Twilight - a Magia do Amor escrita por Sol Swan Cullen


Capítulo 34
Epílogo - Um Novo Começo




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(Bella POV)

Já se tinha passado um mês desde o incidente em Phoenix.

Tínhamos todos voltado para Forks, até a minha mãe... Angel, Isabel, Emily, Ella e Joe voltaram para Salem e levaram Renée que não ficára interessada em ficar pela cidade pouco solarenga de Forks.

A minha perna e o meu braço já estavam praticamente sarados, mas infelizmente Carlisle não me permitia tirar o gesso da perna, para o bem mental dos humanos com quem me dava diariamente.

Jacob e Ana tinham, defenitivamente, assumido uma relação e pelo que a minha gémea explicou, uma relação muito séria. Rosalie, apesar de detestar Jacob, ajudou-o a acabar de construir o carro, tendo ficado impressionada com aquilo que o cachorro fora capaz de fazer sozinho com as suas próprias mãos.

O tratado entre os Cullen e os Queilutes tinha sido re-organizado, pelo que agora a família do meu namorado tinha autorização para entrar na reserva. Quem não ficou muito feliz com a noticia foram os lobos do bando, Paul e Sam... Segundo Jacob, eles teriam muito tempo para se habituar à ideia. Mas Carlisle e a família pareciam dispostos a abdicar da permição para entrar em La Push... O porquê ainda me confundia bastante.

No momento presente, Edward ajudava-me a entrar no seu belissímo Ashton Martin ou, como Ana o tinha apelidado depois de olhar para o carro com os olhos vidrados no futuro, o carro das ocasiões especiais. Esme encontrava-se no alpendre com Carlisle, as mãos de ambos repousavam sobre o ventre ainda indistinguível de Esme e um sorriso tão brilhante de felicidade, que até cegava, nos lábios da mãe do meu namorado.

A minha mente varria as hipóteses que tinham levado Alice, Ana e Rosalie a obrigar-me a levantar do meu lugar no sofá onde observávamos um filme de Steven Spielberg no ecrã da sala de estar dos Cullen e levar-me às cavalitas de Alice escadas acima até ao quarto da baixinha. Não tinha havido razões válidas, ou pelo menos a memória de alguma ocasião especial que requisitasse um vestido de cetim azul escuro sem alças, umsapato de salto demasiado alto que tinha mais ar de ser uma armadilha mortal do que propriamente uma peça de calçado, para não falar do belíssimo arranjo que as minhas queridas cunhadas e irmã tinham feito no meu cabelo, encaracolando-o, esticando-o, prendendo-o, escovando-o e fazendo mais sabe a Deusa o quê às minhas madeixas castanhas.

- Queres esclarecer-me porque razão estamos tão apraltados? – Questionei Edward quando ele se sentou no lugar do condutor.

- Já vais ver. – A resposta criptica dele era tão esclarecedora como uma equação de física quântica.

O meu vampiro acelerou para longe da casa onde Esme e Carlisle nos acenavam do alpendre. Quando finalmente os perdi de vista, passei a examinar o meu namorado. A sua pele pálida estava em perfeito contraste com o smokinhg preto que trajava, os seus olhos verdes (cortesia de Esme) brilhavam com o mistério daquilo que me aguardava, os seus cabelos acobreados estavam no seu desalinho habitual oferecendo um sexy ar selvagem à figura do meu amado.

- Por acaso já comentei contigo o quão fantástico ficas de preto? – Perguntei inocentemente mordendo o meu lábio.

Ele sorriu de través, fazendo com que o meu coração saltasse um batimento.

- Creio que já.

Passei, então, a observar os meus pés, ou melhor, o salto agulha do sapato que Alice me calçara. Claro que ela tinha em mente que eu ainda não compartilhava do mesmostatus de imortalidade que ela, vampira ou não. Alice tinha estado, juntamente com a traidora da minha irmã, praticamente o dia todo a brincar às barbies comigo... sendo eu a barbie tamanho real dela. Fora um rodopio de cores enquanto a fadinha me passava vestidos cujas as étiquetas eu tinha dificuldade em ler por estarem em outro idioma. Claro que Ana não ficara atrás, a loira tinha-se divertido enquanto ajudava Alice a escolher-me um vestido, claro que a minha querida irmã já sabia qual seria o vestido escolhido, mas isso não importava minimamente desde que passassemos pelo menos cinco horas a criar laços como a minha adorável cunhada tinha dito.

