P.S.: Koishiteru escrita por Izzy Hojou


Capítulo 4
Capítulo 4 - Enfim Livres


Notas iniciais do capítulo

último capíulo :')



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O rapaz estava na sala de experimentos. Deveria estar preso à maca por mais de três dias.

— Ren, acorda... Por favor, eu voltei... - Izzy não chegou a poder tocar a pele de Renzou; Sugirou Summers entrou de rompante na sala às gargalhadas.

— Ele te esperou, menina, mas creio que seja tarde demais. Nos últimos dois dias, fiz os experimentos com ele desmaiado, pois o corpo está sendo mantido vivo com medicamentos. Oh! Eu esqueci da dose de hoje. Acho que ele está morto, hihi.

Ao ouvir aquilo, Izzy Hojou perdeu o controle das emoções. Arranhou a face e caiu no chão. Soltou um grito desesperado e ensurdecedor. Ela então tomou a foice das mãos do Shiningami, e forçou a entrada do demônio em seu próprio corpo. Rin Okumura viu nos olhos da garota medo e ódio " Então é assim que eu fico quando perco o controle...". Sem dar tempo a qualquer reação, Izzy ceifou a alma de Summers e o matou, virando-se para Shima e finalmente abraçando o rapaz. A garota sofreu uma transformação, e tanto arma quanto vestes desapareceram dando lugar à luz e um par de asas.

— Um anjo... - Rin estava boquiaberto.

— Um Deus da Morte que tira o manto, revela a que lado pertence - Yukio observa.

As asas se fecharam sobre o corpo frio de Renzou, e uma luz extremamente forte fez com que até o contorno dos objetos se perdesse.

"Ren... Ren, por favor... Volta... Acabou, estamos livres... - ela estava no meio de uma vastidão branca. Sua voz ecoava no nada, e não havia resposta - Renzou... Volta... Você não pode me deixar aqui, sozinha nesse mundo...

"Cheguei a pensar que não viria... - Renzou estava também coberto de luz - senti tanta dor... Eu havia desistido, mas você me chamou de volta - ele sorriu, e parou onde estava.

"Eu faria o que fosse preciso para salvar você. E estou aqui. Nossos amigos nos esperam. Eu te espero. Volta - ela parecia não ser capaz de enxergar o rapaz, até que ele a abraçou pelas costas e repousou a cabeça em seu ombro. Ficou tão feliz e surpresa que acabou começando a chorar. Virou-se e olhou aqueles profundos olhos castanho-claros - Vem comigo, tá? Me dá a sua mão e podemos voltar juntos...

"Mas não vão me querer. Eu sou um traidor... Fique aqui comigo. É tão tranquilo aqui. Não tem barulho, problemas, nem dor ou tristeza - ele parecia ainda mais triste.

"Renzou, isso é o que a morte nos dá. Se estivermos mortos, nem mesmo o que nos une poderá ser sentido. As almas não possuem coração...

"Você jura que vai ficar comigo, haja o que houver? Se for assim, eu até passo por tudo aquilo de novo... Mas tem de ficar do meu lado...

"Ren... Posso te dizer uma coisa que eu tento te dizer há muito tempo...?

Então, juntos e em uníssono, disseram:

"Eu Amo Você"

Izzy acordou de repente. Tinha os olhos cheios de lágrimas, a cabeça repousava sobre o peito ensanguentado de Renzou. Ela o olhou longamente. O rapaz deveria ter despertado também, mas seus olhos não estavam abertos.

— Hojou, tá tudo bem? - Rin ainda estava ficando ciente de toda a situação.

A garota então recordou que Shima despertava apenas após o término do processo de cura. Soltou as amarras que o prendiam à cama, e o levou no colo até o quarto de recuperação. O laboratório estava completamente vazio, a não ser pelos guardas desmaiados, já que Lúcifer deixara o local havia dois meses. Ainda com lágrimas molhando-lhe a face, Izzy encheu o receptáculo com a costumeira água benta aquecida. Imergiu Renzou na água, mas não precisou entoar preces desta vez. Olhou cada ferimento, cada corte, esfolado, queimadura. E sabia que o coração dele estava batendo, mas tinha o pulso tão fraco que poderia parar a qualquer momento. Então, passou as mãos por cada uma das feridas. Deixou o pranto cair no rosto de Renzou, e sorria, murmurando para ele qualquer coisa inaudível.

As mãos deslizaram da testa para o pescoço, onde havia uma marca de queimadura semicurada, então para o peito e para o abdômen, em que a pele antes cálida e lisa, tinha agora dezenas de cortes, feridas meio abertas e queimaduras de terceiro grau. As coxas, onde estivera preso às amarras metálicas, estavam em carne viva, mas tudo foi curado por Izzy. Quando conseguiu terminar a cura, a água estava fria e avermelhada devido ao sangue que saíra dos machucados. Yukio jamais saberia explicar com palavras o que havia visto. Rin estava contente por tudo ter dado certo. Shiemi chorava como uma criança, e Izumo estourara sua cota de emoção. Miwa limpava os olhos por baixo da armação dos óculos. E Suguro foi o primeiro a se aproximar de Renzou. Era estranho ver o amigo de infância ali, deitado numa cama e sem uma peça de roupa que fosse, mas quase não conseguia segurar o sorriso de satisfação por saber que o Shima que ele conhecia nunca se fora de verdade.

Izzy diminuiu a temperatura do termostato. E logo todos estavam batendo queixo pelo frio.

— Vai matar o Shima por hipotermia - Suguro esbravejou.

— Shh... - um sorriso matreiro relampejou na face da Hojou - Renzou... Acorde...

O grupo observou com espanto o que Izzy fez a seguir. Deslizou lentamente os dedos pelo corpo do rapaz ainda desacordado, como fizera no dia após aquele primeiro experimento. Também o beijou a cada toque. Yukio obrigou todos a não olharem o que estava acontecendo, com a desculpa de que seria um ritual da Morte, o que deixou Izzy mais segura e sorridente. Seus dedos passaram pelas pernas magras do rapaz arrepiando a pele que agora estava aquecida, e a Hojou deixou um beijo leve logo abaixo do umbigo de Renzou...

IZZY!! Ah...— Shima acordou de um salto e ficou sentado na cama. Olhou a garota que ainda se endireitava para olhá-lo também. Antes que pudesse sorrir, ele saiu da maca e a abraçou com força; a força que ele tinha quando a salvou da Illuminati.

— Izzy, pensei que não a veria novamente - ele não sabia se chorava ou ria - Pensei que não voltaria para mim...

— Ren... - ela não disse mais nada. Apenas o abraçou e sentiu o corpo quente dele contra o seu. Aquilo era quase mágico, até que...

— Ei, seu tarado traidor - Ryuji jogou uma toalha na direção de Shima - a Hojou pode não ligar, mas a Shiemi e a Izumo ainda estão esperando você se cobrir com alguma coisa - O rosado ia se enrolar na toalha, mas foi docemente envolvido em uma manta por Izzy. Ele sorriu e novamente sentou na cama.

— Patrãozinho... Eu nem sei por onde começar... - completamente sem jeito, Shima abaixou a cabeça.

— Bem vindo de volta. Idiota - e recebeu um abraço de Suguro, que o esmurrou em seguida - Isso é por nunca ter nos contado a verdade. E isso - pousou um pano úmido onde dera o soco -, é por ter voltado da morte.

— Hehe, eu continuo sem saber o que dizer... Obrigada pessoal. Sabem como eu sou. Não sei lidar com essas coisas.

— Você tá de volta, é o que importa - Rin lhe bagunçou o cabelo - Estamos felizes que esteja bem.


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