InSanidade escrita por Hissa Odair


Capítulo 3
Timidez


Notas iniciais do capítulo

Oie!
*desvia de tijolo*
Pois sim! Eu demorei e confesso! Mas eu sempre esperava atualizar a minha outra fic pra atualizar essa. Mas a partir de agora vou tentar postar aqui mesmo se não tiver atualizado a "Depois da tempestade".
Espero que gostem^^.
OBS: Os títulos sempre serão uma só palavra. E grande parte do capítulo é sobre cenas dos capítulos.



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Autora Pov's

–Aimi ... - Keiko falou em pensamento enquanto pulava para trás e começava a tremer - O que você faz aqui?

–Nossa, já vi que educação ainda não é o seu forte. Claro, eu não esperaria mais de você. Você é só uma órfãzinnha com probleminhas mentais. Uma maldita assassina - ela falou enquanto chupava o pirulito e andava em círculos em volta de Keiko - Não é mesmo?

–Sim ... - ela falou e recebeu um olhar irritado de Aimi - Sim senhorita.

–Olha, parece que finalmente está recebendo alguma educação - ela zomba - E saiba você que eu não sou mais uma órfãzinha idiota. Fui adotada por um casal muito rico uns dias depois de você parar no manicômio. Claro, quem não se interessaria em adotar uma menininha tão lindinha e boazinha como eu? Me chame agora de senhorita Sazaki.

–Ninguém relutaria em te adotar senhorita Sazaki.

–Relutaria ... ... ... A tá, entendi - Aimi falou tentando disfarçar a burrice, mas ainda com um ar de metida - E como você não pode perguntar nada para mim, eu vou falar o que vim fazerr nesse lugarzinho. Imagina que o meu namorado me fez passar. Eu fui ver a porcaria de um negócinho pra ver quem que seriam os representantes do Japão num torneio que vai ter. Ele queria participar mas não foi convocado. E quano eu reconhecci a aberração que você é lá no campo eu quase que me mato de rir - ela fala começando a rir de leve - E eu vim pra esfregar na sua cara que agora eu sou muito mais superior a você.

–Sim senhorita Sazaki - Keiko fala sentindo um nó na garganta

Aimi dá uma boa olhada em volta do campo vendo de longe os outros membros do Inauma Japão.

–Parece que só tem menina feia nesse time, pelo menos você não vai ser a única - ela zomba e depois morde o lábio inferior - Por outro lado ... Tem meninos bem bonitos aqui. Acho que foi uma boa ideia eu ter vindo.

Keiko suspirou e abaixou a cabeça. Aquilo a incomodava demais. Aimi era bonita, mas Keiko sempre tinha sido mais que ela, um dos vários motivos de Aimi odia-la. Keiko tem a pele levemente bronzeada, belos olhos castanhos com vários tons mais escuros que a pele, o cabelo era curto, e ultrapassava os ombros, mas não muito, eram castanhos um tom mais claro que os olhos, eram lisos até a metade e depois dava umas encaracoladas, e sempre foi muito magra, uma anorexia disfarçada pela blusa.

–Seus coleguinhass já sabem a verdade? - Aimi pergunta olhando para as unhas.

–Não senhorita Sazaki - Keiko falou com uma ponta de medo.

–Seria bem triste se alguém contasse não é? - Aimi sorriu de forma maléfica - Agora simula um sorriso que vem um menino na noss direção ... Ohayo^^!

–Ohayo - diz Tenma sorrindo da maneira de sempre - Ela é sua parente Keiko?

–Somos irmãs do coração. Melhores amigas desde que nos entendemos por gente - Aimi sorriu de maneira incrívelmente falsa e abraçando Keiko - Não é mesmo Kei-chan?

–S-sim se ... - antes de falar o senhorita Sazaki, ela recebeu um discreto olhar de morte - Quer dizer, sim Ai-chan *sorriso falso não muito real* ^^".

Tenma sorri e vai até os outros membros do Inazuma Japão. Aimi solta Keiko com uma cara enojada e limpando as vestes com batidinhas.

–Eu já vou. E não se preocupe enquanto eu puder vir pra cá e poder ver o lindinho que fiquei de olho não vou contar o seu segredo - AImi sorriu e deu um tapinha nas costas de Keiko - Até mais louquinha. E eu não vou perder a próxima partida, quero ver como você vai estragar tudo dessa vez :).

