Deadly Hunt escrita por Lara


Capítulo 4
A Bactéria


Notas iniciais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! Não, não é primeiro de abril e nem uma miragem. Eu realmente atualizei a história depois de 84 anos. Mentira, foram só 1 ano, 10 meses e 28 dias para atualizar. Eu realmente sinto muito!! Mas, nem vou perder muito tempo aqui, porque acho que ninguém quer ler as minhas desculpas. Então, se alguém quiser entender melhor o que aconteceu, apenas me mandem mensagens que eu digo. Isso se alguém ler essa história.

Enfim, o importante é que eu voltei e que sou muito grata pelos comentários Fran, Juliana Lorena, Lia, Laura Jackson potter, Sophia Stephane, Lary Moon, VacuumCleaner, Dani0696, Laura Marrie Marano Lynch, Lovely Girl, PalomaRaura29, Anónima, RossyPrincess, Raura R5er, Vitória, Lays Jannuario e Jade, que nunca desistiu de mim em todos esses anos de amizade ♥!! Obrigada por vocês terem lido a história e deixado comentários. Espero que ao menos uma parte de vocês possa continuar a acompanhar a história.

O capítulo não está tão legal, mas espero que possam gostar de alguma coisa. Boa Leitura...



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Pensei que tivesse tempo, tivemos nossas vidas
Corrigir
Agora você nunca envelhece, mais velho
Não disse adeus, agora eu estou congelado no tempo
ficando mais frio, mais frio
Uma última palavra, um último momento,
Para perguntar-lhe porquê
Você me deixou aqui atrás
Você disse que iria envelhecer comigo

You Said You'd Grow Old With Me - Michael Schulte

 

Capítulo III – A Bactéria

 ֎

 

A notícia sobre uma nova bactéria trouxe consigo a prévia de uma epidemia que poderia nos atingir a qualquer momento. Ally estava ao meu lado, sentada na mesa da sala de reuniões do castelo, enquanto lia os relatórios que havia recebido algum tempo atrás de Dez. O olhar concentrado e incomodado de minha esposa demonstrava o quão insatisfeita ela estava com a situação.

Eu permanecia calado, procurando alguma solução para os nossos problemas. Havia lido o conteúdo dos relatórios, mas ainda não fazia ideia de como proceder. Em poucas horas, a reunião com nossos aliados ocorreria e eu esperava que até lá nossos cientistas pudessem, ao menos, ter algum plano para amenizar os ataques dessa nova bactéria. No entanto, algo me dizia que eu deveria me preparar para o pior.

Durante os dez anos que Ally e eu estamos na liderança de Krósvia, essa era a primeira vez que vimos um perigo semelhante a esse. Ainda que eu tentasse ser confiante e quisesse acreditar que nossa tecnologia e recursos científicos eram avançados o bastante para lidar com esse novo problema, o mistério que envolvia essa bactéria era preocupante.

O que mais nos intrigava era o fato da bactéria atingir somente as crianças. Como rei, a minha maior preocupação era saber até que ponto essa ameaça poderia afetar na vida de meu povo, seja para o bem-estar ou pela já baixa taxa de natalidade do país. Por outro lado, como pai, eu temia pela vida de meu filho. Eu jamais me perdoaria se algo assim o atingisse.

Minha mente trabalhava a mil por hora, no entanto, todas as ideias que surgiam em minha mente eram inúteis. Nesse momento, eu odiava a minha falta de conhecimento estratégico e biológico. Ainda que tivesse me desenvolvido bastante com o passar dos anos, com a ajuda de meus pais e minha esposa, minhas habilidades como governante ainda são fracas. Eu sei disso melhor do que ninguém e esse fator era mais um que ocasionava em minhas inseguranças.

Observo Ally por um tempo e suspiro. Por algum motivo, nos últimos meses, eu sentia que não era bom o suficiente para ela. Apesar de demonstrar confiança em minhas decisões, eu sempre me sentia inútil e incapaz. Era impossível não notar a genialidade de Ally perante as estratégias de batalha. Não há nada que minha esposa não consegui fazer. E era essa diferença que me tornava um rei inseguro.

Batidas na porta ecoam pela sala e, em seguida, entram pela porta Prince, Tyler e meus pais. Ao notar a presença de nossos convidados, Ally coloca os papéis sobre a mesa e se levanta, com um sorriso amoroso em seus lábios. Assim como ela, eu também estava feliz por ver meus pais, meu cunhado e Tyler, que não víamos a tantos meses.

 - Vocês finalmente chegaram! – Exclama Allycia, alargando ainda mais seu sorriso ao abraçar minha mãe. – Eu senti tanto a falta de vocês.

— Ah, querida. Eu também estava morta de saudade de vocês. – Responde minha mãe, dando um beijo carinhoso na testa de Ally em seguida. – Assim que soubemos da notícia de que a bactéria também está para atingir Krósvia, nós viemos imediatamente.

— Obrigada por terem vindo. – Agradeço, enquanto abraço meu cunhado. – Como foi a viagem de retorno?

