Medicine escrita por Stargeryana


Capítulo 3
Capítulo 3 : It's not like imagined


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos (as)
apareci novamente, estou tão grata pelos comentários no capítulo anterior, houve surtos e eu amei isso rsrs.. Vocês são todas fofas demais, e eu adoro cada uma de vocês . Espero de coração que curtam esse capítulo, escrito com carinho e que causou até dor de cabeça :/ mas valeu a pena, eu espero que sim :D

Look elena :
http://www.polyvore.com/medicine/set?id=173327779


Boa Leitura>



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DAMON :


Havia acordado algumas vezes desde o momento em que deitei e peguei no sono, a cena do beijo ficava se repetindo em minha cabeça e em uma dessas vezes acordei sufocando de tão real que me pareceu enquanto cochilava. Meu sono havia sido roubado por ela, e eu a detestava por isso, já que eu amava dormir, fiquei olhando pro teto e a imagem do seu rosto pareceu se formar nele, revirei os olhos os fechando fortemente e me assustei quando meu pager começou a apitar e vibrar no criado mudo ao lado da cama, olhei o mesmo.


bebe westfield .. urgência


droga -- falei levantando em um pulo e me vesti rapidamente, pegando minha jaqueta e minha pasta que mais parecia uma bolsa masculina a pendurando no ombro e sai do quarto batendo a porta, quando estava prestes a sair de casa ví meu irmão descendo as escadas.


onde vai ? -- ele perguntou confuso e com sono, já que sua cara amassada não expressava nada mais do que dois olhos inchados e seus cabelos assanhados, estava descalço e bocejando demais.


hospital, parece que o bebe não está bem -- respondi o deixando ali com a cara ainda mais confusa e um pouco de preocupação, entrei no meu carro e praticamente corri até o hospital, não havia trânsito aquele horário já que passava das 22:00 e cheguei lá em menos de 10 minutos -- O que temos ?


ele começou com uma crise respiratória e a enfermeira está de olho nele -- a enfermeira chefe da neo falou enquanto eu a seguia e vestia o avental da neonatal, na cor rosa, entrei na uti e me aproximei da sua encubadora, verifiquei os batimentos a pressão dele me certificando que tudo estava bem.


já chamaram a Dra. Mikaelson ? -- perguntei e ela negou --- então chamem, é paciente dela


sim senhor -- respondeu ela se retirando enquanto eu fiquei ao lado do bebe, o observando e elena tinha razão por sentir-se sensibilizada, ele era pequeno e indefeso e estava ali, tão exposto e sem forças.


hey garotão, você me acordou -- falei a ele, já que precisava conversar com alguém e as enfermeiras haviam saído, a unica que estava ali auxiliava e observava outros bebês -- Eu não vou deixar você morrer, prometo que não


a Dra.Mikaelson está a caminho -- a enfermeira falou na porta e concordei com a cabeça sem nem olhar pra ela, ouviir apenas a porta fechar e continuei ali, me atrevir a colocar a mão dentro de sua encubadora e toquei seu bracinho fino e pequeno, era da largura do meu dedo e sua pele era tão clara que pra mim chegava a ser transparente, suas veias pareciam roxas na pele e seu peito subia e descia enquanto respirava, até que ao descer ele não subiu novamente e seu monitor começou a apitar com aquele maldito sinal ''?''


parada -- anunciei me levantando do banco o empurrando pra longe, comecei a massagear seu peito, na tentativa de trazê-lo de volta e a enfermeira se aproximou rapidamente -- injeta 3 mg bicarbonato, 3 de epinefrina e 5 de oximetazolina -- falei ainda massageando e ela injetou tudo como eu havia dito, usei o estetoscópio pra verificar e no monitor apareceu os batimentos 23.. 53..89 -- Esta batendo


graças a deus -- a enfermeira falou suspirando e eu suspirei também, ela voltou a observar as outras crianças e verificar os dados do monitor, já que poderia haver algo de errado com algum deles, puxei novamente o banco e sentei ao lado do bebe.
cheguei -- rebekah falou já de avental e ao meu lado -- o que houve ?


ele estava com dificuldades pra respirar, mesmo com o tubo e teve uma parada mas agora parece estar instável -- respondi e ela sorriu -- O que ?


