A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 9
Capítulo VIII - Escalador de Paredes




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Chegara ao Colosso do qual Ídolo dividia o Santuário em dois. Chegara, ao Oitavo Colosso. Com a destruição da estátua anterior, me despertei, e após levantar, Dormin começou a ditar sobre a próxima criatura.

Teu próximo adversário é... Uma cauda presa à um balde no interior da floresta. Sua sombra se arrasta pelas paredes.

Um Balde...? Como assim?

Vendo que a Entidade se calou, vi que minha pergunta fora inútil, e então, me montei em Agro, e me preparei para procurar o próximo Colosso. Ele estava ao Sul, em frente ao Santuário. Poucos deles se localizavam àquela direção.

Todos os feixes de luz indicaram uma passagem entre duas montanhas, sendo que uma delas é a que enfrentei o Primeiro Colosso.

– Vamos Agro... esse é a metade...!

Ao passar pela fenda, vi que meu caminho agora se dividia em dois. Levantei minha espada, e vi que a trilha correta seria a da esquerda. Mais à frente, havia outra montanha, mas desta vez, com uma entrada à uma caverna. Porém, percebi que não era apenas uma simples caverna.

Teria que atravessar uma ponte natural e bem estreita, com várias curvas. Ao lado, havia uma linda cachoeira, que desabava suas águas em um buraco infinito. Após passar pelo local, cheguei a um lago, que continha uma pequena catedral no meio.

Haviam alguns peixes nadando, e fui obrigado a deixar Agro para trás, já que o lago era muito fundo para ela conseguir andar. Nadei até o outro lado, e entrei no pequeno Templo. Me deparei com um lance de escadas, que tinham seu fim em uma sala, não muito grande.

Ela tinha dois grandes pilares, com chamas acesas em seu topo. Havia um paredão, que era impossível de se escalar. Como vou subir nisso...? – comecei a pensar. E foi investigando o lugar que vi que os pilares eram escaláveis. Me agarrei em um, e subi até seu topo. Dei a volta sobre ele, e pulei em cima de uma ponte, que me levava até a parte superior da parede.

– Caramba... esse está difícil de chegar até.

Distraído com meus pensamentos, acabei caindo em um local com um grande buraco, mas consegui me agarrar na borda. Vendo que a queda não seria muito alta, soltei. Caí pouco menos que 2 metros, e do outro lado, tive que escalar novamente.

A chegar no topo, desci mais alguns degraus, e me deparei com um local fechado, com um tipo de janela com grades. Enquanto me aproximava, escutei um som bem alto, como o de que alguma coisa se queimava. Me aproximei da “janela”, e observei afora. Eu estava em uma espécie de coliseu. Haviam mais andares a cima, e quando fui contar em qual eu estava, me deparei com o Colosso.

Ele não era tão grande quanto os outros Colossos, contendo mais ou menos 17 metros de comprimento. Eu estava no Sexto Andar, e a criatura não notou a minha presença. Como vou chegar até ele...? – pensava, enquanto analisava o local. Todos os andares eram um círculo contínuo.

Ao meu lado havia uma escadaria. O mais provável é que ela iria descer até o último andar, e foi o que aconteceu. Desci uns Quatro Andares, e faltando apenas um para chegar ao chão, vi que havia um grande buraco na parede. Ele ainda não me notou, isso é bom... – o Colosso apenas andava de um lugar para o outro.

Vi que suas patas brilhavam, assim como suas costas. Peguei meu arco, e atirei flechas em sua pata e costas. Porém, elas não surtiram nenhum efeito, e o Colosso se virou.

– Ah, droga...!

Rolei para o lado, e me escondi nas paredes. Observei a criatura pela janela, e vi que ela acumulava um tipo de energia em sua boca. Após alguns segundos, o Colosso disparou vários projéteis de energia, que atingiram o local onde estava antes de me esconder. Ao se chocarem com a parede, eles viraram um tipo de fumaça densa alaranjada.

– Mas o que é isso?!

Ao se espalhar pelo local, a fumaça se aproximou de onde estava, e por alguma razão, comecei a me sentir fraco. Aquela fumaça era um tipo de plasma venenoso. Coloquei a mão em minha boca, e corri para um lugar distante, onde a fumaça não chegava. Me ajoelhei, e encostei na parede.

