Icy Scale —The Fallen Dragon escrita por Connor Hawke


Capítulo 4
Ato IV: O Vilarejo




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Icy Scale – The Fallen Dragon

Quarto ato: O Vilarejo

Éden

Fora do Éden, um anjo se comunicando com o Pai, ele estava com algumas indagações. Seu nome era Luciel. Ele tinha uma aura amarela, uma auréola na cabeça, e vestia uma camisa e uma calça branca, com sapatos da mesma cor. Seu cabelo era castanho com mexas douradas.

Luciel – Pai? Você está ai?

Deus – Sim, meu filho. O que o aflinge, Luciel?

Luciel – Eu tenho algumas indagações.

Deus – Sobre o quê?

Luciel – Bem, é sobre Freezakandraconus.

Deus – Sim, o que tem ele?

Luciel – Você deu à ele um mapa. Para que isso?

Deus – Isso faz parte do meu plano.

Luciel – Seu plano? Eu não entendi.

Deus – Eu mandei Freezakandraconus para a Terra, e também o dei poder. Eu estou apenas testando ele.

Luciel – Como assim?

Deus – Freezakandraconus era um dragão muito teimoso, egoista, e mesquinho. Ele disse ser mais poderoso que eu. Então ao mandá-lo para Terra, eu puis ele a prova. Queria ver como ele se comportava sem a sua voz. Você sabe, palavras podem machucar às vezes.

Luciel – Entendo. E o mapa?

Deus – Apenas um meio de fazer com que Freezakandraconus não saiba que está sendo testado. Uma distração.

Luciel – Agora eu entendo. E esses bandidos que tem aparecido?

Deus – Outra distração.

Luciel – Certo. Mas, o que acontece se eles descobrirem a verdade sobre o dragão?

Deus – Mesmo que isso aconteça e eles descubram sobre as pulseiras, eles não serão capazes de fazê-lo falar.

Luciel – Então você pretende testá-lo, dando a ele uma provação e se ele conseguir passar, você devolverá a voz dele?

Deus – Sim.

Luciel – Hmm...você é justo para com todos os seres, eu não dúvido da sua palavra, Pai.

Deus – Eu o amo, filho. Como os outros, você é o meu favorito.

Luciel – Obrigado, Pai.

Enquanto isso, no deserto...

Depois de ter andado alguns quilômetros, Silent, Roak e Kiri finalmente chegam ao vilarejo Iceville. Lá havia gelo no chão e casas trabalhadas em gelo. O calor que fazia lá não era tão forte então as casas não derretiam.

Kiri – Certo. Parece que chegamos a Iceville.

Roak – Esse lugar parece estar abandonado. Onde estão as pessoas que vivem aqui?

Então, com uma nevasca que surge repentinamente, surge um grupo de sombras perto das casas trabalhadas em gelo.

Roak – Brrr! Esse lugar é muito frio. E com aquelas sombras que acabaram de surgir, fica ainda mais assustador.

Kiri – Hmm...vamos lá perguntar quem são eles!

Roak – Sério? Esse lugar está me dando arrepios!

Então, Silent, Kiri e Roak se aproximam de onde as sombras estavam e elas acabam se revelando como um grupo indigena que usava penas no cabelo, e vestiam roupas feitas de pele de animais para mantê-los aquecidos. Então, o chefe do grupo fala com os três.

Chefe – Bem-vindos! Esse é o vilarejo Iceville. Nós somos o povo do gelo!

Kiri – Oi! Meu nome é Kiri, esse é Roak, e aquele ali é Silent. Nós estamos aqui para...

Chefe – Meu nome é Tilohawk. O vocês buscam?

Kiri – Chefe Tilohawk, vocês conhecem o Silent.

Tilohawk – Traga-o até mim.

Então, Kiri coloca sua mão no ombro de Silent e o empurra para o chefe Tilohawk.

Kiri – Vá lá, Silent! Não tenha medo.

Então, Silent dá um passo à frente e fica cara-a-cara com Tilohawk. O chefe puxa a mão de Silent, e após tocá-la, ele fecha os olhos e tem uma visão. Os outros índios se aproximam do chefe Tilohawk, tocam os seus ombros e assim a visão é passada de um para um. Imagens do que aconteceu com Silent antes de chegar à Terra são transmitidas. E então, ao abrir os olhos, a transmissão se encerra e o povo do gelo fica ciente do passado de Silent.

