Rotulados - Hiatus escrita por Pudim de Menta


Capítulo 6
Roxanne - Petulância


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, desculpa a demora



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Ela chegou à estação de trem como sempre, em cima da hora, a culpa não era dela, era dos seus pais, quando Fred II ainda estava em Hogwarts, ele levava a culpa pelo atraso, mas esse ano Fred II não estava nem morando em casa e o velho problema do atraso continuou.

A menina detestava se atrasar, não era como a mania de Dominique pela pontualidade, era por que atrasos chamavam atenção e essa era a ultima coisa que Roxanne desejava.

Ela e seus pais entraram na estação e Angelina e George não estavam em um momento feliz, um colocando a culpa no outro, assim que a maioria dos rostos virou para o casal e eles ficaram em silêncio e George acenou e Angelina sorriu.

Roxanne correu para dentro do trem, suas bochechas ainda estavam vermelhas.

Ela se embrenhou pelo corredor, baixou a cabeça e tropeçou em alguém, era um garoto caucasiano, com um sorriso louco, como se estivesse ingerido muito açúcar e uma dose extra de poção da euforia.

Ele tinha olhos castanhos e exibia pomposamente o uniforme da escola.

― Opa. ― ele sorriu e colocou as mãos nos ombros de Roxanne impedindo que ela caísse.

― Desculpa. ― a garota murmurou sozinha e já estava prestes a se afastar, mas o idiota decidiu puxar conversa.

― Espera, quem é você? É transferida? ― ele questionou.

―Não, eu estudo aqui há muito tempo. ― Roxanne falou baixinho e deu um passo se afastando.

― Mas qual é seu nome? ― insistiu o garoto.

― Roxanne... ― ela respondeu, odiava dizer o sobrenome, por que o sobrenome sempre trazia um holofote na sua cabeça, ele contorceu sua expressão em “ok! Mas mal te conheço, diga o sobrenome.” ― Roxanne Weasley.

―Eu sou o Walter Clempper, sou transferido da escola dos Estados Unidos, discípulos de Merlin*, prazer em te conhecer senhorita Weasley. ― apresentou-se o menino.

― Ok, Clempper, mas minha amiga está me esperando. ― Roxanne finalizou o assunto. ― fique a vontade!

Ela se afastou e foi atrás de sua amiga Cecília, se Clempper não tivesse interrompido–a, já teria encontrado, ela se desvencilhou de alguns alunos e finalmente achou Cecília na ultima cabine do trem.

A amiga de Roxanne era exatamente o oposto dela, a garota tinha a pele bronzeada, longos cabelos castanhos claros, olhos muito verdes, lábios finos cobertos com um batom vermelho, usava uma roupa trouxa, que Roxanne pressupôs que devia estar na moda, era maluca por esse tipo de assunto e Cecília era trouxa, era grifana, extrovertida, jogava quadribol e principalmente era popular, Roxanne não entendia como a amiga ainda falava com ela.

― Por que demorou? ― Cecília perguntou.

― O corredor estava cheio. ― omitiu Roxanne.

A viagem foi longa na concepção dela, já que todo mundo decidiu visitar a cabine dela devido a Cecília, garotos babando, meninas puxando saco, Rose trazendo seus desenhos para a amiga dar uma olhada.

Finalmente o trem chegou, depois foram às carruagens, o banquete e finalmente Roxanne pode deitar na sua amada cama nos aposentos da Lufa-Lufa.

Assim que se levantou colocou seu uniforme dois tamanhos maiores, amarrou os cabelos e tentou ao máximo não chamar atenção.

A primeira aula foi poções, com a Grifinória e lá estava o Clempper, que havia sido selecionado para Grifinória. Pelo menos ela tinha a companhia de Cecília.

O professor as separou na aula, por que disse que a dupla tagarelava de mais, se Roxanne não fosse tão tímida teria dito que Cecília que tagarelava.

Roxanne acabou em uma dupla com Clempper, outro que tinha boca nos dois cotovelos.

― Oi menina do trem. ― Ele cumprimentou cordialmente.

― Senhorita Weasley. ― Avisou Roxanne. ― Por favor.

― Ok, eu não sou o presidente e você também não é a presidente. ― ele contestou. ― Me chame pelo primeiro nome.

― Aqui é primeiro-ministro, não temos presidente. ― Rebateu a garota.

― Olha, estou tentando fazer amigos, pode colaborar? ― Ele perguntou enquanto colocava farelos verdes no caldeirão.

―Clempper, eu não sou popular, eu não sou extrovertida, sou chata, não estou no numero Um do ranque “faça amizade em Hogwarts”. ― Ela acrescentou um pouco de folha de mandrágora na poção. ― Agradeço sua gentileza, mas invista seu tempo em outra pessoa.

Roxanne detestava dialogar e se misturou ao silêncio e Clempper finalmente decidiu calar a boca.

Ele misturava um pouco de seiva com pó de lua, despejou no caldeirão e Roxanne só teve tempo de gritar, por que folhas de mandrágora e aquela seiva não eram combinações felizes.

A mistura no caldeirão borbulhou e algumas bolhas explodiram, um pouco atingiu o rosto dela e o garoto só teve tempo de levantar os braços que protegeu o rosto do próprio.

Roxanne gritou e começou a correr para enfermaria e Clempper foi atrás.

Enquanto corria para enfermaria seus passos ecoavam no chão frio de pedra, ela correu e detestou cada olhar sobre ela.

Finalmente entrou na enfermaria e a enfermeira lhe entregou um pano úmido e passou um pouco de unguento nas bolhas no rosto causadas pela poção.

― Encoste de leve o pano úmido no seu rosto. ― ela pediu e Roxanne concordou, mas logo se arrependeu quando encostou o paninho azul em sua face, por que fedia a suor, para aguentar a situação começou a praguejar mentalmente sobre Clempper.

Já estou frita torrada, assada e refogada em poções, um desastre como esse tinha que acontecer logo agora?

Clempper idiota, quem mistura aqueles ingredientes?

Seus pensamentos foram interrompidos com uma figura esbaforida entrando no ambiente, era Clempper.

― Que diacho, as escadas tem que se mexer? ― ele praguejava sozinho e a enfermeira pediu silêncio. ― Finalmente te achei Roxanne.

― Lembrou-se do meu nome? ― ela sussurrou de volta.

― Desculpa mesmo. ― ele pediu. ― Já avisei o professor, ele não vai te tirar nenhuma nota, o que mais posso fazer por você?

― Sumir. ― ela ralhou, mas lá no fundo se sentiu culpada, o cara tinha sido legal, mas 90% do tempo ele parecia petulante e gente petulante e chata era só dar uma brecha que invadia seu espaço, ela decidiu enfatizar ― Sumir.

E Clempper saiu do recinto e Roxanne continuou com o paninho cheira a suor pressionado em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Beijos



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