Carrossel - Aventura Jovem escrita por Blair Marsh


Capítulo 39
Capítulo 9 : 2º Temp. - Eu ouvi tudo.


Notas iniciais do capítulo

Titulo e capa destinado ao Davi e Valeria.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/639970/chapter/39

Eu ouvi tudo.

– Mário On -

Mais essa agora. Alícia acorda, lembra somente de mim, e o que ganho ? Porradas do meu melhor amigo!

– Confessa de uma vez! - Ele ainda me segura pela gola da camisa.

– Confessar ? Nós dois sempre deixamos bem claro: Apenas melhores amigos!

– Ah, é ? E por que ela só lembrou de você ? - Paulo fala num tom de sarcástico.

– Quando você saiu de lá, eu perguntei do que ela lembrava. E ela disse que só lembrava do nome, e do melhor amigo, eu.

– Não sei se devo acreditar.

– Não acredite ué. É a verdade, agora você faz o que quiser. - Falo me soltando.

Me soltei dele, e sai de perto. Precisava tomar um banho para depois cuidar da Ally. E assim, fiz. Tomei um banho rápido (Rápido, porém caprichado), vesti uma camisa vermelha, e uma bermuda cinzenta. Logo, desci as escadas novamente.

– Oi, Mário. - Marce, que tentava segurar o riso.

– Oi, Marcelina. - Sorrio.

– Vai pra enfermaria, de novo ?

– Vou sim.

– Posso ir junto ? - Ela implora com as mãos, e uma carinha de bebê chorona.

– Pode, é até melhor.

– Por quê ?

– Às vezes, ela lembra de você.

Caminhamos de volta para o local determinado. Encontramos Paulo no meio do corredor, mas ignoramos. Quando chegamos no quarto, Alícia dormia. A enfermeira estava sentada na poltrona ao lado.

– Boa noite. - Ela diz.

– Boa noite. - Respondemos baixo, para não acordar a Ally. - Quando avisaremos a família dela ? - Dessa vez, eu quem pergunto.

– Vamos esperar mais uns dois dias. Pois, ela pode melhorar. Caso isso não aconteça, aí entraremos em contato.

– Tudo bem. - Marce. - Obrigada por estar cuidando dela.

– Ok, se precisarem eu passo a noite com ela.

– Não! - Ela responde rapidamente. - Eu quero passar a noite com minha amiga, por favor. - Ela olha para Alícia, tristemente.

– Ok, boa noite! - A mulher se retira dali.

– Mário Of -

– Marcelina On -

Depois da enfermeira sair do quarto, ficamos em silêncio. Alícia dormia, parecia que ficaria assim, um bom tempo. É uma tristeza ver sua melhor amiga, não lembrar de você e nem de ninguém. Bom, quase ninguém. Ela lembrava somente de Mário. Sim, achei tudo isso muito estranho claro, mas sei que são somente bons amigos. Acho que já briguei com os dois muitas vezes por causa disso, não faria isso novamente. Não com ela desse jeito.

– Então... Se você quiser, pode ir dormir, está tarde. - Mário sugere.

– Não. Já disse que quero ficar com ela.

– Tudo bem, então. Já vi que não tem nada pra mudar de ideia. - Ele encara o chão.

– Opa, opa! Você quer ficar sozinho com ela ? - Cruzo os braços, e encaro seus lindos olhos.

– Até você, agora ? - Agora, ele me encarava. - Eu gosto da Lícia sim, como MELHOR AMIGA! Caramba, é difícil de vocês, Guerra's entenderem isso. - O Mesmo revira os olhos.

– Como assim, Guerra's ?

– Paulo quase me espancou hoje.

– Alícia, sempre causando ciumes nele. - Rio, e nesse momento ela acorda.

– Alícia! - Nós dois corremos para perto dela.

– Pera aí, você não estava aqui hoje mais cedo ? - Ela pergunta virando para mim.

– Sim.

Respondi, e no mesmo momento, Jorge entra no local calmamente.

– Oi pessoal. Alícia, oi. - Ele chega perto também.

– Ah, oi ? - Ela pergunta confusa.

– Lembrou de mais alguém ? - Ele pergunta, e ela nega com a cabeça.

– Nós três éramos seus melhores amigos. - Falo.

– Verdade, olha aqui. - Jorge entrega seu celular com uma foto de nós quatro.

– Mas eu não lembro. - Ela diz entregando o aparelho.

