Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 13
Capitulo 12 - Sem deixar rastros


Notas iniciais do capítulo

Muahahahahahaha! Vocês são tão espertos! Amei os comentários, ameis lê-los e adorei a curiosidade, as tensões! Gente, ceis são demais; fico muito feliz que o que eu escrevi lá tenha surtido o efeito desejado.

Pois bem, vou animar vocês mais um pouco (e olha que nesse cap tem mais coisa bombastica)! Boa leitura!



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Scorpius & Rose

Capitulo XII – Sem deixar rastros

— Estou com os papeis da sua alta – Albus anunciou passando pela porta e fechando-a atrás de si – Seu pai está em horário de almoço e o tio Ron não pôde mais ignorar suas responsabilidades para com o Quartel General, então eu diria que, com sorte, nós temos 45 minutos.

— Você trouxe a capa? – Scorpius quis saber, aproximando-se.

— Por que é a minha cara ignorar o mais importante? – Al aborreceu-se.

— Você quer mesmo que eu responda?

— Não. Agora vamos logo com isso.

Ninguém viu quando os dois saíram do agora antigo quarto de internação de Scorpius Malfoy e seguiram para o lado completamente oposto da saída do hospital. Ninguém os viu também quando eles entraram na ala feminina da Unidade de Terapia Intensiva. Certamente, estava sendo um pouco difícil de se arrumarem por debaixo da capa, pois a perna direita de Scorpius ainda causava desconforto ao ser flexionada na caminhada. Al também estava ansioso e preocupado em manter o ritmo do parceiro, e Merlin os ajudasse se alguém decidisse andar na mesma linha que eles de uma hora pra outra.

— Por que eu me sinto como um maldito adolescente preste a explodir alguma coisa em Hogwarts? – o moreno indagou, observando a todas aquelas pessoas no posto de entrada da UTI.

— Shhh! – Scorpius avisou estudando o ambiente. Nenhum sinal de seu pai. – Você é um auror. Concentre-se!

— Certo! Certo. Bom, é o último quarto daquele corredor e...

Albus calou-se, franzindo o cenho diante a movimentação incomum a sua volta.

Tinha algo errado.

Havia uma espécie de caos se construindo ali. Todos os medibruxos e os demais autorizados estavam quase correndo, de um lado para o outro, entrando e saindo dos quartos dos pacientes. Albus e Scorpius se encostaram num canto para não atrapalharem o fluxo e assim serem descobertos. A sala era retangular, tendo um corredor ligado a cada parede; um de entrada – do qual os intrusos vieram – e os outros três levavam a mais seis quartos, cada. Os rapazes estavam de frete para a entrada do corredor em que Rose supostamente estaria internada, o mais tumultuado. A notícia estava se espalhando, seja lá qual fosse. Todos falavam ao mesmo tempo, o pânico estava prestes a assumir todo o controle.

— Ela não está no quarto! Não há nada no quarto! – Alguém conseguiu gritar alto o bastante para se sobressair sobre as demais histerias.

Scorpius saiu de debaixo da capa no segundo seguinte, antes mesmo que Albus pudesse fazer alguma coisa a respeito. Àquela altura, a presença do loiro era o menor problema de toda a situação para ser notada, quer dizer, até ele correr no meio de todos até o fim do maldito corredor. A dor na perna que fosse pro inferno, assim como todos os olhares e advertências.

O corpo dele gelou quando chegou ao seu destino. Porque ele esperava encontrar tudo, menos o nada que enchia o quarto branco. Sim, o nome de Rose Weasley estava na porta, mas ela não estava lá, nem mesmo a mobília estava lá. Não havia literal e absolutamente nada ali.

O quarto estava vazio.

Scorpius estava vazio.

Rose sumira.

.:x:.

A primeira coisa que notara fora o cheiro, ou melhor, o odor insuportável de mofo e coisa podre que estava revirando seu estômago. Depois ela tentou abrir os olhos e os manter assim até se situar, mas suas pálpebras pesavam mais do que um hipogrifo. Ela sabia que havia uma fonte de luz muito próxima do seu rosto, mas não parecia tão forte aponto de ferir seu foco, ainda que embasado. Provavelmente era uma vela, porque o ponto também emanava um calor acolhedor. Então ela sentiu dedos sobre seu braço direito e uma picada em algum ponto na altura do seu pulso. Alguém falava com ela, mas era difícil identificar os sons e decifrá-los. Precisava se concentrar em manter os olhos abertos primeiro, precisava descobrir onde estava. Por que diabos sua cabeça doía tanto?