— Cansativa, mas estava ansioso para chegarmos de uma vez por todas. – Conta Prince, suspirando.

— Oi Austin! – Cumprimenta Tyler, dando-me um rápido abraço. Ele sorri para Ally e a abraça com carinho. – Como vai, princesa?

— Eu estou bem, obrigada. – Afirma Allycia, sorrindo agradecida. Ela se vira para o irmão e se joga em seus braços, assim que o Dawson mais velho os abre. – Que bom que você voltou.

— Não vai se livrar tão fácil assim de mim, irmãzinha. – Responde o rapaz, correspondendo com a mesma intensidade ao abraço da irmã.

— Alguma notícia do rei de Boise? – Pergunta meu pai, preocupado.

— Nada ainda. – Digo, suspirando em seguida. – Ao menos, com vocês aqui, nós teremos alguma informação para sabermos com o que exatamente nós estamos lidando.

— É melhor nós nos sentarmos para conversar. – Pede Ally, apontando para a mesa de reuniões. Ao nos acomodarmos, minha esposa pega os relatórios e estende aos meus pais e a Prince, que compartilha a folha com o amigo. – Aqui estão algumas das informações que conseguimos sobre os ataques dessa bactéria, mas, assim como Austin disse, acreditamos que vocês são a nossa melhor fonte de informação para entendermos o que está acontecendo.

Meus pais permanecem em silêncio por mais um tempo, apenas digerindo as palavras contidas nos relatórios. Prince e Tyler analisavam as fotos presentes, enquanto comparavam com os detalhes dos sintomas da doença. A demora na resposta de meus pais torna o ambiente ainda mais tenso e preocupante. A atitude atípica dos reis de Serafine destacava o quão incerto eles pareciam quanto ao que falar.

— Tudo começou com a morte misteriosa de uma criança no interior de Boise. A primeiro momento, ninguém deu tanto importância ao ocorrido, afinal, por morar em uma região mais isolada, ela poderia ter morrido de picada de algum inseto não conhecido ou comido algo que não devida. No entanto, ao realizarem a autopsia em Linda Scott, encontravam alguns sintomas incomuns. – Relata meu pai, cruzando seus braços, enquanto parecia relembrar dos detalhes da história. – Ela parecia ter sofrido uma espécie de hemorragia torácica, no entanto, não havia sinal algum de qualquer doença conhecida que ocasionasse a hemorragia.

— O pior veio em seguida, quando todos os quatro irmãos da garota morreram da mesma forma misteriosa. A vila onde a família morava entrou em pânico e tentaram isolar os pais das crianças, mas a bactéria se espalhou pelo lugar e matou mais cem crianças. A notícia chegou aos ouvidos de Raphael, o rei de Boise, que acionou seus melhores cientistas para cuidarem do problema, mas, como uma epidemia, a bactéria se espalhou pelo país até chegar a Serafine. – Continua minha mãe, visivelmente abalada. – Algumas crianças de nosso país começaram a apresentar os mesmos sintomas que os das vítimas que morreram dessa bactéria mortal.

— E quais são esses sintomas? – Questiona Tyler, lendo os relatórios mais uma vez. – Os relatórios apresentam somente hemorragia torácica.

— O primeiro sintoma são manchas roxas pelo corpo, em seguida se tem a queda de cabelo, febre alta e, por fim, a hemorragia torácica. – Explica meu pai, apontando para algumas fotos que estavam espalhas pela mesa. – Estão vendo essas pequenas manchas? – Questiona, mostrando uma foto em especial. – Elas aparecem apenas próximas as glândulas sudoríparas especificas, como axilas e pescoço, ou seja, por estarem em regiões mais escondidas do corpo são mais difíceis de serem notadas.

 - Seus cientistas conseguiram alguma novidade ou alguma dica que possa nos ajudar a encontrar a cura dessa nova doença? – Pergunto, esperançoso.

— Não. – Responde minha mãe, apertando seus punhos sobre a mesa. – Nossas experiências têm se mostrado inúteis contra essa nova bactéria. Enquanto estamos aqui, inúmeras crianças têm sido infectadas e a nossa única suspeita é que a transmissão ocorre pelo ar.

— Eu tentei entrar em contato com o rei Raphael, mas até o momento, eu não tive nenhuma resposta. – Conta Prince, frustrado.

De repente, novamente, batidas ecoam pela sala e vejo a porta ser aberta. Dez entra e sorri ao ver meus pais no local. Ele carregava mais alguns relatórios e parecia um pouco exausto, no entanto, apesar de sorrir, seu olhar desanimado denunciava que o comandante trazia consigo más notícias.

— Com licença. – Fala o ruivo, cumprimentando a todos com um breve aceno. – O rei Raphael acaba de entrar em contato conosco. Devido aos problemas que seu país vem enfrentando, ele não pode se ausentar, mas afirmou que irá colaborar conosco para evitar que a maldição que atingiu Boise caia sobre nós. Ele enviou as anotações de seus cientistas e os resultados de algumas pesquisas realizadas sobre a bactéria.

