A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 17
Capítulo XVI - O Último Colosso


Notas iniciais do capítulo

E estamos cada vez mais perto do fim... ;u;



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Finalmente... agora, só me resta o último. O Último de todos os Colossos. Mono... eu não tenho mais certeza sobre o que vai acontecer, porém... não vai ser agora que eu vou parar. Esse é o último obstáculo que me separa de você...

De volta ao Santuário, acordo com a explosão da última estátua à direita. Me lembro deste templo cheio dos ídolos, mas agora, todos estão em pedaços e pó, com a exceção de um. O que também está prestes a se tornar como os outros.

Finalmente, o Último Colosso... O ritual está quase no fim... teu desejo está quase concedido. Mas alguém está agora a entrar em teu caminho... apressa-te, pois o tempo é curto...

— Sim... finalmente...

Estranhei por Dormin não ter dito nada relacionado às características e a arena do Colosso, mas ignorei. Assovio por Agro, e monto-a, e ao levantar as espadas, todas as luzes indicam o caminho à minha frente, possivelmente, o mais longe.

Desço as escadas, e parto com Agro em direção ao Sul. Sigo o mesmo caminho que usei no Oitavo Colosso, passando por uma fenda de montanhas a esquerda, e seguindo reto. Vi a entrada para a arena do outro Colosso, mas apenas continuei meu caminho, indo para frente. Logo, me encontrei em uma grande planície, mas que mais para a frente, com vários desníveis em seu solo.

De longe, avistei um grande portão. Ao levantar a espada, pude verificar que lá era a entrada para a Arena do Colosso. Após alguns minutos, desviando de todos os desníveis, cheguei ao grande portão, com um círculo em seu meio, e um de pedra no chão. Não havia como atravessa-lo, nem nenhuma forma de escala-lo.

Será que estou realmente no lugar certo?— pensei. Para verificar, levantei a espada mais uma vez. Os raios de luz se dispersaram, e ao tentar torna-los um só, todos se alinharam no círculo do portão, fazendo-o brilhar, abrindo lentamente o portão. O que... foi isso...?

Meu próximo caminho, era um corredor de montanhas. Cavalguei por um tempo, até que avistei um daqueles templos dos Lagartos. Matei ele com apenas uma flechada, e comi sua cauda. Bem... agora é uma boa hora... — pensei, me aproximando do templo, ajoelhando-me, e fazendo uma prece.

Após alguns segundos, me levantei, e chamei por Agro. Em frente, havia uma escada, levando a um nível superior. Ao subir todos os lances, me deparei com uma ponte, sustentada apenas por um pilar, que ligava até o outro lado. Observei com mais atenção o local, e percebi a existência de outras dessas pontes, porém destruídas.

— Bem, Agro... – dou leves tapas em seu pescoço – Vamos...!

Puxando as rédeas com toda a força, faço Agro pular o pequeno espaço que me dividia da ponte, e à toda velocidade, começo a correr por ela. Porém, de repente, os pedaços da ponte por onde passava começaram a desmoronar. O que...?!— fiquei desesperado, e fiz a égua acelerar o máximo possível.

Com um pulo, Agro passou a ponte, e pousou em uma pequena plataforma, já do outro lado. Porém, com o impacto de seu peso, a pequena plataforma se desprendeu do resto do outro lado. Desesperado, tentei fazer Agro pular novamente, mas a égua empinou sozinha, e jogou seu corpo para frente, me arremessando para um local seguro. Me levantei rapidamente, e olhei para a plataforma, que se desprendeu.

— Não...! – Corri para frente, mas era tarde. A plataforma desabou, junto de Agro, que apenas conseguiu dar seu último relincho, ecoando por todo o local. – Agro!!! – Ao chegar perto da borda, vi seu corpo caindo lentamente, batendo contra um riacho que havia no fundo, à muitos metros abaixo.

­— Não.... – abaixo minha cabeça, sentindo uma leve lágrima escorrendo do meu olho. Tomei forças, e me levantei, olhando para o local onde ela desabou. Agro... seu sacrifício não foi em vão, eu prometo...— olho para atrás, vendo o caminho que me leva ao Colosso – Eu juro...

Escalei a parede, me levando até um local com vários blocos caídos. Ao subir neles, escalei mais acima em um tipo de vinha, me levando até um pequeno caminho de rochas com muitos desníveis. Entro em um tipo de sala, com várias escadas fazendo uma curva. Enquanto subia, pude escutar um forte som, semelhante ao de um trovão. Continuei subindo, me levando até um tipo de varanda. O tempo havia mudado, agora estava chovendo forte, com vários raios. Haviam dois pilares de cada lado da varanda, e tive a ideia de escala-los, levando-me a um nível mais superior.

Lá em cima, pude ver uma coisa enorme, parecia uma torre. Mas, ao olhar com bastante atenção, todo meu corpo se congelou. Era o Décimo Sexto Colosso, de longe, o maior de todos, passando os 60 metros. Seu corpo tinha um tipo de saia de pedra, e por alguma razão, ele não saia do chão. Ao sentir minha presença, moveu os braços, parecendo se preparar para alguma coisa, e ergueu seu braço esquerdo, em minha direção.

— É ele... o último...

Lentamente, subi um tipo de rampa, me levando até sua grande arena. Para começar, haviam dois pilares, sendo que um deles estava caído. Ao observar-me, uma luz foi emanada da mão estendida do Colosso, criando um pequeno projétil, que voou em minha direção à toda velocidade. Rapidamente, me escondi atrás do Pilar, fazendo o tiro se bater contra ele.

