3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 15
Capitulo 14 - Conversa Séria




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Edward estava a quase uma hora a tentar ligar para o amigo que só tinha o aparelho a cair com as ligações em caixa postal. Este estava a começar a ficar preocupado, e ter ideias na sua cabeça como "será que ele foi apanhado a conduzir embriagado?", mas ao olhar a assistente dele, perguntou de imediato a Ellen pelo patrão, mas a pobre moça mal sabia de si, quanto mais dos outros.


Como dali não ia conseguir saber nada, colocou pés a caminho, e na volta podia até ter sorte e apanhar o rapaz em casa, certo? Ou encontrar Alice, que bom, ela era namorada quase noiva... ela podia saber dele. Ou pelo menos deveria.


Ele desceu no elevador até ao parque subterraneo do estacionamento da empresa, ao qual era um ótimo esconderijo para casais ilegais em suas relações extra-conjugais, ao qual era comum, até porque este já havia assistido a um momento inconveniente, e entre amigos e negócios ele gostava mesmo era de manter a distância.


Alcançou o carro, e o abriu com o seu comando digital, a viatura em questão era um cinza reluzente de ano de 2013, um autentico volvo de dez cavalos. Entrou e não demorou a dar à ignição ao qual o motor fez um barulho extonteante, de chamar atenção de qualquer um que por ali estivesse e pensasse é "Edward que ali vai".


Claro que tinha isso dava prazer ao rapaz, ser cobiçado por ter um bom carro, um bonitão de primeira e disputado por mulheres o tempo todo, era o prazer de qualquer homem.


Lá deu a volta a rotunda da entrada e saiu a todo o gás do parque em alcance da rua principal de Boone Creak. Em cerca de 10 minutos no minimo ele já estava perto de chegar no prédio onde Rafael vivia, que era numa das zonas mais movimentadas da cidade.


Antes mesmo de parar ou sequer sair, deu uma olhada pela linha dos estacionamento, e grande alivio mesmo foi ao ver que o carro do amigo estava lá intacto. "Uffa, ou menos não teve acidente" pensou ele ao encontrar uma vaga e estacionar. Após isso, deu uma corrida até ao prédio, aproveitando o facto de uma senhora de meia idade abrir a porta e a manter aberta para que este pudesse entrar sem ter de usar o método digital de carregar botões e chamar a pessoa pelo telefone.


Lá dentro esperou o elevador descer, e não demorou muito para que ele de facto parasse na frente do rapaz e abrisse suas portas ao qual este entrou. Dentro dele ia apenas Edward, o que dava um certo à vontade para se deslumbrar no espelhado metalizado da cabine. Quando parou, ele saiu e de frente mesmo tinha a justa porta que queria bater.


Tocou na campainha de uma forma demorada por umas tantas vezes, Rafael mesmo que estava com uma ressaca de sexta-feira mal dormida, resmungou pelo caminho entrupeçando em seus próprios pés até à porta.


– Mas já ninguém pode dormir! - disse ele ao abrir a porta e deparar com o amigo de braços cruzados sobre o peito e ar sério.


– Bom dia para ti também! - respondeu de forma automática como computador Edward para este que dava espaço a que pudesse entrar.


Rafael fechou a porta com um revirar de olhos pensando no que podia ter haver com aquela visita, dado que normalmente esse tipo de visitas eram habituais em seu escritório, e não em seu apartamento que eram um local privado.


– Algum problema que não se consiga resolver sem mim? - perguntou o rapaz ao puxar um travesseiro para o lado indicando a este para sentar.


– Não, eu só quero saber se está tudo bem, na verdade não atendes as minhas ligações, o teu aparelho telefónico deve estar com alergia a ti, ou talvez aos teus amigos. - brincou o rapaz, o que fez o outro levar a mão a cabeça esquecendo que tinha deixado a bateria do telemóvel descarregar.


– Ainda bem que me lembras, eu esqueci completamente de o carregar!


Levantou apressado e foi no quarto o que não demorou para voltar com o aparelho e carregador para colocar na tomada da sala, bem do lado do LCD de última geração.


