POV’S León:

–León não é…?- eu assenti.
–Poderíamos conversar no meu escritório um pouco por favor?
–Sim claro senhor Germán.
–Siga-me por favor León.
–Violetta é frequentemente chamada de “vadia” no colégio porque já beijou muitos garotos. Eu nunca permiti que ela namorasse algum deles.- eu assenti- Eu nunca os conheci, por isso não deixava Violetta namorar com eles, eu sabia que era apenas uma paixão, não era amor de verdade. Eu mesmo sei o que é isso. Porém sei também que Violetta tem de encontrar o amor. Você me parece um bom rapaz. Não magoe a minha filha por favor, eu não quero ter de vê-la sofrer, como eu via quando ela levava um “fora” dos outros garotos.
–Eu não irei magoar a Violetta senhor Germán. Mas isso é um sim?
–Isso é um…
Após a resposta do senhor Germán saímos do escritório.

POV’S Vilu:

Eu estava a ficar preocupada… Eu temia que meu pai dissesse “Não” a León. Eu tinha quase a certeza, pelo jeito dele. Vi-os sair do escritório, não demonstravam nenhuma expressão em concreto.
–Violetta, eu vou lhe dizer como isto funciona: se ele passar por você e não olhar, não falar nem tocar, significa que eu disse que “não”.-estremeci na hora com aquilo eu sabia que isso iria acontecer.- Se disse “sim”, ele vai correr para te beijar, aqui na minha frente, e sabe muito bem que eu não gosto disso.- eu limitei-me a assentir. Já sabia o que vinha aí, era um “ não” de certeza.
Eu estava nervosa, tremia, estava quase a chorar. León avançou, a primeira lágrima caiu quando vi que ele tinha a cabeça baixa. O meu pai não se moveu. León foi avançando devagar, até à porta, cabisbaixo. Agora muitas lágrimas já se haviam soltado. Eu queria correr para o meu quarto, mas estava em choque e minhas pernas não respondiam. León puxou a maçaneta da porta, o meu pai abriu um sorriso no rosto, mas era diferente. Não era um sorriso vitorioso como sempre, era um sorriso ternurento, cheio de amor e felicidade. Mesmo assim levei a mal, e consegui mover minhas pernas, eu ia correr para me trancar no quarto, não queria ver León saindo por aquela porta, mas antes que eu pudesse sair correndo, senti um braço forte me agarrar, não com força, de leve , e me puxar para seu peito. Era León, ele me abraçou muito forte. Chorei mais ainda. Ele levantou meu queixo e olhou nos meus olhos. Eu não sabia de nada agora, estava confusa, teria sido um sim ou um não? Agora eu chorava de tristeza e de felicidade, pois havia esperanças que meu pai tivesse aceitado. León me beijou, com calma, paixão, amor, carinho. Nossas línguas dançavam. Ele explorava cada canto da minha boca. Durou uns minutos. Eu… Eu não acreditava que meu pai deixou um rapaz me beijar, ainda por cima na sua frente. Ele já havia se retirado, provavelmente para o escritório. Agora eu chorava de felicidade, era muita mesmo. León abriu o maior sorriso.
–Eu estou aqui, não chora Vilu…
–Eu estou tão feliz meu amor!
–Eu também Vilu, não precisa chorar.
Ele me abraçou forte e ficámos assim o tempo que foi necessário para me acalmar. Fomos ver um filme. León teve de ir, afinal meu pai permitiu que namorássemos, não que León morasse ali. Após ele sair mandei uma mensagem ao Dan: “Dan!! Olá! Meu pai aceitou que eu namorasse com León! Estou tão feliz! Agora só falta conhecer-te assim podemos ser amigos de verdade.”. Eu não sentia tanta felicidade há bastante tempo.

POV’S León:

Estava super feliz. Podia ser que agora a Vilu esquecesse o Dan, já que não preciso mais dele. Mas a minha felicidade desapareceu depressa. Porquê? Porque ao chegar a casa reparei na mensagem da Vilu. Eu decidi que teria que contar agora, quanto mais depressa melhor. Marquei um encontro para amanhã.