Kiri – Então, o que sabem sobre o Silent?

Tilohawk – Ele não é da Terra. Ele é muito poderoso e está aqui para cumprir uma missão.

Kiri – Missão? Que missão?

Tilohawk – Isso eu não sei dizer. E o nome dele é Freezakandraconus.

Kiri – Então...foi como eu pensei. Esse é realmente o nome dele.

Tilohawk – Ele está condenado a viver aqui na Terra.

Kiri – E o que mais,chefe Tilohawk?

Tilohawk – Sua verdadeira natureza é a sua forma, um poderoso dragão azul. Ele é conhecido como “Dragão de gelo”.

Kiri - ....Dragão de gelo?

Roak – Então o Silent é um dragão de gelo? Demais! E eu sou apenas um javali cuspidor de fogo...

Kiri – Você está com ciúmes, Roak?

Roak – Quem, eu? Ciúmes? Imagina!

Kiri – Está sim, confessa!

Roak – Talvez só um pouquinho...assim!

Roak faz um sinal de “pouquinho” com o dedo polegar e o indicador.

Tilohawk – Isso é tudo que soubemos dele. Parece que vocês estão em uma jornada, não é mesmo?

Kiri – Ah sim! Nós estamos.

Tilohawk – Bem, nós desejamos boa sorte à vocês. E se quiserem ficar conosco, vocês serão bem-vindos.

Kiri – Eu não sei...

Roak – Se vocês tiverem comida e alguma roupa que eu possa usar, beleza, eu fico!

Tilohawk – Sim, nós temos.

Roak – Certo. Então, nós ficaremos aqui por enquanto.

Kiri – Hmm...está bem, nós ficaremos.

Tilohawk – Então, sintam-se à vontade.

Kiri – Obrigada, chefe Tilohawk.

Tilohawk – Agora somos amigos. Vocês podem contar conosco para o que for.

E assim, ao cair a noite...

O povo do gelo realisa um jantar com alguns índios dançando em tributo aos novos amigos. Kiri, Silent e Roak comiam um frango cru e estavam reunidos em uma roda com Tilohawk e alguns outros indígenas conversando.

Kiri – Eu encontrei o Silent no deserto. Ele estava caído no chão. Perguntei o nome dele, mas ele não conseguia dizer. Então eu resolvi chamá-lo de Silent.

Tilohawk – História interessante.

Kiri – Nós encontramos o Roak em uma cidade, procurando uma casa de banho. E então vimos que ele era capaz de baforejar fogo. Depois disso é que decidimos começar uma jornada.

Tilohawk – Interessante. Então vocês pretendem partir amanhã?

Kiri – Sim, nós temos esse mapa aqui. Parece que tem uma cidade um pouco distante daqui, pretendemos ver o que tem lá.

Kiri mostra o mapa para o chefe Tilohawk, que o analisa por um instante. Enquanto isso, Roak flertava com uma garota do povo do gelo. Eles trocavam olhares entre eles.

Tilohawk então devolve o mapa para Kiri e percebe que Roak está enamorado com sua linda filha e então comenta com Kiri.

Tilohawk – Parece que o seu amigo baforejador de fogo está apaixonado pela minha filha, Eyfura.

A filha do chefe Tilohawk, Eyfura, tinha cabelo preto, olhos cinza claros, uma sombra azul cintilante nos olhos, vestia um vestido de pele de puma, decotado na perna e sem mangas, de uma alça só.

Então, Roak começa a conversar com a garota e Kiri o interrompe.

Roak – Oi! Meu nome é Roak.

Kiri – Roak, essa é a filha do chefe Tilohawk.

Roak – E daí?

Kiri – E daí que você deveria ter um pouco de respeito.

Roak – O que eu posso fazer, eu sou como fogo, baby!

Eyfura dá uma risadinha com um olhar pecaminoso no seu semblante.

Eyfura – hihihi!

Roak – Então, você gostou de mim? Eu vou te esquentar com o meu fogo, querida!

Eyfura – hihihi!

Roak – Oh sim! Me leve para a sua toca!

Kiri – Roak! Pare de falar essas coisas!

