta? – perguntou Jaime sorrindo para o irmão.

— Isso é pergunta que se faça para um menino de seis anos? É claro que eu gosto de vídeo game, eu adoro! – falou Pedrinho descendo do carro muito animado, Jaime riu.

Os dois caminharam em direção ao jardim, Jaime ouvia atentamente Pedrinho falando dos jogos que mais gostava e tal, porém uma cena chamou a atenção do baterista, Valéria e Paulo aos beijos no jardim.

— Aqueles dois tão... arrrg! Que nojo. – falou Pedrinho se escondendo atrás do irmão que estava paralisado vendo aquilo.

O coração de Jaime se partiu em mil pedaços, como se uma angústia enorme tomasse conta de todo seu ser, porque pra ela era tão difícil enxergar? Se não fosse o Davi seria outro, e outro, mais porque Valéria nunca enxergava que ele estava bem ali na sua frente pronto para faze-la feliz, em um tentativa falha de entrar sem ser notado, Jaime acabou derrubando um pequeno vaso do jardim.

— Jaime? – Indagou Valéria assustada, enquanto Paulo não disfarçava a sua revolta por Jaime ter atrapalhado.

— Desculpa ter atrapalhado, eu e o Pedrinho já vamos entrar... podem continuar! – respondeu Jaime com um nó na garganta.

— O Pedrinho vai dormir aqui hoje? Que bom, mais aconteceu alguma coisa? – perguntou Valéria preocupada.

— Não, foi o Jonas que me expulsou de casa, aquele meu irmão é tão inglato. – falou Pedrinho naturalmente, Jaime o repreendeu.

— Não é nada disso Valéria, é que a mulher do Jonas estava um pouco enjoada devido a gravidez, e aí eu trouxe o Pedrinho pra cá. – disse Jaime já entrando para dentro junto com o irmão.

— Espera Jaime... bom, eu já vou dormir Guerra. – falou Valéria se despedindo de Paulo com um rápido selinho.

Paulo sorriu para a mesma que entrou para dentro, o Guerra ficou observando as estrelas por alguns minutos, mais logo desviou seu olhar para a janela onde Alicia estava, Paulo apenas acenou para a morena que fechou as cortinas como resposta, o Guerra estranhou a atitude da mesma, será que ela estava magoada com ele?

Mansão Rabinovich/Nova York

Davi estava jogado no sofá da sala pensando em Valéria, como será que ela estava? Ou melhor, com quem será que ela estava? Só em pensar na possibilidade dela estar com outro Davi já sentiu seu sangue ferver.

( Coloquem: https://youtu.be/lJqbaGloVxg ) 

— Amor? Ultimamente Nova York está tão parada sem o pessoal da banda por aqui. – comentou Maria Joaquina sentando ao lado dele.

— Eu não acho princesa, mais me diz quando será que eles vão voltar em? – perguntou Davi tentando ser natural.

— Eles só vão voltar depois do casamento da Marcelina, a gente até recebeu o convite, queria tanto ir. - respondeu Maria Joaquina triste.

— Pensando bem? A Marcelina está cuidando da empresa por mim todo esse tempo, seria uma desfeita não comparecermos ao casamento dela, vamos para o Brasil. – disse Davi sorrindo animado.

— Sério amor? Você faria isso por mim? – perguntou Maria Joaquina dando pulinhos animada.

— Faria isso por nós, pela nossa felicidade, afinal, fazer as coisas que você gosta me faz feliz. – respondeu Davi abraçando a noiva.

— Você é o melhor noivo do mundo, tão perfeito pra mim, e é por isso que eu te amo com todas as minhas forças! – falou Maria Joaquina feliz.

Os dois se beijaram de uma forma apaixonante, um beijo ardente e cheio de desejo, a felicidade dos dois era evidente ali, os lábios macios de ambos pareciam terem sido desenhados um para o outro, mal sabia Maria Joaquina o que a aguardava no Brasil...