ele está lutando -- ela falou emocionado -- Não deveria passar dessa noite mas se ele passar, que dizer que tem chances maiores, isso é ótimo


só se ele passar dessa noite -- eu lembrei -- Mas ele vai passar


vai, nós vamos ficar e nos certificar de que ele passe -- ela falou sentando ao meu lado e sorriu -- Se amanhã estiver bem, acho que podemos trazer a senhora westfiled pra conhecê-lo, como ela está ?


eu não sei, não passei pelo quarto dele pra verificar --- respondi levantando -- eu vou lá verificar o estado dela, qualquer coisa me bipe -- ela concordou e eu deixei o setor pediátrico, seguindo até o andar de quartos pós cirúrgicos, e fiquei em frente ao da minha paciente, chamei a enfermeira -- Como ela está ?


bem, esta dormindo, os batimentos estão a 109 , normais e a pressão a 11/ 6 -- ela respondeu -- Não há sinais de infecção, só estava reclamando de algumas dores


injetem 6 mg de morfina -- falei assinando isso no prontuário dela e a enfermeira foi preparar o medicamento -- Ai meu deus -- falei vendo meu pager vibrar no bolso do jaleco e o nome da rebekah e do bebe piscar na telinha


estava em assistolia -- rebekah disse nervosa enquanto tentava pegar os batimentos dele com o estetoscópio -- mandei injetar 2 mg atropina e os batimentos estão voltando ao normal


Ele não resistirá a uma nova parada -- comentei frustrado e ela concordou com o que eu disse, suspirando pesadamente.


Pode nos trazer café, bem forte -- rebekah pediu a uma das enfermeiras, já que passaríamos a noite ali de olho no bebe, e a enfermeira assentiu ao se retirar da neo, voltando alguns minutos depois com nossos cafés, rebekah eeu ficamos jogando conversa fora hora ou outra verificando o monitor do bebe.

ELENA :
Acordei mais cedo que o normal, havia acordado algumas vezes durante a madrugada, o maldito beijo não sabia da minha cabeça e havia invadido meus sonhos. Tornando-me um pouco sonâmbula, a pior parte de tudo foi achar que ele poderia estar pensando nisso também, e logo depois ter a certeza de que não poderia já que diferente de mim estaria dormindo normalmente.

Bom dia Elena -- Bonnie falou quando cheguei ao hospital naquela manhã,sorri meio cansada e dirigir-me até meu armário -- Está tudo bem?

Sim, está sim -- respondi não muito animada,Stefan entrou na sala conversando com Caroline e me olhou de rabo de olho.

Oi Elena -- falou ao passar por mim e meio que implorei com o olhar pra ele não falar nada a ninguém -- Já sabem ? O bebê que Dr. Salvatore e Dra. Mikaelson operaram ontem teve duas paradas na essa noite

Serio?e como ele está ?-- perguntei preocupada.

Não sei, Damon foi chamado ontem às pressas e não voltou pra casa depois disso, acho que ainda está aqui no hospital -- ele disse pegando sua roupa do hospital e indo ao banheiro masculino se trocar,peguei a minha é mais que depressa me troquei, queria saber sobre o bebê.

Oi, bom dia -- falei sorrindo pra enfermeira chefe da neonatal que estava no balcão do setor,ela sorriu gentil -- como está o bebê de ontem ? -- perguntei sem muita cerimônia enquanto a seguia pelo corredor rumo a uti neonatal.

Teve duas paradas mas conseguimos reanimá-lo -- ela respondeu e parou pra observar os prematuros ali através do vidro e fiz a mesma coisa.

Ele passou a noite aqui ?-- perguntei vendo Damon sentado ao lado da encubadora do bebê, observando ele apesar de cansado. A mulher assentiu também o olhando -- Eu posso entrar ?

Não -- ela disse séria e saiu andando suspirei chateada e fiquei olhando pra dentro daquela sala, havia tantos anjinhos ali lutando pela vida,porém não era neles que eu prestava atenção. Como instinto dei duas batidinhas no vidro e ele ao me ver saiu da sala pela porta que dava a sala de preparado e depois saiu de lá vindo até mim.

Como ele está ?-- perguntei e ele olhou na direção da uti suspirando.