- Pelo amor da Deusa, Edward, diz-me que ao que quer que vamos é deveras importante para eu estar calçada com isto! – Exclamei depois de um bom tempo a observar o meu traje, levantando a minha perna que não estava engessada para mostrar o sapato a Edward. – Isto é uma armadilha mortal para a minha saúde! Já não me basta uma perna partida?

Edward afastou os seus olhos da estrada, lançando um olhar ardente à minha perna. Senti o meu rosto arder sob aquele olhar esfomeado e tive que engolir em seco para me lembrar como se respirava.

- Lembra-me de agradecer à tua irmã e à Alice depois, está bem? – A minha resposta à sua pergunta foi um olhar furioso na sua direcção. – É uma surpresa e prometo-te que vais gostar.

Ia abrir a boca para reclamar quando o som do seu telemóvel começou a tocar. Um toque que não reconheci, mas Edward rapidamente atendeu.

- Olá, Charlie. – Edward disse, os seus olhos agora focados novamente na estrada.

- Charlie? – Perguntei, esforçando os meus ouvidos para conseguir ouvir o que o meu pai dizia do outro lado do telefone.

Algo que tinha reparado depois de ter vindo do hospital em Phoenix e da conversa que tinha tido com o meu pai acerca da mãe de Edward, Charlie tornara-se mais aberto com Edward, tratando-o praticamente como um filho.

- Está a brincar! – Edward disse com descrença.

- Eu avisei-te! – Ouvi Charlie rir-se do outro lado da linha.

- O que foi? – Perguntei com imensa curiosidade.

Claro que eu ter falado foi exactamente a mesma coisa que não ter aberto a boca pois Edward ignorou-me totalmente.

- Porque não me deixa falar com ele? – Ele sugeriu ao meu pai, a sua voz para além do tom de riso, tinha um tom de prazer indiscutivel. E ficou em silêncio por um minuto. O sorriso no seu rosto fazia-me questionar qual seria a comicidade da situação.

- Olá, Tyler, é o Edward Cullen. - A sua voz estava amigável, mas eu conseguia distinguir o tom irritado que estava coberto pela falsa amistosidade da sua voz.

Assim que ouvi o nome do nosso querido colega de escola, senti o meu sangue gelar e os meus olhos esbugalharam-se. O que estaria aquele humano irritante a fazer em minhacasa? E, depois de olhar novamente para o vestido, para o sapato-armadilha-mortal e para o smoking de Edward, percebi.

- Oh, não... – Sussurrei.

- Desculpa se houve algum desentendimento, mas a Bella não vai estar disponível esta noite. – O tom de Edward mudou e enqaunto ele continuava a ameaça era clara na sua voz como cristal. – Para ser verdadeiramente honesto, ela vai estar indisponível todas as noites, para alguém à minha excepção. Sem ofensa. Lamento pela tua noite.

De arrependido, ele não tinha nada. E então desligou a chamada fechando o telemóvel com um imenso sorriso no rosto.

Senti o meu rosto e pescoço aquecerem enquanto era tomada pela raiva. Sentia a magia e as lágrimas despertadas pela raiva picarem-me.

Edward pareceu ter reparado na mudança no ar devido à magia, pois olhou para mim com um ar preocupado. – Bella?

- Vais levar-me ao baile de finalistas? – Gritei, sentindo a magia libertar-se numa pequena explosão.

Agora fazia pleno sentido o porquê de Alice, Ana e Rosalie terem estado a ter tanto trabalho na minha imagem durante praticamente o dia todo. O porquê do vestido lindíssimo, do sapato horrendo, do arranjo no cabelo, da maqueagem e sabesse lá mais o quê que elas me tinham feito. E a pior parte, eu sentia-me estupidamente envergonhada por não ter reparado no óbvio! A escola toda tinha imensos panfletos coloridos presos nas paredes, nos placards de avisos nos edifícios das salas de aula, nos corredores, na cantina... Mas tinha andado tão distraida com os recentes acontecimentos como o início de uma complicada relação à distância entre os meus pais, a recém-descoberta gravidez de Esme, o pedido de noivado de Joe a Emily, o início do relacionamente entre Ana e Jacob e Seth e Ella, a renovação do tratado entre os lobos e os Cullen... Tinha sido tanta coisa a ocupar a minha mente que não vira motivo para me preocupar com trivialidades humanas.

