Finalmente o grande dia havia chegado. Acordei com o sol no meu rosto e levantei num pulo pra saber ás horas, corri para procurar Nessie, que veio de Port Angeles pra me ajudar com o casamento e a encontrei na cozinha, alimentando Esme enquanto Dona Renê tomava café.

- Calma Bella! O Buffet já chegou e já estão cuidando de tudo.

- Que horas são? – perguntei afoita.

- Ainda é muito cedo. Agora vai trocar de roupa para irmos ao salão e depois volte para tomar o seu café.

Segundo Dona Renê, Edward foi buscar a tia no aeroporto, enquanto Richard foi buscar Irmã Agnes e Alice no orfanato.

Depois do café fui ao salão, e tive um dia maravilhoso, com tudo o que eu tinha direito. O casamento seria à tarde, então depois de depilação e da escova almocei um sanduíche de peito de peru antes de voltar para casa para colocar o vestido. Edward estava se arrumando na casa de Dona Renê com os outros homens, mas não me deixaram vê-lo nenhum momento se quer. O jeito foi matar a saudade pelo celular.

- Olá Sr. Cullen, me diga, está nervoso?

- Nenhum pouco Senhorrrita Swan e você?

- Eu tô ótima!

- Que bom, não se atrrase, ouvi dizerr que o noivo está muito impaciênte.

- Então diga a ele que eu o vejo no altar.

- E como ele saberrá que é você?

- Simples, eu serei a mulher de branco. - sorri e pude ouvir pelo telefone que ele fez o mesmo.

Já era quase a hora do casamento quando Dona Renê entrou no meu quarto.

- Agora eu tenho que desligar, te vejo daqui a pouco.

- Até brreve.

- Até.

Desliguei o telefone e me virei para Dona Renê.

- Querida Bella, mal posso acreditar que está se casando, parece que foi ontem que você veio a minha casa com um sorriso lindo e uma cabeça cheia de sonhos. - ela falou abrindo uma caixinha. - Pegue, aqui está! Uma coisa azul e uma coisa antiga também... para dar sorte.

- Dona Renê é lindo - falei olhando para o par de brincos a minha frente.

- São seus!

- Mas Dona Renê... - eu tentei argumentar mais ela me interrompeu.

- Minha mãe me deu no meu casamento, e disse que eu só deveria passa-lo para uma filha, e você Bella, é sem dúvida, uma filha para mim.

- Olw, Dona Renê muito obrigada! - falei abraçando a com os olhos marejados. - Durante todo esse tempo, a Senhora sempre foi como uma mãe para mim e eu só posso agradecer, por tudo o que fez, por todo o carinho e amor que a Senhora me dedicou, muito brigada. - Falei com a voz embargada, então ela me afastou e sorriu.

- Agora pare senão desse jeito você vai estragar toda a maquiagem, a sua e a minha – ela falou secando o rosto.

- Ok - falei respirando fundo.

- Vamos, pois não podemos deixar o noivo esperando.

Dona Renê me ajudou com a grinalda e me acompanhou até o carro em que Richard me levaria para a casa de Dona Renê, onde eu finalmente me casaria. A entrada da casa estava coberta de flores, a cerimônia seria realizada em uma tenda de tons claros, que foi montada no jardim de Dona Renê, próximo a uma outra tenda onde aconteceria a festa de casamento.

Sai do carro e me distraí ao ver uma limusine escoltada  passando pela rua. Eu quase perdi o foco, mas fui trazida à realidade por Richard ao bater a porta do carro.

- Está pronta? – falou Richard me oferecendo o braço.

- Sim – falei com a voz trêmula.

Caminhamos pelo jardim, até que foi dado o sinal, fazendo com que os músicos começassem a marcha nupcial. Todos olhavam para mim, o meu coração parecia querer saltar pela boca. O nervosismo era tão grande que eu quase desmanchei o buquê, de tanto que eu o apertava, foi então que eu o avistei. Edward me olhava fixamente, e ao encará-lo tudo se acalmou dentro de mim, a sensação que eu tinha era de que estávamos apenas nos dois sem ninguém a nos observar.

A cerimônia correu tranqüilamente, e depois de falar o tão esperado sim eu respirei fundo antes de dizer os meus votos pessoais.

Edward nossos caminhos são agora um só caminho, nossas almas, uma só alma. Temos agora por espelho os nossos olhos, o teu riso dirá a minha alegria, e o teu pranto, a minha tristeza, se eu adormecer, serás o meu sonho, hoje amanhã e sempre.

Edward segurou minhas mãos e olhando nos meus olhos disse:

Bella, te conhecerr foi a melhorr coisa que me aconteceu. Porr você eu posso serr o que quiserr que eu seja, é só dizerr,  e eu serrei  parra você. Eu lhe devo não só a minha vida como meu amorr e gratidão porr toda a minha existência.

Agora pode beijar a noiva...

Edward segurou meu rosto entre as mãos  e inclinou a cabeça em minha direção, selando os nossos lábios em um beijo doce e apaixonado. Em seus braços, esqueci completamente onde estava e acabei me excedendo na demonstração de afeto. Infelizmente fomos interrompidos pelo pigarro do ministro da cerimônia e pela risada dos nossos convidados.

Depois dos aplausos, e dos comprimentos dos nossos amigos, o casamento seguiu com tranqüilidade para a festa de recepção. Depois de algumas horas eu não agüentava mais sorrir, estavam todos aqui, a tia de Edward, os amigos do curso de fotografia, as amigas de Dona Renê, os amigos do hotel em que Edward trabalha, enfim todo mundo exceto o pai de Edward que eu não faço idéia o por que dele não ter aceito o meu convite. Eu sei que não é dá minha conta, visto que se Edward quisesse a sua presença ele mesmo teria convidado, mas era o dia do nosso casamento e se eu conhecesse meus pais iria quere-los presente, independente das nossas desavenças. Mas eu não estava preocupada com isso agora, desde a cerimônia eu não consegui beijar meu marido e isso já estava sem dúvida cansando a minha beleza.

Eu estava de costas para a pista pegando uma taça de Champagne quando Edward me  pegou pela cintura e me beijou na altura do pescoço, senti um arrepio que percorreu a minha espinha, me fazendo virar com tudo.

- Olá Sr. Cullen, achei que o senhor havia fugido.

- Não conte com isso senhorra Cullen, a festa ainda não acabou e nos ainda temos muito o que comemorrar.  – ele falou com um sorriso malicioso nos lábios que me fez corar de imediato.

Eu sabia o que me aguardava e ansiava por isso, o que não me impediu de estremecer com a possibilidade de não conseguir superar as suas expectativas. Meu semblante caiu diante dele e eu o beijei com urgência, a fim de dissipar esses pensamentos tolos. Ele percebendo a minha preocupação interrompeu o beijo por um instante para olhar nos meus olhos e disse:

 - Não tenha medo mein engel, pois nós pertencemos um ao outro.