– Ontem foi uma noite em tanto que esqueci mesmo de voltar para casa! - confessou Rafael recostando no sofá e olhando a porta semi aberta do quarto onde Candice deveria estar. - Mas não posso dar detalhes aqui e agora... - Edward não entendeu porquê, mas ao perceber os gestos do amigo e o pouco conhecimento em leitura de lábios percebeu depois.


– Claro, entendo! - deu de ombros ao levantar. - Aliás, porque não vamos à empresa? - perguntou o que fez o moreno se afundar mais no sofá. - Ok, já percebi, encontro contigo mais tarde então, molenga. - riu-se ao encaminhar para a porta.


– Só não te acompanho porque sabes o caminho! - respondeu de onde estava ele rindo sem parar.


***


– Inacreditável como não mudas mesmo essa tua postura de rato guloso, primo. - disse Bella ao puxar uma cadeira e sentar de mãos em cimo do tampo.


Esther acompanhou-os com o olhar e um sorriso engraçado estampado nos lábios. Ela gostava de ver o seu menino que tantas vezes chamava sorrindo e com aquele apetite que até certo tempo achava perdido... e deus nosso senhor havia devolvido. A dada hora pensava que a mulher que um dia tivesse o prazer de ser conquistada por seu belo coração, teria de gostar dele da forma como era visto e não pela maneira como ele podia ser, de modo que essa pessoa gostasse que ele fosse. Caso isso acontecesse, o final seria tão semelhante ao de Maria e ele, e só ela lembrava o quanto aquelas duas e adoradas crianças haviam sofrido a separação dos pais.


– Por favor fica à vontade, faz de conta que esta é a tua casa e se sirve do que ainda existe deste delicioso e divinal bolo de chocolate. - disse Jasper ao passar um mero guardanapo colorido nos lábios sujos.


A morena acabou acabou sentando, numa das cadeiras do lado da mesa redonda da cozinha. Esther acabou deixando ambos à vontade, mesmo que não fosse necessário, já que o patrão não era discriminante quanto ao fato de criados escutarem conversas. Aliás havia um pequeno detalhe, a governanta não era vista como uma criada ao serviço da familia Whitlock, mas como um membro da familia, e isso nunca estava em causa de forma alguma. Ainda assim acabou saindo com a desculpa de "tenho roupa para estender, e camas para fazer". Era impossivel contrariar as atividades dela.


– Então, o que precisavas de falar comigo? Aconteceu alguma coisa? - pergunta Bella ao ver que ambos estavam reduzidos ao silêncio.


Jasper por sua vez não encontrava mais ninguém a quem pudesse confiar a sua chateação de tomar conhecimento da infedelidade do cunhado e mais ainda a irmã não dar oportunidade para que ele pudesse colocar pontos em seus devidos i's.


– Sabes o Damon... - a morena balançou a cabeça com um sinal de "sim", ele continou. - Então, eu apanhei ele a trair a minha irmã... Bella ele trai a Caroline, e não é de hoje. - ela levou as mãos a boca num "O".


– Mas e ela? Contas-te, certo? - o loiro recostou na cadeira com suas costas numa postura ereta e levou uma mão aos cabelos em jeito de os afastar para o lado. - Não acredito.... quando fazes essa cara é porque ela não está sabendo de nada e pior é que ela vai sofrer e vai ficar imensamente magoada contigo se não contares de uma vez o que aconteceu... ela merece a verdade, Jasper.


Bella estava certa com todas as suas palavras francas e não havia nada mais que ele não quisesse fazer no momento. Agora tudo o que restava era ter o minimo de espera com o facto de ter uma boa ou má reação por parte da irmã ao descobrir isso e que por outro lado, ela ainda fosse acreditar nas suas palavras, ou então seria tudo bem mais duro de encarar.


– Sei que a minha irmã merece a verdade, e eu quero muito dar essa verdade a ela, só que preciso ser delicado, a minha irmã é frágil e com certeza vai desabar com isso. - pior era ver a loira sofrer e arrastar a sua saude fraca para a lama caso isso acontecesse.