Claro que também não tinha esperado que Edward tivesse decidido levar-me ao estúpido baile... Nem de perto nem de longe tinha demonstrado desejo em participar de tal ocasião para os humanos... Mas Edward parecia não se ter apercebido disso.

Edward pareceu ficar menos preocupado depois de eu ter demonstrado a minha insatisfação pela surpresa. – Por favor, Bella. Não sejas difícil...

- Porque é que me estás a fazer isto? – Perguntei horrorizada. – Eu num estado normal não consigo dançar, imagina com isto! - Apontei para o gesso que me envolvia a perna esquerda,

Ele teve a delicadeza de não se rir na minha frente, achei bastante sábio dele, pois estava confinado com uma bruxa furiosa dentro de um carro minúsculo... Os danos provocados tanto nele como no carro poderiam ser irreparáveis.

- Então porque é que achas que estava assim vestido? – Ele apontou para o seu elegante smoking.

- De todas as razões do mundo, o baile era definitivamente a última que me tinha levado a pensar que haveriamos de nos vestir de maneira elegante. – Disse-lhe, as lágrimas transbordando os meus olhos. – Poderia ser a transformação da Rose e da Alice!

Essa teria sido uma ocasião para festejar. Tinhamos acordado com a Avó por telefone que assim que a escola acabasse, Alice e Rosalie seriam alimentadas com sangue de bruxa para que assim se tornassem bruxas como Esme. Tinha sido dada a hipótese aos machos da família Cullen, mas todos tinham recusado a oportunidade, Edward em especial.

Os olhos de Edward ficaram subitamente mais suaves, tal como todo o seu rosto. – Porque estás a chorar?

- Porque estou zangada! – Disse-lhe exasperada.

- Bella. – Ele suspirou, os seus olhos verdes estavam fixos em mim. E ele até podia não ser um bruxo, mas que aqueles olhos eram mágicos, oh se eram.

- O que é? – Perguntei, distraida pela profundidade do seu olhar.

- Faz a vontade. – Ele insistiu, a sua voz suave como veludo.

Senti a minha fúria dissipar-se perante o olhar dele. Era difícil ficar zangada com ele quando ele olhava assim para mim.

- Está bem! – Bufei, cruzando os braços sobre o peito como uma criança irritada. – Mas já disse que não danço! Não com esta coisa no meu pé!

Ele voltou a olhar para a minha perna com desejo a arder nos seus olhos esmeralda.

- Hum... – Ele disse baixinho, num tom apreciador. – Tenho mesmo que agradecer à Alice e à Ana.

- Elas vão estar lá?

- Claro! O Jasper, o Emmett, a Rosalie e o Jacob também, como é óbvio.

Oh seria perfeito...

A minha humilhação seria pública!

Enquanto abanava a cabeça para dispersar os pensamentos, ocorreu-me outra coisa.

- O meu pai está ao corrente disto?

- Claro. – Edward sorriu e depois riu-se baixinho. – Aparentemente, o Tyler não estava.

Cerrei os dentes. Como Tyler poderia ser tão iludido estava para lá de mim. Na escola, Edward e eu éramos inseparáveis, mesmo nos dias de sol. Charlie oferecera-me uma autorização especial para faltar nesses dias também visto que a minha pele começava a mostrar-se demasiado... atractiva.

Já estávamos no parque de estacionamento da escola, o descapotável vermelho de Rosalie destacava-se dos outros carros, especialmente estando estacionado ao lado de um Volkswagen Rabbit vermelho desbutado. O tempo estava perfeito para todos nós, uma camada absurdamente espessa de núvens cinzentas cobria os céus e os raios de sol existentes eram apenas visíveis a oeste.

Edward saiu do carro e abriu-me a porta, sai com a sua ajuda. Erguendo o queixo numa parva tentativa de me mostrar tão superior ao meu receio pela dança como a Avó costumava parecer aos seus maiores medos. Claro que o facto de estar coxa por causa do gesso não ajudava em nada na minha tentativa de parecer uma mulher poderosa e superior...

Os bailes de finalistas em Phoenix, eram dados em salões de baile em hotéis. Em Salem, todas as festas eram dadas no edíficio principal do Conselho na praça. Aqui em Forks, bem... O baile seria no ginásio do liceu. Conseguia adivinhar porquê.