— E o que eles descobriram? – Questiona Ally, apreensiva.

— Trata-se de uma bactéria mutante que se reproduz em velocidade ainda maior ao ter contato com o frio. Ainda não se sabe ao certo o motivo dela atingir somente a crianças, mas tudo indica que o principal fator seja a quantidade de anticorpos que as crianças possuem, que não conseguem deter a bactéria a tempo dela atingir a região torácica. – Responde Dezmond, entregando o novo relatório a Ally.

— Mas, nós estamos no início do inverno. Como poderemos eliminar uma bactéria que se reproduz em maior escala no frio? – Pergunto, observando meu melhor amigo.

— A nossa única alternativa é encontrar uma forma de retardada as mutações dessa bactéria até termos uma medida destrutiva contra ela. – Dita Allycia, suspirando.

— Pode ser uma boa alternativa, mas ainda precisamos ser rápidos, se quisermos impedir que essa doença se alastre pelo mundo. – Comenta Tyler, cruzando os braços.

— De qualquer forma, precisamos esperar que nossos aliados cheguem para definirmos as medidas que iremos tomar. – Afirma Prince, enquanto observa o relatório de Boise.

— Acredito que o melhor que podemos fazer nesse momento é pensar em soluções para esses problemas. – Fala minha esposa, colocando os cotovelos sobre a mesa, enquanto cruza as mãos. – Dez, envie esse relatório para os nossos...

— Eu já enviei o relatório para nossos cientistas e uma cópia para os nossos aliados. – O ruivo interrompe a fala de Ally e sorri orgulhoso. A morena sorri discreta e parece satisfeita com a resposta do comandante. – Tomei a liberdade de entregar o relatório a Manu, Trish e Jade também e elas já começaram a investigar algum caso parecido que possa ter ocorrido no passado. Talvez não encontremos nada, mas é uma alternativa.

— Obrigada, Dez. – Agradece Ally, sorrindo gentilmente. – Assim que tiver alguma resposta, avise-nos. – Pede e o ruivo concorda. – Por hora, peça para que Théo e Lawrence venham participar de nossa reunião e deixe o dever de cuidar de nossas convidadas nas mãos de Melanie.

— Como desejar. – Afirma Dez, assumindo sua postura séria novamente. – Com licença.

Após uma leve reverência, o ruivo deixa a sala. Vejo o sorriso gentil nos lábios de meus pais. Encaro os dois em confusão e meu pai apenas dá de ombros, como se não fosse nada demais.

— Dez se tornou alguém bastante confiável, não é mesmo, Ally? Ele te conhece tão bem que até mesmo sabe o que fazer, sem que você precise dizer. – Comenta minha mãe, parecendo aliviada. - Você sempre foi uma pessoa bastante independente, então quando assumiu o reino de Krósvia, foi impossível não me preocupar com você, Ally.

— Dez e Lawrence são as pessoas que mais confio nesse reino, além de minha família, é claro. – Responde minha esposa, pegando em minha mão por debaixo da mesa. – Eles são o tipo de homens que não hesitariam em morrer, se fosse preciso, para manter meus segredos a salvo.

A afirmação de Ally traz à tona algo que invadia minha mente com frequência. Apesar de sermos casados a uma década, eu sabia que ela escondia segredos de mim. Não que eu desconfiasse que minha esposa estava me traindo ou algo parecido. Apenas não confiava em mim o bastante para contar os problemas que a incomodava e a ajudar a solucioná-los.

Durante todos esses anos, esse era o maior motivo de nossas brigas. Quando eu a questionava, tudo o que recebia em resposta era que ela queria me proteger. Quantas vezes eu a vi levantando de madrugada e indo para seu escritório para cuidar de assuntos que não quer que eu saiba.

— De qualquer forma, é melhor voltarmos a falar sobre a bactéria. – Fala Ally, mudando de assunto. A porta é aberta mais uma vez e dessa vez é Lawrence a aparecer. – Parece que nossos aliados acabaram de chegar.

— Desculpem o atraso. – Lamenta o loiro mais velho, entrando. – Devido ao clima, nós tivemos alguns contratempos.

— Não tem problema, Lawrence. – Afirmo, feliz por ver o meu mentor novamente, após alguns dias sem notícias dele. – Todos os reis solicitados estão presentes?

— Como solicitado, Majestade. – Responde o loiro, dando espaço para que Richard, Victória, Joseph, Cecília, Arthur, Trevon, Enrique, meu tio Théo e um homem que eu não conhecia entrassem na sala.

Apesar de sorrirem, meus aliados pareciam tensos e preocupados. O pedido de uma reunião presencial havia sido uma surpresa, mas com todos os acontecimentos, Ally e eu decidimos que não poderíamos adiar esse encontro por muito tempo. Sendo o próximo alvo dessa doença misteriosa, nós precisávamos de todo apoio e suporte possível para impedir que a bactéria se tornasse de vez uma ameaça global.

