A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 16
Capítulo XV - Vale dos Desabados




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Eu não deveria estar fazendo isso, definitivamente. Ela mesmo pede por isso, para eu parar de derrotar os Colossos. Ela provavelmente sabe de algo que não sei, talvez pode acontecer algo. De acordo com Dormin, o preço que irei pagar será bem caro, mas como já disse, eu não me importo.

De volta ao Santuário, com apenas duas estátuas restantes. Só me falta Dois dos Colossos. Quatorze silhuetas me observavam antes de acordar, e esperar pelas palavras de Dormin.

Teu próximo adversário é... Um gigante caído no vale. Ele atua como sentinela para uma cidade destruída.

Agora, era um Sentinela. Só estranhei o dito “caído no vale”, e a “cidade destruída”. Logo ignorei, e saí do Santuário, subindo em Agro. O próximo Colosso estava do outro lado das Terras. Bati as rédeas, fazendo Agro empinar, e correr a toda velocidade.

Após atravessar a ponte terrestre, e tocar o solo arenoso, fiz uma pausa em um daqueles Templos dos lagartos de cauda branca, e alimentei-me de um deles. Continuando a jornada, vi que meu destino era uma gigante Fortaleza ao Leste, perto do Fim das Terras. Eu já havia me deparado com essa fortaleza antes, indo para o sétimo Colosso, porém, que ficava a oeste.

Outra pequena pausa em outro templo, para comer outra das caudas brancas. Minhas habilidades com o arco evoluíram bastante com as batalhas, permitindo-me matar os Lagartos com apenas um ataque. Continuando, adentrei à fortaleza, por um espaço bem pequeno.

Haviam vários símbolos pelas paredes, semelhante a olhos. Porém meus pensamentos foram interrompidos por um gigante pilar caído no meio do caminho. Obrigado a deixar Agro, tive que seguir o caminho escalando-o, e logo, escolhendo entre Direita e Esquerda, caminhos separados por uma grande parede.

Escolhi a direita, e dei uma volta em todo o grande muro. Vi que os dois caminhos davam no mesmo, mas continuei em frente. Agora, havia uma escadaria bem grande, e o teto agora era aberto. As escadas estavam bem danificadas, talvez devido ao tempo, ou algo que as fizeram de propósito.

No fim das escadas, que tive que escalar algumas vezes por conta de desníveis, haviam grandes pilares. A próxima sala era um Grande terreno, com grandes paredes de pedra, com corredores nele, mas nenhuma forma de se poder chegar até. Acima desses corredores, havia uma escada levando mais a cima, e uma Ponte que ligava os dois lados. Na hora, percebi que aquilo era necessário para derrotar o Colosso.

Continuando a andar em frente, sempre admirando o local, cheguei até o fim do terreno. A frente, havia um grande abismo, com um Vale de Pedras a minha frente. Já cheguei até aqui, mas... onde está o Colosso?

De repente, escutei um forte rugido, vindo de baixo. Me aproximei da borda para tentar ver, mas fui surpreendido por uma mão gigante se apoiando na margem. Pulei para trás, e então, outra mão apareceu, mas esta carregava uma gigante faca de pedra. E então, sua cabeça surgiu. O rosto lembrava bastante o de um Gorila, com uma máscara de pedra. Sua pelagem era azul, diferenciando-o de todos os outros Colossos.

Com o grande apoio que obteve se segurando na borda, a criatura saltou, conseguindo subir no Terreno. Não passando os 24 metros, a criatura não era tão grande comparada aos outros. Porém, parecia ser dotada de uma grande força. Ao me ver, levantou a perna direita, e por instinto, comecei a correr.

Já bem distante, olhei para trás, mas apesar da distância, o chute foi tão forte que me fez perder o equilíbrio e cair no chão. Subi em um tipo de plataforma que ficava um pouco acima do chão, junto à parede. Vi que havia um local para me pendurar e subir, porém, estava muito alto. Não tão veloz, mas ainda sim rápido, o Colosso se aproximou, e preparou outra pisada.

Desviei novamente, rolando para o lado, e vi que com sua pisada, a plataforma se entortou, elevando-se para o lado da parede. Rapidamente corri para ela e ganhei altura o suficiente para poder escalar o local. Subi uma pequena escada, e me deparei com um corredor aberto à esquerda, permitindo-me ver o Colosso.

Rodeei o local, mas não achei nada que me favorecesse a subir mais acima. O Colosso apenas me olhava, evitando me atacar, talvez porque sabia que não poderia me ferir daquele jeito. Soltei algumas flechas em seu peito e pescoço, para tentar fazê-lo ter alguma reação, e estava certo. A criatura efetuou um golpe com sua arma, atingindo o local onde estava, mas não em mim diretamente.

Alguns pedaços de pedra caíram de cima. Usei-os para poder escalar um terreno mais elevado, e agora, com um outro lance de escadas para subir. Cheguei no mais alto possível, onde haviam as pontes que conectavam um lado ao outro. Corri até uma delas, e vi que ganhei vantagem de altura, ou seja, poderia pular na cabeça do Colosso.

Levantei minha espada para verificar seu Pontos fracos. O da cabeça era um Selo Vital. Seu braço direito possuía uma ferida, e estranhamente, a Luz também apontou para a mão em que estava segurando a faca. Enquanto verificava o Colosso, vi que ele preparava um ataque, e rapidamente corri para o começo da ponte. Tive sorte, pois a criatura usava sua arma para poder quebrar a ponte ao meio.

Após esse feito, corri para o que restou da ponte, e vi que ainda conseguia manter a vantagem. O Colosso andou em minha direção, e eu vi que era aquela a hora. A Ponte tinha uns 30 metros, mas mesmo assim, pulei em direção à cabeça da criatura, com a espada firme preparando um ataque aéreo.

Ao me chocar com sua cabeça, a espada foi cravada instantaneamente, e pela quantidade de sangue jorrado, vi que havia feito um grande dano ao Colosso. Porém, o Selo continuava lá. A criatura se mexia muito, e com bastante dificuldade, a ataquei várias vezes, fazendo o Selo finalmente desaparecer.

Agora, o próximo era em sua mão que carregava a espada, mas não havia como atacar por conta da arma. Então, desci até a ferida em seu braço direito, e cravei minha espada com toda a força. A dor do Colosso foi tão grande, que ele foi obrigado a soltar a arma, deixando seu segundo Selo totalmente exposto. Porém, ele se chacoalhou fortemente, fazendo-me perder o equilíbrio, e caindo de volta ao chão.

Feri a perna esquerda, mas nada tão grave. Teria que fazer tudo aquilo de novo, e ao pegar distância, vi que a criatura armava um golpe com o braço. Não posso perder essa chance...! – pensei. Ao choca-la contra o chão, logo corri e me segurei em sua mão.

O Selo estava bem na minha frente, e com apenas uma Cravada, fiz com que desaparecesse. Senti o Colosso despencando lentamente, e pulei de sua mão, que segundos depois, se chocou contra o chão. Vi seu corpo escurecer, e suas Essências se livrando de seu corpo.

– Agora... só falta mais um... – foram minhas últimas palavras antes de ser possuído.

De volta à escuridão, escutei novamente sua voz.

Eu lhe avisei...


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Notas finais do capítulo

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