– Marcelina Of -

– Jorge On -

O relógio já marcava 21:10, então resolvi fazer uma visitinha para Alícia. Certamente, ninguém estaria ali. Porém, estava errado. Quando cheguei lá, o casal que ainda não voltou, Marilina, estava no local.

– Oi pessoal. Alícia, oi. - Falo chegando perto da mesma.

– Ah, oi ? - Ela pergunta confusa.

– Lembrou de mais alguém ? - Pergunto, e Alícia nega com a cabeça.

– Nós três éramos seus melhores amigos. - Marce.

– Verdade, olha aqui. - Entrego meu celular com uma foto de nós quatro.

– Mas eu não lembro. - Ela diz entregando o aparelho.

– Tudo bem, bom pessoal, acho melhor irmos. - Mário.

– Já disse que, vou ficar aqui. - Marce cruza os braços decidida.

– Tá bom, vamos Jorge ?

– Vamos. - Concordo.

Saímos de lá, e fomos cada um para seus devidos dormitórios. Tirei a roupa que estava, com cuidado para não acordar ninguém. Depois coloquei somente uma calça de moletom, assim ficaria mais confortável.

O sono me dominava, deitei em minha deliciosa cama. Estava quase dormindo, quando meu celular recebe uma mensagem.

– Oh, caramba! - Reclamo pegando ele na mão.

[Wpp On]

Cleme: Amor.

Eu: ???

Cleme: Não estou com sono.

Eu: Sério ? Eu estou.

Cleme: Ah, ia te chamar para dar uma volta.

Eu: Depois das 21:30 é proibido sair zanzando pelo corredor.

Cleme: É divertido quebrar normas.

Eu: Clementina, amanhã conversamos... Beijo.

Cleme: Jorge.

Cleme: Jorge.

Cleme: Jorgeee!

Cleme: Nossa, beleza!

Cleme: [Emojis bravos]

[Wpp Of]

Eu sei que é minha namorada, mas estava morrendo de sono. Me virei para o lado da parede, e logo dormi.

– Jorge Of -

– Carmen On -

Todos os quartos possuem uma TV. No nosso dormitório, não é nada diferente. Acontece, que Majô e Bibi, mesmo sendo as mais "frescurentas" da turma, resolveram ver um filme de terror.

Depois que o filme acabou, resolvemos dormir. Porém, mesmo com medo, as duas conseguiram dormir. Já eu... Fiquei rolando de um lado para o outro, uma meia hora seguida. Eu não conseguia por nada ficar ali, acordada sozinha. Por que não durmo ? Porque estava morrendo de medo.

Me levantei, e peguei minhas pantufas. Já que estava com um pijama comportado, saí do quarto de fininho. Sei que é proibido sair depois das 21:30, mas não me aguentei.

Segui com cuidado para não fazer barulho, até o quarto 37, onde meu namorado, Jorge e Davi dormiam. Bati na porta duas vezes, nada de resposta. Tentei abrir: Trancado. Bati novamente, ainda bem, que deu certo dessa vez.

– Carmen ? - Davi com cara de sono.

– É... Oi. - Respondo meio sem jeito.

– O Daniel está dormindo. - Ele passa a mão pelo rosto.

– Eu sei... Posso entrar ?

– Estamos todos sem camisa.

– Como se eu não tivesse visto nas festas de piscina. - Falo cruzando os braços.

– Tá bom, entra.

Ele me dá passagem, e entro no lugar. Davi logo trancou a porta de volta. Estava caminhando pelo quarto, porém estava tudo muito escuro. Logo, senti uma mão em meu ombro.

– AAAAAAAAAAH! - Grito super alto de susto.

– Shii, fica quieta. - Davi coloca sua mão em minha boca.

Nesse momento, Jorge e Daniel já estavam acordados. A Luz estava acesa, agora. E eu ali, com a boca sendo tapada por uma mão.

– Não grita mais assim. - Meu namorado.

– É. Eu só peguei em seu ombro, porque estava indo para cama do Jorge, sem querer. - Davi explica tirando sua mão da minha boca.

– Desculpa, é que a Majô e a Bibi resolveram ver um filme de terror... E não consigo dormir!

– Carmen Of -

– Daniel On -

Dormia tranquilamente. O sono estava uma delícia, aliás, o ar condicionado estava ligado. Logo, ouço gritos bem perto. Lógico, acordei desesperado.

