Os opostos se atraem escrita por jeh winchester


Capítulo 13
Bônus: Brasil


Notas iniciais do capítulo

Esse é um bônus que vai falar um pouco de uma nova amizade entre Monique e Rafael, espero que lembrem deles.



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P.O.V MONIQUE

– Mas Jean- implorei- fizemos isso juntos- falei segurando as lágrimas. Não acredito que ele está fazendo isso comigo.

– Era tão difícil tomar as pílulas?- Jean gritou.

– Era tão difícil usar proteção?- gritei de volta.

– Nem sei se o filho é meu. Você que se vire.- Ele falou e saiu da minha casa, tentei para-lo mas ele nem quis saber, montou em sua moto e saiu catando pneu.

E agora? Minhas amigas foram pros EUA, Lukas e Bruno sumiram do mapa. Engravidei e aquele maldito me deixou. Meu pai vai me matar se descobrir.

Saí de casa e fui caminhando pela cidade. Como eu podia me livrar desses problemas? Me sinto tão sozinha. Tão solitária.

Aposto que se eu sumir ninguém iria notar.

Enquanto isso...

P.O.V Rafael

Sou Rafael, tenho 18 anos e cabelos e olhos negros. Minha vida
está um inferno. Todos querem que eu seja algo que eu não quero ser, falando que eu não posso fugir desse destino e que assim seria o melhor para todos. Ainda para melhorar minha situação, todos acham que sou gay, só por ser romântico.

Não aguento mais isso, por isso resolvi fugir daqui, pode me chamar de covarde, eu não ligo afinal é isso que eu sou. Já sou maior de idade, posso fazer o que quizer.

Já havia feito minhas malas, comprado minha passagem pro Brasil, que na verdade a escolha foi pura sorte, eu apenas fechei os olhos e fiz minha escolha . Fui pro estacionamento e dirigi ao aerroporto. É hoje que minha vida começa.
Embarquei no avião e permaneci olhando pela janela, sussurrei:

–Adeus, inferno.

HORAS DEPOIS...

Desembarquei no Rio de Janeiro,e entendi o porque chamam de "CIDADE MARAVILHOSA".

Fiz minha hospedagem em um pequeno hotel que tinha ali perto do aeroporto. Deixei minhas malas no quarto e fui dar uma volta no shopping.

[...]

Depois de fazer um lanche, dei uma volta pelo shopping, não podia ficar gastando dinheiro, pelo menos não antes de conseguir um emprego e um lugar fixo para ficar ( não poderia ficar bancando o hotel por muito tempo ).

Parei assim que ouvi um choro, seguido de um gemido vindo do banheiro feminino.

Olhei para os lados e pelo que parecia, ninguém percebeu. Fiquei alguns segundos pensando se entrava para saber o que estava acontecendo, ou se fingia que não escutei nada e ir embora, afinal era o banheiro feminino.

Meus pensamentos foram interrompidos por um baque alto vindo do banheiro, não pensei mais em nada, apenas entrei.

Quando entrei encontrei uma garota desmaiada no chão com os pulsos cortados, em sua volta tinha uma grande poça de sangue. Levantei a garota do chão e saí de lá o mais rápido possível.

Gritei por ajuda e logo apareceu um segurança, que assim que viu a garota ensanguentada em meus braços fez uma cara assustada e veio correndo em nossa direção, perguntando o que aconteceu e respondi apenas que a encontrei no banheiro.

– vamos leva-la ao hospital- falou e começou a caminhar apressado para a saída do shopping e eu fui logo atrás o seguindo.

Por onde passávamos, as pessoas todas observavam com um olhar curioso e outros assustados, alguns até pegaram seus celulares para tirar fotos ou gravar.

[....]

Já tinha se passado quase 2 horas desde que chegamos no hospital, que estava cheio, mas assim que viram o estado da garota logo levaram ela numa maca para uma sala. O segurança que ajudou foi embora e eu estou esperando a garota acordar para saber quem ela é e por que tentou se matar.

Depois de mais 10 minutos esperando, resolvi voltar para o hotel, está cidade é mesmo agitada, em menos de 24h que eu estou aqui e já me aconteceu tudo isso.

Como o hotel não era muito longe, preferi ir andando do que pagar um taxi. Já estava perto do hotel, quando chegou uns caras me apontando uma arma. Olhei para os três homens que estavam me cercando. Eles realmente iriam atirar em mim no meio da rua? Apesar de já estar um pouco escuro.

– Eai parça, passa os bagulho tudo ai- disse o que estava me apontando a arma. Olhei pra ele assustado, do que ele tá falando? Apenas fiquei quieto.

– Ta esperando o que? Passa as coisas tudo.

– Cê tá querendo levar tiro parceiro?

– perai, isso aqui é um assalto?- então era disso de que eles estão falando?

– Não, é um clipe sertanejo imbecil.- falou o que parecia ser o "chefe" com ironia.-Vai logo, passa tudo.- fez um sinal para os outro dois que começaram a me revistar.

– olha só isso chefe- disse um deles com meu celular na mão- o cara tem um celular modernão.

– chefe, achei a carteira- falou o outro abrindo minha carteira.- carai, nos demos bem, olha quanto dinheiro tem aqui.

– Ótimo, vamos embora. - falou o chefe deles andando para trás ainda apontando a arma para mim.

– valeu pela grana, otário.- disse um deles assim que começaram a correr para longe.

Apenas respirei fundo tentando me acalmar.

Voltei ao hotel e expliquei o que aconteceu para o gerente que não quis nem saber e me mandou pra rua, deu tempo apenas de pegar minha mala no quarto.

Depois de um tempo pensando, decidi ir no hospital. Eu a salvei, ela pode me ajudar, eu espero.