— Sejam bem-vindos, meus amigos. – Cumprimenta Ally, sorrindo para cada um de nossos aliados. – É um prazer reencontrá-los, ainda que em uma ocasião desagradável. Fiquem a vontade.

— Obrigada, Allycia. – Agradece Arthur, sorrindo simpático. – Compartilhamos dos mesmos pensamentos. É bom vê-los novamente.

— Sentem-se, por favor. – Digo, apontando para as cadeiras vazias postas à mesa. – Vejo que trouxeram um novo aliado.

— Espero que não se incomodem com a minha audácia, Austin e Allycia. – Fala Enrique, apontando para o rapaz de cabelos escuros e olhos esverdeados. Ele encara Allycia com fascínio e seu olhar me incomoda um pouco. – Esse é Oliver Hughes, o meu mais novo braço direito.

— Então você é o famoso Oliver? – Pergunta Cecília, acomodando-se em sua cadeira. Seguindo o seu exemplo, todos fazem o mesmo. – Ouvir falar muito sobre você.

— Espero que de maneira positiva. – Fala Oliver pela primeira vez. – É um prazer conhecê-los, Majestades.

— O novo prodígio do reino de Kenedias. – Responde Victória, sorrindo discreta. – Um cientista genial que possui habilidades tão surpreendentes quanto as da jovem rainha de Krósvia. Esses são os comentários que estão se espalhando pelos reinos vizinhos.

— Eu não chegaria a tanto. – Afirma Oliver, parecendo envergonhado. Observo o homem com intensidade. A maneira apaixonante que encara minha esposa estava me deixando bastante irritado. Lawrence parece perceber e chuta minha canela por debaixo da mesa.

— O que? – Sussurro, chateado.

— Disfarça. – Pede, apontando levemente para Oliver e Ally, que parecia não se importa muito com o olhar do homem.

— Não diga isso, Victória. – Fala Enrique com divertimento. – Oliver é um grande fã de Allycia. Desde que eu o conheço, ele venera a nossa mais jovem rainha.

— É mesmo? – Questiono com ironia. Meu mentor me olha com repreensão e vejo meu cunhado ri, sendo acompanhado por Tyler e meus pais. Eles com certeza estavam se divertindo com a cena. Ally me encara sem entender e sorri sem graça para o novo convidado.

— Sim. Eu sou um grande fã da rainha Allycia. – Admite o moreno, parecendo não notar o meu sarcasmo.

— Não sei o motivo de me admirar, mas agradeço pela consideração, Oliver. – Responde Allycia, sorrindo simpática. Ela me belisca de leve por debaixo da mesa, como aviso para que eu parasse. Suspiro, irritado, mas resolvo não falar mais nada. Apenas esperava que a reunião acabasse logo e pudesse respirar um pouco de ar fresco.

— De qualquer forma, eu o trouxe, pois acredito que Oliver seja o único capaz de descobrir a cura para essa nova bactéria. – Explica Enrique com confiança.

— Por que tem tanta certeza disso, Enrique? – Questiona tio Théo, demonstrando sua curiosidade. – Não que eu esteja duvidando de seu cientista, mas Mirela, Mikael e Raphael já estão à procura de um antídoto que combata essa doença, mas até o momento não obtiveram nenhum resultado positivo.

— Isso é verdade. – Concorda Arthur, pensativo. – Devemos levar em consideração que Boise é o país com a medicina mais avançada de todos nós. Se até mesmo eles não conseguiram encontrar uma cura para essa bactéria, quem garante que seu cientista seja nosso milagre, Enrique?

— Que homem de pouca fé você se tornou, Arthur. – Comenta o rei de Kenedias, dando de ombros. – Boise não encontrou a cura, porque não tinha Oliver ao seu lado. A verdade é essa. Você me conhece bem o bastante para saber que eu jamais faria uma afirmação tão forte como essa se não tivesse certeza do que eu estou dizendo.

— Eu acho que devemos dar um voto de confiança a Enrique. – Afirma Trevon. – Não é como se tivéssemos algo a perder.

— Eu também acho que essa pode ser uma boa oportunidade. – Fala Richard e Joseph balança a cabeça em apoio ao cunhado. – Se analisarmos a situação em que nos encontramos agora, tudo o que podemos fazer é apoiar Enrique. Se Oliver pode mesmo encontrar uma cura para essa bactéria, não podemos perder tempo.

— E quais são as suas ideias, Oliver? – Questiona Joseph, ajeitando-se melhor em sua cadeira.

— Sem uma verdadeira análise, eu não posso dizer o que devemos fazer. – Explica Oliver com seriedade. – Por não se tratar de uma simples bactéria, antibióticos comuns não irão funcionar. O problema das bactérias é que elas são inteligentes o bastante para se adaptar aos antibióticos e criar resistência quanto a seus ataques.

— Não há nenhuma maneira de a matarmos antes que elas consigam essa resistência? – Pergunta Victória.