Está bem agora, mas a noite foi difícil, mais uma parada e ele não aguentaria -- falou bagunçando os cabelos,notei que seus olhos estavam um pouco vermelhos,dava pra notar que estava realmente cansado.

Por que não vai descansar um pouco?-- questionei e ele negou -- Eu posso passar as visitas sozinha

Nem pensar -- ele disse negando depressa e foi a minha vez de suspirar, Dra. Mikaelson apareceu sorrindo e perguntando pelo bebê,pelo que entendi ela havia dormido a sala dos plantonistas diferente dele estava bem. Sugeriu que ele descansasse um pouco -- Tenho visitas pra passar e cirurgias a marcar

Teimoso -- ela disse revirando os olhos e Damon saiu andando deixando a gente pra trás, o segui depois que ela pediu para que eu conseguisse um café forte pra ele. Damon já havia passado no balcão de cirurgia do setor e pego os prontuários.

Dr. Salvatore -- uma voz feminina soou logo atrás de nós e paramos de andar, a dona da voz era Dra. Bailey que caminhava até nós com um copo de café expresso em mãos -- Soube que passou a noite acordado de olho no bebê da sua paciente -- ele assentiu sem entender o por que daquela conversa -- precisa descansar

Eu To bem -- ele disse dando de ombros e ela tomou os prontuários dele -- Dra. Bailey, o que está fazendo ?

Eu fico com seus pacientes hoje -- ela disse seriamente e ele abriu a boca pra falar algo mas ela o interrompeu antes mesmo dele falar -- é uma ordem, o quarto dos plantonistas está a sua espera -- entregou o café a ele e saiu andando com os prontuários.

Descansa um pouco -- falei parada o olhando e ao fim do corredor Dra. Bailey parou e virou.

Gilbert -- gritou chamando minha atenção e eu sai meio que correndo atrás dela -- hoje você é minha interna e é bom andar na linha

Sim senhora -- respondi a seguindo e começamos a passar as visitas diárias aos pacientes que haviam feito cirurgia, entregando altas e logo depois aos pacientes que precisariam de cirurgia e estas já estavam marcadas -- você conhece do Dr. Salvatore há muito tempo?

Mais ou menos -- ela respondeu fazendo sua assinatura em pedidos de exames de um paciente -- Mas isso não e da sua conta, ou é ?

Não -- respondi e ela assentiu achando minha resposta boa e direta,pelo visto não daria pra conversar com ela mesmo. Ela era fechada e ranzinza demais.

Esta me ouvindo Gilbert ?-- ela perguntou me fazendo sair dos pensamentos e eu a olhei perdida,meio zangada ela repetiu -- Quero que vá a sala de exames e entre a eles esses pedidos da paciente 7660 -- explicou me entregando os papéis -- E quando voltar quero que passe no quarto dos plantonistas e verifique se o Dr. Salvatore está mesmo lá

Sim senhora -- respondi assentindo e fui fazer o que ela pediu ,primeiramente os exames e depois caminhei lentamente até o descanso dos plantonistas, abrir a porta e o pequeno com uma cama na horizontal e um beliche na vertical ,estava meio escuro e ele cochilava na cama de baixo,seu copo de café que a Dra. Bailey havia entregado estava vazio no chão -- Não quis te acordar -- falei baixinho quando vi ele sentar na cama ao me bater de leve na porta.

Não estava dormindo, só cochilei -- ele disse sem se importar se eu havia o acordado -- Por que está aqui ?

Por que a Dra. Bailey quer ter certeza de que você está realmente aqui descansando-- respondi sorrindo ao vê-lo revirar os olhos e sorrir de lado, estava me segurando pra não sentar ao lado dele e tocar seu rosto.

Você ta fazendo de novo -- ele disse me olhando e eu o olhei sem entender o que ele queria falar -- Está mexendo e colocando o cabelo atrás da orelha e mordendo o canto da boca

Como você sabe? Eu estava de cabeça baixa -- falei o encarando e ele novamente sorriu,complicando ainda mais meu controle.

Eu sei -- foi tudo que ele disse e continuei o encarando -- Não vou falar -- e eu continuei a encarar -- Droga Gilbert vá fazer alguma coisa, apenas saia de perto de mim

Por que ?-- perguntei meio chateada mas tentei não demonstrar.