Na recepção do hospital, fui falar com o recepcionista.

– posso ajudar em alguma coisa? - perguntou assim que eu cheguei perto sem nem olhar pra mim.

– vim ver a garota do quarto 135 que chegou hoje.- falei. Ele mecheu em alguns documentos e logo se virou para mim novamente.

– Você é algum parente?

– não, mais foi eu que a trouxe.

– Tudo bem, você pode ir, ela já está acordada, tem uma enfermeira com ela para conseguir seus dados.

– Obrigado- agradeci e sem dificuldades me dirigi para o quarto 135.

Quando já estava próximo, a enfermeira saiu do quarto e assim que passou por mim, me deu uma piscadela e saiu desfilando pelo corredor. Ignorei e depois de dar uma batida fraca na porta entrei.

A garota estava sentada na cama com os pulsos enfaixado enquanto olhava distraidamente pela janela. Olhando agora, ela é realmente bonita, eu me pergunto o porque dela ter tentado se matar. Parecia não ter notado minha presença, ou simplesmente está me ignorando.

– Oi- falei chamando a atenção dela para mim.

– te conheço?- perguntou com o olhar confuso.

– Não, meu nome é Rafael- me apresentei- fui eu que achou você desmaiada no chão do banheiro.

Seu olhar de confusão mudou em instantes para um olhar de pura raiva.

– Seu filho da puta, no que estava pensando?- perguntou elevando a voz e me tacando o travesseiro.

– Você está maluca? Eu te ajudei.- Quem essa garota pensa que é?

– ninguém pediu sua ajuda, se eu fiz isso foi por que eu quis, ou você acha que eu "acidentalmente" cai com uma lâmina nas mãos?

– não precisa ser sarcástica, porque fez aquilo?- peguntei, essa garota já está começando a me tirar do sério.

– E porque você acha que pessoas se cortam? É claro que eu queria me matar mas você estragou tudo seu imbecil. - Ela falava cada vez mais irritada.

– Então apenas me fala o porque disso.- falei mais calmo.

– Isso é assunto meu, não se meta.

– tudo bem, você tem razão não é da minha conta. Eu só queria ajudar.

– Mas eu não pedi a sua ajuda. - falou mais uma vez com a voz elevada.- só me trouxe mais problemas, agora vou ter que arranjar grana para pagar esse hospital, você podia pelo menos ter me trazido pelo SUS.- falou mais calma. Bipolar.

– Não se preocupe, eu paguei enquanto os médicos te examinavam- e antes de ser roubado. Terminei em pensamentos. Seu olhar mudou para surpresa.

– Você não é brasileiro, certo?- perguntou.

– Certo, cheguei hoje dos Estados Unidos, mas como sabia?

– fácil, o jeito em como me ajudou e também por que seu português é um lixo.- Não aguento mais, quem essa garota pensa que é?

– quer saber, foda-se você, por sua causa eu fui assaltado assim que sai dessa droga de hospital, agora não tenho lugar para ficar e já está ficando escuro. Viu só, é isso que eu ganho por ajudar uma desconhecida- explodi, não estou mais aguentando essa garota que só sabe ficar reclamando e não tem um pingo de gratidão. arregalou os olhos.

– Nossa, só nesse tempo que você está aqui e já foi assaltado, isso que é azar.- falou tentando descontrair o clima tenso que ficou.

– estou falando sério garota, agora vou ter que arrumar um lugar para ficar- falei com raiva já pronto para sair do quarto.

– Espera- parei e me virei de frente a ela e esperei ela continuar- se você quiser, pode dormir na minha casa essa noite, ou até arranjar um outro lugar para ficar.- a olhei surpreso, ela logo virou o rosto, podia jurar que tinha visto seu rosto corar.

– Não era você que até 2 minutos atrás queria que eu fosse embora? Você é bipolar?

– Calado, é só que eu iria ficar com a consciência pesada se você virasse um mendigo sem teto e ter que ficar pedindo esmola por minha causa. - fiquei por um tempo pensando. O que eu tenho a perder afinal? Já levaram todo meu dinheiro e como não tenho onde ficar mesmo.

– Ok, eu aceito- ela sorrio.

– Ta mas vai ter que esperar eu receber alta. O médico falou que ainda hoje eu poderia ir para casa, então não deve demorar.

– Tudo bem. Tá com fome? Vou pedir para a enfermeira trazer algo para você comer.

– Obrigada, mas antes, qual é mesmo o seu nome? - perguntou, acho que quando eu me apresentei antes ela estava um pouco alterada.

– Rafael.

– meu nome é Monique, desculpa por ter gritado com você. Obrigada por hoje.

– Não precisa agradecer- falei e ela sorriu- agora vou achar uma enfermeira, já volto.

Saí do quarto a procura da enfermeira e pedi a comida.

Lá pelas 21h, os médicos deram alta para Monique e ela me levou até sua casa, era bem simples e aconchegante, ela falou que mora com seu pai mais ele está viajando a trabalho.

Depois de comer uma miojo que ela fez para mim, me deu cobertas e um travesseiro, dormi no sofá mesmo, amanhã iria tentar arranjar um emprego. Mas o que eu realmente quero é saber porque Monique tentou se matar, ninguém tenta suicídio por causa de um rímel borrado.

Com esses pensamentos adormeci, hoje foi um dia muito problemático.

" O fogo do amor se apaga, quando na verdade ele não existe, mas o verdadeiro amor é aquele que começa como uma faísca e sem querer domina o teu coração para sempre. "
Stéfanie Rodrigues Abreu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Próximo capítulo cai começar na visão do nosso Natan gostoso.

Se vcs quiserem mais capítulos falando da Monique e do Rafael comentem aí.

Bjss e até o próximo.



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