— Eu tenho certeza que há. Nós apenas não descobrimos como fazer isso. – Responde o cientista, sorrindo fraco. – As bactérias possuem três principais formas de resistência. O efeito chaminé, que assim como o próprio nome diz, funciona como uma chaminé, que expulsam as substâncias nocivas a elas assim que entram em contato com um remédio. A segunda forma é a reforma esperta. Após sofrer os primeiros ataques, a bactéria consegue se modificar e então se torna ainda mais difícil combatê-las. E por último, nós temos as atiradoras de elite. Enzimas específicas, que neutralizam o antibiótico antes de ele chegar ao seu destino, passam a ter uma ação de destaque entre os germes resistentes e impossibilita que o antibiótico cumpra com o seu papel.

— Então você está nos dizendo que não conseguiremos nunca deter essa bactéria? – Pergunta Prince, com a preocupação evidente em sua fala.

— Muito pelo contrário. Eu realmente acredito que podemos e que vamos combatê-las. Mas antes que isso aconteça, é preciso vencermos esses três tipos de resistência. – Explica Oliver, cruzando os braços. – Por isso, preciso estudar o caso com mais detalhes. Preciso saber mais sobre a doença. As características da doença, como ela é transmitida e como reage diante de diversos climas ou outros fatores. Eu precisaria de uma amostra da bactéria para análise e os dados descobertos até o momento. Além, é claro, de um lugar onde posso realizar os meus experimentos.

— Nesse caso, sugiro que leia esse relatório. – Fala Allycia, estendendo relatório de Boise. – Essas são as últimas informações que conseguimos do reino de Boise, onde ocorreu a primeira aparição da doença. E essas são as fotos do primeiro e último caso.

— Interessante. – Responde Oliver, atento as fotos. Ele parecia fascinado com o que via. Em seguida, ele começa a ler o relatório. Enquanto isso, todos permanecem em silêncio, apenas esperando seu veredito.

  Desvio minha atenção do cientista para Ally e ela parecia fazer uma leitura do novo convidado. Eu conhecia aquele olhar de minha esposa. Ela havia gostado do homem e, assim como Enrique, ela devia estar confiando que Oliver seria mesmo capaz de encontrar a cura da bactéria. Instantes depois, meu melhor amigo volta a aparecer na sala de reuniões e cumprimenta rapidamente todos os reis do ambiente.

Notando que a atenção de todos estava voltada para Oliver e que o momento exigia silêncio, ele apenas aproxima-se de Ally e sussurra algo em seu ouvido. Em seguida, ele entrega um documento a minha esposa e estende uma caneta. A morena lê os papeis rapidamente e os assina. Dez então recolhe os documentos e ameaça deixar a sala, mas Allycia o impede. Ela sussurra algo para o ruivo que a encara em surpresa, no entanto, não demora muito a sair do local, provavelmente, para realizar o que havia sido solicitado.

— Algum problema? – Sussurro para Ally.

— O Conselho solicitou uma audiência daqui dois dias para relatar sobre o desenvolvimento de Krósvia e apresentar alguns planos de crescimento. Nada demais. – Responde a morena, sorrindo discreta.

— O que pediu a Dez? -  Pergunto, expondo minha verdadeira dúvida.

— Pedi que disponibilizasse um espaço para Oliver desenvolver suas pesquisas e se hospedar aqui no castelo. – Sussurra, observando-me com atenção. – Se ele pode mesmo nos ajudar, quero estar perto para acompanhar todo o processo de pesquisa.

— Você nem mesmo o conhece. Como pode ter tanta certeza que ele pode nos ajudar? – Resmungo, insatisfeito com o fato dela ter tomado uma decisão tão séria como essa sem me consultar.

— Austin, por favor. – Ally me repreende, cansada.

— Descobriu alguma coisa, Oliver? – Pergunta Prince, ansioso pela resposta do cientista.

— Nós conversamos depois. – Dito, encerrando uma possível discussão que poderia ocorrer.

— Sem uma análise profunda da bactéria, eu não posso dar certeza de nada, mas somente com esses dados, eu já tenho uma noção de como iniciar minha pesquisa. – Responde com seriedade, ainda encarando o relatório. – No entanto, o que posso adiantar é que, assim como eu imaginava, não conseguiremos deter bactéria de uma vez só, simplesmente, porque antes que o antidoto seja deseja desenvolvido, todas as crianças da Europa terão sido mortas e arrisco até mesmo dizer, que os adolescentes também.

— O quê? – Sussurra Ally, assustada. Todos ficam eufóricos diante da afirmação de Oliver.

— No entanto, acredito que posso desenvolver uma solução temporária que irá retardar as mutações da bactéria e a impedir de se espalhar com tanta nocividade. – Explica Oliver, enquanto nos encara. – No entanto, eu peço que confie em mim e permitam que eu possa continuar a minha procura por uma cura. Não é um caso impossível, apenas um pouco mais complicado, se considerarmos que o ambiente é bastante propenso para a proliferação da bactéria.

— E então? Allycia? Austin? – Fala o rei Enrique, esperançoso. – O que vocês acham?

