Dear, Soldier escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 1
Quinn's Brother


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui estamos nós novamente com mais uma fanfic, mas dessa vez é Kurtbastian.
Muitas coisas são diferentes, além de Kurt e Sebastian, é Kurt e Quinn.
Espero que gostem, acompanhem, favoritem, comentem, recomendem e todas aquelas outras coisas.

Vamos logo dar início a essa bagaça.

Boa leitura.



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Kurt Hummel. Um adolescente de dezessete anos, residente de Lima em Ohio, órfão por parte mãe, integrante do Glee Club da escola, fashionista e gay. Por esses e outros vários motivos, o castanho era tão especial e, infelizmente, sofria bullying. Anos se passaram, mas nada parecia ter diminuído as provocações para com o garoto. Apesar de todos os problemas, Kurt continuava de cabeça erguida e independente, pois sabia que um dia tudo iria melhorar.

Kurt está em seu último ano na escola, irá cursar Artes Dramáticas na faculdade, mas atualmente sua única preocupação são as provas no meio do semestre. Por sorte, sua melhor amiga, Quinn Fabray estava com ele em mais da metade das aulas, então como no ano anterior, estudavam juntos.

Quinn era uma linda jovem loira, da mesma idade de Kurt e com um sonho parecido. Quinn gostaria de ser atriz, mas não do tipo Broadway, do tipo Hollywood. A loira e Kurt eram melhores amigos desde a oitava série. Desde então, a relação dos dois só evoluiu. Quinn esteve ao lado de Kurt quando ele se assumiu, gostou do meio irmão Finn Hudson, passou por momentos difíceis com o pai e sua saúde fraca e quando quis entrar para as Cheerios. Sim, Kurt e Quinn eram Cheerios no McKinley, na verdade, os dois eram os capitães do grupo.

Uma dupla inseparável e indestrutível, mas como em todas as relações, todos precisam de seus segredos. E Quinn tinha um. Um grande segredo.

Como os dois passavam toda a semana ocupados com os ensaios, tiravam os finais de semana para colocarem as lições de casa em dia e estudar para as provas que se aproximavam. As casas dos dois eram revezadas, mas como Finn e Rachel Berry, sua namorada, estavam em casa, Kurt achou que ficar na casa da loira seria menos traumático.

A sala da casa de Quinn era ocupada por diversos livros, cadernos, canetas e os computadores dos adolescentes. A mãe de Quinn estava na sua poltrona praticando seu crochê, enquanto o pai estava sentando no sofá, lendo o jornal, enquanto a televisão e suas imagens eram ignoradas por todos.

Do lado de fora, um carro estacionou na frente da casa da família, mas ninguém escutou ou simplesmente não deram importância. Depois de dois minutos, a porta da casa se abriu, fazendo com que as pessoas se dessem conta da situação. Todos estavam na sala e eles não iriam receber visitas. Quinn e Kurt congelaram no chão da sala; Judy Fabray, mãe de Quinn, se aproximou do marido, enquanto Russel ficou alerta e pronto para defender todos, mesmo segurando apenas um jornal em mãos.

Passos ecoavam por toda a casa e ficavam mais altos a medida que a pessoa se aproximava. Quinn, que sempre teve acessos de coragem, resolveu fazer alguma coisa.

– Frannie? – Quinn chamara por sua irmã mais velha. Porém não poderia ser a garota, pois Frannie sempre avisava quando estava chegando em casa. Deus queira que aquilo fosse uma exceção de Frannie.

Foi quando a imagem de um jovem de cabelos castanhos, quase careca, apareceu na porta. O rapaz era muito alto, usava um uniforme camuflado e tinha uma mochila do mesmo tecido em mãos. Apesar de estar com uma jaqueta enorme, Kurt notara que ele era forte. Provavelmente todo seu corpo era cheio de músculos. Tanquinho, braços e pernas definidas, porém, nas proporções magras e ideais que seu corpo proporcionava.

– Que tal Sebastian? – Perguntou o castanho misterioso. O rapaz logo revelou um sorriso para todos.

A família inteira de Quinn estava em choque e pelo o que Kurt notara, com lágrimas nos olhos. O Hummel sentia que uma peça ou detalhe estava faltando. Quem era aquele rapaz e o que ele estava fazendo ali, invadindo a casa de sua amiga?

Seb! – Quinn saltou do seu lugar e correu para o garoto. A menina pulou em seus braços, prendeu as pernas em sua cintura e os braços envolta de seu pescoço. Com a cabeça enterrada na curva do pescoço do rapaz, a loira chorava sem parar. Kurt se assustou um pouco com aquilo. Não sabia se seus olhos se arregalavam ou franzia a testa.

