Você e eu juntos, nada é melhor escrita por Yasmin Schmidt


Capítulo 2
I get lost in the words I say


Notas iniciais do capítulo

Oi gente
Bom,não ficou muuuuito comprido,mas espero que gostem
Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/639485/chapter/2

POV Esme

Era completamente diferente do que eu achei que sentiria.O impacto com a água...Doeu muito,e quando eu achei que finalmente iria acabar,quando eu senti meu coração desistindo,a pior dor chegou.Alguém beijou o meu pescoço,mas depois o mordeu.E a mordida...eu não sei explicar,mas era como se eu tivesse tomado um ácido altamente corrosivo.Gritei de dor,era insuportável,eu sabia que estava viva e acordada,mas não tinha consciência de nada ao meu redor,apenas da dor altamente insuportável.

Cada segundo era torturante,eu não agüentava mais,eu já havia desistido,já deveria ter acabado.Por que eu ainda estava viva?Como eu ainda estava viva?Era praticamente impossível de eu ter sobrevivido a queda,mas eu não estava morta.Pelo que eu saiba,mortos não tem a capacidade de gritar ou sentir dor.

Tinha que parar,eu não agüentava mais.Eu sentia como se minhas veias,meus órgãos e meu corpo estivesse congelando.E eu não conseguia me mexer,sabia que estava completamente imóvel.

Até que chegou um momento que parou.Simplesmente eu não sentia mais nada.Nada de dor,o que era ótimo.Mas por outro lado...Antes eu podia ouvir meu coração batendo como um louco,mas agora,tudo dentro de mim estava em completa calmaria.Como se eu tivesse finalmente morrido.

Mas não.Alguma força ,que eu não sei de onde veio,me fez abrir os olhos.

Eu podia enxergar tudo,quando eu digo tudo,é tudo mesmo.Eu via a poeira no chão,e no ar,eu podia ver detalhes,como se alguém tivesse colocado uma lupa nos meus olhos,e eu me sentia estranha.Antes eu não sentia meu corpo,agora me sinto capaz de correr uma maratona.E meu olfato estava mais apurado,eu estava pálida,e não sentia mais a necessidade de piscar ou de respirar.

Me levantei da cama.Não estava mais usando minha camisola branca,estava usando uma camiseta masculina...Não tinha idéia do que isso significava.

Olhei em volta e achei dois homens olhando para mim,e...E eu conhecia um deles.Era o doutor Carlisle Cullen.Era ele,eu tinha certeza.Eu não sei se me apavorava mais com o fato de que realmente era ele ou com o fato de ele não ter mudado.Ele ainda tinha a mesma cara de anjo,os mesmos cabelos loiros devidamente arrumados e seus olhos inacreditavelmente dourados.

Ele se levantou e veio até mim.

–Esme?Você...Você se lembra de mim?-ele pergunta chegando mais perto.

–Lembro.Você é o médico que cuidou da minha perna quando eu tinha 16 anos.O doutor Carlisle Cullen.Eu achei que nunca mais ia te encontrar novamente...Quer dizer,não que eu tenha procurado,é só que...

–Entendo.Também achei que nunca mais ia te encontrar.Bom,este é meu filho,Edward.-ele diz apontando para o outro garoto que estava sentado do lado dele.

Filho?Como assim filho?Ele era casado?Ai que ótimo.

–Olá Esme.Meu pai falou muito de você.E sim,eu sou filho dele.Mas não biológico,e não,ele não é casado.-Edward diz beijando minha mão.

–Como você...?

–Carlisle pode te explicar melhor do que eu.Vou deixar vocês a sós.-ele diz e sai do quarto.

–O que ele quis dizer com isso,Doutor?-eu pergunto e ele faz sinal para que eu me sente na cama novamente.

–Pode me chamar de Carlisle.E bom,tenho muito o que te explicar.Você se lembra do que aconteceu com você?-ele me pergunta sentando em uma cadeira,na minha frente.

–Só me lembro da queda,de Charlie e do meu filho.-eu digo baixando minha cabeça.