Roak – O que foi? Eu estou tentando conquistá-la.

O Chefe Tilohawk estava observando Roak e fica incomodado com o linguajar do garoto.

Tilohawk – Certo, eu não ligo de você namorar a minha filha, mas eu não gostei desse seu linguajar! Se você continuar com isso, vocês podem esquecer a nossa amizade!

Roak se levanta e defende-se.

Roak – Eu estou mesmo apaixonado por ela. Me desculpe pela linguagem, mas é só o que eu sei.

Tilohawk – Eu não vou tolerar essa linguagem grosseira com a minha filha! Agora, eu acho que está na hora de vocês dormirem! Quanto a você Eyfura, nós vamos ter uma conversa..

Kiri – Eu te avisei, Roak. Eu disse que você devia ter um pouco de respeito e não tratar a garota assim.

Roak – E o que eu posso fazer? Está no meu sangue...

Eyfura começa a chorar e se retira com o pai para a sua casa. Silent, Kiri e Roak permanecem.

Kiri – Vamos dormir. Amanhã nós levantaremos cedo, quando eles não tiverem olhando.

Roak – Só porque eu dei umas cantadas na garota?

Kiri – Exatamente. Poxa, os índios estavam sendo legais com a gente e você estraga tudo com uma cantada suja? Que vergonha!

Roak – Me desculpe! Eu só estou tentando conquistar uma garota. Puxa vida, você tem o Silent, ou devo dizer Freeza...

Kiri – Freezakandraconus! Quer saber, depois dessa história toda, acho que vou chamá-lo de “Drakan”. É mais curto.

Roak – Que seja! Eu não tenho ninguém!

Kiri – Mas você ainda vai arranjar alguém especial, Roak. Confie em mim!

Roak – Você fala como se fosse fácil. Aliás, é fácil você dizer, o Drakan ou que seja, simplesmente caiu do céu para os seus braços. Você não tentou conquistá-lo como eu tentei com a Eyfura! E depois eu é que tenho que maneirar no linguajar...

Kiri – Roak!

Roak – A vida não é assim, Kiri! Você precisa ir atrás, dar o primeiro passo...e isso que aconteceu com você é só uma...fantasia criada por alguém e implantada na sua cabeça!

Kiri – Chega, Roak! Não vamos discutir isso!

Kiri estava começando a se sentir magoada. Ela estava vertendo lágrimas de tristeza.

Roak – Oh Deus! Perfeito!

Kiri – Buááá! Quer saber? Amanhã nós vamos para a próxima cidade, mas eu não vou falar com você!

Roak – Que seja! Eu pensei que você gostassi de mim, mas você gosta mesmo é do seu namorado mudo e gélido.

Kiri – Você me magoou, Roak. Eu pensei que nós eramos amigos!

Roak – E nós não somos?

Kiri – Não! Amigos não ferem uns aos outros como você fez comigo agora!

Roak – Que droga!!!

Algum tempo depois...

Roak já estava se sentindo melhor. Sua raiva havia passado, mas Kiri ainda estava triste.

Roak – Ei, já passou! Podemos ser amigos novamente?

Kiri – Eu não quero ser amiga de alguém que machuca você emocionalmente!

Roak – Eu não estou bravo com você. Eu não consigo guardar rancor. Minha raiva só dura um segundo.

Roak – Vamos! Eu ainda quero ser seu amigo!

Kiri – Então prometa que você não vai fazer isso de novo!

Roak – Eu sou assim, mas...eu prometo que eu vou tentar ser mais delicado com você. Me desculpa?

Kiri – Hmm...está bem. Desculpas aceitas!

Roak – Eu tenho uma personalidade difícil de lidar. Eu admito isso.

Kiri – Está tudo bem, Roak. E acredite em mim, você vai achar alguém especial. Com certeza!

Roak – Quer saber, eu vou deixar a vida me levar. Então...você não está de mau comigo?

Kiri – Não. Eu...admito que eu errei, me desculpa. Mas quer saber?

Roak – O que?

Kiri – Eu não sou perfeita. E eu tenho minhas falhas. Eu admito isso.

Roak – Tudo bem, então. Amanhã nós temos uma longa viagem até a próxima cidade.

Kiri – Sim.

FIM


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler^^

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