— Eu estou convencida de que ele pode sim ser uma peça importante na busca pela cura. – Opina minha mãe, convicta.

— Por que não realizamos uma votação? – Sugere Joseph.

— Não será necessário. – Respondo, suspirando em seguida. – Allycia também está convencida de que ele pode encontrar a cura.

— Nós te disponibilizaremos um laboratório e tudo o que for necessário para desenvolver a fórmula capaz de destruir essa bactéria, Oliver. – Informa Ally, ignorando meu comentário. – Em troca, quero acompanhar de perto todos os resultados e avanços da pesquisa. Serão realizados relatórios diários e a informação será transmitida para nossos aliados.

— Obrigado, Majestade. – Agradece Oliver, animado. – Eu prometo que não irei decepcionar.

[...]

A reunião durou mais algumas horas com os aliados até conseguirmos decidir quais medidas iriamos tomar para impedir que a bactéria se espalhasse ainda mais. Após horas de debates e propostas para iniciar o projeto contra a bactéria, determinou-se que todos os países orientariam seus cidadãos a adotarem medidas semelhantes a da gripe para que não houvessem ainda mais vítimas da bactéria.

Minha cabeça latejava e eu sentia como se o mundo estivesse sobre meus ombros. Havia sido um dia difícil, afinal. Ally continuava na sala de reuniões, revisando alguns documentos com Lawrence e Dez.

Eu me encontrava na torre mais alta do castelo, longe de toda a movimentação e os problemas que como rei, eu tinha que lidar. A paisagem vista daquele lugar era impressionante. Eu não conseguia descrever em palavras o que eu sentia sempre que me sentava na janela e observava a vista.

Lugar algum conseguia superar a beleza noturna de Füssen. Apesar de ser uma cidade bastante desenvolvida, a capital de Krósvia continuava a exibir com intensidade as estrelas no céu e a calmaria típica de uma cidade do interior. Eu observava a paisagem da torre enquanto sentia o vento gélido atingir meu rosto.

Nas raras oportunidades que eu tinha para ficar sozinho, eu gostava de ir ao lugar e pensar um pouco na vida, principalmente, quando algo me incomodava. Assim como o farol de Miami, a torre era o único lugar onde eu podia ficar sozinho e conseguia colocar meus pensamentos em ordens. Por saber disso, Ally e eu nunca permitíamos que as pessoas fossem a esse lugar, sem que fosse em caso de urgência.

As cenas da reunião voltaram a invadir a minha mente, torturando-me com as minhas inseguranças e desconfianças. Eu estava cansado, mas sabia que não conseguiria dormir até que tivesse dito a Ally o meu incomodo sobre permitir que o desconhecido permanecesse no castelo. Ainda mais quando o desconhecido parecia ter um fascínio além do normal pela minha esposa.

Respiro fundo e tento esvaziar a minha mente, no entanto, era quase impossível com a dor que eu sentia no momento. Fecho meus olhos e concentro-me no som do vento invadindo o quarto da torre. Esse era o único som do momento e o que mais me acalmava. Volto a encarar a paisagem, observando as luzes da cidade de Füssen.

Sinto o relicário em meu pescoço balançar com o vento um pouco mais forte. Abro o pingente e sorrio ao ver a nossa foto em família. O sorriso doce de Ally, segurando nosso pequeno Enzo, com apenas um ano, enquanto eu os abraçava com força. Era a nossa foto mais preciosa e eu não retirava o colar de meu pescoço em momento algum.

A foto havia sido tirada no primeiro aniversário de Enzo e havia sido um dia maravilhoso. O reino todo estava em festa, celebrando o primeiro ano de vida de seu herdeiro. Lembro-me com detalhes da felicidade de meus pais e amigos. Do sentimento de orgulho ao apresentar o meu maior presente ao mundo.

Enzo havia nascido em meio a muitas dificuldades e me ensinou o verdadeiro significado do que é amar alguém incondicionalmente. Não que eu já não me sentisse assim por Ally, mas meu amor pelo meu filho superava qualquer sentimento existente no mundo.

A gravidez de Ally ocorreu durante nossa primeira crise no casamento. Eu já não sabia mais se conseguiria ficar ao seu lado. Nossas brigas eram constantes, além de nosso desgaste emocional com os problemas pós-guerra que passaram a atingir Krósvia. Por sermos jovens demais, éramos cabeças duras demais para pedirmos ajuda e admitir nossos erros como marido e mulher.

Como um milagre, Enzo foi como um milagre em nossas vidas. Ele trouxe amor e paz ao nosso lar. Nosso pequeno príncipe se tornou nosso maior motivo para lutarmos por nós. Não importava quantas vezes eu encarava seu rosto tão semelhante ao de minha esposa, eu sempre me encantava e me perguntava como aquele pequeno ser humano poderia mudar tanto a minha vida.