Era Carmen, ela estava assustada porque suas amigas resolveram ver filme de terror, e como ela é medrosa... Tadinha!

– Quer dormir aqui ? - Pergunto abraçando-a.

– DANIEL! - Os dois me encaram.

– Gente, ela está assustada.

– Não é por isso. - Davi. - Mas e se a diretora chega aqui, e vê ?

– A porta está trancada.

– Tá bom, mas não vai errar a cama dessa vez. - Jorge.

– Lógico que não. - Ela diz, e todos rimos.

– Vem, princesinha. - Guio ela até minha, já que Davi tinha apagado as luzes.

Deitamos em minha adorada cama, ela se localiza ao meio das outras duas. Carmen, me abraça super forte. Então, fiz o mesmo. Além de estarmos abraçados, ela enfiou sua cabeça de baixo dos meus braços, para se sentir mais protegida.

– Daniel Of -

– Laura On -

Já passava das 23:00, e você ainda acha que estávamos todas dormindo ? Negativo! Marg, eu e Cleme, estávamos batendo um papo. Margarida, por sua vez, contava sobre o momento que teve com o Jaime.

– Aí, ele me perdoo, e me beijou! - Ela sorri.

– Que lindo! - Afirmo.

– E vocês voltaram ? - Clementina pergunta.

– Não sei. - Ela fecha o sorriso na hora.

– Como assim, não sabe ? - Dessa vez, eu quem pergunto.

– Nós se beijamos, mal conversamos. Entendeu ?

– Mais o menos.

– Mas você vai perguntar sobre isso ? - Cleme.

– Lógico que sim, eu preciso saber.

– Isso mesmo. - Falo.

– Já começaram a ensaiar ? - Pergunto.

– Não, e você ? - As duas.

– Não. - Rimos. - Estou com fome.

– Pior, que eu também estou. - Marg concorda.

– Cleme, olha se tem alguma coisa no frigobar, aí. - Peço, e a mesma olha.

– Não tem. - Diz fechando.

– E agora, como vamos sair daqui ?

– Saímos escondidas. - Margarida sugere.

– Está maluca ? E se pegam a gente ? - Cleme.

– Não vão!

– Laura Of -

– Margarida On -

Eu e as garotas batíamos um papo bem divertido, até que a fome nos interrompe. Mas havia um problema: Como sair do quarto, sem ninguém perceber ?

– Vamos logo! - Reclamo.

– Não tenho coragem. - Clementina.

– Argh! Vem. - Puxo as duas pelo braços.

Andamos devagar e com cuidado, até o refeitório. Por sorte que não havíamos encontrado ninguém pelo caminho.

– Hum, bolo de cenoura. - Comento.

– Com cobertura de chocolate. - Laura.

– Eu quero, eu quero! - Cleme, que só faltava babar.

Por fim, pegamos um potinho com vários pedaços de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, biscoitos recheados com goiabada (havia sobrado de tarde), e uma fruta para cada uma.

– Acho que exageramos. - Laura opina.

– Qualquer coisa, comemos o bolo e os biscoitos hoje, e as frutas deixamos no frigobar. - Falo.

– Se escondam. - Clementina, que puxa nós para de baixo do balcão.

Quando ela me puxou, levei um tombo. Minha bunda doeu! Mas era melhor assim, do que levar bronca. E justo quem era ? Sim, a diretora.

– Ué, havia mais bolo por aqui. - Ela diz, e nós três nos entreolhamos. - Ah, deixa para lá, deve ser coisa da minha cabeça. - Ela saí dali.

– Ufa! - Falo me levantando.

– Melhor irmos, antes que ela volte. - Cleme.

E assim fizemos, saímos correndo dali com as comidas na mão (Com cuidado, claro).

– Margarida Of -

– Maria Joaquina On -

Na noite de Quinta-Feira, assistimos um filme de terror. Eu sei, que eu não sou a mais indicada para ver esse tipo de filme, mas não tinha nada passando na TV.

A Sexta-Feira, logo surgiu. Fiz babyliss somente nas pontas do meu cabelo, e ajudei a Bibi a deixar seu cabelo mais liso (Era cacheado, mas ela gosta de revesar).

– Será que a Carmen já desceu para o café ? - Bibi pergunta, enquanto mexo em seu cabelo.

– Pode ser que sim, pode ser que não.

– Como assim ? - Ela fica sem entender.