Com a reação de Quinn, os pais da garota pareciam ter saído do transe igualmente. Os dois se levantaram e foram até o rapaz. Por longos minutos, eles se abraçaram. Kurt olhava o rosto do rapaz, mas não reconhecia de lugar algum. Chegara até se perguntar se ele era um namorado de Quinn. A julgar pela roupa e cabelo, obviamente ele estava voltando do exército. Com essas informações, mais a altura do jovem, Kurt concluíra que ele era mais velho que Quinn e ele.

Quando tudo estava um pouco menos intenso, Sebastian tirou os olhos dos de sua mãe e pela primeira vez percebeu o adolescente no chão de sua sala. Sebastian o encarou confuso. Seria aquele o namorado de Quinn? Sebastian percebera que o menino usava um moletom vermelho, que era igual a um que ele usava quando jogava lacrosse na sua antiga escola. A presença do rapaz o intrigou demais. Por não tirar os olhos duros e intensos de Kurt, o Hummel precisou voltar para seus estudos.

– Sebastian, eu não acredito que está aqui, querido! – Dizia Judy. A mulher agora tirara Quinn e Russel da sua frente e analisava o rosto do rapaz. Kurt agora sabia que o nome do rapaz misterioso era Sebastian. Apesar de não estar olhando, Kurt poderia sentir um olhar o queimando. – Nós sentimos tanto sua falta!

– Eu também. – O rapaz olhou para a mãe e depois para Kurt. – Mas parece que eu fui substituído por uma versão de alguns anos atrás.

Pronto, agora todos olhavam para Kurt. Que estava fingindo estar estudando, “notou” o silêncio e olhou para trás. Ele abriu a boca e fechou várias vezes com tantos pares de olhos virados para ele. Ele se levantou de uma maneira embaraçosa e Quinn foi até ele.

– Kurt, esse é meu irmão mais velho, Sebastian. – Disse ela. Frannie era bem mais velha que Quinn, mas Sebastian parecia ser mais velho que Quinn por poucos anos. Mas só então Kurt se deu conta. Sebastian era irmão de Quinn. Eles eram amigos há quatro anos e ela nem mencionara a existência do rapaz. Sem contar que não havia quadro algum de Sebastian pela casa.

– Irmão? Uau. – As sobrancelhas de Kurt indicavam o total espanto. Ele não queria dizer, para não causar problemas, mas realmente gostaria de dizer que os Fabray eram bons em guardar segredos.

Sebastian estendeu sua mão em direção a de Kurt. O Hummel vacilou um pouco e apertou a mão de Sebastian. O Fabray do meio tinha força e firmeza em um simples toque. A forma que Sebastian encarava Kurt era estranho, porque ele gostava de olhar no fundo dos olhos e isso assustava Kurt. Era como se a pessoa estivesse o vendo nu ou lendo seus pensamentos. Era intimo demais ter contado visual por muito tempo.

Além disso, o rapaz era muito certo dos movimentos que fazia. Não chegava a ser um robô, mas ele não hesitava no que fazia. Muito objetivo em sua forma de agir. Seja lá o método de pedagogia usado no exército, Kurt tinha certeza que Sebastian havia mudado, porque ninguém na sua família se colocava de forma tão presente e séria. Era como estar ao lado de um coronel ou presidente. Kurt precisava admitir: tinha medo de Sebastian.

– Sou Sebastian. Irmão do meio de Lucy. – Disse Sebastian. Era primeira vez que ele via alguém chamado a amiga pelo primeiro nome. Apesar da forma que tratou Kurt, Sebastian não parecia tão interessado em toda essa coisa de apresentações.

– Prazer. Eu me chamo Kurt Hummel e estudo com Quinn. – A voz do castanho saiu em um tom quase inaudível. Era estranho estar na presença de Sebastian. Kurt não entendia porquê, mas havia uma certa densidade no momento.

Um silêncio se instalou, enquanto Sebastian não parava de olhar para Kurt com seus olhos julgadores. O outro castanho abaixou os olhos por vergonha. Suas bochechas talvez estivessem rosadas. Ele não gostava daquela atenção.

– Sebastian, vá se tomar um banho e se trocar. – Russel olhou para a mulher. – Acho que sua mãe pode lhe preparar um jantar especial...? – A mulher assentiu e os dois se voltaram para o filho. – Precisamos comemorar sua volta. Kurt, aproveite e fique para o jantar.