 O som de passos na torre me faz voltar a realidade. Fecho o relicário e viro meu corpo, pronto para mandar a pessoa ir embora, no entanto, surpreendo-me a encontrar Bárbara parada na entrada do quarto. Ela sorri discreta e me encara com expectativa. Eu não sabia bem o que fazer. Expulsá-la do quarto parecia ser uma grande grosseria e, apesar de não gostar de tia Elena, eu sabia que a culpa não era de minha prima de ter a mãe que tinha.

— Eu...eu posso entrar? – Pergunta, hesitante.

— Hãn...eu, hum. Claro. Entre. – Digo, tentado parecer um pouco mais bem-humorado do que de fato estava. – Aconteceu alguma coisa?

— O que? – Fala Bárbara, parecendo surpresa por eu ter iniciado a conversa. – Não. Não aconteceu nada. Você está bem? Parece cansado.

— O dia foi difícil. – Afirmo, fazendo sinal para que ela se aproximasse. – E você? Está tudo bem?

— Estou sim. – Responde, não sendo muito convincente.

— Mesmo? – Insisto, encarando minha prima. - Por que não me diz o que está te incomodando?

— Eu não quero te encher com os meus problemas, Austin. – Responde Bárbara, sorrindo gentil. – Obrigada mesmo assim.

— Você tem certeza que não quer conversar? Nós somos primos, certo? Quero que sejamos amigos também. – Digo, tentando tranquilizar a garota.

— Eu...eu estou um pouco preocupada, sabe? – Começa a falar, olhando para as próprias mãos. – Depois de tudo que aconteceu no passado, não quero que você e Allycia pense que eu e meus pais somos más pessoas. Eu sei que minha mãe agiu muito errado no passado, mas ela realmente está arrependida, Austin. Eu juro!

— Bárbara. – Chamo, não sabendo bem o que falar. A garota permanece com a cabeça baixa e distante. – Ei, olha para mim. – Peço e ela finalmente me encara. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela parecia fazer um grande esforço para não chorar. – Não fique assim, por favor. Eu sei que você não tem culpa alguma do que aconteceu no passado, mas é difícil acreditar que sua mãe realmente mudou, entende?

— Eu sei. Mas eu realmente estou dizendo a verdade. Ela se arrependeu de ter feito tanto mal a sua família. – Afirma Bárbara, aproximando-se mais. – Eu sei que não existem desculpas que possam justificar as atitudes de minha mãe no passado, no entanto, ela é humana também. Ela errou, é verdade, mas quem nunca errou antes?

— Eu realmente admiro a sua vontade de consertar os erros de sua mãe, Bárbara, mas não se preocupe demais com esse assunto. Tudo que aconteceu no passado ficou para trás. Não estou dizendo que Ally e eu perdoamos a sua mãe, no entanto, essa é uma chance dela nos provar que mudou, não é mesmo? – A minha resposta parece animar um pouco mais a garota. – Apenas nos der um pouco mais de tempo para lidarmos com essa nova realidade, está bem?

— Obrigada, Austin! De verdade! – Agradece a garota e, por impulso, ela acaba por me abraçar. Surpreso pela a reação de Bárbara, permaneço parado e isso parece chamar sua atenção. – Meus Deus! Me desculpa, Austin. Eu não devia ter te abraçado. Eu sinto muito.

— Está tudo bem, Bárbara. Fique calma. – Preocupo-me ao ver a agitação da garota. Bárbara parecia muito assustada e arrependida. – Foi somente um abraço entre primos, Bárbara. Não precisa se sentir tão culpada. Está tudo bem.

— Mas a Allycia...

— Ela não precisa saber o que aconteceu aqui. – Digo e isso parece acalmá-la um pouco mais.

— Mas isso não é errado? – Questiona com hesitação.

— Não aconteceu nada demais aqui, Bárbara. Não é como se a gente tivesse se beijado ou traído a Ally. Então não se preocupe. – Bárbara respira fundo e balança a cabeça, concordando. Estendo a minha mão para ela e, após ela pegar, a puxo para que veja a paisagem de Füssen.

— Uau. – Responde Bárbara, suspirando encantada. – É tão...tão lindo. Tão incrível!

— Eu sempre venho aqui quando quero ficar sozinho e pensar um pouco na vida. Essa paisagem sempre me acalma. – Conto e o sorriso de Bárbara se alarga.

— Obrigada por me mostrar seu lugar especial. – Agradece minha prima, envergonhada. Sorrio e bagunço o topo de sua cabeça. – Ei! Meu cabelo!

—  O que? Ficou uma gracinha. – Brinco e ela ri forçado.

— Engraçadinho. – Responde Bárbara, revirando os olhos. Ela volta a encara o horizonte e sorri docemente, enquanto fecha os olhos. – Esse lugar é realmente mágico. Eu já me sinto muito melhor. – Afirma, abrindo os olhos novamente. – Obrigada, Austin.

— Não há o que agradecer, priminha. – Respondo, dando de ombros.

Observo Bárbara por um tempo e sorrio por ver que ela havia se animado um pouco mais. Apesar de ser dez anos mais nova que eu, a garota não parecia em nada com uma jovem de dezoito anos. A maturidade presente em suas ações e palavras era realmente surpreendente. Eu realmente esperava que assim como o pai, ela se tornasse uma pessoa digna de admiração e clamor de seu povo.