Por que ver você me faz lembrar daquele beijo, dos dois beijos -- ele explicou -- e fico com vontade de repetí-los, e como você mesmo disse não podemos,certo ?

Sim, eu preciso .. Preciso ir -- falei dando as costas pra ele e quase dei de cara com a porta, ele riu e eu sai mais que depressa daquele quarto. Estava tão nervosa que tropeçava nos próprios pés algumas vezes, mas finalmente estava longe o suficiente pra respirar calmamente -- Ele está lá Dra. Bailey

Ótimo, demorou demais sabia ?-- ela disse me olhando de lado e eu assenti sorrindo sem jeito é ela voltou a analisar os papéis em suas mãos.

ninguém vai entrar ?-- perguntei meio insegura e Damon negou me olhando com um sorriso sacana nos lábios, maldito sorriso sacana que me fez perder o controle,quando percebi já estava o beijando com certa urgência, havia espaço naquela cama de solteiro do quarto de plantão mas preferíamos ficar colados um no outro, gerando calor pra assim as mãos nervosas começarem a trabalhar, tentando livrar o corpo de ambos. Enquanto nossas línguas continuavam na função de conhecer a boca um do outro, não havia espaço pra oxigênio entre elas mas estava impossível separá-las, parecia que a temperatura teria aumentado 40 graus de tão quente que estava ficando ali. Senti seus dentes prenderem meu lábio inferior o o puxar levemente.

Tira isso -- ele disse puxando minha blusa azul clara do hospital pra cima livrando-me dela rapidamente -- Gilbert .. -- sussurrou perto do meu ouvido de uma forma tão sexy.

Gilbert ?-- Dra. Bailey chamou seriamente e num tom um pouco alto fazendo eu me assustar e perceber que estava alucinando com Damon -- O que diabos estava pensando que não ouviu nada que eu disse ?

Nada -- respondi sem jeito é ela ficou me encarando -- O que a senhora dizia ?

Que está fora da cirurgia da paciente, não vou repetir nada e graças a sua distração está fora, vai entrar e observar apenas, sem suturar ou pinçar nada -- falou me deixando meio pra baixo -- Até lá some da minha frente -- saiu andando e eu fiquei ali parada com cara de taxo, além de estar com calor e excitada pela alucinação ou sonho, seja la o que for, deixou-me daquele jeito.

DAMON:

Até que não era de má ideia descansar, Dra. Bailey faria tudo certo e dessa forma eu ficaria longe da interna e não pensaria no beijo, nem em como gostaria de beijá-la novamente. já havia tomado o meu café e tirado um belo de um cochilo, não conseguia dormir por completo pois sempre acordava depois de uns 10 minutos de olhos fechados. Sem contar e cochilara na uti neonatal encostado na incubadora.

Tudo sua culpa -- a voz de Gilbert me fez abrir os olhos e mirá-la completamente confuso -- Tudo que eu vou fazer e observar a cirurgia que a Dra. Bailey vai fazer, por sua culpa

Não sei bem o que houve, mas não é minha culpa -- falei óbvio, ela bateu pé irritada -- para de dar chilique

Chilique? Você tinha mesmo que dizer que pensava em me beijar novamente -- ela disse um pouco alterada -- Por culpa sua, eu fiquei pensando nisso, pensando em beijar você novamente e ela começou a falar e adivinha quem estava no mundo do Damon bem nessa hora,a tonta aqui

Mundo do Damon ?-- perguntei zombando e ela suspirou agarrando os próprios cabelos,nessa hora eu levantei impedindo que ela os puxasse e segurei seus braços os soltando de seus fios macios -- E como era no mundo do Damon ?

Nesse mundo a gente estava aqui nesse mesmo quarto -- ela respondeu tão distraída com o toque da minha mão em seu rosto e eu estava adorando isso. Me olhava como se esperasse por um beijo o mais rápido possível -- e você me beijava

Assim ? -- perguntei encostando minha boca na sua delicadamente sem fazer pressão alguma e vi ela fechar os olhos mais que instintivamente -- era assim ?

Aham -- respondeu com um breve aceno de cabeça -- e estávamos naquela cama -- ela parecia nem notar o que estava falando, e cada vez mais eu gostava disso.

