Casados pela razão errada 2 escrita por WendyReis


Capítulo 21
Capitulo 21 - Trauma




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Eu estava ainda chocada com isso, espantada e assustada. De repente meu melhor amigo estava se tornando um abusador. Eu o afastei o mais rápido que minha reação me permitiu e me levantei do sofá o olhando. Eu dei um tapa na cara dele.

— Você está maluco?! (Eu disse grossa, muito grossa)

— Estou apaixonado é quase o mesmo! (Ele disse se levantando)

— Se afasta de mim senão eu juro, eu juro que vou esquecer a nossa amizade!

— Morgan não precisa tanto… Foi só um beijo… Você vai trair seu marido amanha mesmo, o que custa ficar comigo hoje. Eu prometo que serei gentil!

— Igor! Você perdeu completamente a lucidez! (Eu disse chorando de raiva)

— Eu sempre quis fazer isso, eu não sou pior que o Castiel e tenho certeza que ele nem precisa saber do que vamos fazer.

— Eu não vou trair o Castiel nem hoje e nem amanha! Nós não vamos fazer nada! (Eu disse ainda revoltada) Argh! (Eu bufei alto o que fez o Lobo começar a rosnar para o Igor, então eu precisei respirar fundo) Tá tudo bem, bebe. (Eu acariciei a cabeça do Lobo) Não precisa rosnar… Está tudo bem… (Eu depositei um beijo na cabeça dele e então me levantei olhando para o Igor) Me faz um favor?! Vai embora!

— Morgan, me deixa ficar! (Ele se aproximou)

— Sai da minha casa, por favor! (Eu me afastei tentando me acalmar) Amanha a gente conversa. Vai, por favor… Não quero perder nossa amizade! (Eu disse abrindo a porta e o colocando pra fora) Quando você estiver sóbrio amanha você me liga.

Após o colocar pra fora eu fiquei tão nervosa que comecei a sentir dores na barriga e então me sentei e o Lobo começou a latir de forma carinhosa. Eu me senti tão aflita que sem saber o porquê simplesmente liguei para o Castiel.

— Oi, minha pequena tudo bem?! (Ao ouvir a voz dele eu chorei ainda mais) O que houve?! Nos falamos não tem nem duas horas…

— Nada… Eu só estou com saudades… (Eu disse secando minhas lágrimas)

— Como se eu não soubesse quando você está mentindo. O que houve?!

— Não foi nada, de verdade… Só queria ouvir sua voz.

— Tá, mas para de chorar…

— Eu não estou chorando. (Eu o interrompi)

— Por que você está assim?!

— São só hormônios, Pica-pau. Está tudo bem.

— Eu volto no domingo tá bom?! Só faltam dois dias…

— Eu sei… (Eu sorri) Eu te amo… Não esquece ok?!

— Morgan você está me assustando… Está tudo bem mesmo?!

— Está. Eu juro. Não se preocupe. Boa noite.

— Boa noite. Nos falamos amanha, tá?! Eu te amo. (Eu assenti e desliguei)

Após me acalmar eu fui dormir. Na manha seguinte o Igor bateu lá em casa as dez da manha. Eu abri a porta e ele me olhou de cima a baixo e suspirou aliviado…

— Eu não fiz nada com você, não é?! (Ele perguntou e me olhou preocupado)

— Você me beijou e tentou ir além. Não se lembra?! (Eu disse grossa)

— Morgan! Desculpe-me, por favor! Eu estava bêbado…

— Eu sei. E também sei que isso não é desculpa para se atacar a sua suposta melhor amiga. (Eu disse grossa cruzando os braços) Eu passei mal por sua causa!

— De verdade… Desculpe-me… Eu precisei reunir muita coragem pra vir até aqui. A última coisa que eu me lembro foi de pedir ao taxista que me deixasse aqui.

— Só não faz mais isso… Eu fiquei muito assustada…

— Eu sei… Me perdoa, por favor! (Ele abaixou a cabeça)

— Nunca! Nunca mais faça isso entendeu?! (Ele assentiu) De verdade eu fiquei com medo porque me lembrei de quando era mais nova. (Eu o abracei)

— Quando era mais nova?! (Ele perguntou confuso tentando se soltar do abraço)

— Não foi nada… Esquece o que eu disse… Fica um pouco mais assim.

— Você está chorando, não está?! (Eu assenti e ele acariciou meu cabelo) Me desculpe. (Ele depositou um beijou no alto da minha cabeça)

Depois de nossa reconciliação passamos a tarde juntos, não foi como se o Lobo parasse de rosnar um minuto pra ele.

