Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 11
Capitulo 10 - Foco na tempestade


Notas iniciais do capítulo

Nenhum título de capítulo que eu escolha é um tiro no escuro, eles realmente tem ligação com seu conteúdo, mas isso vocês já perceberam. Assim, gente, nesse capitulo temos o começo de uma tempestade que vai abalar um bocadinho de gente por mais outra dose de tempo.

Estamos perto da resolução dessa guerra, quem fez o que e quem é quem... Mas, acalmem-se, as cicatrizes precisam ser curadas, então, não necessariamente, a fanfic também tá no fim.

Beijocas e boas leituras!



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Scorpius & Rose

Capitulo X – Foco na tempestade

A coisa toda tinha sido organizada para obedecer meticulosamente todas as instruções dadas nos documentos da Carta Negra. Imagine um retângulo ABCD, onde em cada ponta há uma torre. A extremidade A abrigava a torre dos convidados, era também onde Rose Weasley se encontrava, estava lá como irmã de Hugo – o goleiro da Grifinória – representante da família nesse jogo tão importante, um disfarce tão obvio que não era nem suspeito. Na torre B, Minerva cuidara para que um dos bancos – o último dos fundos – não fosse ocupado por nenhum professor e funcionário, era onde Albus e Teddy estavam sentados, encobertos pela Capa da Invisibilidade. Na C, fora fechada, a alegação era que a estrutura estava comprometida, uma mentira, obviamente, para manter Ronald Weasley fora dos olhos curiosos de qualquer pessoa. E, por fim, na extremidade D, também de acesso proibido, estavam Scorpius e Olívia.

                Cada um tinha uma perfeita visão do jogo e do restante da área, cobrindo as arquibancadas adjacentes e de nível mais baixo reservado para os alunos.

                A partida teve início e, no geral, fora tranquila. Claro, o jogo em si estava acirrado, tanto que quando a Sonserina pegou o Pomo de Ouro, a diferença era de apenas cinco pontos para a sua vitória.

                Rose riu ironicamente de onde estava. Embora eles nem sonhassem que ela estava ali, Hugo e Lily tinha sido brilhantes, mas o apanhador do time tinham os deixado na mão. O que fazia a ruiva pensar que se fosse ela, Scorpius não estaria sorrindo vitorioso como ela sabia que ele estava sorrindo do outro lado do campo.

                Os alunos tomaram o campo e a comemoração momentânea tinha formado um aglomerado no lado AB do campo. As torres e as arquibancadas iam ficando cada vez mais vazias. Alguns desciam para comemorar com os sonserinos, outros iam embora pela infelicidade da derrota grifinoria. Rose estava atenta com a aglomeração lá embaixo, bem próxima a ela. Devagar, como fora instruída, seguiu como uma das últimas até o campo, para ficar próxima. A sorte é que a maioria dos convidados eram sonserinos e estavam tão animados com a vitória dos filhos ou sobrinhos que nem se davam conta da presença dela. Já no campo, um tanto quanto afastada da aglomeração, ela pode ver Albus no mesmo nível que ela, na outra extremidade, também ignorado. O restante continuava no nível superior, observando de cima, e era para continuar assim até que não sobrasse mais ninguém na arena e todos aqueles que não fizesse parte do corpo escolar já tivessem deixado os terrenos de Hogwarts em segurança.

                Mas isso não aconteceu porque a torre da extremidade D, oposta a todo o movimento, a torre de Scorpius e Olivia, desabou num estrondo. Restando apenas uma pilha de destroços quase três vezes menor que a construção original.

                Tal acontecimento tinha sido previsto nas estratégias de ação e o papel de Rose e Albus, caso esse ato fosse ao ar, era guiar os civis para fora do campo de modo a fazê-los acreditar que a estrutura enfim tinha se rendido a falta de manutenção. Eles o fizeram com destreza, embora os corações estivessem disparados.

“Hey, que tal a gente sair daqui. Pode ser perigoso” ou “Xi, acho que McGonagall não vai querer a gente aqui por muito mais tempo”. Frases assim era ditas por eles e o restante do pessoal, um tanto assustados iam concordando. Nada mais aconteceu, ninguém surgiu da sombras e atacou todo mundo, a torre apenas desabou. Porém, os soldados tinham total consciência que não fora por um problema de estrutura.