Quando entrámos no ginásio, a vontade de rir que me percorreu o corpo era maior do que o meu medo de dançar. Havia arcos de balões e guirlandas de papel-crepe bege torcido a enfeitar as paredes.

- Isto parece a cena de um mau filme de terror prestes a acontecer. – Ri-me.

- Bem, - Ele murmurou enquanto nos aproximavamos da bilheteira. – Há vampiros, bruxas e até um lobisomem para que isso possa acontecer.

Olhei para a pista de dança uma grande lacuna formava-se ao centro da pista, onde três casais rodopiavam graciosamente. Os outros dançarinos pressionavam-se para os lados da sala para lhes dar espaço – ninguém queria contrastar com tal esplendor. Emmett e Jasper estavam intimidantes e impecáveis nos seus smokings clássicos, até Jacob parecia mais do que elegante no seu smoking. Alice estava impressionante no seu vestido de cetim preto com recortes geométricos que desnudavam largos triângulos da sua pele pálida. Rosalie estava... bem, como ela própria, Ela estava inacreditável. O seu vestido era vermelho e sem costas, justo nas suas pernas onde caía numa cauda ondulada, com um decote que ía até à cintura. Tive pena de todas as raparigas na sala, estando eu incluida. Mas, claro, Ana não ficava atrás das vampiras, o seu vestido era cor-de-rosa, delicado e sensual, abraçando as suas curvas delicadas na perfeição, destacando certas partes do seu corpo como o seu peito e a sua cintura. O seu vestido era quase como o meu, também não tinha alças e, tal como o de Rosalie, não tinha costas, fazendo com que a sua saia caisse livre até abaixo dos seus joelhos.

Estive quase para arrancar o gesso da minha perna e sair a correr dali. Não importava que Alice tivesse trabalhado em mim com afinco durante o dia todo, não importava que eu fosse tão bonita como Ana... A beleza das três raparigas era intimidante no seu todo.

- Queres que feche as portas para que vocês possam chacinar a cidade inteira? – Perguntei num sussurro.

Vi-o revirar os olhos. – E onde é que tu entras no meio disso tudo?

- Do lado dos vampiros, como é óbvio.

Ele sorriu relutantemente. – Qualquer coisa para não dançar.

- Qualquer coisa. – Confirmei.

Ele comprou os nossos bilhetes e encaminhou-nos para a pista de dança para se juntar aos nossos irmãos.

- Respira fundo. – Edward disse-me ao ouvido, quando reparou que a minha pele estava mais pálida que o do costume.

- Edward, por favor, não me obrigues a fazer isto.

- Eu tenho a noite toda. – Ele avisou-me.

Se me ías obrigar a humilhar-me publicamente numa dança, poderias, pelo menos, ter-me permitido tirar o gesso. Pensei para ele enquanto era colocada sobre os seus pés para dançar.

Teria feito alguma diferença? Ele perguntou-me com um sorriso.

Teria! Se tenho que dançar, ao menos que seja com os pés no chão!

Edward riu-se baixinho enquanto nos juntávamos aos nossos familiares. Eu sobre os seus pés, enquanto dançávamos alegremente. A sensação era idêntica a ter regredido uns anos, parecendo estar a dançar com o meu pai numa das festas em Salem.

- Parece que tenho, outra vez, cinco anos. – Ri-me, deleitada pela sensação.

- Tu não pareces ter cinco anos. – Edward respondeu-me, dirigindo-me novamente o olhar esfomeado que me tinha dado no carro.

Alice chamou à minha atenção numa das voltas e sorriu-me encorajadoramente. Sorri-lhe de volta e fiquei surpreendida ao aperceber-me de que estava a divertir-me de facto.

Continuamos a dançar, o silêncio entre nós não era desagradável, era um silêncio companheiro, onde podiamos apenas apreciar a companhia um do outro.