Aimi dá um beijinho na bochecha de Keiko e sai correndo aos pulinhos, deixando uma Keiko triste pra trás. Ela só suspirou e a culpa por ser "assim" redobrou. Suspirou novamente e andou de forma deprimida (do jeito normal) até Morimura e Sakura, por serem meninas se sente mais a vontade com elas (menos desconfortável), apesar de não ter nenhuma confiança com Sakura, sente que ela não é o que demonstra ser.

No dia da partida contra Fire Dragons (estou torcendo pra que esteja certo o nome O.o) ...

Keiko Pov's

Nós já chegamos no estádio, e meu coração já tentou sai pela minha boca quarenta e oito vezes (eu contei) só nessas ultimas horas. No vestuário feminino eu coloco o uniforme. Será o seguinte esquema: Eu jogarei o segundo tempo, substituindo Morimura-san, igual a partida contra a Teikoku. Sinceramente eu não boto nenhuma fé nessa partida. O contrato diz claramente que devemos ganhar a primeira partida, mas ... Não seria justo perder de propósito, mas parece que quanto mais eu me esforço mais eu faço as coisas errado. Sei que estou ficando menos horrível (meu portugues também está ótimo), mas nunca que isso chegará ao nível necessário.

Penso no que devo fazer agora que estou saíndo do vestiário (fui a ultima a sair) quando vejo Sakura-san correndo na minha direção.

–Keiko-chan! Venha logo! - ela simplesmente pega meu pulso e me arrasta até o vestiário masculino, onde parece que está acontecendo alguma discussão.

–Pode parar de fingir Matatagi, está evidente que você é o que pode ter a pegado - Manabe-san acusa.

Nesse momento Tsurugi-san, Shindo-san e o capitão entram no vestiário eu estava bem perto da porta e sai correndo para um cantinho vazio (incrível que eu sou um tanto mais rápida quando estou nessas situações)

–É verdade que você perdeu a carteira Manabe? - o capitão pergunta assim que entra.

–Efetivamente - Manabe-san confirma.

–E ele tem certza que não a deixou na Residencia - Minaho fala com o típico jeito detetive.

–Mas por que suspeitar de Matatagi?! - o capitão pergunta, aparentemente tentando defende-lo.

–Por que ao parecer não é a primeira vez em uma ocasião que rouba algo. Assim que, é o único de todos os que estamos aqui que podia ter feito isso - Manabe-san argumenta.

Sem desrespeita-lo, eu penso que isso não é nenhuma prova. Quer dizer que se alguém for assassinado eu vou ser a acusada? Provavelmente sim, e provavelmente eu teria matado alguem mesmo. Falando nisso ainda não tomei a minha injeção diária.

–Está enganado, não fui eu - Matatagi-san diz meio indiferente.

–O que você acha? Acha que ele diz a verdade? - Manabe-san pergunta a Minaho-san.

–Precisamos de provas firmes, porque por enquanto não temos nem provas circunstanciais. E acho que o seu raciocinio tem muitos buracos - Minaho-san responde, e causa irritação a Manabe-san.

–Agora vamos ver! De que lado você está? - Manabe-san disse aparentemente irritado.

Eu sempre estou com o meu caderinho e uma caneta, e adiciono mais um pontinho de perigo na página com os dados de Manabe-san. Inclusive eu tenho feito mais desenhinhos dos meus conhecidos de time, e eles estão ficando cada vez melhores. "Perfeito sua retardada, agora use seus desenhos bestas para jogarem futebol!"

ENtão o capitão começa a falar umas coisas que me fazem eu me sentir um lixo, não muito, mas me sinto um tanto culpada, e me concentro em anotar tudo sobre as personalidades das pessoas que obtive até agora. As coisas começaram a ficar estranhas, quando o Manabe-san falou que nenhum de nós estava aqui porque realmente queira jogar futebol, ao que parecia, os jogadores da Raimon não sabiam desses contratos.

Manabe-san começa a falar sobre as condições de contrato de Tetsukado-san, Sakura-san e Ibuki-san, e eu anoto com a maior velocidade que consigo, a letra fica parecendo itálico, mas não está feia. Matatagi-san também fala a sua condição do contrato, e me lembro dos dois menininhos que vieram ve-lo.