Quando o castanho ia protestar, foi interrompido.

– Quinn, venha me ajudar na cozinha. – As duas começaram a se ajeitarem e foram para a cozinha.

Russel se voltou para o filho e o ajudou com a mochila. Quando os dois saíram do cômodo e deixaram Kurt sozinho, o castanho ficou meio desnorteado. Não sabia exatamente o que poderia fazer. Então, como imaginou que não estudaria mais com Quinn pelo resto do dia, foi arrumar os materiais.

– Além disso, Frannie largou do Tim e está mais focada no ballet. – Informou Russel. Russel, Sebastian e Kurt estavam sozinhos na sala, enquanto as mulheres terminavam o jantar especial para Sebastian.

Enquanto pai e filho desenvolviam uma conversa que colocava o rapaz a par da atual situação da família, Kurt continuava a mexer em seu celular, conversando com Rachel.

O castanho não percebeu o silencio, mas sentiu que alguém o olhava. Quando olhou para cima, Kurt viu Sebastian o encarando com os olhos cerrados e com uma expressão nada boa. O Hummel só queria entender porquê Sebastian sempre o encarava de uma forma culposa e condenatória. Se fosse pelo fato dele estar ali, Kurt não tinha culpa, ele não imaginava que Sebastian estava voltando para casa logo hoje.

– Kurt Hummel? – O castanho olhou para o irmão de Quinn. – Você também está no último ano?

– Sim. Farei Artes Cénicas no próximo ano. – Respondeu o garoto com simplicidade.

– Mas eu não lhe perguntei sobre isso. – Apesar de educado, Sebastian tinha uma forma grossa de responder as pessoas. Ele não sabia pesar o que dizia. Isso deveria ser problema do exército.

– O jantar está servido. – Quinn entrou na sala, quebrando a tensão. A loira se questionou se deveria perguntar o que estava acontecendo, mas pelo modo que seu pai levantou do assento, achou melhor girar em seus calcanhares e voltar para a cozinha.

No cômodo, o senhor e a senhora Fabray se sentaram lado a lado, Quinn se sentou ao lado da mãe, Kurt ao seu lado e Sebastian ficando entre o castanho e o pai. O Hummel se sentia um total estranho ao passo que só ele não fazia parte da família e Sebastian estava ao seu lado.

– Podem se servir. – Anunciou a mãe de Quinn. Todos começaram a fazer seus pratos. Sebastian, observou Kurt atentamente. O castanho sabia que novamente havia um olhar sobre ele, mas não iria corresponder o olhar de forma alguma.

Todos começaram a comer e o jantar se desenrolou tranquilamente. Kurt percebeu que Sebastian o ignorou e não ficou o encarando pelo resto da refeição. A mesa desenvolvia uma conversa quase que agradável. Kurt percebeu que toda vez que ele dizia qualquer coisa, Sebastian parecia não ouvir ou algo assim e se mantinha em silencio. E quando o Fabray dizia alguma coisa, Kurt se mantinha do mesmo modo.

Sebastian odiava Kurt. Era muito claro e óbvio.

Ao final do jantar, Russel, Judy e Sebastian foram para a sala, enquanto o castanho e a loira ficaram na cozinha lavando a louça, como de costume. Quinn notara que o castanho estava muito quieto e focado demais em manchas inexistentes nos pratos.

– Sebastian é demais, não? – A loira empurrou Kurt com o ombro, enquanto secava um prato branco. O rapaz pareceu ter submergido de outra dimensão e olhou para a loira.

– Ahn?

– Sebastian. – Kurt piscou, sem entender. – Ele é legal, não é? – Quinn parecia tão contente com a volta do irmão, que Kurt não queria magoa-la dizendo o quão mesquinho Sebastian parecia ser.

– Ah, claro. Ele é muito legal. – Kurt voltou a colocar pratos e copos embaixo da torneira. Quinn notou a quietude do rapaz e respirou fundo.

– Sei que pode estar zangado por nunca ter contando sobre ele, mas é que era difícil falar sobre uma pessoa que talvez nunca mais volte. – Quinn olhou para os quadradinhos amarelos na parede atrás da pia. – Era estranho ver fotos, falar e até pensar nele, como se ele estivesse viajando, quando na verdade, estava dando a vida para proteger o país. Queria te contar, mas não queria fazer dele um assunto. Queria deixa-lo o mais seguro o possível. Inalcançável. – Quinn tinha os olhos marejados.