– No meio dessa noite, fui pegar uma água, e ela não estava aqui no quarto.

– Não ?

– Não. Eu também achei estranho. Vai saber onde ela está.

– Às vezes, ela estava com o Daniel.

– Hum... - Falamos em um tom malicioso.

– Nossa, mudamos muito! - Falo.

– Em que sentido ?

– Todos nós, agora, pensamos mais malicia.

– É, já reparei isso. Todos da turma estão mais maliciosos.

– Será que todos os jovens, pensam assim ?

– Sei lá, acho que sim.

– Maria Joaquina Of -

– Bibi On -

Logo depois da Majô me ajudar com a chapinha, colocamos o uniforme. Claro, também fizemos nossas higienes matinais.

Agora, precisávamos descer para o café da manhã, pois já estávamos atrasada 2 minutos.

– Demoraram! - Paulo reclama.

– Como sempre. - Koki.

– Claro, querem que ficamos feias ? - Falo.

– Tanto faz. - Jaime.

Fomos todos para a fila do café da manhã. Peguei para comer: Leite com café, bolo de cocô com leite em pó por cima, e um maçã. Logo, voltei para mesa.

– Bibi, Majô... Posso fazer uma pergunta ? - Daniel, quando todos já estavam na mesa.

– Claro. - Respondemos juntas.

– Por que assistira filme de terror, ontem ? Sempre tiveram medo.

– Porque não havia nada na TV. - Respondo.

– É, somente passava esse filme, e noticiários. - Majô acrescenta.

– E por que não desligaram ?

– Porque não estávamos com sono. - Digo.

– A Carmen passou tanto medo, que teve que ir dormir com o Dani. - Davi fala.

– Hum, dormir... Sabemos. - Todos menos Daniel, Carmen, e Davi que havia falado.

– É, somente DORMIR! - Carmen dá ênfase em "dormir".

– Bibi Of -

– Cirilo On -

Tomamos nosso delicioso café da manhã. Depois seguimos até nossos armários, pegamos os materiais, e fomos para a aula.

– Bom dia, turma! - Professor de Geografia entra na sala.

– Bom dia. - Respondemos sem gritar.

– Peguem o caderno, e copiem, ok ? - Ele diz virando para a lousa.

E assim fizemos, começamos a copiar o texto da matéria. Era uma coisa mais complicada que a outra. Realmente, temos que estudar muito para passar de ano.

– Majô. - Me agacho ao seu lado.

– Oi. - Ela sorri.

– É verdade, aquilo ?

– O Que ?

– Que você assistiu o filme de terror ?

– É, sim. Não sei como tive coragem.

– Você assustou a Carmen. - Rio.

– Eu não sabia que ficaria tão assustada assim. - Ela faz cara de arrependida.

– Peça desculpas, depois.

– Vou sim.

– Melhor voltar para meu lugar, antes que o professor veja. - Rimos.

– Verdade, vai lá. - Ela dá um beijo em minha bochecha.

– Cirilo Of -

– Adriano On -

A manhã passava super devagar, e sonolenta. Se realmente não fosse algo MUITO importante, eu dormia ali mesmo. Isso que dá, ir dormir 00:00. Estávamos indo almoçar, agora. Já eram 12:14.

– Adriano, Adriano... ADRIANO! - Laura me chamava.

– A-ah, oi ?

– Depois das 15:30, vai fazer o quê ?

– Pra que, quer saber ?

– Nossa, tá bom então. - Ela vira a cara.

– Desculpa, é que estou morrendo de sono.

– Hum. - Ela responde séria ainda.

– Ah, vem cá. - Puxo ela para um beijo.

– Tá, então você vai dormir depois das 15:30 ?

– Pelo menos uns 30 minutos...

– Tudo bem, e aí depois podemos ensaiar ?

– Laura, você só pode à partir de amanhã.

– Um dia a mais, um dia a menos... Não faz nenhuma diferença.

– Faz sim. Não vamos ensaiar hoje, se machucar, sobre para mim.

– Por favor! É só não ensaiarmos pulos hoje.

– E Se... - Ela me interrompe.

– Não vou cair! Por favor! - Ela implora com as mãos.

– Tá, tá. Pode ser às 17:00 ?

– Pode sim.

– Beleza, agora vamos almoçar.

– Adriano Of -

– Clementina On -

O Sinal das 12:00 havia batido, agora, nós iríamos almoçar. Caminhava ao lado de Carmen e Bibi, quando avisto Jorge com seus amigos logo à frente.