–Além disso ... Keiko, você precisa de remédios não é? Os que são injetados no seu braço todos os dias. E ... Eles são usados pra ... - Minaho fala e eu derubo o caderno e a caneta, não sem antes engasgar e riscar um pouco a página correspondente a Matatagi-san.

Peguei as minha coisas com as mãos tremendo. Sei que posso estar exagerando, mas mepergunto o que mais ele sabe sobre esse remédio. Fazia um tempo que venho observando atentamente tuso sobre meus conhecidos de time. Tinha chegado a conclusão de que ele é o "detetive" do time. Estou tão nervosa que só tenho tempo de lançar um olhar de pânico para a parede e sair correndo pela porta tomando todo o cuidado de não esbarrar em ninguém.

Corro com tudo, sem olhar para trás, como se minha vida dependesse disso. Se ele souber pra que servem os remedio? Quem garante que ele não vai contar a ninguém.

"Não, isso não vai acontecer nunca, mato ele antes que ele conte para alguém"

Paro bruscamente de modo que escorrego e caio no chão com força. Sinto minha respiração acelerar e sei que a insanidade vai tomar conta de mim em breve. Aquilo não tinha sido eu. Tinha ... Mais ou menos. Aperto o caderno com força e tento pensar nas coisas que sei que sou.

Eu sou Keiko. Meus pais me abandonaram em uma rua onde fui achada pela diretora do orfanato. Eu sou patética. Não devo fazer amizades. Fui assediada sexualmente aos 6 anos. Matei a sangue frio Bob Jackson, o meu estuprador e também o zelador do orfanato. Fui para um hospício. Eu estou no Inazuma Japão. Eu vou estragar tudo. Eu sempre estrago tudo.

Pensar nisso me tranquilizou e pude voltar para o vestuário, onde Sakura-san e Morimura-san me perguntaram preocupadas o motivo de eu ter saído correndo daquele jeito.

–Não era nada. Eu só estava com enxaqueca muito forte e depois eu comecei a passar mal ... Acho que eu estou meio doente, nada de mais - falo com calma mas forço um pequeno sorriso - Eu sou assim mesmo, é coisa do meu organismo.

–A, pensei que algo tinha contecido ... E você viu a velocidade com que você saiu correndo? - Sakura-san falou essa ultima frase com animação.

–S-sim você correu bem rápido... - Morimura falou acanhada.

Eu me desliguei rapidamente do que Sakura-san falava. ELa ficou falando algumas coisas com nós duas até chegarmos no campo e entrarmos na fila. Fiquei muito nervosa e estava a beira do pânico. Graças a Deus Todo Poderoso, eu só ia jogar no 2º tempo. Enquanto isso eu fiquei observando o jogo, e vez ou outra trocando um comentário com Aoi-san, mas raramente.

–Concordo plenamente Aoi-san - eu falo enquanto anoto tudo no meu caderninho na velocidade da luz.

–Que isso! Me chame só de Aoi - ela sorri ternamente e eu fico se entender nada.

–Mas ... - eu paro de falar e começo a encarar o gramado.

Ambas voltamos a atenção à partida, que já estava quase no fim do primeiro tempo. O que eu tinha conseguido obter de dados úteis até aquele momento: Em hipótese nenhuma algu´m do time deve saber sobre meu segredo, principalmente Manabe-san, ao que parece ele leva esse negócio de passado muito a sério (foi o que eu entendi com ele mandando os outros não passarem a bola para Matatagi-san); parece que quando se falam com garotas não se usamos o sufixo -san, o que e leva a crer que são muito pouco respeitosos uns com os outros; não temos nível para ganharmos a partida; a rivalidade entre Shindo-san e Ibuki-san aumentou; ao que parece os jogadores da Raimon estão em uma formação de modo que Shindo-san fique na defesa e o capitão e Tsurugi-san cuidem da parte do ataque; a pouco Matatagi-san parecia ter falado com os 3; o mesmo fez uma melhora em seu meio de "andar com a bola" (não encontri uma palavra própria para isso :( ); Minaho-san, Sakura-san e Tetsukado-san parecem mais empenhados em jogar e melhoraram.

Bem nos últimos segundos do 1º tempo o FIre Dragons marcam um gol.

