O Cataclismo Dos Desejos escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 8
Demon Girl


Notas iniciais do capítulo

Yei Gente! Capítulo cheio de ação saído no capricho! Olha, já está no fim da fic, tô meio sem ideias. Mas quando eu tiver vai ser sugoi desu!



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O som das lâminas de Kami e Gekkou se chocando se perde no torpor do beijo em que estou. Mas Sora logo me solta com uma expressão confusa e ao mesmo tempo feliz no rosto.

–O que aconteceu? – pergunta ele.

–Tudo o que eu fiz Sora – lembro meus pecados, meus erros e desejos egoístas – Tudo foi tão sujo... E mesmo assim você não desistiu de mim, lutou contra um deus e conseguiu me fazer recuperar as emoções. Eu te amo!

–Aika... – ele acaricia minha bochecha com os olhos azuis transmitindo paz e alegria – Bem vinda de volta, meu amor.

Coro com suas palavras, é tão bom ouvi-lo falando assim.

–Eh?! Mas como?! – Kami percebe que Sora está vivo e tenta fugir de Gekkou, mas ele não deixa – Droga!

–Ainda precisamos derrotá-lo – lembra Sora – Graças a você estou bem melhor. Obrigado, Aika!

–Seria bom se tudo já tivesse acabado – comento tristonha – Eu não quero matar mais ninguém, Sora.

–Tudo bem, fique aqui, vou ajudar Gekkou e acabar com isso – decide ele se levantando – Não se preocupe, vou ficar bem. Estamos em vantagem.

Quero lutar também, tenho medo que Sora seja morto por Kami ou até mesmo por Gekkou, mas a figura assustadora da menina que vi antes na sala me tira a atenção. Ela não parece estar feliz, mas não posso dizer nada, não consigo vê-la direito na escuridão em que se encontra. Não posso ver seus olhos.

Ela é realmente intrigante. Eu costumava ser curiosa quando pequena e agora que recuperei minhas emoções a curiosidade veio junto, então ignoro o som das lâminas e persigo a menina.

Ela parece estar mesmo querendo que eu a siga e estou tão curiosa que não paro.

A garota caminha pra lá e pra cá, consciente de que a estou seguindo. E só para de andar depois de muitos corredores idênticos, entrando numa sala branca como as paredes de um hospital.

Tomo um susto ao entrar na sala e me deparar com uma cena particularmente desagradável.

Youmu está sentada aos pés da menina, respira, mas está do mesmo jeito que a deixei. O olho ainda está furado e os cortes ensandecidos soltando pus.

A cena é repulsiva, mas não posso voltar, a porta se fechou atrás de mim.

–Acho que isto é seu – fala a garotinha apontando para Youmu, a menina usa uma máscara.

–Quem é você? Por que Youmu está aqui? E por que você furou meu olho antes? – lembro.

A menina apenas ri e depois de alguns segundos diz:

–É muito feio agir falsamente. Você é um lixo. Consegue vencer desta boneca estragada que você matou? Dois lixos. Você não existe, ninguém gosta de você.

–O quê? – fico totalmente confusa. Mas as palavras são dolorosas.

Até que a garotinha escreve algo em seu caderno e Youmu me ataca rapidamente, rolo para o lado e por pouco não perco a cabeça. Youmu parece um fantoche se movendo, nem ao menos tem expressão.

–Como? – me pergunto como ela pôde se mover, isso é impossível, ela está morta.

Mas Youmu ataca de novo, fincando a lâmina em meu ombro, não tenho como me defender, é injusto.

Ela chuta meu estômago e corta meu rosto. Caio pra trás impotente, não tenho arma alguma.

–Isso é golpe baixo! – reclamo recebendo um chute doloroso – Não tenho arma pra lutar!

Minha antiga lâmina aparece depois de mais um golpe de Youmu e consigo me defender do próximo.

A empurro para trás e a perfuro com a arma.

No entanto, Youmu empurra a lâmina pra longe de si e acerta minha boca com sua porcaria de espada. A coisa atravessa minha garganta e berro quase desumanamente com a dor insuportável, foi a pior coisa que já experimentei desde que tudo começou.

Sinto uma raiva imensa dentro de meu coração quebradiço e esqueço que não queria mais matar, quero fazê-la pagar por tudo o que fez.

Vermelho...preciso de vermelho novamente.

Escapo do próximo golpe de Youmu e rodopio com a lâmina cortando o pescoço dela.

Sangue negro espirra em meu rosto, mas a garota continua se movimentando. Como a menina disse: ela está morta. Então como farei pra vencê-la? Não posso matá-la.

Youmu me ataca mais vezes, penso em uma forma de ganhar enquanto fico repelindo os golpes.

A menina continua escrevendo no caderno com um sorriso maléfico no rosto. Tem algo estranho, é como se... Toda a vez que ela escreve é quando Youmu ataca. Como se a estivesse controlando pela escrita.

Como ela pode fazer isso? E como a farei parar?

Ora, que pergunta ridícula! Usarei a força, claro!

Fujo de Youmu e tento acertar a garotinha.

Em cerca de milésimos ela já não está mais lá e Youmu perfura minhas costas.

Não, não é Youmu. É a garotinha que me perfurou sem eu ao menos ver.

–Mas o que...

De repente uma corrente se enrosca em meu pescoço rápido demais para eu fazer qualquer coisa, várias correntes me prendem os braços e os tornozelos fortemente de forma dolorosa.

A menina me dá um soco no rosto e diz:

–Você é um lixo, ele logo vai te jogar fora.

–D-do q-que vo-você... – não consigo falar, ela finca uma faca em minha garganta fazendo-me berrar de dor.

–Isso! Chore! Grite! Mas isso não acabará nunca! – fala ela – Doerá eternamente prendendo sua alma ao desespero.

Do que ela está falando? Preciso de ajuda, está doendo insuportavelmente , mas não posso nem falar.

–Ele vai se cansar de você certamente – continua – Mas ele nunca poderá me deixar. Ele sabe, sou insubstituível.

A menina me espeta com facas como se eu fosse um brinquedo, sorrindo insanamente enquanto me faz feridas dolorosas que se curam logo depois. Quero gritar por ajuda. Onde está Sora? Será que ele está bem?

–O que você vai fazer? Só pode rezar pedindo ajuda, implorar pela vida e se lamentar – zomba a menina – Até mesmo Deus não poderá ajudar, não é?

Sora... Sora me ajude!

Ela fura meus olhos, rindo como louca enquanto grito com a dor.

Não consigo respirar, essa maldita corrente aperta demais. O que poderá aconteceu se não posso morrer?

Dói... O que eu faço? Não consigo fugir, não consigo falar, não consigo ver ou respirar... Socorro Sora, preciso de sua ajuda!

–Aika! – ouço a doce voz dele pronunciando meu nome.

Será um sonho? Talvez eu esteja alucinando.

–Bonequinho, o que faz aqui? – pergunta a menina, então é real.

–Sua... O que pensa que está fazendo?!

Meus olhos se regeneram e consigo ver Sora atacando a garotinha, sem muito sucesso, ela muda de lugar e o chuta pela retaguarda. Ela cai no chão, mas logo se levanta em alerta.

–Quem é você, criança? – questiona com receio de atacá-la e ser atacado.

–Vocês são burros mesmo! – ela ri – Muito, muito burros! Saibam: isso não irá acabar aqui.

Pela primeira vez posso ver seus olhos verdes e brilhantes transmitindo insanidade.

O que ela é? Um demônio?


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Notas finais do capítulo

Hum... Quem será essa garotinha? Já sabem? Não sabem? Acham que sabem?
Até o próximo capítulo!



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