POV Carlisle

–Só me lembro da queda,de Charlie e do meu filho.-ela diz e baixa a cabeça.

Charlie?Quem era Charlie?Será que era o tal marido dela?E ela realmente tinha um filho.Droga.

–Bom,te encontraram e a levaram para o hospital que eu estava trabalhando...Mas não tinha nada que os outros médicos pudessem fazer para te salvar.-eu digo e ela me olha.

–Que os outros médicos?O que eles não podiam fazer por mim que você pode?

–Isso...É complicado.Eu...Eu te transformei no que eu sou.-eu digo e ela me olha espantado.

–O que você é?-ela pergunta.

–Esme,eu sou um vampiro.-eu digo e ela me olha menos assustada.

–Um vampiro?

–Sim,Edward também é.-eu digo e ela se levanta.

–Isso quer dizer que que foi você que me mordeu?Eu senti alguém me morder.Foi você?

–Foi.Só quero que entenda que era o único jeito de te salvar.Mas se você me culpar,pelo que eu fiz com você,eu vou entender,não é fácil acordar e saber que você agora é um monstro.-eu digo e ela vem até mim.

–Eu não te culpo,e também não te acho um monstro.De verdade.Não te culpo,eu...entendi que você só estava pensando no meu bem.-ela diz e eu sorrio.

–Isso é sério?

–Sim,é sério.Por que você achou que eu iria te odiar?-ela pergunta e eu me levanto.

–Bom,Edward não gostou muito de saber.Ele foi o primeiro que eu transformei.-eu digo e ela se vira para mim.

–Vocês moram sozinhos aqui?-ela pergunta.

–Bom,sim...eu posso te perguntar uma coisa?-eu pergunto.

–Claro.Pode perguntar.

–Você não está com uma dor na garganta?

–Na verdade sim,isso é normal?Tipo,vampiros terem dor de garganta.-ela pergunta e eu sorrio.

–Isso é sede.Você é uma recém-nascida.Perfeitamente normal.-eu digo e ela concorda.

–Ta,mas sede?Não me parece ser sede de água,ou suco...

– E não é.Você precisa de sangue.A única coisa que tomamos.Podemos comer um pouco de comida humana,não faz bem nem mal,a única coisa que nos faz bem é sangue.-eu digo e ela senta novamente.

–Eu...Eu vou ter que matar pessoas?-ela pergunta,e se pudesse chorar,sem dúvidas,estaria.

–Não,você não precisa.Eu e Edward matamos animais,e não pessoas.Se isso te consola...-eu digo e ela sorri.

–Consola,um pouco.

–Vamos então.Você precisa caçar,Edward irá junto com a gente.-eu digo e a levo para o andar de baixo.

Edward estava no sofá,nos esperando.

–Como está Esme?-ele pergunta e ela sorri.

–Ótima,obrigada.Vira conosco não é?Para caçar.-ela diz sorrindo para ele.Duvido que ele recusaria.

–Vou,mas apenas para acompanhar.Já cacei de manhã.-ele diz levantando do sofá.

POV Esme

Era tudo um pouco confuso.Nunca pensei que vampiros realmente existiam,mas agora,sem nenhuma dúvida,eu era uma.Eu não sabia como eu iria caçar,eu era nova nisso.

–Não se preocupe,nós vamos te explicar o que fazer.-Edward me diz e eu fico confusa.

–Como você...?

–Carlisle não te contou?-ele perguntou e nós dois olhamos para Carlisle.

–Esqueci.Bom,alguns vampiros tem dons especiais.Edward pode ler mentes.-Carlisle diz e Edward concorda.

–Eu tenho algum?-pergunto e eles se olham.