Quando toca o apito do final do primeiro tempo, eu começo a ficar nervosa. "Só faltam 15 minutos para você estragar tudo". Eu acho uma boa ideia sair correndo e me esconder no vestiário feminino encolhida em um canto e faço isso. Mas ao mesmo tempo sinto que se não perguntar ao Minaho-san o que ele sabe sobre isso vou ter um ataque de nervosismo interno aqui mesmo no vestiário, nesse cantinho obscuro. Saio feito uma ninja do vestiário, e Morimura-san que estava lá não notou a minha saída.

Graças a minha burrice, eu me perdi um pouco, asim que, quando avisto ele que estava conversando com Manabe-san (e o último parecia irritadiço). Dou uma corridinha e paro bruscamente assim que estou a dois metros de distância.

–Desculpe interromper ... - eu falo, perdendo toda a confiança e voltando a minha personalidade normal - ... ... - o tanta, agora que eu estava aqui deveria falar logo! - ... Minaho-san ... Posso trocar uma palavra com o senhor? Vai ser rápido eu prometo ...

–Não vejo problema nenhum ... Certo Manabe? - ele fala indifrente.

Manabe-san parecia irritado com algo, provavelemente a mesma briguinha sobre o caso da carteira perdida e sobre a acusação sem cabimento de Manabe-san. Ótimo, o nervosismo de falar com alguém começa a me corroer. Agora que penso, é a primeira vez que falo com um menino.

–Desculpe ... - eu me desculpo sem razão aparente - Eu não queria atrapalhar ... Só queria falar sobre o que você disse ... Sobre o meu contrato ... S-sobre eu precisar de remédios ...

–A, sobre isso? Não pensei que tinha se abalado tanto com isso - ele fala tranquilo, como se estivesse se divertindo com a minha reação.

–Não estou abalada. S-só tenho medo que você saiba demais - eu falo me sentindo um pouco mais calma ,mas não muito.

–Na realidade ... Eu acho que eu sei - ele falou ainda com o jeito detetive, mas noto um certo receio na voz.

Engulo seco. Sinto que vou ter um treco interno, mas tento me controlar.

–E-entendo ... Desculpe mas ... O que exatamente o senhor sabe? - eu falo me controlando para não gaguejar.

–Bem ... Como eu posso explicar ...? Eu sei que o que aconteceu com você dez anos atrás. Sobre seu assassinato e a sua internação - ele fala normalmente mas sinto que ele não quer me ofender, o que é muito estranho.

–C-como o senhor soube? - eu encaro o chão sem acreditar.

–Meu pai investigou o seu caso a dez anos atrás, um dia eu estava vendo os casos que ele tinha solucionado, quando eu tinha achado o seu. Inclusive seu caso foi muito badalado no Japão, não é todos os dias que uma órfã assassina a sangue frio o estuprador. Fora que ... Desculpe eu não quis dizer isso! - ele pareceu ... arrependido de ter me ofendido?

Eu não sabia se ficava estática ou refletia sobre aquela ser a primeira vez que alguém me pede desculpas de maneira verdadeira. Na verdade já tinham me pedido desculpas uma vez, tinha sido um veterano do orfanato (ele tinha 17 anos e não sei o que aconteceu com ele), foi quando ele acabou por derrubar um copo de água em mim sem querer. Mas foi só porque aparentemente ele era o único que não se amedrontava pelo olhar assassino de Aimi, o resto, mesmo que sempre me ignorassem, tiravam sarro de mim quando avistados por Aimi, mesmo que ela seja tão pequena na época (igual a mim), ela podia manipular as pessoas como ninguém.

–O senhor me pediu desculpas? - eu falo sem esconder a minha cara de confusa - Sou eu quem deve dizer isso ao senhor ... Não o contrário.

–Seu modo de agir é muito estranho ... Mas não deixa de ser interessante - ele fala com a cara de detetive - Ah ... E sobre o seu modo de agir ... Pode parar de me chamar de senhor? Isso é estranho ... E sobre pedir desculpa toda hora ... Não é bom fazer isso, faz de você uma suspeita em potencial de algum crime.

–Mas ... - eu fico com um nó na cabeça.

Vejo Sakura-san e Tetsukado-san correndo.

–Vocês estão aí? Venham logo que a partida já vai começar - Tetsukado-san fala aprressado.

–DESCULPE! FOI MINHA CULPA! DESCULPE!- eu falo (lê-se grito) a todos (e quase os deixo surdos) e faço uma reverencia antes de sair correndo até o campo com os outros, e por pouco não nos atrasamos.

