Acordei com alguém chutando o meu pé.

– Vamos lá, Bela adormecida. Vamos acordando os dois. – Abri os olhos e vi Jasper me olhando com um sorriso maldoso, depois disso só sinto algo molhado cair na minha cara.

– Droga, que porra é essa? – Levantei irritado. Olhei ao redor e vi Jasper e Alice com um balde na mão e o Erick na mesma situação que eu falando um monte de palavrão. – Vocês só podem estar de brincadeira.

– Claro que é brincadeira. – Alice falou tentando parar de rir. – Se fosse sério nós teríamos jogado uma bomba em vocês. – Ela falou e gargalhou.

– Muito engraçado, puta que pariu acho que vou morrer de rir. – Erick falava irônico e sua cara estava vermelha de raiva. Acebei rindo da cara de raiva dele e esquecendo da minha situação.

– Sinto muito, mas só existe um banheiro aqui. Eu fui antes de Alice porque ela demora muito e depois da Alice foi a Jessica tal qual demora muito também. Então se querem fazer sua higiene matinal apressem a Jessica. Tenham um bom dia. – Jasper terminou e fechou a porta, saindo com Alice.

– Que merda, Jessica demora muito mesmo. – Erick reclamou.

– Maravilha, temos que apressar ela. Tem um monte de gente para ir também. – Resmunguei me espreguiçando e senti tudo doer. – Ai, merda. Parece que eu dormi em pé ou que uma pessoa de cento e noventa quilos dormiu em cima de mim. Você se virou em cima de mim? – Perguntei brincando para o Erick, ele mostrou o dedo do meio.

– Vamos logo, antes que os outros apareçam e tomem o nosso lugar. – Fomos para a porta do banheiro enlouquecer a Jessica. O legal é que eu sentia uma liberdade com eles, era espontâneo e pelo jeito eles se sentiam da mesma forma.

– Jessica. – Gritei batendo na porta.

– Jessica. – Dessa vez o Erick tentou. – Faz depilação outra hora. – Gargalhei da cara de pau dele.

– Tem um monte de gente esperando aqui, vai logo. – A porta abriu do nada e ela nós encarou furiosa, olhou ao redor e depois fechou a porta. – O quê? – Olhei embasbacado para a porta.

– Só pode tá de brincadeira, Jessica sai logo dessa porra. – Erick esmurrou a porta.

– Saímos em uma hora. – Jasper apareceu na entrada do pequeno corredor rindo.

– Maravilha, não vai dar tempo de nada. – Resmunguei. – Jessica vai logo, iremos sair em uma hora. – Tentei mais uma vez, uns dez minutos depois ela saiu tranquilamente.

– Como vocês são chatos. – Falou calmamente.

– Sai da frente, criatura. – Erick entrou rapidamente. – Sairei rápido. – Quinze minutos depois ele saiu.

– Isso que é banho rápido. – Falei entrando e antes de fechar a porta vi Tyler vim na direção do banheiro. Fiz tudo o que tinha para fazer, agradeci mentalmente por ter água no chuveiro. Sai e vi Tyler, Marcus e o Michael com cara amassada. – Bom dia. – Falei mais para Michael do que para os outros.

– Bom dia, tem água no chuveiro Edward? – Michael me encarou esperançoso, assenti sorrindo. – Maravilha. – Fui para a cozinha sentindo o cheiro de ovo sendo frito.

– Isso é ovo frito? – Perguntei me aproximando do fogão onde Angela estava.

– É, quer um? – Assenti freneticamente.

– Já estava cansado de Bacon dia e noite. – Falei sentando-me á mesa. – Bom dia Garret. – Falei animado.

– Bom dia. Dormiu bem?

– Dormi, muito obrigado. – Angela se aproximou com a frigideira.

– Tem pão... – Olhei para ele com a boca aberta.

– Pão?