— Aus....tin? Bárbara? O que está fazendo aqui? – A voz de Ally, de repente, invade o quarto e nos assusta.

— Ally? Meu Deus! Você nos assustou. – Digo, levando a mão ao coração. Eu estava tão concentrado em meus pensamentos, que nem mesmo havia escutado a aproximação de minha esposa.

— Oi Allycia. Eu só estava de passagem. – Responde Bárbara, nervosa. Ela parecia preocupada com a reação de Allycia.

Ally permanece calada por alguns instantes, apenas nos observando. A falta de expressão em seu rosto estava me deixando nervoso e assustado. Apesar de não ter feito nada de errado, aquele olhar intenso e misterioso de minha esposa conseguia me fazer sentir como se eu fosse o pior de todos os seres humanos.

— Ally... – Chamo e ela apenas desvia seu olhar para o chão e massageia as têmporas.

— Tudo bem. – Fala a morena, por fim. Ela levanta a cabeça e olha minha prima com seriedade, mas permanecendo calma. Calma até demais para o meu gosto. – Poderia nos deixar a sós?

— Eu...eu já vou indo. – Despede-se Bárbara, apressada. – Obrigada, Austin. Boa noite, Allycia.

— Boa noite, Bárbara. Durma bem. – Digo e Ally apenas acena de forma indiferente.

A garota não demora a deixar a torre, ficando somente Ally e eu. Eu estava um pouco tenso, esperando uma reação exagerada de minha esposa, ainda que isso não fizesse muito sentido, afinal, eu não havia feito nada de errado e Ally odeia escândalos e dramas. No entanto, o seu olhar sério continuava a me atormentar de inúmeras formas.

— Ally, eu...

— Eu nem quero saber o que aconteceu aqui. Eu estou exausta e tivemos um dia longo. Então, não fala nada, está bem? Eu não estou com cabeça para discussões e troca de farpas desnecessárias. Acredito que você já sabe o que eu penso sobre Bárbara e Elena. – Ally me interrompe, demonstrando todo o seu cansaço. – Apenas me prometa que irá tomar cuidado com essa duas.

— Não acha que está exagerando quanto a Bárbara? Ela é somente uma adolescente, Ally. – Comento, levantando-me do banco onde eu estava sentado.

— Na idade dela, eu estava liderando uma guerra, Austin. Com dezoito anos, eu assumi um reino e me casei. Ela não é somente uma adolescente. Bárbara já é uma mulher. Não se deixe enganar pelo seu instinto de irmão mais velho. – Responde Allycia, encarando-me com intensidade. – Então não. Eu não estou exagerando.

— Você não pode se usar como exemplo. Diferente da Bárbara, você teve que assumir responsabilidades exigidas além de sua idade, porque não havia ninguém que pudesse fazer isso. Os cenários são diferentes, Ally. Você se preocupar com tia Elena, eu até entendo, mas culpar Bárbara, uma garota tão doce, é demais. – Argumento e minhas palavras deixam Ally ainda mais furiosa.

— Tudo bem. Eu não vou discutir com você. Se quer mesmo acreditar que sua prima é uma santa, eu não posso fazer nada. Mas, se por um acaso, eu ao menos desconfiar que ela está planejando algo contra nosso reino e a nossa família, eu juro que irei expulsar ela e a mãe dela de nosso país sem hesitação alguma. – Afirma Allycia com seriedade. Aquela era uma promessa que eu sabia que ela cumpriria sem problema algum. Ela respira fundo e volta a acalmar os ânimos. – Enzo está te chamando para contar uma história para ele.

Após dizer isso, minha esposa deixa o quarto da torre sem olhar para trás. Suspiro, incerto sobre as minhas atitudes. Eu sentia que aquele era apenas o começo dos inúmeros problemas que estavam por vir. Tentando não pensar muito nisso, apenas respiro fundo e me dirijo ao quarto de meu filho, desejando que o tempo com ele pudesse trazer a paz que eu tanto almejava aquela noite.


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Notas finais do capítulo

"Nossa, Lara, que bosta! Você demora quase 2 anos para atualizar essa história e sai uma merda dessa?" Sim, amores, isso foi o que eu consegui trazer para vocês como atualização. Eu sinto muito mesmo por ter ficado ruim, mas em minha defesa, eu passei quase 2 anos sem nem pensar na história direito e sem escrever também. Então, eu prometo que vou melhorar conforme eu for pegando o jeito novamente.

Por favor, comentem! Nem que seja para falar que ficou uma droga, eu preciso saber a opinião de vocês e se realmente compensa eu continuar a escrever a história, afinal, também não quero decepcionar vocês. Ah, e se tiver algum erro, me avisem, que eu continuo sem tempo para revisar os capítulos. Desculpa! Enfim, eu vejo vocês em breve!! Qualquer pergunta que tiverem, não hesitem em fazer nos comentários! Beijocas ♥