"Isso Keiko, você já está conseguindo estragar tudo"

A enfermeira agarra de forma brusca o meu braço, mas de forma discreta, e enfia a agulha. Sinto minha cabeça latejar com força, mas não chego a desmaiar, apenas vejo tudo borrado por uns segundos. Não entendo essa reação do meu organismo, mas não é momento de perguntas.

Para dar uma entrada triunfal ao campo, eu caio com tudo no chão, mas me recupero e me levanto rapidamente, agradecendo por ser a última da fila. Fui para a posição de Morimura-san (fica na lateral direita), e esperei o apito do início o segundo tempo tocar, sentindo o meu coração tentar sair pela boca (quase que literalemente), mas eu perdi a conta¬¬.

PI!! (som de apito mais super hiper mega plusiper realista escrita em uma fanfic ¬¬)

Então sinto o meu corpo gelar e fico imóvel. Não conseguia mecher um musculo que seja. A minha vontade era de abandonar o jogo e fugir ... Mas do que fugir? "De si mesma tolinha". Essa foz que ouço em minha mente ... Sou eu, disso eu tenho certeza ... Mas eu não tenho controle sobre essa parte ... Sei que a insanidade ainda está dentro de mim, mas eu tenho o controle sobre ela, graças a essas injeções. "Tem certeza?"

Quando me dou por mim, vejo Matatagi-san pedindo a bola para alguém. Penso se devo refletir o motivo de não terem passado para ele quando vejo a bola deslizar em minh direção com uma velocidade considerável. Amaldiço-o matalmente a pessoa que passou a bola para mim. Um dos jogadores adversários tenta me roubar a bola e eu fico sem saber o que fazer. Em um passe rápido, chuto a bola na direção de Matatagi-san, e ele a recebe razoavelemnte bem. "Parece que você não é tão lixo. Até que o passe não foi tão ruim".

Sinto me fuzilada por um olhar. Viro de modo tão brusco para trás que quase caio no chão. Ao que parecia, Manabe-san não tinha gostado nada que eu tivesse passado a bola a Matatagi-san. Os demais novatos como eu pareceram refletir entre eles e começaram a correr em direçõ ao ataque e, como modo de não ser deixada para trás na defesa onde se encontravam Ibuki-san e Shindo-san, umas das pessoas que mais me davam certo medo eu sai em disparada, mas ainda perdida sobre o que fazer. Tentamos com todos os nossos esforços, conseguir de alguma maneira, tentar impedir os avanços da equipe adversária.

ENtão teve um momento em que Manabe-san foi bloqueado e ele relutava em passar para Matatagi-san. Todos tentamos dar palavras de incentivo para que Manabe-san fizesse o passe. Eu permaneci calada, mas também falava pra que ele fizesse o passe rapidamente, só que mentalemnte.

Autora Pov's

Naquele momento Keiko começou a sentir uma pequena explosão no cérebro, e morde o lábio inferior interior e mordendo-o com força, levando a mão a cabeça. Tentava se controlar, e o conseguiu. Havia passado minutos preciosos sentindo a dor e nem reparara que Inazuma Japão havia marcado um gol, e que um gol do time adversário tinha quase marcado.

–Tonta ... - ela murmurou para si mesma, enquanto prestava (ou ao menos tentava) atenção ao jogo.

Não faltava muito para o fim da partida, e logo Inazuma Japão marcou outro gol, bem no último minuto da partida.

Keiko saiu do campo correndo e foi para o banheiro, lavando o rosto e se encarando no espelho.

–O que está acontecendo com a minha cabeça? - ela murmurou para si mesma.

Sentia ela latejar e a visão estava um pouco embaçada, mas dentro de uns minutos, havia se recuperado.

Saiu do banheiro como se nada tivesse acontecido, encontrando as meninas do time e até simulando um sorriso pequeno e comentando, agora, sem usar o "-san". Todos estavam felizes e alguns somente aliviados pela vitória. As três ficaram andando. Sakura não parava de comentar sobre tudo. Morimura era tão tímida quanto Keiko.

No dia seguinte ...

Keiko Pov's

Ainda ontem falei brevemente com a enfermeira, e ela só me disse que o meu organismo estava se adaptando aos fortes compostos químicos. Cheguei a conclusão de que em breve eu não desmaiaria, nem receberia tapas na cabeça, nem teria as fortes dores de cabeça. Claro, em breve, eu também vou ter que aprender a dar minhas próprias injeções.