                Al e Rose, depois de limpar o campo, se entreolharam. Por sorte, três vassouras tinham ficado para trás no tumultuo. O moreno jogou uma para a ruiva e montou em outra e ambos levaram voo. Os sangues estavam frios, os olhos mal piscavam de tanta tensão. Rose pulou da vassoura a três metros dos entulhos e terminou o caminho a pé. Seus passos eram controlados, firmes. Olívia saiu por de trás de uma pilha de madeira, o rosto rasgado em alguns pequenos pontos e um braço segurado o outro, aparentemente quebrado.

                - Eu estou bem – anunciou Olivia ofegante – A torre caiu, algo explodiu e nos sedemos... Não acho Scorpius, eu não consigo acha-lo.

                Rose parou, ignorou Olívia, ignorou Teddy e Ronald que chegaram logo depois e parou atrás dela. Estáticos. Não tinha como entrar nos escombros, caso uma madeira fosse retirada, o resto desabaria ainda mais. Albus ainda estava no ar e enquanto as engrenagens da prima giravam numa solução para entrar nos escombros, ele rodopiou e a capturou, jogando-a a sua garupa. O corpo de Scorpius Malfoy estava há quatro metros do acidente pelo lado externo do capo, próximo a orla da Floresta Proibida.

                Al não teria perdido tempo indo buscar Rose para socorrer o melhor amigo, ele nem mesmo havia pensado nela ou qualquer outra porcaria de consideração. O caso era que ele havia encontrado Scorpius não só machucado pelos impactos, mas também enfeitiçado, e a única pessoa ali que sabia aquele contra feitiço era a ruiva. O corpo sangrava em vários pontos, as roupas escuras estavam encharcadas e Scorpius estava tão pálido de modo que sua respiração era quase inexistente. A ruiva ajoelhou-se e com as mãos tremulas cantarolou as palavras certas com a varinha sobre o corpo ensanguentado. Devagar, as manchas diminuíam e todo o sangue voltava para as fendas, que se fecharam em cicatrizes frágeis.

                Ainda inconsciente, Scorpius respirou profundamente, como se estivesse acabado de ter sido salvo de um afogamento. Ao passo que o coração de Rose Weasley voltava a bater.

                Ela suspirou. Não se permitiria chorar. Ela era um auror.

                - Ele ainda precisa de um médico – ela avisou ao Potter, erguendo a cabeça. Mas seus olhos passaram pela orla da floresta no caminho e sua atenção parou. – Garanta que ele consiga um médico.

                E correu.

                Al queria segui-la, porque também vira o movimento atrás das primeiras árvores, mas não deixaria Scorpius sozinho.

                Todo o treinamento tinha valido a pena. Rose adentrava cada vez mais e mais dentro da Floresta Proibida e não estava nem suando. Ela continuava no rastro da silhueta escura que tinha avistado anteriormente, mas o seu alvo era rápido e estava dando de tudo para escapar. O dia ensolarado era barrado na copa das árvores e a escuridão tomava conta da floresta, Rose mantinha a varinha a punho, os ouvidos atentos aos passos rápidos bem a sua frente. O que ela não esperava era um feitiço vindo por trás, atingindo em cheio as suas costas. A queda sobre as raízes grossas fora inevitável, o impacto rasgando sua farda. Ela sentiu o corte profundo na cocha esquerda, mas a dor nas suas costas a impedia de levantar.

                Então outro impacto levantou a areia do seu lado direito e mais outro buraco foi feito no seu lado esquerdo. Ela virou-se, de barriga para cima e começou a se defender contra os feitiços vindo de todos os lados ao seu redor. Eram como balaços invisíveis e fortes que atingiam o chão ao seu redor. A frequência aumentou e um dos atingiu seu ombro, outro a sua perna.

                Mas que inferno, quantos bruxos tinham ali?!

                A dor fora enfraquecendo-a, os bombardeios foram acertando-a mais e mais. Ela não sabia quanto tempo mais aguentaria, mas se caísse, os levaria junto. Suas energia se concentraram em um único feitiço de proporções extremas, mas antes que ela pudesse conjura-lo. Sua varinha voou de sua mão e duas pessoas se colocaram ao redor dela. Fora a gota d’agua, seu corpo sucumbira a escuridão da calma, para longe da dor.

                - Aguente firme, Weasley – disse uma voz masculina, de costas para ela. Talvez fosse seu pai, ou Teddy. Seus olhos ainda capturaram os corpos lutando ao seu redor, defendo-a. Mas então se fecharam.

                E tudo era escuridão.


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Notas finais do capítulo

E então? O que ceis acharam?! Galera comenta que o próximo tá pronto e olha, tem noticia bombástica pra quem prestar atenção!

Um beijo bem grande e até o próximo



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