Adorei o meu mundo -- admiti a puxando pela cintura e ela sorriu, e nós dois meio que tentamos realizar o que ela havia acabado de sonhar comigo, sozinhos naquele quarto, aos beijos sobre a cama. A boca dele Elena era tão macia, pequena e fina, e eu tinha a sensação que era perfeita quando estava colada à minha, se encaixavam perfeitamente durante o beijo que não conseguia distanciar-me dela.

Ta calor -- ela disse com a boca a centímetros da minha e eu concordei passando meus lábios por seu pescoço,seu perfume invadiu meu cérebro de forma violenta,seu cheiro era doce. As mãos passeando nervosamente por partes do corpo, tentando contato além da roupa, fazendo tudo esquentar naquele beliche -- Espera

O que foi ?-- perguntei a olhando enquanto ela tentava respirar novamente porém ofegava um pouco e eu estava do mesmo jeito.

Não aqui -- ela respondeu meio sem jeito -- É um lugar inapropriado pra isso, estamos no hospital -- só ai eu me toquei que realmente ainda estávamos no hospital.

Havia esquecido -- comentei fazendo ela sorrir -- então vamos parar por aqui ? -- perguntei esperando sua resposta mas nem ela sabia se queria parar -- paramos ?

Eu quero dizer sim, mas não quero sair dessa posição -- ela disse meio sem jeito é olhou pra nós dois, deitados na cama de baixo do beliche, parte do seu corpo estava sobre o meu -- Eu não sei

Salva pelo pager -- falei quando o aparelho dela vibrou no seu uniforme e apitou, ela revirou os olhos e antes de levantar deu-me um selinho como se fosse instinto é saiu mais que depressa depois de perceber o que havia feito -- Como eu durmo agora ?

ELENA :

O que raios eu estava fazendo? E por que não me sentia mal por isso se era algo errado? Sai daquele quarto mais que depressa e comecei a procurar pela Dra. Bailey é quando a encontrei ela mandou que me aprontasse pra cirurgia e o fiz. Estava observando tudo e anotando quando ela falava algo importante, tentava me preparar pra suas perguntas e a todo momento que ela abria a boca morria de medo que fizesse a pergunta. Tudo estava indo muito bem na cirurgia até que a pressão começou a cair de forma rápida e seus batimentos diminuírem em questões de segundos.

Parada -- falei guardando meu bloquinho de notas.

Desfibrilador -- a Dra. Falou depressa largando a cirurgia pra reanimá-lo -- carrega em 200 -- pediu e começou-se a Ressuscitação do paciente -- Vamos lá , carrega em 300 -- novamente o chocou e nada dos batimentos voltarem, iniciou uma massagem cardíaca na tentativa de trazê-lo de volta e pediu que eu a ajudasse, injetando adrenalina no seu acesso venoso e eu o fiz .

Já passou 25 minutos -- uma das enfermeiras ali presente falou chamando a atenção dela e minha.

Vou anunciar -- Dra. Bailey falou suspirando -- Hora da morte, 14:49 -- então era isso, havia acabado pra ele, estava morto .

Então é assim ? -- perguntei assim que ela se afastou da mesa de cirurgia e todos permaneceram calados -- O que faremos agora ?

Noticiar os familiares -- ela respondeu saindo da sala de cirurgia ao se livrar da sua luvas, avental e máscara, eu a segui fazendo o mesmo e procuramos os familiares do paciente na sala de espera -- Sra. Ross ?

Sim , como está o meu marido ?-- ela perguntou esperançosa, ao seu lado havia um casal adolescentes, que pela semelhança deveriam ser seus filhos, e mais um casal na idade dela que também deveriam ser parentes deles.

Durante o procedimento, houve complicações e ele teve uma parada cardíaca, nós tentamos de tudo mas seu marido não resistiu -- Dra. Bailey falou com cuidado e pesar, observei a mulher a nossa frente começar a chorar copiosamente sendo abarracado pelos filhos -- sinto muito Sra. Ross

Eles ficaram inconsoláveis -- falei seguindo Dra. Bailey depois da notícia, estávamos um pouco distante dos familiares já, enquanto eu os olhava por alguns segundos -- Isso é tão triste

Sempre é -- Dra. Bailey falou no seu tom sério -- Sempre é triste mas você se acostuma, pessoas morrem todos os dias aqui, vai ver muitos

Eu não sei se consigo -- comuniquei e ela me olhou com desdém -- Ver familiares sofrendo desse jeito, pessoas morrendo -- sentia o choro cada vez mais próximo e ela começou a dizer.