– Sim, planto e crio animais aqui na fazenda. Café-da- manhã aqui é abastecido, mas almoço e jantar não é muito surtido . Sempre como as mesmas coisas, pão, ovo e leite. Se você está cansado de bacon eu estou disso. – Falou apontando para as coisas na mesa. – Irão embora hoje?

– Sim, iremos quando acabarmos. – Jasper respondeu. – Queria agradecer por nós receber.

– Tudo bem, gostei de tê-los aqui. – Falou sorrindo.

– Mas você tem que tomar cuidado, nem todas as pessoas são boas. – Lembrei-o.

– Ainda bem que vocês são. – Sorri começando a comer. – Estão em alguma missão?

– Sim, estamos em uma missão. – Garret encarou Jasper curioso. – Desculpe, mas é confidencial. – Garret assentiu compreensível.

– E então... Nossa isso é o que eu estou pensando? – Erick entrou animado olhando para o fogão.

– Se você colocar as suas mãos nojentas na panela eu arranco elas. – Angela bradou irritada, ele levantou as mãos em sinal de rendição e veio sentar-se ao meu lado.

– Que violência... – Olhei para os dois rindo. Michael entrou na cozinha com as mãos na barriga e farejando o ar.

– Estou morrendo de fome...

– Newton tenha modos. – Jasper o repreendeu.

– Bom dia. – Ele falou constrangido, nós respondemos em coro.

– Pode sentar Mike, irei colocar a sua comida. – Angela falou tirando a frigideira do fogo.

– Quer ajuda Angela? Está fazendo tudo sozinha. – Perguntei jogando o copo descartável no lixo e começando a lavar o meu prato e os talheres.

– Só quero que cada um lave o que sujou. Não me importo em cozinhar, estava até sentindo falta. – Respondeu sorrindo.

– Edward, já que terminou podemos olhar o Jeep. – Jasper falou levantando, fomos até os carros dando uma checada. – Quero te pedir uma coisa. – Ele falou me encarando. – Sinto confiança em você, apesar de não te conhecer muito. Você é responsável e esperto, preciso de pessoas assim perto de mim... Quero que você seja o comandante.

– O quê? – Olhei para ele assustado. – E o Tyler?

– O Tyler é uma criança mimada, um verdadeiro idiota. Eu quero que você seja o segundo no comando, isso não é questão só de confiança, mas competência também. – Ele me encarava sério. – Tenho algumas pessoas de confiança, mas nem uma é tão competente. Pude perceber que você é enquanto estivemos na mansão e na estrada. – Ele me encarou esperando uma resposta e eu o encarava sem saber o que falar.

– Err... Eu. – Respirei fundo tentando pensar melhor. Céus, como assim? Que loucura.

– Nós não estaremos juntos só aqui, tem a empresa sede também. Você é uma ajuda que eu não posso deixar passar.

– Tudo bem, aceito. Mas o Tyler não vai gostar nem um pouco disso.

– Problema dele. E você fez o que todos nós queríamos fazer, quebrar a cara dele. – Falou rindo socando o meu braço. – Agora vamos dar continuidade. – Colocamos mais gasolina e ajeitamos tudo para continuar. – Vou chama-los. - Jasper entrou e eu fiquei dentro do carro esperando. Olhei para o chão perto da vegetação que tinha ao redor da casa e vi marcas no chão, pareciam pegadas. – Não pode ser...

Olhei para a parte de trás da casa e vi quatro robôs se aproximando da casa, me escondi para não ser visto e engatilhei a pistola. Levantei devagar espiando e vi eles se aproximando da porta. Não posso atirar neles porque isso atrairá mais robôs por causa do barulho. – Droga. – Resmunguei baixinho. Olhei ao redor procurando alguma coisa e vi um taco de golfe. – Não é um bastão de Baseball, mas tá valendo. – Abri aporta devagar sem fazer barulhou para não chamar atenção. Os quatros ficaram em frente à porta esperando todos saírem, me aproximei silenciosamente do ultimo e atingi sua cabeça com o taco e ele caiu no chão, os outros vieram na minha direção e eu corri para perto da porta. – ROBÔS. – Gritei batendo na porta. Michael e Erick apareceram com armas nas mãos. – Não, vocês não podem atirar. – Falei empurrando suas armas. – O barulho atrairá mais robôs.