– JORGE! - Grito chamando atenção de todos da turma.

– CLEMENTINA! - Ele grita zombando.

– Idiota. - Já estava perto dele. - Precisamos conversar.

– Claro, pode falar.

– É pessoal.

– Mas nem nossos amigos podem saber ?

– Jorge! - Faço um olhar de "Vem comigo agora!"

Parece que ele entendeu o recado, e veio atrás de mim. Fomos até a biblioteca, pois, certamente ninguém estaria ali na hora de almoço. E eu estava certa! Nem mesma a mulher que fica cuidando dali, estava no lugar.

– Primeiro meu beijo! - Ele sorri, e logo se beijamos. - Agora, pode falar.

– Então...

– Desenrola!

– Sobre ontem...

– Foi super quente. - Ele sorri maliciosamente.

– Jorge! - Dou tapinhas em seu braço.

– Tá, parei. Mas agora diz.

– Você vai contar ?

– Contar o quê ? - Ele pergunta, e eu o encaro.

– Contar o que, Jorge ? O Que será ? - Falo debochando.

– Ata... Nossa primeira vez!

– Xiu! Fala mais baixo. - Peço. - Sim, é isso mesmo. Você não vai contar, né ?

– Só se você querer.

– Lógico que eu não quero.

– Então tá. É uma coisa pessoal mesmo.

– Promete que, em hipótese alguma, NENHUMA MESMO, vai contar para alguém ?

– Prometo, fofa. - Ele me dá vários selinhos.

– Clementina Of -

– Valéria On -

– Posso me sentar aqui ? - Pergunto.

– Pode. - Davi responde, sem olhar para mim.

Sim, havia mais espaço para o outro lado da mesa, mas eu queria sentar perto dele, ué.

– Acabei! - Ele se levanta.

– Só por que eu sentei aqui, né ? - Falo magoada.

– Não, é que estou sem fome mesmo. - Ele parecia mentir, mas resolvi não comentar.

Davi saiu dali. Sério, eu quero que ele me perdoa, e ele faz isso ? Dá uma desculpa besta, só para sair de perto de mim ?

– Não liga, Valéria. - Marg.

– Como não vou ligar ? - Deixo uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

– Ele ainda vai te perdoar. - Daniel.

– Será ?

– Vai sim, ele ainda te ama. - Jorge que se senta na mesa, junto de Cleme.

– Não parece... Ele me despreza tanto.

– Mas você errou, né. - Majô.

– Eu sei, Maria. Já tentei de todo jeito pedir desculpas, até se beijamos ontem... Mas mesmo assim, ele não me perdoa.

Depois dessa minha fala, todos continuaram a falar "Calma", "Ele te ama", "Ele vai correr atrás de você, ainda" , e muitas outras. Mas só ignorei. Coloquei minhas duas mãos sobre meu rosto, e comecei a chorar.

– Valéria Of -

– Kokimoto On -

– Bibi, podemos conversar ?

– Sério ? Faltam 10 minutos para a aula começar.

– Por favor!

– O que quer ?

– Aquele dia, eu cantei muito mal ? - Pergunto.

– Você meio que desafinou.

– Mesmo ?

– Sim.

– Jurava que era bom o suficiente para te conquistar de volta. - Encaro o chão.

– Me conquistar de volta ? - Ela ri.

– É, por que ?

– Não, nada não.

– Começou, termina!

– Não estou afim. - Ela mostra a língua.

– Quer um beijo, é ?

– Não, por que pensa isso ?

– Quem mostra a língua...

– Pede beijo. - Ela completa. - Tá, tá. Mas eu não quero. - Ela vira as costas, e sai andando.

– Kokimoto Of -

– Paulo On -

Depois do almoço, a tarde passou correndo. Ainda bem! Assim, poderia ir ver a Alícia mais rápido.

Assim que saí da sala de aula, nem troquei de roupa, fui direto para o quarto onde Ally se encontrava. Mário foi comigo.

– Mário, que bom que veio. - Ela fala sorrindo. Sinto que meu sangue subiu nessa hora.

– Alícia... Você não se lembra do Paulo ? - Ele pergunta enquanto se senta na poltrona.

– Deveria ? - Ela pergunta.

– Claro que deveria. - Respondo.

– Por quê ?

