Koori no Hime-sama escrita por Casty Maat


Capítulo 2
Capricórnio


Notas iniciais do capítulo

O Gaiden seria beeeeeeeeeem curtinho mesmo. Com esse encerro.
Para se situar, caso tenha lido a fic original que será rebootada, o Gaiden ocorre entre o primeiro capítulo até o surgimento das três sailors aparentando serem inimigas (lá pelo 6 ou 7, não me recordo mais). Fiquem com a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/636922/chapter/2

Koori no Hime-san

A Princesa do Gelo

「Ato II ※ Capricórnio」

Eu passei dias após o encontro, ponderando sobre o pedido da Sailor Libra. Eu cogitava aceitar apenas para usar uma desculpa de aproximar das demais. Sentia que a roda zodiacal estava se dirigido ao oriente e os monstros também, em especial também na Grécia (por provavelmente a energia emanada do Santuário) e Espanha, meu último lugar de estudo. Isso indicava que talvez houvesse alguém na península enquanto os prováveis motivos do inimigo em solo grego fosse a mim, Gaia e o Santuário.

Agradecia profundamente deles não terem atacado, uma vez que ninguém aqui sabia sobre meu segredo. No fundo, escondia para não trazer sofrimento a minha mãe, que ainda sofria com a morte de meu pai. Saber que eu tinha o mesmo destino a faria sofrer com toda certeza.

“Pretende voltar a Madri?” — vi a pergunta escrita no mensageiro de meu computador. Alexei-nii tinha voltado fazia três dias ao Japão.

Respondi afirmativo. Precisava investigar a sensação de sentir um pulsar de estrela em Madri. Fora a papelada para mudar de escola, meu alvo era o Japão, e a reunião das estrelas lá ocorrendo.

No dia seguinte, estava em Madri.

========================================================================

Decidi ir numa loja de antiguidades no centro logo após sair do aeroporto, pois pretendia adquirir alguns itens para enfeitar o quarto que eu tinha na mansão dos Kidos. Não tinha ideia de quanto tempo duraria e também, queria fingir ser uma garota normal por algum tempo. Olhava as prateleiras quando o barulho de algo se quebrando no chão me chamou a atenção.

Pus-me a olhar discretamente o que estava ocorrendo. Era um assalto feito por uma garota de cabelos encaracolados curtos, de cara limpa. Tinha um olhar maníaco de cor castanho claro, quase mel. Apontava a arma para o atendente e bradava ordens para o mesmo dar dinheiro.

Fiquei discretamente olhando para a garota de tez mais escura que a minha, como típica das pessoas da região ibérica. Sentia uma leve emanação de energia. O assalto transcorreu sem problemas para aqueles que apenas estava ali, a menina só queria o dinheiro do caixa. Dei um tempo e sai da loja após o delito.

Consegui facilmente localizar a garota numa rua afastada e praticamente deserta. Ela pareceu surpresa em me ver ali.

— Seja educada e devolva o que roubou. – eu disse com firmeza.

A resposta dela veio acompanhada de um revolver mirado em minha direção.

— Dane-se. Você é tola ou o que? Vir enfrentar alguém armada? – sorriu a morena diante de mim.

Continuei sem alterar minha expressão indiferente e fria. Ela franziu o cenho e a arma fez um “tique” ao mover dos dedos dela sobre um pino. Mas antes dela apertar o gatilho, movi-me rapidamente e agachada próximo a ela, golpeei sua mão, a fazendo soltar a pistola e dei um segundo golpe, lançando a mesma longe, que disparou a esmo contra uma parede, bem longe.

— Como diabos...? – resmungou e a vi se movimentar para tentar me acertar um soco por trás, mas girei meu corpo e chutei seu rosto, a lançando do lado contrário a onde a arma caiu.

— Nem todos são frágeis diante de uma arma sem alma.

—Arma sem alma? Certo... Então que tal esquentar as coisas? – ela sorriu, sacando do bolso algo que, no fundo, não me surpreendeu. Uma caneta indicadora de que ela era uma sailor como eu. Mas entre detalhes dourados, o cabo era amarelo. – Poder de Capricórnio, transformar!

A luz que a envolveu era intensa e logo dissipou, revelando cabelos mais longos, igualmente negros e anelados, a gola de marinheiro, saia, joia da tiara, detalhe da luva, da joia no peito e os sapato, que era uma sandália com tiras pelas pernas, eram amarelos, enquanto os laços eram laranjas.

— Hora de virar poeira! – ela apontou a mãos como se segurasse uma arma e logo a mesma foi criada. – Revolver Solar!

A vi disparar diversas balas de luz com a arma. Dei um mortal para trás, saltando para longe do raio de tiros, enquanto eu mesma de transformava, já pousando no chão como Sailor. Ela me olhou surpresa em ver outra sailor ali.

— Se não pretende trilhar o caminho da justiça, irei dar por encerrada sua triste existência. – disse com meu tom de voz calmo de sempre.

A minha rival novamente colocou a arma em mira contra mim, disparando continuamente, ao que eu me esquivava habilmente. De forma discreta eu ia abaixando a temperatura.

Travei suas pernas ao congelar, mas ela só notou quando tentou partir para cima de minha pessoa, mas ela ainda podia mexer seus braços.

— Kolitso!

Os anéis compostos de cristais a paralisaram totalmente. A ouvi xingar e diversos impropérios, dos mais cabeludos quanto a mim e minha família, enquanto caminhava na direção dela. Uma sailor jovem sem total domínio de suas habilidades não me faria real frente. Ao parar ao lado dela, golpeei a nuca da jovem que desmaiou conforme meu intento.

