Black White escrita por Cupcake


Capítulo 2
Laranja


Notas iniciais do capítulo

Trecho final do capítulo anterior;
''Estava saindo da escola quando de repente caiu no chão.
Após uns minutos, acordou. Sua visão estava turva. Havia uma bicicleta e um garoto. O garoto parecia desesperado, e ela estava sentindo uma dor horrível."



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Ela não conseguia entender o porque o menino estava tão desesperado. A dor que estava sentindo continuava e ela estava começando a ouvir o que o garoto dizia. Por fim conseguiu se mexer. Coçou os olhos, sentou-se com a ajuda do menino e quando sua consciência finalmente voltou, ela se viu assustada e com muita dor.

–O-o que você fez com a minha perna? Quem é você? Por que está me ajudando a sentar?!

–Vocês está bem? Me desculpe mesmo!

–O que aconteceu?

–Eu juro que eu não vi você no caminho! Por favor me perdoe!

–O que você fez? Me responde, caramba!

Essa teria sido a primeira vez que Mizuki teria realmente conversado com alguém, mesmo que contra a vontade.

–A bicicleta... eu..

–Você tá dizendo que me atropelou de bicicleta?

–Ehhh... Sim! Me desculpe! Pra onde você tá indo?

–Mas o quê.. por que quer saber disso?

–É visível que você não consegue andar nessas condições. Então, eu te dou uma carona de bicicleta.

Ponto de vista: Mizuki

Ele sorriu pra mim de forma despreocupada, como se não estivéssemos falando de um atropelamento. Como eu não tinha outra escolha, aceitei o convite.

–Eu moro próximo ao parque. Me deixe lá, eu me viro a partir dali.

–Certo! Ãh... Precisa de ajuda?

–Não!! Er...Eu posso ir sozinha...

Eu fui me arrastando, pateticamente me arrastando até o banco traseiro da bicicleta, quando ele me pegou no colo e me carregou até o mesmo. Senti meu rosto queimar naquele momento.

–Mas o que...

–Não seja patética. É visível que não pode ir sozinha.. Me deixa te ajudar!

Ele me colocou no banco da bicicleta e sentou no banco da frente. Depois de um tempo, meu rosto ficou novamente frio como sempre, mas eu ainda não havia entendido o que aconteceu.

–E então, qual seu nome?

–Tachibana Mizuki.

–Prazer Mizuki, Atsushi Yamato.

–Não me chame pelo primeiro nome.

E então chegamos ao parque. O perfume das flores encantava tudo.

–O pôr do sol está lindo, né? Os tons de laranja que o cercam não são incríveis?

–Eu não sei.

–Como assim?

–Eu disse que não sei. Pode me deixar aqui, eu vou até a minha casa.

–Como? Se arrastando?

–Muito engraçado. Me leve então, se tem tanta vontade de bancar o herói. Eu moro naquela casa marrom ali, do outro lado do parque.

–Hm... deixa eu pensar... -ele começou a pedalar- para que faculdade você vai? Está no ensino médio certo?

–Estou. Mas eu não me sinto à vontade em falar isso.

Chegamos à minha casa. Ele me deixou na porta e tocou a campainha pra mim. Pouco antes de tocar a campainha, ele disse:

–Podemos trocar nossos celulares?

–Eu não vou te dar meu número.

–Então, ó -disse ele, anotando em um papel algo que parecia ser o seu número- se quiser conversar. Tchau Mizuki.

E foi naquele dia que conheci Atsushi Yamato, um menino estranho que insistia em me chamar pelo primeiro nome.


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