Escarlate escrita por yulia_Belle


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

mesmo sem reviews... tá ai mais 1...



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Sétimo decidido, saiu a caçar na vila.

Guilherme, Miguel, Manuel, Baptista, e Fernando permaneceram no castelo, á beira do D'Ouro. Manuel andava de um lado para outro em movimentos lentos a pensar. Porém Miguel, ao lado de Baptista, olhava fixamente para o horizonte na janela enorme do castelo. Guilherme, atordoado por Sétimo os expor de tal forma, brigava consigo mesmo em pensamentos.

Fernando era o único que ficava em um canto sozinho.

 

Miguel estava a olhar o horizonte e pensar em Amélia. Não contava a nenhum dos irmãos, mas se apaixonara por uma humana. 

Uma mortal.

Ela não ficaria com ele quando soubesse que ele era um vampiro.

Isso o deixava com mais ódio de si mesmo.

Enquanto ela vivia pela luz do Sol, ele vivia pela noite. 

Acordava pela noite.

 

Manuel deixou escapar um grunhido de raiva.Nenhum deles sabia de onde vinha tal preocupação e raiva da parte de Manuel.

 

Baptista virou-se quando ouvira o grunhido do irmão.

 

- O que passas contigo, ó gajo?

 

- Nada, meu amigo. Nada está acontecer-me!

 

Baptista chegou perto de Manuel lentamente.

 

- Conte-me. Quem sabes não posso ajudar-te?

 

- Estou a sentir uma certa coisa, dentro de mim. Algo estranho. Nunca antes sentido por minha pessoa.

 

- Não compreendo.

 

Olhava Manuel com curiosidade. Percebendo que o amigo não o entendera muito bem resolveu explicar.

 

-  À tempos não vejo uma certa rapariga, de quem gostei muito. Antes de vir para Vida Escura, a conheci. E jamais me esqueci. A rapariga que cheirava ao doce perfume das rosas.

 

Miguel virou-se rapidamente, fitando manuel. A única menina que ele sabia que cheirava a rosas, era Amélia. Filha de Dom Luís. Se Miguel tivesse seu coração morto, batendo, ele com certeza estaria disparado neste momento.

Manuel falara de sua amada, ele falara que gostou muito da menina. Será que Manuel gostava de Amélia do mesmo modo que ele gostava?Ou será que ele gostara dela como amiga? : Não.

Ele havia entendido o tom e a intenção de Manuel, um ódio pelo seu irmão crescia dentro de Miguel. o Gentil; Guilherme notou a expressão de Miguel, quando voltou-se  para a janela em que ele se encontrava.

 

- O que tens, Miguel?

 

- Manuel!

 

Manuel olhou para o irmão. Baptista também olhou a Miguel.

 

- O que queres?

 

- Quem é esta rapariga de quem falas?!

 

Miguel queria ter certeza do que estava pensando. Queria ouvir da boca de Manuel se era sim, Amélia, ou se estava tendo pensamentos contrários.

Manuel observou-o por um segundo e esboçando um sorriso de canto, deu um passo para frente, indo de encontro a Miguel.

 

- Estou a falar da filha de Dom Luís de Almeida. Amélia. A rapariga que encantou-me numa festa deste vilarejo.

 

Miguel sentiu sua raiva crescer ainda mais. Estava certo. Manuel falara de sua amada, que agora não era mais apenas sua. Era de seu irmão da noite também.

 

Ele não queria brigar agora, mas não conseguiu esconder que ficara incomodado com a revelação do amigo. 

Miguel declinou a cabeça. Manuel entendeu-o, mas também não queria brigar com o irmão. 

Baptista quis saber mais da tal menina que os dois amigos estavam a falar.

 

- Quem é esta rapariga? Fale-me mais dela.

 

- Por que queres saber? - Perguntou MIguel, com os olhos cintilando.

 

- Nao pense besteiras, ó pá. Quero apenas saber mais desta Amélia por quem vós estão prontos para brigar, - Baptista sorriu.

 

- Não te basta saber que é filha de Dom Luís?

 

- Não. Pois não conheço tal.

 

Manuel virou de costas para os irmãos.

 

- Não se vire Manuel. Conte-me mais.

 

- Não tem mais o que falar, meu caro Tempestas. Se a vi 3 vezes foi muito. Não a conheço bem. Mas sei que é uma rapariga muito charmosa.

 

Miguel não aguentava mais ouvir Manuel falar de sua amada de tal maniera. Gentil, num movimento rápido, pulou a janela do castelo e caiu no D'Ouro. Iria procurar Amélia no castelo de Dom Luís.

Sim.

Iria revê-la. Sétimo voltou. Afonso entrou junto com Sétimo, os olhos escarlates. Estava com raiva.

Sétimo subiu os degraus feitos de pedras,cantarolando, com as roupas chamuscadas de sangue.

Afonso foi para a mesma janela que estava Miguel e sentou no pára-peito. Silêncio.

Nenhum falava.

O único som que se ouvia era o leve cantarolar de Sétimo.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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