Puxei o cristal do peito dela, que se converteu em sua caneta, fazendo-a retornar a aparência civil. A soltei de minhas técnicas, mas tive o cuidado de amarrar ela com pés e mãos, a mantendo longe do item de transformação ou qualquer coisa que pudesse tornar o jogo inverso.

Coloquei a morena nos ombros e fui saltando para um conjunto abandonado pelo telhado para não chamar atenção. A coloquei no chão e aguardei que ela despertasse, o que demorou um pouco e o fez novamente soltando impropérios.

— Heh! Não teve coragem de me matar, senhorita certinha?

— Não sou esquentada como você pode ver. Talvez você tenha salvação. – lhe respondi. Ainda estava na minha forma sailor.

—Então existem mais garotas com poderes mágicos e golas de marinheiro? – resmungou ela, parecendo mais conformada e menos ácida.

—Sendo específica, somos em treze, mas não conheço todas. Apenas você, Capricórnio, e uma na Grécia, a Libra. – respondi calmamente. – Isso me lembra que não sei seu nome, apesar de em teoria sermos companheiras de combate... por acaso, é claro.

A morena me olhou desconfiada e arredia, mas suspirou profundamente e respondeu, sem olhar para minha cara, virando a cabeça e olhando para baixo.

—Alexa Hernandéz.

— Ótimo. Com toda essa energia, você vir a ajudar a Libra... Ela tem algo que deseja fazer e esse gosto por batalhas pode ser providencial. Se quiser nos ajudar, te arranjo meios de sumir do mapa.

Sim, eu não me esqueci das coisas ditas por Gaia e seu desejo em vingar-se da meia-irmã caçula. Eu achava estúpida, totalmente estúpida tal ideia, mas me serviria de desculpa para observar a situação. Eu poderia destruir elas se assim fosse preciso, apesar de não ser o ideal.

—Vai ter uma boa briga?

— É provável.

— Então pode preparar tudo, senhorita certinha. Essa confusão me interessou!

========================================================================

Alexa partiu dias depois. Fiquei no rastro de sua energia de Madri mesmo. Precisava preparar minha partida para o Japão.

Na noite de véspera, encontrei mais um monstro e tinha certeza absoluta que era por sentir a presença estelar da constelação de Aquário em mim.

Minha última vigília em terras espanholas seria com uma briga contra um imenso louva-deus. A criatura era ágil demais, não me dando tempo de preparar meu golpe de gelo. Eu sempre precisava esquivar.

Em seus braços haviam lâminas tais quais foices, e enquanto uma me prendeu de forma a sequer conseguir me mexer, a outra fora erguida, de forma a visar meu pescoço.

Senti um ar gelado e potente jogar o monstro para longe, me libertando. Pela penumbra consegui identificar quem me salvou. Alexei-nii... Sim, tinha me esquecido que ele viria me buscar para me levar ao Japão. Seus cabelos loiros em contraste com o casaco marrom e calça escuras, o tapa-olho.

— Senhorita, está bem?

Ele não podia me reconhecer, a mais de transformação distorce nossa identidade para outras pessoas. Ele me ajudou a levantar e então notou meu uniforme de batalha.

— Uma sailor? Igual a tal Wisdow?

Então a sacerdotisa de Atena havia despertado? Era grave! O louva-deus se ergueu, grunhindo. Estava irritada com aquela criatura e de ser "pega" pelo cavaleiro de cisne.

Ergui meus dois braços num gesto que claramente o perturbou, pois foi a técnica que aprendi olhando os ensinamentos descritos no diário de meu pai. Sentia meu cosmo vibrar e me envolver de forma cálida, mas poderosa.

— Execução Aurora!

Abaixei rapidamente meus braços, lançando o jato de massa fria a queima roupa contra o monstro que se desfez sem deixar vestígios.

— Como conhece essa técnica? Essa técnica é de meu mestre Camus!

— Algumas de nós podemos replicar técnicas dos cavaleiros de ouro. — respondi calmamente. — Porque haveria de ser estranho a Sailor Aquário não usar a técnica congelante do cavaleiro de mesma constelação?

Virei de frente e o encarei. Eu sentia em seu cosmo e em seu olhar a confusão e surpresa.

— Afinal... quem são vocês...?

— Somos almas escolhidas por Nike e pelas estrelas para ajudar vocês. Não é sempre que somos convocadas, cavaleiro de Cisne.

Ele estremeceu por eu saber quem era ele.

— Por que... Não consigo enxergar seu rosto?

— Efeito da magia que Nike nos deu, assim podemos nos proteger. Ela não oculta uma das outras e nem para quem nos revelamos. — me aproximei devagar e fiquei bem perto. — Cavaleiro... me escute com atenção: a roda zodiacal, as doze guerreiras do zodíaco e a sacerdotisa de Atena, Sailor Winsdow vão se reunir no Japão, talvez bem percebam que isso está havendo. Estarei lá em breve.

— E o está ameaçando o mundo agora? — ele me perguntou.

— Eu também queria ter essa resposta. Quando nos reencontrarmos no Japão, você saberá quem sou, cavaleiro. — me afastei, mesmo sob protestos de meu "irmão mais velho".

— Espere! Aquário!

Eu corri feito louca e dei um grande salto para o telhado do sobrado mais próximo, saltando até me afastar e chegar a um lugar seguro para voltar ao normal, com meus cabelos ruivos. Entrei sorrateira pelo meu quarto, num pequeno prédio estudantil e me enfiei debaixo das cobertas.

Sabia que o tempo urgia, e as batalhas terríveis iriam se iniciar. Dormi o que seria, certamente, minha última noite de sono de verdade, pura e simples.

A paz acabou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficha da Sailor Capricornus: http://tinypic.com/r/sc73ae/8



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Koori no Hime-sama" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.