Deu a hora de eu ir me encontrar com meu admirador. Eu estava muito nervosa. O Igor disse que precisava passar no banco antes então saiu mais cedo da minha casa e disse que me esperava no parque.

Eu saí de casa nervosa. E estava indo até o parque quando o homem quem eu não queria nunca mais ver na minha vida me puxou pelo braço. Eu o olhei assustada e comecei a chorar desesperada.

— Me solta, por favor… (Eu disse tentando controlar meu choro) Eu vou gritar.

— Não vai! (Ele riu) Não fez isso quando era nova, não vai fazer agora.

— Eu estou falando sério, me solta! (Eu puxei meu braço)

— Você ficou mais ousada. (Ele riu e segurou meu braço. Ele tirou um canivete de dentro do bolso e encostou a faca dele na minha barriga) Sabe sua filha?! Aposto que você não quer que ela sofra. (Ele riu) Você pode gritar. Fazer o que quiser, mas antes de alguém conseguir fazer alguma coisa, ela já vai ter morrido há muito tempo. Entendeu?!

— E-eu faço o que você quiser só não a machuque… (Eu disse tremendo)

— Ainda é a mesma boa menina, não é?! (Ele riu) Está vendo aquele carro?! (Ele apontou e eu assenti) Vamos caminhar até ele e você vai entrar quietinha para que ninguém desconfie. (Eu assenti) Para de chorar, as pessoas estão desconfiando.

Eu fui até o carro e em todo o caminho ele segurou meu braço.

— Eu vou te soltar pra você entrar no carro, mas se você tentar fugir eu vou ter que atirar em você. (Ele me amostrou a arma presa na cintura dele)

Eu assenti e entrei do outro lado do carro tremendo e chorando de medo.

— Pra onde você vai me levar?

— Você vai ver. (Ele disse malicioso)

— Você vai me matar?

— Não. Depois de tudo o que você me fez eu acho que você merece sofrer um pouco mais. (Ele riu)

— A culpa foi sua. Se você não tivesse… (Ele me interrompeu)

— Você não sabe princesa, como é difícil viver sem três dedos. Você não sabe como é ser obrigado a trocar de identidade por que a policia está te perseguindo.

— Se você não tivesse me violentado nada disso teria acontecido! (Eu gritei)

— Sabe?! Graças ao seu namoradinho na época eu não fui capaz de ir longe o suficiente. Por isso eu resolvi que voltaria e me vingaria. Eu perdi meu emprego, quase perdi minha mão por causa da infecção que aquele vidro deixou no meu corpo, e não posso voltar a ser o que era antes. Eu sou como um foragido. Então eu estou te seguindo há algum tempo e é maravilhoso o que a internet pode fazer não é mesmo?! (Ele riu) Graças a ela eu descobri que você se casou, está grávida e tem uma vida ótima.

— Você não acha que agora que eu tenho tudo isso eu não vou por o FBI atrás de você?! Eu juro vou acabar com você! (Eu gritei desesperada)

— Não vai, não! Quer saber mais uma coisa?! Sua voz é ainda mais irritante.

— O que vai fazer?! (Eu perguntei quando ele pegou a arma)

Ele me deu uma coronhada na nuca e eu apaguei. Quando eu acordei eu estava num quarto sujo amarrada numa cama. Tinha uma câmera em um tripé acho que gravando, ele estava sentado mexendo no celular. Eu, ainda chorando, tentei me acalmar e me soltar das amarrações dos meus braços. Eu consegui alcançar o nó da minha mão e consegui desamarrar, mas aí ele se virou.

— Acordou princesa?! Bom, eu ainda não fiz nada, porque acho que vai ser mais divertido se você estiver acordada. (Ele riu se aproximando) Dessa vez vamos gravar nosso filme, sem interrupções não é mesmo?! (Ele riu malicioso subindo em cima de mim e beijando meu pescoço. Eu estava chorando desesperada) O que é isso?! (Ele pegou meu pulso) Você se soltou?! (Ele riu) É uma pena que eu vou ter que te fazer sofrer um pouco mais. (Ele pegou o canivete e começou a rasgar meu vestido. Eu desesperadamente chutei as partes baixas dele e ele deixou o canivete cair em cima da minha barriga eu o peguei e cortei a corda do meu pulso. Eu o chutei novamente, mas ele segurou meu pulso antes que eu pudesse sair da cama) Sabe eu não consegui amarrar suas pernas graças a sua altura. Mas agora eu estou me arrependendo seriamente disso. (Ele me jogou na cama e segurou meus braços com uma mão e depois começou a rasgar o restante do meu vestido. Eu o chutei e levantei da cama tirando a mordaça de mim e correndo para a porta que estava trancada) Vai ter que procurar a chave, princesa!


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