Eu acordei de madrugada, já que não conseguia voltar a dormir por causa de um pesadelo/lembrança que tive. Havia ficado horas encarando a parede enrolada no cobertor. Por sinal foi muito estranho quando vi qu tinha um quartinho só para mim. Assim ninguém veria minhas lágrimas e o suor frio escorrendo de minha testa. Coisa que nunca poderia ter feito no orfanato, onde tinha o risco de me verem e suspeitarem de algo.

Mas continuando, eu me levantei e fiz toa a hgiene matinal, e, como todos os dias, torço o nariz para o café da manhã, achando melhor dar um pequeno passeio para tentar me preparar psicilógicamente para o treino. "Assuma logo que você eé um lixo e se jogue em uma lixeira".

Eu não sou fresca. Não pense uma coisa dessas. Mas meu estomago é muito pequeno, já que eu nunca comi direito na minha vida. No orfanato eu tinha o costume de ter a comida "roubada", e no hospício eles não me alimentavam direito. Mas não culpo o hospício, eu nem imagino que tipo de macumba que eles fizeram para tentarem fazer com que eu engolisse alguma coisa comestível. Simplesmente se eu comer o café da manhã sinto que não consigo passar nem dos 39% sem passar mal de tão cheia que estarei.

Chego no horário certinho para o treino. E em menos de um minuto chaga no campo Matatagi-san, Tsurugi-san, Aoi, e Sakura. Eu imediatamente corro até o outro lado do campo, me aquecendo por lá mesmo, o mais longe possível deles, e ao que parece ees não notaram a minha presença e agradeci a Deus por isso. Depois de uns minutos, me pergunto o que os outros estão fazendo. Será que ...

Nesse momento Shindo-san chega junto com o capitão e parecem estranhar a falta de membros. Estou muito longe para ouvir o que estão falando, mas percebo que alguns estão aborrecidos com o que acontece, principalmente quando o treinador fala algo e depois sai do campo.

Eu reluto um pouco mas me aproximo a passos curtos. Também sinto uma vontade de sair correndo e me esconder em algum cantinho. Aoi sai do campo meio que correndo. Estou tentando me aproximar com um pouquinho mais de velocidade.

–A, que susto Keiko! Você estava aí esse tempo todo? - Sakura pergunta parecendo assustada.

–Desculpe! Não foi minha inteção! - eu me arrependo de ter vindo e dou 3 passos para trás e fico de cabeça baixa.

–Não, tudo bem - ela sorriu de forma falsamente meiga.

Eu aprendi a reconhecer sorrisos falsos. Já perdia a conta de quantos desses eu já vi no rosto de Aimi. ELa não me passava muita confiança. Na verdade ... Praticamente todos os presentes me dão certo medo. Engulo seco. O capitão é diferente, ele fala coisas que me fazem pensar se eu realmente posso ajudar o time e que talvez eu não seja o completo lixo que sou, mas tento me lembrar qu ele é falso, e que, como diz a Aimi: Quando maior a espectativa maior e pior é a queda.

ENgulo seco e fico na posição que uma das amigas de Aimi me ensinou. Corpo reto, queijo meio que em paralelo ao chão e rosto sem expressão.

~Flashback on~

–Lembre-se de sempre mostrar o total respeito pelas pessoas. Mas não faça isso sempre, somente quando achar necessário - ela sorriu e saiu para brincar de amarelinha.

~Flashback off~

–Ha ... ... Keiko-chan? Você está okay? - Sakura me pergunta com um misto de confusão e preocupação falsa.

Tanta coisa que já vi que não é muito comum nesse time, que reflito um pouco para ver se a minha atitude é considerada normal. Sem querer ofender, parece que eles se tratam como se fossem ... A ... Agora eu entendo ... Talve eles sejam amigos ... Aimi e as outras crianças também se tratavam assim ... Informalidade ... Mais um luxo que nunca tive.

–Okay? - murmuro a palavra para mim mesma e saio da posição levemente militar para encolher os ombros e ma afastar a passos longo.

Essa palavra devia ser um gíria.

Me viro e corro para o outro lado do campo novamente, pego uma bola de futebol de um canto e começo a tentar chutar a bola, andando com ela, mas sempre ela faz um curvinha ou eu chute errado.