Um médico deve saber separar o pessoal e o profissional -- apontou o dedo pra mim -- Seja profissional e pare de se envolver tanto com essas histórias, só assim será uma boa médica Gilbert

DAMON:

Já havia descansado o bastante por hoje, depois que ela saiu consegui dormir mais um pouco e quando levantei já era 15:00. Sem sono algum me incomodando, sai daquela sala e segui ao refeitório pra comer alguma coisa.

Como estão meus pacientes dra. Bailey ?-- perguntei quando a vi na passarela com um copo de café expresso na mão.

O Sr. Ross do 6381 faleceu em cirurgia -- ela respondeu -- Teve uma parada e não consegui reanimá-lo

Ah -- foi tudo que eu disse -- sinto muito por ele

Eu também -- ela comentou -- Sua interna é meio distraída -- lembrei que ela havia me culpado e permaneci calado -- perdi as contas de quantas vezes já vi sonhar acordada enquanto falava com ela

Essa Gilbert -- balancei a cabeça negando e ela sorriu -- Lembra que havia alguém assim na sua turma ?

Lembro sim, e olha só como ela é hoje -- Bailey falou orgulhosa -- Fui uma ótima mentora,vocês devem continuar assim pra não sujar meu nome

Eu sei disso -- comentei e sai dali decidi que estava na hora de procurar Elena e falar o que Dra. Bailey havia pensado dela ou talvez levá-la pra ver o bebê da senhora westfield pra animá-la -- Gilbert ?

Oi -- ela respondeu soluçando e percebi que ela estava sozinha na sala dos internos e trocava de roupa, o seu uniforme estava molhado.

O que houve ?-- perguntei vendo-a chorar e ela deu de ombros.

O Sr. Ross morreu, o paciente do 6381 que veio aqui retirar um coágulo de sangue que haviam se formado perto do fígado,morreu de parada cardíaca na minha frente -- ela falava chorando livremente -- Eu vi ele ser chocado várias e várias vezes naquela cama, isso é tão triste

Eu sei -- falei calmo

Eu não consigo, sou fraca demais pra isso -- falou pegando sua roupa do armário -- Não quero ver pessoas morrerem todos os dias, crianças sofrendo e fingir que tudo está bem por que eu não sou assim, eu não sirvo pra isso

Elena .. -- tentei conversar mas ela foi logo me cortando

Você mesmo disse que se fosse assim eu não serviria -- falou passando a mão de forma violenta pelo nariz o deixando vermelho, e secando as lágrimas rapidamente -- Dra. Bailey disse que veria isso todos os dias e eu não quero não agüento fingir que não é triste, dar notícias ruins a pessoas que vão sofrer depois que ouvir, não vou conseguir

Então você vai embora ?-- perguntei quando ela saiu do banheiro minutos depois já com sua roupa normal e ela balançou a cabeça assentindo -- está desistindo do seu sonho ?

Não foi assim que eu sonhei, não era assim que eu imaginava -- ela disse pegando sua bolsa -- Mas tudo bem, pelo que aprendi hoje sonhos são destruídos todos os dias e família também, mas tudo bem isso é normal, certo?

Está sendo fraca -- falei com um certo raiva na voz -- Você é fraca

Talvez eu seja, mas acha que não ouvir há alguns minutos os internos falando que eu era chorona? Eu sou chorona mas é por que não consigo não sentir tristeza pelas pessoas -- falou irritada -- Não sou como vocês que acham que isso é normal,mesmo sendo

Então você vai ?-- perguntei mais uma vez,querendo gritar com ela chama-lá de fraca e chorona, um aceno positivo veio dela.

Adeus -- falou saindo da sala o mais rápido que podia, sem nem olhar pra trás, ela realmente estava indo embora, estava desistindo mesmo sendo seu sonho, e eu achei que elena daria uma boa médica, assim como há alguns anos aconteceu, mas elena não era forte o suficiente pra lutar por seus sonhos.