– Edward tem razão. Será no braço. – Jasper apareceu olhando os robôs se aproximarem. Eles guardaram as armas e fomos para cima deles, ficou até equilibrado. Ficamos eu, Jasper, Michael e o Erick tentando destruí-los. Peguei uma pedra grande no chão e me aproximei, ele se jogou em cima de mim tentando pegar o meu pescoço. Com uma mão eu tentava fugir das suas mãos e a outra mão tentava bater com a pedra na sua cabeça. Mas toda vez que eu tentava atingir a sua cabeça com a pedra ele segurava minha mão, usei a perna e dei uma rasteira nele, assim que ele caiu no chão fiquei por cima e levantei a pedra na altura da minha cabeça descendo com tudo na cabeça dele. Repeti o gesto varias vezes até ele parar de se mexer, olhei a o redor e vi Michael correndo para dentro da casa e o robô que ele ficou responsável de destruir tentando matar Erick. Ele estava deitado de costas em cima de um robô que tentava enforca-lo e de frente para o outro que estava em cima dele tentando fazer o mesmo. – Droga Michael.

Levantei indo por trás do robô que estava em cima do Erick e soquei a pedra na sua cabeça, ele caiu e eu fiquei por cima, novamente coloquei a pedra na altura da minha cabeça e desci com tudo. Só parei de bater quando ele parou de se mexer. – Segura os braços dele. – Pedi para Erick me aproximando, assim que ele fez deixou o robô impossibilitado de resistir e soquei a pedra em sua cabeça, repetindo o mesmo ato que fiz com os outros. – Calma respira. - Pedi sentando-o, ele tinha o rosto todo vermelho. Olhei para o Jasper que destruía a cabeça do robô com um pedaço de pau. – Por pouco... – Jasper sentou no meu lado ofegante.

– Estão todos bem? – Assentimos um pouco calmos, ele olhou ao redor e levantou possesso. – Você é idiota, Newton? – Foi chegando perto de Michael que se encolhia com medo, olhei para o Erick pensando se intervíamos. – Você quase matou todos nós com a sua covardia e medo. – Jasper o segurou pelo pescoço e socou seu rosto. – Erick quase morreu por sua culpa, seu desgraçado. – Quando ele iria parti novamente para cima do Michael, eu e Erick nós aproximamos.

– Fique Calmo, Jasper. – Erick pediu segurando o seu braço.

– Calmo? Ele é um covarde, por quê você quis entrar para o exercito seu idiota? – Tentávamos o manter afastado. – Sempre soube que era covarde, mas a esse ponto... Aqui um cuida do outro e não os deixam morrer. – Alice se aproximou tocando o seu rosto, tentando acalmá-lo e funcionou.

– Não vale o mínimo esforço... – Alice falou vendo que ele estava mais calmo. – Agora temos que continuar, não podemos ficar mais. Carrollton é perto, mas tivemos que seguir caminhos aleatórios para não chamar atenção, demoramos muito e nós não temos todo esse tempo. – Ele assentiu respirando fundo.

– Vão para os carros! – Mandou já recomposto. – E Newton... Se você aprontar outra dessa, eu mato você. – A forma que ele falou foi assustadora e Michael parecia que iria chorar a qualquer momento. Entrei na casa para me despedir de Garrett.

– Estamos indo... – Estendendo a mão para ele.

– Tudo bem, tenham cuidado na estrada. – Falou apertando minha mão. – E tenham cuidado com o covarde, muitas vezes os covardes são tão ruins quanto os traidores.