Autora Pov's

Sakura a chamou para junto do grupo, ao que parecia, deveriam treinar todos juntos. Keiko se deprimiu um pouco e entou no grupo andando com um ar de depressiva e ficou muito surpresa ao ver as habilidades da rosada quando se trata de aglidade e flexibilidade. "Matatagi-san é muito, muito veloz. Sakura é muito ágil e flexivel. Shindo-san, Tsurugi-san e Matsukase-san são incríveis no futebol. E eu? Para que que sirvo? Qual é o meu 'ponto forte'?"

Teve uma leve surpresa ao ver que Sakura queria ser goleira. A mesma tinha colocado as luvas e já estava em frente ao gol. Assim que Tsurugi chuta a bola, a rosada desiste e abre um espacate.

Nos minutos que se seguiam Tenma ensinava (ou pelo tentava) os 3 novatos a andarem com a bola (Autora: Desculpe, nao sei um palavra melhor ¬¬).

Naquela mesmo dia no peródo da noite ...

Aquele poderia ser o pior treinamento de toda a vida de Keiko. Tentou sair correndo 3 vezes, mas acabou por desistir. Dava um passo decidida e voltava a treinar, mas sem deixar de pensar a cada segundo em fugir.

Aquela batalha mental entre o "Vou fugir" e o "Não posso" estava fritando os miolos dela e tudo o que queria era ficar em um canto solitário e chorar um tantinho. E já tinha feito isso. Agora, ela só quer treinar mais para tentar não se sentir pior no dia seguinte, visto que o mais povável é que o resto do time não virá no dia seguinte.

Foi até a habitação e pegou um agasalho. "Quer ver que eu vou pegar um resfriado?". Nao que Keiko tivesse uma saúde frágil, mas ela que não ia arriscar, ao que parecia ia esfriar em breve. Era um agasalho simples da cor preta, com um capuz que, se prendido bem deixaria só os olhos visíveis. E foi isso o que fez. Saiu do quarto em passos silenciosos.

Como já era um costume, ela foi andando em totl silêncio até o campo de futebol. Estava perdida demais em pensamentos para se dar conta que tinha outra pessoa no campo. Só se deu conta quando estava quase entrando no campo. Engoliu seco. Não tinha se dado conta que Tsurugi estava treinando no campo. Viu uma bola de futebol do outro lado do campo. Prendeu a respiração e foi em estili ninja até a bola mas assim que encostou nela começou a sentir o nariz coçar. "Nãoo! Por que eu quero espirrar justo agora?". Não conseguiu segurar e:

–ATCHIN!

Ela parou pra pensar se devia estar gripada e pensou sobre o que falavam sobre se cuidar para não pegar um resfriado. "Bem, eu me cuidei e estou com um resfriado!". Mas parou de pensar bruscamente quando percebeu que o "espirrinho" não passou despercebido. Sentiu um calafrio quando viu que Tsurugi e Ibuki ("Não sabia que já tinham inventado o teletransporte") olhavam para "o estranho elemento encapuzado" que era Keiko como se tentassem destinguir e reconhecer o elemento. Ela sentiu um medo meio e saiu correndo com a bola de futebol nas mão.

Sentiu uma estranha sensaçao de estar sendo persseguida. A adrenalina subiu e correu mais rápido. Sabia que não estava despistando a pessoa que a seguia. Mesmo que não se desse conta, estava correndo quase 2 vezes mais rápido que corre nos treinos.

Keiko Pov's

Começo a gritar por dentro. Senti um desespero letajar em todo o meu corpo. Mas por que isso está acontecendo? Espera ... Do que exatamente eu estou fugindo? Para bruscamente de correr para refletir sobre isso. SInto duas pessoas esbarrarem com tudo no meu ombro e eu quase caio mas me recomponho, virando com tanta força na direção em que as pessoas que esbarraram em mim qua quase que caio.

Arqueio a sobrancelha confusa. Tento pergunta o que Ibuki-san e Tsurugi-san fazia aqui. Até onde eu me lembro eles estavam no campo. Infelizmente o agasalho cobria a minha boca. Coloco a bola no chão e começo a ficar desesperada pois não conseguia abrir o laço qua fiz para amarrar o capuz ¬¬! FIco me contorcendo um pouco até conseguir arrancar minha cabeça daí. Mas finalmente eu consigo!