–Bom,ainda não sabemos.-Carlisle diz.-Vamos logo,você precisa matar essa sede.

~~~~~~~~~~

Nos dirigimos para a floresta.Eu me sentia forte,capaz de correr em uma maratona ou entrar em uma briga.Eu tinha energias de sobra,e tudo que eu queria era sair correndo,descarregar um pouco de minhas energias.Será que eu me sentiria cansada?Será que tinha algum jeito de eu ficar cansada?

–Não,vampiros não cansam.Você pode fazer tudo que você pensou e não se cansaria.-Edward diz e me ultrapassa,me deixando para trás com Carlisle.

–Qualquer pensamento que eu tenha ele pode ler?-eu pergunto baixinho para Carlisle.

–Na verdade,sim.Isso pode ser bem ruim.Eu tenho que cuidar tudo que eu vou pensar perto dele.-Carlisle diz e Edward se vira.

–Você poderia fazer o favor de controlar seus pensamentos,Carlisle.Por que você não ta cuidando o que está pensando perto de mim,e...isso ta ficando constrangedor.-Edward diz e eu podia jura que Carlisle queria o estrangular.

–Edward.-Carlisle briga.

–Não briga com ele,ele não fez por mal.Não tem culpa de ter esse dom.-eu digo e Edward vem até nós novamente.

–Vou adorar ter você aqui Esme,e acho que você deveria ouvir ela Carlisle.-Edward diz e eu solto uma gargalhada.

–Ta bom,agora chega de brincadeira.Esme precisa caçar.-Carlisle diz e me viro para ele.

–O que eu devo fazer?-pergunto.

–Siga seus instintos.Feche os olhos e sinta o cheiro.-ele diz e eu obedeço.

Era incrível.Eu ouvia barulhos que eu sabia que eram provocados por coisas pequenas,e sentia muitos cheiros,mas...eu podia ouvir animais maiores,e sentir seu cheiro,sua pulsação,seu coração batendo,e seu sangue.Seu cheiro era maravilhoso para mim,e só de senti-lo fiquei com água na boca.

Abri os olhos e corri.

A velocidade que eu estava correndo era incrível,eu me sentia como se estivesse voando.Eu quase não sentia meus pés tocando o chão.Devo ter me esbarrado em alguma coisa,pois só ouvi o tecido da camiseta que eu estava sendo cortada.

Segui o rastro do cheiro.Carlisle e Edward estavam logo atrás de mim.E continuei correndo,até que cheguei onde queria.Ali tinham dois veados,só de olha-los minha boca se encheu de água.Eu precisava de sangue,minha garganta arde mais que antes,e eu pulo no pescoço de um deles e o matei.Mas antes de beber seu sangue corri atrás do que havia fugido,e o matei também.Sentia que um só não seria iria suprir minha nescessidade.

Mordi o pescoço do primeiro e seu sangue invadiu minha boca.Não é um gosto muito bom,mas minha sede falou mais alto,e mais rápido do que eu imaginava que seria seu sangue acabou.Logo passei para o próximo,e nisso Carlisle e Edward me alcançaram.Eles ficaram me olhando enquanto eu bebia o sangue do segundo.

Assim que eu terminei me virei para eles.

–Vocês não vão caçar?-eu pergunto.

–Não,já caçamos pela manhã.-Edward responde.-Bom,eu vou voltando para casa,encontro vocês depois.

–Ok.

Assim que Edward foi embora,Carlisle vem até mim.

–Como se sente?

–Ótima,obrigada.

–Esme,eu preciso falar com você.-ele diz e eu me levanto do chão.

–Claro,pode falar.

–Esme,se você tiver uma família...eu sinto muito ,mas você não vai poder voltar a vê-los,eu sinto muito.Sei que você tem um filho e um marido,é por isso que eu achei que você ia me odiar.-ele diz e me olha.

Ele acha que eu sentia falta da minha família?O único lugar que eu não queria estar,e junto deles.

–Carlisle,na verdade eu não tenho família.Não sei se eu estou pronta para falar sobre eles,e ...na verdade,eu não tenho onde ficar.-eu digo e baixo a cabeça.

–Ei,você tem onde ficar sim.Pode ficar na minha casa.Eu e Edward vivemos muito sozinhos,você será uma ótima companhia para nós.-ele diz e eu sorrio.

–Eu não quero encomodar,Carlisle.

–Você não vai encomodar.- ele diz sorrindo.

–Obrigada.

–Disponha.-ele diz e beija minha mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e eu juntos, nada é melhor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.