– Não tem problema. Sei o que quer dizer. Bom, meu avô já foi do exército e papai nunca fala sobre ele. – Kurt sorriu para a amiga. – Entendo completamente. – Os dois voltaram aos afazeres e quando terminaram, Kurt decidiu que era hora de ir embora.

A dupla entrou na sala, no meio de uma conversa muito animada. Quando Kurt começou a recolher seus pertences, só era possível se escutar a televisão. Olhos acompanhavam todos seus movimentos com muita atenção.

– Já vai, querido? – Perguntou Judy. A mulher adorava Kurt. Era como um filho para ela. Russel pensava da mesma forma. Kurt e Quinn eram unidos demais, então tinham um forte carinho pelo garoto.

– Já, Judy. Amanhã tenho que ajudar Finn a arrumar o sótão. – O menino segurou os livros e cadernos nos braços. – Até depois. – Kurt cumprimentou Judy com um beijo na bochecha e rápido abraço em Russel. Quando virou para Sebastian, deu apenas um aceno com a cabeça e um sorriso curto. O Fabray nem ao menos tirara os olhos da televisão. – Hum... Boa noite, pessoal. – Com Quinn logo atrás, o garoto se dirigiu até a entrada da casa.

Kurt pegou seu casaco e o vestiu. Quando saiu, encontrou um forte ar gelado.

– Ei, desculpe pela atitude de Sebastian. Ele sempre foi muito durão, quando entrou para o exército tudo piorou. – Ela colocou uma mão no ombro do melhor amigo.

– Tudo bem. Não é como se eu nunca tivesse sido ignorado antes. – Kurt sorriu de lado. Quinn soltou um som ruído, reclamando das palavras de Kurt. Ela não gostaria de discutir com Kurt novamente sobre aquilo. Ela o colocava para cima quase três vezes ao dia.

– Não fale assim. – A garota o abraçou rapidamente e logo se afastou. – Ele deve ter achado que você é algum namorado meu ou coisa assim. Ele não sabe sobre Puck. Ciúmes bobo de irmão. – Quinn notara depois o olhar com pálpebras baixas que Kurt sempre lhe dava.

– É sério? Nós namorando? Eu hétero? – Kurt apontou para todo seu corpo. – Por favor. Ele é do tipo que reconhece uma bomba facilmente, reconhecer um homossexual como eu não deve ser uma coisa tão difícil.

– Para de falar de você! Você não tem noção de quanto me irrita quando se trata como se fosse nada. – Quinn se aproximou de Kurt. – Você é incrível do jeito que é. Agora para de se menosprezar por conta do meu irmão sem noção. – A Fabray beijou a testa do amigo. – Agora entre nesse carro e vá para casa em segurança. Vou pensar se vou na sua casa amanhã.

– Tudo bem. – Kurt destravou o carro e entrou. Assim que deu ignição, abriu a janela. – Tchau, Quinnie. – Disse antes de dar partida. Pelo retrovisor, viu Quinn acenando para ele e em seguida voltando para casa.

Agora Kurt estava sozinho. Ele não poderia parar de pensar em Sebastian. O Fabray havia sido tão ridículo ao trata-lo daquela forma. Kurt realmente era acostumado com insultos, mas até a família de Quinn, que é praticamente homofobica, o amava, o que ele havia feito para Sebastian? Não adiantava revirar seus pensamentos. Ele não havia feito nada.

Kurt ficou pensando no que aconteceu naquelas últimas horas. O modo como Sebastian falou com ele, como Sebastian o ignorou, como Sebastian o olhou. Sebastian. O nome piscava em sua mente. Raiva. Era isso que ele sentia do rapaz. Por sorte ele apertava o volante com toda sua força, ao imaginar ser o pescoço do soldado.

Quinn era sua melhor amiga e Kurt amava a família da garota, mas não havia como aturar Sebastian, pois era como gostar de uma versão menos perturbadora de Azimio. Não. Ele não estava disposto a fazer papel de bobo para agradar Quinn. Se Sebastian fosse trata-lo com desprezo e odiá-lo, para Kurt estava tudo bem, pois secretamente, ele não via a hora do Fabray voltar para o exército e ter sua vida de volta. Até lá, Sebastian será só mais um enfeite novo na casa dos Fabray.

Um soldadinho sem valor.


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Notas finais do capítulo

Venenoso esse Hummel.
Anyways...Espero que tenham gostado. Foi uma coisa simples mesmo, porque nas minhas fics as coisas não começam a pegar nos primeiros episódios, são nos últimos. Hahahahahaha.
Enfim, acompanhem mais essa fanfic. ♥

Espero que tenham gostado. Até semana que vem.