Devagar, muito lentamente, um grande salão ia se materializando a diante. Rose sabia que devia estar no canto mais escuro, por causa da vela – que no final era mesmo uma vela próxima a sua cabeça – e porque as janelas que iam do chão ao teto na parede oposta há metros de distância, não recebia luz o suficiente para iluminar toda a extensão até ela. Talvez fosse muito tarde. Quanto tempo ela havia dormido?

— Rose, por Merlin, feche os olhos e fique quieta – o sussurro urgente de Draco Malfoy invadiu sua cabeça. Ela virou-se para encontra-lo ajoelhado bem ao seu lado, evolvido com o seu braço e algo semelhante a uma intravenosa – Não questione, apenas obedeça. Por favor, estou implorando.

A súplica desesperada na voz de Draco fez o corpo de Rose tremer. O ambiente no qual se encontrava já era um parque de diversões perto da agonia do rosto dele. As coisas estavam muito erradas ao seu redor. Droga! Ela terminou por obedecer e tornou a fechar os olhos, mas não sem antes notar duas figuras em negro próximas as janelas. Ela se dedicou aos outros sentidos. Estava deitada num colchão duro e sua coluna ardia como o inferno. Conseguiu entender as agulhas nos seus braços também, enquanto Draco permanecia em silêncio as administrando. Logo percebeu que precisava ignorar o olfato se não quisesse vomitar, porque se algo não a tinha matado ainda, aquele odor estava bem perto disso. 

Balbucios começaram a ficar mais claros e ela manteve-se ainda mais quieta, tentando ouvir tudo o que pudesse. Rose tinha a impressão de que até o ato de limpar a garganta poderia prejudica-la na tarefa. O som vinha do outro lado da sala.

— Ela continua inconsciente – falou uma voz feminina, estranhamente familiar.

— É uma grande pena, pois achei que poderia fazê-la sofrer um pouco mais antes do show – outra mulher suspirou dramaticamente. – Fazê-lo com o belo Dr. Malfoy já está me deixando perigosamente entediada.

Rose tremeu, seu maxilar ficou tenso. Cada celular do seu corpo freou para que ela não rangesse.

Draco apertou sua mão.

— Esqueça isso, já passe por coisas piores – ele sussurrou.

As duas mulheres estavam longe o suficiente para que não os escutasse e, embora falassem deles, pareciam ignorá-los.

Por hora, pelo menos.

— Quero que mande os comunicados hoje – avisou a mulher que falara por último. – Vamos acabar logo com isso.

— Está certa de que funcionará? – quis saber a outra.

— Tratando-se dela, todos estarão aqui no segundo seguinte que lerem minha lembranças. Já perderam demais para arriscarem, e temos a informação que surpreendeu a todos nós. Estarão aqui no amanhecer com sede de sangue... Agora suspenda o atendimento e se ela sobreviver até lá sem ele, então bem. Caso contrário, será delicioso vê-los perecer ao encontra-la morta antes das próprias ruínas.

— E onde eu o ponho?

— Ah... É verdade, eu quase me esqueci de quem é nosso convidado... Ainda me sobra você, Malfoy, sempre no lugar errado e na hora errada. – Finalmente referiam-se a eles, a voz estava mais alta para alcança-los.

— Admita, você ficaria desapontada se eu não fosse assim – provocou o médico, o sarcasmo frio e seco.

— Verá que preferiria que fosse o contrário quando assisti-la morrer sem nada poder fazer. De mãos bem atadas, literalmente.

— Então quer que eu o prenda próximo a ela? – a voz familiar a Rose voltou a falar. Ela sabia de quem se tratava e queria gritar por isso.

— Sim, Olívia, é exatamente isso que eu quero que você faça... Como será dizer ao seu filho que você falhou miseravelmente, querido Malfoy? Oh, espere! Vocês estarão mortos antes de terem a oportunidade.

Saltos ecoaram, uma porta abriu e fechou-se. Rose sentiu Draco se afastar sem dizer nada. Olívia se aproximava... As coisas iam ficando mais baixas.

O que tudo aquilo significava?

De qualquer forma, tinha sido demais para o seu corpo por hora. Antes que se desse conta, um sono delicioso a abraçou.

Ah Merlin, aquela coisa de não ter controle sobre si mesma era um saco!


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Notas finais do capítulo

Vocês estão sentindo?! Eita bagaceira! As coisas estão acontecendo, meu povo! Eu espero escrever o próximo capitulo bem (embora eu ache que vá dividir em duas partes) porque a treta é grande (eu acho ^-^)! Ceis vão ver!



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