- Sabes… Imaginei-te muitas vezes a dizeres sim a um deles. – Edward disse enquanto os seus braços voltavam a envolver a minha cintura depois de me ter feito girar na dança. Olhei para ele, os seus olhos verdes estavam distantes. – Muitas vezes vi o teu futuro melhor que Alice… Vi-te a aceitar um deles… - O seu olhar dirigiu-se para os nossos colegas de Liceu que olhavam para ele com óbvio ressentimento. – Vi-te a seres levada pelo braço do teu pai altar a cima… E de todas as vezes em que vi esse futuro, eu nunca estava lá. Nunca era eu quem tu ias escolher. No entanto, aqui estamos… Tu, nos meus braços…

Já ouvira mais ou menos aquela história muitas vezes… E não gostava do papel a mim atribuído… Ele julgava-se sortudo por me ter a mim quando, na verdade, eu é que tinha imensa sorte por ele me amar.

- Sim. Eu estou nos teus braços e sou toda tua! – Disse-lhe, não deixando a minha voz fraquejar ao dizer aquela verdade.

- E eu sou teu. – Ele disse-me, os seus olhos agora brilhando com amor. – Mas não é isso. Eu nunca pensei que me escolherias… Não fazia qualquer sentido… Ainda não faz. Porquê eu?

- Hum… Acho que devo perguntar o mesmo… Porquê eu, Edward? Porque é que num mundo em que existem vampiras, mulheres milhões de vezes mais belas do que eu, tu te irias apaixonar logo por mim?

- Retóricas... – Edward sussurrou, olhando ao nosso redor e então senti o seu peito termer com um rosnar baixinho.

- Edward? O que foi?

Ele apenas indicou-me que olhasse para o lado onde três rapazes nos olhavam com óbvio desgosto. Tyler, Eric e Mike. Revirei os olhos e então fiz algo que nunca tinha considerado possível, expandi o escudo mental que protegia a minha mente, envolvendo a mente de todos à nossa volta. O olhar de espanto no rosto de Edward disse-me que tinha sido bem sucedida.

- Esta noite, és só meu. – Disse-lhe, puxando-lhe o rosto para baixo para o poder beijar. – Pensamentos que oiças... Devem ser meus e só meus... Não existe ninguém para além de nós aqui neste salão.

- Acho então que estou a ver coisas. – Ele riu-se, olhando-me fixamente nos olhos.

Ficámos durante um bom bocado em silêncio, apenas a dançar. A minha cabeça encostada no seu peito e a sua bochecha encostada no topo da minha cabeça.

- Quero ficar assim pelo resto da minha existência. – Ele disse.

- Eu também. – Sussurrei.

Passado um bocado, saímos da pista de dança e juntámo-nos aos outros numa das mesas no fundo do ginásio, onde Alice nos acenava alegremente.

- Então. – Emmett disse assim que nos sentámos. - Como te sentes por ser esta a última noite que passas em Forks rodeada pelos humanos do liceu?

- Para falar a verdade... Não sei bem como me sinto. Por um lado, estou feliz por voltar para Salem, por finalmente poder ir para casa. Mas por outro... Foi aqui que nos conhecemos, foi aqui que tudo começou, sinto-me ligeiramente triste por ter que abandonar isto. – Respondi ao irmão urso com uma pontada de tristeza no peito.

- Podemos sempre voltar depois de já termos a nossa vida feita em Salem. – Edward disse.

- E ter que voltar a escondermos o que somos? – Rosalie disse, o seu tom de voz ligeiramente incrédulo. – Abrirmos mão da oportunidade de sermos normais?

- A vida em Salem chega a ser bem monótona, Rose. – Ana disse. – As coisas por lá podem ser... Muito normais por vezes.

Ana tinha razão. Salem era demasiado pacífico para quem estava habituado a ter que se esconder constantemente do mundo. Mas era disso que todos precisávamos neste momento, algo que nos refrescasse daquilo que já tinhamos vivido.

- Bem, de qualquer maneira, depois de sermos bruxas, não precisamos de nos esconder realmente, Rosie! – Alice disse alegremente. – Seremos praticamente tão normais como humanos.

- Isso também é verdade. – Concordou Jasper, beijando a tempora da sua esposa.

- Bem, eu proponho um brinde! – Jacob disse erguendo o seu copo de sumo.

Todos lhe emitámos o movimento, até os vampiros que por esta noite aproveitariam de uma natureza semi-humana.

- Brindemos à normalidade! – Jacob disse, o seu copo batendo ligeiramente nos nossos copos.

- À normalidade. – Dissemos todos em conjunto.

E era isso que todos teríamos a partir de agora, dentro do sobrenatural que regia as nossas vidas, éramos todos normais...

Pelo menos, por esta noite.

- Fim -


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^



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