— Droga, esse não vai me deixar chegar com tanta facilidade... – saí de trás do pilar, e tentei ir em sua direção.

Porém, com mais um tiro disparado em minha direção, vi que não conseguiria chegar até ele desta forma. Corri de volta, mas desta vez, me escondendo atrás do pilar caído. Após o tiro bater contra a proteção e se desfazer, olhei ao meu lado. Havia um tipo de entrada subterrânea. Ah... acho que entendi...

Pulei no buraco, me levando a um longo túnel, com paredes de pedra. Enquanto andava tranquilamente pelo local, analisando-o. Após uma descida, virei à direita, e já não havia mais o teto, porém, estava abaixo do nível do chão. Subi um nível acima de onde estava, e escalei alguns blocos, que me levaram até o nível normal. Com mais um tiro, o Colosso me fez perceber a existência de tipos de anéis brilhantes em seu corpo, que pareciam ser a origem dos seus ataques. Rapidamente, me escondi atrás de uma pequena barreira, protegendo-me do novo tiro.

Vi que haviam vários dessas barreiras alinhadas, que levavam até outro túnel. Depois de um tempinho esperando o Colosso dar mais um tiro, corri para o próximo, e assim por diante, até chegar ao túnel. Pulei dentro dele, e pude andar em segurança até seu fim, que se dava em uma plataforma próxima a um desfiladeiro. Durante todo o trajeto, pude escutar o som dos tiros dos Colossos se batendo contra o chão. Desci dois degraus de uma breve escadaria, e me agarrei a uma estrutura, fazendo uma curva por uma grande pedra, chegando ao outro lado.

Pulei para a outra plataforma, e me desiquilibrei um pouco, quase fazendo-me cair. Porém, me recompus, e continuei o caminho, entrando em mais um túnel. Esse me levou até uma parede que escalei, permitindo voltar ao nível normal, em frente a mais uma daquelas barreiras. Elas estavam mais distantes uma das outras, o que fez com que no trajeto da segunda para a terceira, o tiro do Colosso me acertasse.

Fui arremessado para um túnel sem teto, onde bati as costas e caí no chão. Não foi um grande dano, mas só consegui me recompor vários segundos depois. Eu não posso parar agora...!— me levantei, e segui o caminho do túnel, que me levava até os blocos que acabara de subir, chegando novamente as plataformas.

Com mais paciência, consegui fazer todo o trajeto, e pulei no túnel que julguei ser o último, pois já estava muito perto do Colosso. Após atravessa-lo, fui levado a um lance de escadas, que me fez chegar até abaixo do Colosso. Seus pés estavam realmente presos ao chão, e ele não podia mais disparar. Escalei uma parte da sua saia, e vi que aquele era o caminho que me levava até ele.

Sua túnica era cheia de caminhos e de plataformas, e depois de um tempo a explorando, descobri o caminho a seguir. Após chegar ao seu primeiro nível, saltei ao segundo, e escalei ao terceiro. Seguindo a direção do meio, escalei até o quarto. Por assim em diante, após vários minutos procurando pelo caminho certo, cheguei até o topo da saia, de frente as suas costas, com uma grande ferida.

Ao fincar minha espada, notei que o Colosso aproximara sua mão de suas costas, permitindo-me pular até ela, me segurando. A criatura retornou sua mão até sua frente, e a chacoalhou, tentando me fazer cair. Subi pelo seu braço coberto pela armadura, até chegar a seu antebraço, desprotegido, e com outra ferida. Ao fincar minha espada, o Colosso aproximou sua outra mão, permitindo-me pular até ela.

Eu estava a muitos metros do chão, qualquer erro poderia ser fatal. Vi que não tinha por onde ir, havia um colar em seu pulso, que não me deixava prosseguir. O ombro direito do Colosso estava bem protegido, mas o esquerdo tinha outra ferida exposta. Não tinha como eu cravar minha espada nela, então peguei meu arco, e disparei uma flecha. A criatura aproximou sua mão do machucado, permitindo chegar até seus ombros.

Subi sua nuca até sua cabeça, peguei minha espada, agarrei-me ao pelo de seu crânio, e efetuei o primeiro golpe. Eu estava fora de meu controle, pois naquele momento, tudo que eu queria, era ver aquele Colosso morrer da pior forma possível, por tudo que aconteceu. Ao dar a segunda espadada, ele começou a se mexer.

— Pare de se mexer, seu monstro...! – gritei, enquanto dei o terceiro golpe.

O Colosso rugiu, mas eu apenas ignorei tudo ao meu redor, e me foquei apenas em mata-lo. Ao dar a quarta espadada, ele já parava de se mexer, e rugia alto de tanta dor. Senti uma lágrima caindo do meu olho, enquanto erguia a espada para o último ataque.

— Finalmente... – estava assustadoramente sorrindo, com um rastro de lágrima descendo do meu rosto até minha boca – Essa é por você, Agro...!!!

Cravando a última espadada, escutei um forte rugido. A criatura colocou sua mão sobre seu rosto, estendendo a outra em direção ao nada. Logo, pude sentir toda a sua túnica de pedra se desabar, fazendo-o ficar torto, soltando a mão de seu rosto. O Décimo Sexto colosso estava morto.

Eu me soltei dele, e estava caindo todos os 60 metros de altura em direção ao choque contra o chão. Porém, as essências possuíram meu corpo antes de toca-lo o chão, e eu então caí, desacordado, mas com um sorriso em meu rosto. Minha missão... estava completa.


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Notas finais do capítulo

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