O Amor Impossível escrita por ludiangelo
Quando já tínhamos corrído bastante, estavamos grudentos de suor, e cansados, mas pelo menos tínhamos despistado o cão infernal, ou era o que pensamos.
- Aly!- Gritou Nico.- Atrás de você!
Eu me virei, e achei que fosse tarde de mais, mas Nico sacou a espada e me empurrou para o chão, o cão lançou a espada de Nico longe e pulou em cima dele, eu corria até a espada e a atirei contra o monstros, que se desfez em poeira. Nico estava no chão, eu recuperei os sentidos e corri até ele, ele arfava e segurava o peito esquerdo, eu tirei a mão dele dalí, e vi seu tórax enfaixado, mas as faixas estavam ensopadas de sangue.
- Nico, o que...?
- Eu estou bem, vamos, temos de...- ele tentou se levantar e desabou no chão, arfando e gritando abafadamente de dor.
Eu desenrolei as faixas de seu tórax, ele tinha um machucado profundo, que sangrava quando se mechia.
- Tente se mecher menos Nico!
- Está doendo muito...
- Eu nunca fui boa em aulas de primeiros-socorros, e não tenho nada aqui para te ajudar!
Ele apontou para seu bolso na bermuda, eu enfiei a mão ali e peguei a faixa, eu tentei enfaixar seu tórax deum jeito que ficasse bom, mas minhas mãos estavam trêmulas.
Ouvi alguem andando e quebrando galhos, olhei para trás, Mariana estava saltitando, passando ao nosso ládo, parou e olhou para nós.
- Uh! Vocês dois, atrapalho?
- Oquê? Não!- disse eu, confusa com a pergunta.- Vem aqui Mari! Ela saltitou até nós e estreitou os olhos, se ajoelhando comigo ao lado de Nico.
- O que aconteceu?- Perguntou ela, eu nunca a vira tão seria quanto naquele momento.
- Eu não sei, ele estava machucado, e o ferimento abriu, provavelmente.
- Precisamos de ajuda.
- Não vai dar tempo, ele está sangrando sem parar.
- Eu vou buscar ajuda, tome- ela me deu uma faquinha e uma agulha.- Abra mais o machucado e depois costure.
- Costurar!!?- Disse eu, com ela correndo para longe.- Aí meu deus...
Nico segurou minha mão e sorriu.
- São deuses Aly, não deus- disse ele.- E, mas uma coisa, não precisa fazer nada, eu estou bem, posso sofrer, mas que não morro tenho certeza.
- Mas, seu ferimento...
- Eu não vou morrer, mentalize essas palavras.
Nico não morrerá, Nico não morrerá, tentei mentalizar, NÃO MORRERÁ! Mas era muito difícil, ver Nico naquele estdo e dizer a mim mesma que ele não iria morrer ali, na minha frente, segurando minha mão.
Ele tossiu mais uma vez cuspindo sangue, e eu apertei sua mão mais forte, atrás de nós, Mari voltou, saltitante.
- Beem, costurou?
Eu fiz que não.
- Ok, eu costuro, eu... não achei o acampamento.
Eu achei estranho, afinal, uma filha da deusa da sabedoria, Atena, deveria saber coisas tão simples assim, talvez até eu acharia o caminho, mas deixa pra lá. Algo reluziu no chão, ao lado dela.
- O que é aquilo?
- Ah, sim, eu estava polindo para você... achei que iria gostar- ela disse me entregando um pacote.
Eu abri sem hesitar.
- Uau!- disse eu segurando a espada dourada.
- É bronze celestial, para os monstros.
- Se você tivesse me dado alguns minutos antes... mas tudo bem.
Nico gemeu ao meu lado. Mari praticamente me empurrou e começou a tratar dos machucados dele. Eu me sentei encostada numa árvore, olhando Mari cortar e costurar o tórax de Nico, acabei dormindo, coisa que eu não fazia há 2 dias- desmaiar não é dormir não é? Não, creio que não...-, tive um sonho estranho, não me lembro muito bem, mas eu me lembro, que eu estava numa sala fechada e escura, com um homem parecidíssimo com Nico, só que mais velho, com barba.
- Ela está próxima...- disse o homem.
Tome cuidado senhor, disse uma voz nas sombras.
- Cuidado? Cuidado você tem de ter, criatura miserável!
Mas se eles descobrirem...
- Não descobrirão, ela está segura, meu filho a protegerá!
Eu não acho uma boa ideia...
- Não deve achar nada, fique quieto!
Eu acordei assustada, Nico estava deitado ao meu lado, encolhido e dormindo, e Mari estava encostada em outra árvore, dormindo.
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