A lenda do Mago Negro escrita por Tenebris


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Realmente tentei caprichar com a ação, espero ter feito algo bom hahaha. Bom, vamos lá.



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Acordei bem cedo, afim de terminar o favor de Harvin o quanto antes. Estava uma manhã bem fria, mas não ligava, só queria esquecer aquele sonho. Me arrumo e faço meu café da manhã. Enquanto comia, o sonho rondava minha cabeça com aquela frase “Tenha cuidado. Amanhã tudo mudará para você”. Que tipo de aviso sinistro era esse? E por que? O que iria acontecer?

Balanço a cabeça negativamente com o propósito de me libertar desses pensamentos. Termino meu café e me preparo para sair. Ao abrir a porta, me surpreendo com uma Dayla sorridente me esperando com uma cesta nos braços.

– O que você está fazendo aqui? – Pergunto obviamente surpreso.

– Vim te acompanhar. Harvin me disse sobre o favor que você vai fazer a ele, e resolvi ajudar. – Diz ela parecendo extremamente decidida a não aceitar um não. E eu sabia que não adiantaria discutir.

Tudo bem, vamos – Digo suspirando – mas não me atrapalhe.

Ela me acerta um soco no braço e começamos a rir. Então partimos até a montanha escura. Esse local era tenebroso. Tudo ali parecia cinza. A montanha escura chamada por isso. Ela transpassava as nuvens, sendo bem íngreme para qualquer escalada. Ninguém nunca havia conseguido sucesso a escalando. Mas algo parecia existir no topo, algo que só eu conseguia sentir, algo que sempre imaginei ser apenas a imaginação fértil.

Ao chegarmos ao nosso destino, mostrei a Dayla as plantas que deveríamos procurar. Nos separamos, querendo que aquilo fosse rápido. Enquanto caminhava pela floresta, ficava pensando no sonho. O tempo parecia ter passado rápido, quando percebi que minha barriga já roncava pedindo o almoço. Já havia pegado o suficiente e fiz meia volta para ir ao encontro de Dayla, até que ouvi um grito. Nem pensei direito e comecei a correr, torcendo para que não fosse nada com Dayla.

Ao sair da floresta, tenho uma visão assustadora. Vi Dayla no chão, com um ferimento na barriga, se arrastando para longe do ser que estava metros à sua frente. Era um ser totalmente negro, mas tinha uma certa transparência, como se fosse um fantasma. Corpo humanoide. Tinha braços grandes e possivelmente pesados por andar torto, os arrastando no chão. Sua cabeça era em formato de lobo, com grandes presas negras e olhos vermelhos como o sangue.

Eu estava completamente pasmo. Nunca tinha se quer ouvido falar daquele monstro. Mas quando vi Dayla agonizando e sangrando, não pensei duas vezes. Peguei uma pedra e o acertei afim de desviar sua atenção.

A parte boa, é que deu certo, ele se esqueceu de Dayla. A parte ruim, é que agora ele tinha toda a atenção em mim.

Ao me ver, ele rugiu, mostrando as gigantescas presas. E começou a correr em minha direção. Ele era muito rápido. Em um piscar de olhos ele estava na minha frente me tacando de encontro a uma arvore. Minha visão ficou negra por uns instantes, e foi voltando, mas me sentia muito tonto. Com dificuldade eu me levantei. O monstro me observava com os olhos cheios de ódio. Eu iria acabar morrendo. Tinha que conseguir salvar Dayla de algum jeito. Mas como? Estávamos a uns dois quilômetros a leste de Wash. Eu tinha que protege-la.

O Monstro pareceu desistir de mim, e se voltou para Dayla novamente. Eu não conseguia correr rápido o suficiente, muito menos andar nas condições que eu estava. Eu comecei a sentir um calor em minhas mãos, e vi meu sangue. Provavelmente estava escorrendo de minha cabeça que havia batido na arvore. Um sentimento de intenso medo me possuiu ao ver o monstro se aproximar de Dayla, e então, toda dor sumiu. Eu estava melhor que nunca, sentia uma espécie de adrenalina passar em minhas veias. Tudo pareceu desacelerar. Eu corri até o monstro e fiquei entre ele e Dayla. O monstro ao me ver, rugiu com intensa raiva. Ele veio para me atacar, mas algo estava diferente. Ele estava devagar agora. Consegui me desviar de suas garras rolando para o lado instintivamente. Foi então que percebi que eu que estava rápido. Mas essa adrenalina sumiu, e tudo voltou ao normal, até mesmo as dores e a tontura. O monstro deferiu um segundo ataque ao ver que havia escapado do primeiro. Dessa vez eu não consegui desviar e suas garras acabaram atravessando minha perna direita. Eu caí, com a intensa dor não me deixando ao menos pensar.

O monstro se virou para Dayla, que via tudo aquilo completamente atônita. Ele levantou a garra do braço esquerdo, afim de acabar logo com ela. Eu tinha que fazer alguma coisa, tinha que protege-la. Eu não poderia perde-la. Então a raiva surgiu e rugiu em meus ouvidos. Naquele momento parecia que meu corpo se movimentava sozinho, e eu apenas assistia, como se não estivesse ali. Eu me levanto, emanando grande poder, o que eu nunca havia sentido, nem nada parecido. Grandes ventos começam a surgir a nossa volta. Eu desejava a morte daquele monstro. A morte mais dolorosa que ele poderia ter. Então eu levantei minha mão em sua direção. O monstro me olhava com uma mistura de raiva e medo. O ar em torno do monstro pareceu começar a se comprimir. Até que chamas negras começaram a surgir. Queimando um assustado monstro que se debatia e rugia de dor. As chamas o consumiram até que o monstro simplesmente desapareceu em sombras.

No mesmo momento eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Se gostarem, comentem. Se não, comentem tambem dizendo o que deveria ser melhorado. Agradeço desde já.



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