Unintentionally I loved you escrita por Sophie


Capítulo 5
Talvez


Notas iniciais do capítulo

Disse que postaria até Domingo e... Hoje é Segunda! HUEHEUHEUHE
Eu tive pequenos problemas com o ultimo texto (criatividade zero).
Espero que gostem :3



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Cheguei na escola mais cedo do que o normal, já que quando acordei eu estava um tanto maluca e depois minha irmã me disse coisas estranhas das quais não faziam sentido algum para mim.

A escola esta praticamente vazia, exceto por alguns poucos alunos que parecem amar a escola, alguns poucos professores e quem eu mais queria ver no momento, Rosalya.

Ela estava pegando e ajeitando algumas coisas em seu armário e não havia percebido a minha chegada. Me escoro num armário do dela e assim que ela fecha a pequena porta ela leva um susto que eu acho ser por conta de minha feição "Me ajuda! Estou desesperada!".

– Esta maluca? - ela coloca a mão sob o peito - Quase me mata!

– Olha, não sei o que esta acontecendo! - digo baixinho, para que os poucos outros não escutem - Eu estou ficando completamente maluca!

Ela revira os olhos.

– O que aconteceu?

Conto a ela tudo que contei a minha irmã, e acho que por ela ser minha melhor amiga eu acabei dando alguns detalhes a mais. A cada palavra minha seus olhos davam a impressão de que ela estava ficando cada vez mais interessada em minha historia.

– Ou seja, - concluo - estou doente!

A única coisa que ela faz é rir de mim. Mas não é um riso de "Bem feito" ou "Mereceu", era um riso de "Finalmente".

– Sua doença se chama amor.

– Não, não. - rio nervosamente - Eu não amo.

Ela coloca sua mão em meu ombro esquerdo.

– Todo mundo ama um dia, e agora é a sua vez.

– Não pode ser. - digo - Eu nem sei o que é amor.

Ela balança a cabeça.

–Venha.

Ela me puxa pelo braço, me levando em direção do pátio. Passamos rapidamente por Kentin - ele havia se transferido para a Sweet Amoris - e ele ate pergunta o que esta acontecendo para eu estar sendo arrastada, mas não consigo responder justamente por eu estar sendo arrastada. Quando chegamos no pátio achei que era ali nosso ponto de parada, mas ela me leva ate a entrada do clube de jardinagem.

– Quero que você olhe para lá - ela aponta para o jardim - e me diga o que sente com o que ver.

A encaro seriamente.

– Isso é idiota.

– Idiota é você. Agora faça o que eu te mandei.

Como eu sei que não vai me adiantar de nada discutir com Rosalya, resolvo fazer o que ela mandou. Ando ate um certo ponto e me abaixo. Olho atentamente pelo jardim e uma coisa me chamou a atenção.

– Lysandre. - sussurro para o nada.

Ele estava escorado numa arvore, escrevendo em seu bloco de botas como se não houvesse um mundo ao seu redor. O sol da manhã refletia em seus cabelos prateados e criava um brilho ainda mais belo em seus olhos heterocromáticos. Sua boca dava um belo sorriso a cada palavra que escrevia. Ele parecia não se importar com nada que pudesse acontecer ao seu redor.

– Ai meu Deus! - exclamo e logo depois tapo minha boca na esperança de que ele não tenha escutado, mas ele logo direciona seu olhar para mim.

– Olá, Katherine. - ele parece não achar estranho o fato de eu estar agachada no chão e totalmente corada.

Droga. Droga. Droga.

– O-Oi. - tento parecer normal.

Ele fecha seu bloco de notas e o coloca ao seu lado no chão.

– Quer conversar?

– Pode ser.

Me levanto e ando ate ele, logo me sentando ao seu lado no esverdeado gramado e apoiando minhas costas na arvore.

– Algo em mim lhe incomoda? - sinto o olhar dele sobre mim.

– Não, - aperto a grama com minha mão - eu acho.

Abaixo minha cabeça e encaro minhas pernas cobertas pela calça jeans.

Ele coloca sua mão em meu queixo e o ergue ate que meus olhos se encontrem com os seus. A cada gesto que ele faz, meu coração acelera cada vez mais.

– Tenho a impressão de que algo a incomoda.

Suspiro.

– É que algumas coisas estranhas estão acontecendo e Rosalya disse o que é, mas não acho que seja isso.

Ele ergue sua sobrancelha direita.

– Poderia me dizer o que ela acha?

Travo no mesmo instante.

– É que...

O sinal toca e logo Lysandre se levanta e se despede de mim, indo em direção a saída do clube de jardinagem.

– Ai Deus, e se Rosalya estiver certa? Isso é tão frustrante.

Me levanto e vejo o bloco de notas de Lysandre no gramado. Como sempre ele havia o esquecido, e novamente, eu teria que devolve-lo.

*

Me sento ao lado de Alexy na aula de química. Ele parecia estar animado para isso, enquanto eu estava pensando em Lysandre e no quanto eu sou horrível em química.

– Katherine. - ele chama - Você é amiga do Kentin, não é?

Penso um pouco.

– Sou.

Seus olhos brilham.

– Acha que eu tenho chance?

Engasgo com minha própria saliva. Por um momento, havia me esquecido das preferências do Alexy.

– Eu não sei... - passo a mão em meus cabelos.

– Ah, entendo. - ele continua animado e passa a observar Kentin de longe.

Passo a mão em minha jaqueta e sinto o bloco de notas de Lysandre. Ele não esta nessa aula, acho que posso dar uma olhadin... Não! Isso é errado... Mas só uma olhadinha não faz mal...

Resolvo olhar, porque eu sou completamente inconsequente.

“Minhas mãos agarraram seus quadris fazendo seu corpo juntar-se ao meu, minha boca foi de encontro a sua, ela dava a total liberdade pra minha língua e a cada movimento eu explorava todos os lugares de sua boca, o seu beijo era ao mesmo tempo quente e carinhoso, parecia que ela já era totalmente experiente nisso, e a vontade de ficar ali por toda a eternidade aumentava cada vez mais. Assim foi nosso primeiro e único beijo, mesmo sendo por um motivo fútil, fez eu me apaixonar e aprofundar nos meus desejos cada vez mais. Todos os dias penso nisso. Preciso dela só pra mim, todos os detalhes, todas as curvas, seu sorriso irresistível que não pode ser desvendado, seus olhos azuis como o mar que faz com que eu navegue a cada olhar, tudo nela é perfeito, perfeito para mim. Quero que nossos caminhos andem juntos e que nosso final seja o mesmo. Vê-la em outros braços em qualquer outra parte do futuro é uma tortura. Ela é como vícios, vou beber o que derramar, e fumar o que ela sussurrar, esse êxtase me faz beirar a loucura. Quando vi pela primeira vez o ar foi embora e toda sombra se encheu de dúvida, fiquei acordado deitado na cama, pensado o que ela fez comigo, mas antes que as noites acabem, eu quero ela pra mim. Penso todos os dias em uma noite prazerosa pra nós dois, seu corpo se juntando ao meu, eu sentindo sua pele, seu calor, o que quero é o gosto que seus lábios permitem. Não posso te ter, não como você me tem, mas preciso de você, assim como você pode precisar de mim.

Para K.

Deve achar que sou um louco por me apaixonar, mas preciso só de uma chance para provar que à amo.”

– Oh meu Deus! – exclamo assim que termino minha indevida leitura.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3
*também postada no Spirit*
Até o proximo ^^