– Fomos namorados quando tínhamos 14/15 anos.

– Estranho, eu não me lembro de mais ninguém, além do meu melhor amigo.

– Queria que se lembrasse de mim, nem como se fosse o mais idiota da turma, mas pelo menos, lembrasse de mim. - Falo baixo, que somente Mário escuta.

– Calma, Paulo. Ela vai lembrar.

– Espero que não demore. - Deixo uma lágrima escapar.

– Tem alguma foto ? - Alícia.

– Como assim ? - Mário se vira para ela.

– Ele diz que fomos namorados... Tem alguma foto nossa ?

– Tenho. - Falo entregando o celular para ela.

– Você tem um álbum de fotos, só com ela ? - Mário de boca aberta.

– Tenho.

– Não me lembro. - Ela me entrega de volta.

Ela não lembrava de mim... Mostrei fotos, contei o período em que namoramos, e NADA! Resolvi sair logo dali, para sofrer menos.

– Paulo Of -

– Alícia On -

Aquele tal garoto, que dizia que já namoramos, saiu dali. É tudo muito estranho. Todas as pessoas me visitam, falam que namorou comigo, que são meus melhores amigos... Como assim ?

– Mário. - Chamo.

– Oi ? - Ele se coloca ao meu lado.

– É Verdade ? Ele namorou comigo ?

– É Sim...

– Me conta, tudo... - Peço.

– Paulo sempre gostou de você, mas escondia de todos. Com você, não era nada diferente. Era até divertido ver vocês dois brigando, sabendo que se amavam. Depois que começaram a namorar no acampamento do seu avô, Sr. Campos, vocês esconderam durante duas semanas. Depois, eu, Marce e Jorge viemos a descobrir.

– Nossa... Mas eu ainda namoro com ele ?

– Não. Há 6 meses atrás, uma garota beijou Paulo, você viu a cena toda, e entendeu tudo ao contrário. Pensou que ele, te traía.

Aquelas palavras de Mário, não sei porque, mas me deram um arrepio super gelado por dentro. Será que era tudo verdade ?

– Alícia Of -

– Jaime On -

Caminhava tranquilamente até a sala de dança, quando ouço uma voz calma e doce, atrás de mim.

– Jaime!

– Margarida! - Viro para ela, sorrindo.

– Preciso lhe fazer uma pergunta...

– Pode fazer.

– Ontem, quando se beijamos... - Interrompo ela.

– Eu adorei.

– Eu também, mas... Nós estamos namorando de volta ? - Ela pergunta, e eu me aproximo da mesma.

– Se você quiser voltar, claro.

– Mesmo ? - Ela abre um sorriso lindo.

– Claro, eu te amo!

– Eu também te amo! Senti tanta sua falta.

Ela se jogou nos meus braços. Ficamos por uns 2 minutos ali, abraçadinhos. Depois, só consegui a beijar, beijar... E beijar!

– Jaime Of -

– Davi On -

As aulas do dias haviam acabado. Estava decidido sobre o que iria fazer. O Que aconteceu, foi o seguinte: Depois da Valéria sentar ao meu lado no refeitório, eu me levantei. Porém, como as paredes do local eram de vidros, consegui observar a mesma, disparando a chorar. Me deu muita dó naquele momento. Agora, estava no corredor que liga às salas de aulas. Valéria logo passou. Puxei ela pelo braço, deixando nossos rostos bem próximos.

– Davi ? - Ela pergunta espantada.

– Oi. - Sorrio.

– Por que me puxou ?

– Porque... Ah, sei lá. Só sei que quero fazer uma coisa.

– Que coisa ?

– Isso.

Não perdi muito tempo, e agarrei ela, ali mesmo. Abraçava ela super forte, e nossos beijos eram intensos.

– Como assim ? No almoço você me despreza, e agora... Me agarra ?

– Eu estava com saudades você. - Lhe beijei de novo.

– Mas... Não estava com raiva de mim ?

– Caramba, deixa esse assunto para depois. - Sim, voltamos a se beijar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se eu não postar amanhã, vcs me perdoam ? É Porque de domingo, meus pais ficam em casa, ai é dificil escrever na fic, porque eles pensam que estou fazendo coisa errada, e eu demoro 3 horas para escrever cada capitulo KKKK.
Então se eu não postar amanhã, até segunda, ok c: Se houver erros vou arrumar
Comentem por favor c:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Carrossel - Aventura Jovem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.