O que foi ? -- perguntei a rebekah após ser bipado por ela que estava parada em frente ao quarto da minha paciente, com um sorriso no rosto -- Algo com o bebe ?

não, ele está bem -- ela respondeu -- Acho que a mãe pode visitá-lo, não é ?

vou pegar uma cadeira de rodas -- falei me afastando um pouco dela, talvez ver mãe e filho se encontrando pela primeira vez fizesse a raiva que eu sentia da interna desaparecer, peguei uma cadeira de rodas no corredor mais próximo e voltei até o quarto, entrando com rebekah -- Sr. Westfield ? se sente bem? está com alguma dor ?

não, estou bem e o meu bebe ? -- ela perguntou preocupada

Ele teve alguns probleminhas a noite mas agora está bem -- Rebekah respondeu -- E nós achamos que pode vê-lo se quiser

eu quero -- ela respondeu sem nem pensar -- Posso ?

sim, vamos levá-la até seu bebe -- respondi ajudando-a a sentar na cama e depois a levantar, rebekah puxou o trono onde a bolsa de sangue estava pendurada, fazendo ele se arrastar ja que tinha rodinhas pra isso, depois de sentarmos a paciente, empurrei sua cadeira de rodas rumo a neonatal enquanto a Dra. Mikaelson explicava o que havia acontecido com o bebe na noite passada.

está pronta Janine ? -- perguntou a loira sorrindo abertamente e a moça assentiu, havia dito seu nome falando que poderíamos chamá-la assim, entramos na Neo depois de colocarmos o avental, a mascara e ajudamos ela também.

hey bebe -- ela disse colocando a mão na encubadora e tocando ele -- é a mamãe,eu estava louca pra te ver -- seu tom de voz demonstrava que ela estava chorando, olhei pra rebekah e vi ela limpar as lágrimas pra disfarçar a emoção.

como ele vai se chamar ? -- rebekah perguntou com a voz já mais tranquila do choro, estava emocionada mas tentava não chorar mais.

Jonathan -- ela respondeu -- era o nome do pai dele

é um lindo nome -- falei -- Nome forte, pra um menino forte e que luta bastante

onde vai ? -- rebekah perguntou quando eu tirei o avental ao sair da neo, ela me seguiu o tirando também -- Damon ?

vou até o chefe Webber, falar a ele que a Gilbert desistiu da medicina -- respondi olhando pra Janine babando seu bebe.

por que ela desistiu ? -- perguntou confusa

Por que ela é fraca demais pra isso -- respondi a deixando ali sozinho, entrei no elevador e esperei que ele abrisse no andar onde o escritório do chefe ficava,e entrei sem bater já que enquanto atravessava a passarela, pela parede de vidro dava pra ver que ele estava sozinho -- Perdi um interno

como ? -- ele perguntou -- procure

não perdi desse modo, a Gilbert desistiu -- falei revirando os olhos.

o que você fez ? -- ele perguntou serio

nada, não fiz nada, ela que é fraca pra isso -- respondi -- O paciente morreu durante a cirurgia e ela não aguentou ver isso, falou que estava indo embora

pensei que estava descansando, mandei a Bailey ficar no seu lugar -- ele estava confuso

e ela ficou, eu estava descansando mesmo-- respondi obvio -- Ela fez a cirurgia, e a Gilbert era a interna dela hoje

vamos dar um tempo a ela -- chefe webber falou calmo sentando novamente em sua cadeira giratória -- Temos uma semana até que o nome dela possa sair do programa, e mandem outro interno

ta bem -- respondi saindo da sala, a gilbert tinha uma semana ou perderia essa chance, uma semana pra voltar ou tudo estava acabado pra ela naquele hospital ou em qualquer outro.


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Notas finais do capítulo

Delena rolando no quarto dos plantonistas, o clima esquentando entre os dois, Dra. Bailey se irritando com elena kkkk é hoje foi um dia bastante movimentado no hospital. Elena presenciou a primeira morte no hospital :/ e esta desistindo, será que ela volta ao seattle grace ou acabou sua carreira como médica? deixem suas opiniões nos comentários que eu vou adorar ler cada uma delas :D
Só esclarecendo, eu sei que delena está indo rapido mas acredite tem muito por vir ai na história, isso é só um pequeno tropeço na futura relação deles :)

Até o próximo>



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