– Esse... vai ser complicado...

Após o plasma se dissipar totalmente, voltei ao local com o buraco. O Colosso estava escalando a parede ao lado, e quando olhou para mim, carregou mais do Ataque de Plasma, e novamente disparou. Corri para as escadas, e consegui não respirar muito do veneno. De repente, escutei uma voz ecoando por todo o Coliseu.

Encontre uma maneira de selar o seu movimento rápido...

– Dormin...? – reconheci a voz na hora – É você?!

Não entendi o motivo de Dormin dizer aquelas palavras. Foi como se fosse dada uma dica a mim. Comecei a pensar, e cheguei a uma ideia. Subi mais Dois Andares, chegando ao Terceiro. Dei uma volta pelo andar, até chegar em uma janela. O Colosso ainda estava atirando ataques de plasma no andar onde estava. Peguei meu arco, e duas flechas.

Disparei uma, acertando sua pata esquerda dianteira. O brilho nela desapareceu. É isso...! – minha ideia estava correta. Com a outra flecha, acertei sua pata esquerda traseira. O Colosso se desprendeu da parede, e caiu de barriga para cima. Atravessei a parte de baixo da janela, e pulei.

Foi no meio da queda que me toquei do que havia feito. Estava caindo à mais ou menos 20 metros do chão. Em meio ao ar, peguei minha Espada, e a preparei em posição de ataque. Haviam dois Selos na barriga da criatura, e eu estava caindo bem em cima de uma.

Caí sobre o pelo do Colosso, o que fez com que não tivesse sérios danos, mas acabei ferindo meu braço esquerdo. A criatura pareceu desmaiar, então era a brecha perfeita. Ergui a espada, e efetuei o primeiro golpe. Ele se contorceu de dor, e começou a se mexer, mesmo estando de barriga para cima.

Após um segundo ataque, o Selo desapareceu, e vi que o Colosso estava prestes a se virar de barriga para cima. Então, pulei para o chão, e corri em direção a uma escada, que levava até o primeiro andar.

– Tem mais um Selo... provavelmente perto do que acabei de destruir.

Subi as escadas que levavam até os outros andares, até chegar ao Quarto Andar. Me aproximei do buraco, e procurei pelo Colosso. Ele não estava em lugar algum. De repente, escutei um barulho vindo do teto, e ao olhar para cima, me deparei com o Colosso de ponta-cabeça, com o rosto virado em minha direção, carregando um ataque.

Mesmo me acertando em cheio, tentei correr para um local seguro. Mas, de repente, tudo a minha volta começou a se clarear. Meus ouvidos tamparam, e só escutava um som agudo contínuo. Perdi minhas forças, e caí de joelhos no chão.

– O que é isso...? Eu... não consigo me... mexer... – comecei a pensar que tudo estava perdido.

Mas por um segundo, me lembrei dela. A razão pelo qual tinha vindo para essas Terras Amaldiçoadas. Eu não iria parar até traze-la de volta.

– Eu... não posso morrer aqui...! Não posso morrer agora...!!

Aquilo me deu forças. Minha visão e audição voltaram ao normal, e consegui me levantar. Peguei meu Arco, e três flechas. O Colosso estava carregando mais um ataque quando disparei uma flecha bem em sua boca. Aquilo o fez perdes o sentido de direção, e a criatura disparou os projéteis em lugares aleatórios.

Com as outras duas flechas, disparei-as nas patas dianteiras da esquerda e da direita, fazendo-o cair do Quarto Andar. Peguei minha espada, respirei fundo, e saltei daquela altura, maior do que a anterior. Mas desta vez, eu não pretendi cair em cima do pelo da criatura. Estendi minha espada para baixo, e preparei o golpe ainda no ar.

Aterrissei com a espada virada para baixo, cravando-a bem no centro do Selo, fazendo-o desaparecer com aquele único golpe. O Colosso se contorceu de dor, mas logo, parou de se mover. Sua pele começou a escurecer, e as essências saíram do seu Selo.

– Eu não vou morrer... até traze-la de volta...

Após a possessão, senti um pequeno sorriso em meu rosto. Após o brilho desaparecer, pude escutar novamente a voz feminina, e consegui identificar o que dizia.

– Pare...


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Notas finais do capítulo

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