Por outro lado, Damon já teria tempo suficiente para mudar a situação a seu favor, e lá isso realmente havia acontecido, já que Caroline havia caido bem no seu jogo de palavras sedutoras, tal como no primeiro encontro. Contudo, vinham algumas duvidas que precisava esclarecer com o irmão, afinal ela queria perceber qual o teor de tanta urgencia em falar.


Quando o táxi parou na entrada do prédio a loira saiu deixando o dinheiro sem querer o troco no banco do passageiro. Alcançou a porta da entrada e entrou dando uma corrida para o elevador que um moço gentil segurava. Agradeceu obviamente, e lá nisso Caroline era vista como a condómina mais simpática do prédio.


Assim que chegou na porta, pegou as suas chaves da bolsa funda e abriu em seguida entrando, mas evidentemente escutou Bella e o irmão conversando na cozinha, ao qual decidiu não fazer barulho e aparecer de surpresa para ambos. Claro que nem um nem o outro esperavam nada assim, e quando viram Caroline se calaram num ápice.


– Olá para vocês dois que se calaram! - diz a loira ao pousar a mala no cantinho da entrada enquanto puxa a cadeira para sentar. - Mesmo assim precisamos falar, Jasper!


O loiro lançou olhos à prima, que percebeu que era sua deixa.


– Care... prima... não devias estar trabalhando? - aquele havia sido o unico buraco de escapatória que Bella havia encontrado, para que Jasper tomasse algum tempo para pensar com mais clareza.


– Digamos que pedi o dia, e que tu vais me salvar passando uma baixa... - a morena rolou os olhos vendo que não tinha outra saida. - e não venham com enrolação, que vi as ligações todas que deixas-te, Jasper e a coisa deve ser mesmo séria.


Defenitivamente Caroline estava disposta a saber o que se passava, embora reações boas não fossem esperadas.


– É sobre o Damon... - mas ela cortou ao escutar o nome.


– E lá vens tu com mais uma reclamação... - pousou as mãos no tampo da mesa. - O que aconteceu que ele tenha feito e que tu precises de dizer para eu tentar melhorar? - ele deu de ombros não vendo alternativa.


– Agradeço que não me interrompas. - e Bella pousa os olhos nele fulminante, mas ele ignora. - e não há nada que possas fazer, a verdade é que eu encontrei o Damon, ele estava com uma mulher no seu escritório.


– Qual é o problema, ele tem clientes de ambos os sexos, não vejo qual é a crise. - defendeu não querendo perceber o que na exatidão o irmão acabava de falar.


– Por favor Caroline, és tudo menos burra e sabes perfeitamente que eu estou a falar em um contexto bem diferente.... é minha irmã, por mais que lamente, foste alvo de traição. - ela ficou incrédula, a morena já pousava as mãos nos ombros da prima que levemente as tirava levantando da cadeira e tecer uma postura autroista.


– Damon jamais faria uma coisas dessas comigo, e estás a ser injusto. - a voz estava ligeiramente alterada que até Esther apareceu na cozinha aflita. - Ele nunca me traiu, e por um momento eu pensei que sim, mas depois de ontem, de tudo o que ele disse, das coisas que fizemos, eu tenho a certeza que ele me ama. - Bella tapa os olhos não acreditando no que escutava. - Agora começo a dar valor à ideia dele em procurarmos um apartamento para nós dois, realmente continuar aqui não irá fazer bem para ninguém...


– Caroline, ele está a manipular-te e será que não vês? - Jasper acabou respondendo no mesmo tom de voz e Bella já estava de pé o segurando, porque a uma dada hora ia acabar por dizer aquilo que não devia.


– Para, deixa a tua irmã! - pedia ela o empurrando para trás. - Ei, não vai dar em nada discutirem assim...


– Minha decisão está tomada, e aproveito para pegar algumas coisas dai, e entre esses dias irei procurar um apartamento aconchegado, assim ficas com mais espaço para ti. - e Esther pousou a mão no ombro dela.


– Menina não tome nenhuma decisão precipitada. - argumentou.


– Esther gosto muito de ti, mas não tem nada do que digas que vá mudar, ok? - e saiu.


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