–Tsurugi-san? Ibuki-san? Pensei que estavam no campo - pergunto arqueando a sobrancelha.

–A. É você? Pensei que era uma ladrão - Ibuki falou com um tanto de irritação.

–Eu? Uma ladra? - eu falo confusa e com o meu jeitinho de ser.

Eu sei que tenho milhares de defeitos mas foi a primeira vez que me chamam de ladra. Nem no jogo de polícia e ladrão já que eu nunca joguei!

–Eu só queria pegar a bola de futebol - eu falo seriamente mostrando a bola de futebol - Eu não queria atrapalhar então fiquei em silencio. Depois fiquei com medo e saí correndo. Com licensa.

Faço uma breve reverencia e saio correndo com tudo. Depois de uns 15 minutos, arranjo um lugar vazio e silencioso e tento driblar e descubro que nem é tão difícil assim. Talvez (e só talvez ...), o nervosismo que eu sinto me deixe incapacitada ... ... Não ... É incompetencia mesmo.

No dia seguinte ...

E novamente eu estou aqui no treino. E dessa vez Tsurugi-san não veio ao treino. Imagino se aos pouquinhos todos não virão ao treino. Sei que eu nunca vou deixar de treinar. E como é costume eu estou do outro lado do campo onde estão todos. Eu sinto a dificuldade voltar. Se torna bem mais difícil eu dominar a bola.

Começo a sentir um receio e medo. Agora percebo o porque: O capitão não está no campo. Eu sentia que ele me trazia um tanto de esperança. Não sei se suporto o treino de hoje. Mesmo sabendo que é esperança falsa e (me perdoem pela falta de educação), por sua vez o capitão é uma pessoa falsa, ela me fazia bem. Sei que já disse isso antes, e desculpe por voltar a mencionar.

Uma coisa que vem me aborrecendo. É que eu não entendi bem o que Minaho-san falou sobre ser estranho eu o chama-lo de senhor. Eu mesma geralmente não uso essa palavra sempre, mas quando estou nervosa chamo as pessoas de senhor, senhora e senhorita. Claro, o fato de ele não ter dito se vai contar (se é que já não contou) o que sabe me perturba.

No campo estou eu, Sakura-san, Matatagi-san e Shindo-san. Aoi-san está no banco arrumando umas coisas que não consegui ver. Mesmo que Aoi-san me faça dar a impressão de segurança. Eu snto que estou prestes a ter um ataque de pânico.

Um tempo depois ...

Pois é ... EU não consegui aguentar ... Saí correndo e acho que ninguém se deu conta ... Então bate um arrependimento e volto na mesma velocidade que saí. Ao que parece eu sou covarde até para ser covarde

Ninguém notou a minha fuga, e agradeço aos céus por isso.

Depois ...

Já falta pouco para a o por do sol. Eu até que gosto do tom alaranjado do céu, mas nunca me chamou grande interesse.

Depois desse treinamento, eu juro que pensei em fugir pra bem longe. A pressão me sufocava. Agora que eu acalmei, e imagino que o campo esteja vazio, vou pegar a bola de futebol e treinar por aí. Infelizmente assim que chego ao campo vejo Ibuki-san e Tsurugi-san treinando.

Fico pensando se devo ou não pegar a bola. Mas uma ideia retardada veio em minha cabeça. Me aproximo um pouco dos dois e abro a boca para fala (até porque não se pode falar de boca fechada!)

–Com licensa. Sinto muito mesmo em aborrecer. Poderia treinar com vocês? - eu falo me amaldiçoando em seguida.

Parabéns! Se eu levasse uma surra cada vez que falasse asneiras tenho certeza que meu corpo já estaria deformado.

Vejo eles se entreolharem e concordando com a cabeça. Sinto uma vontade de sair correndo com tudo, mas penas me aproximo.

–Você vai tentar ir para o outro lado do campo sem que eu roube a bola - Tsurugi-san fala chutando a bola em minha direção.

Engulo seco. Missão impossível. Duvido que consiga fazer algo. Mesmo assim eu começo a chutar na bola e andando com ela. Sei que sou ridícula e que nunca vou conseguir fazer algo de muito útil, mas mesmo assim faço o meu melhor. Oviamente Tsurugi-san rouba a bola com facilidade e avança e direção ao gol, eu tento segui-lo e consigo ir um pouco mais rapido que ele e chuto a bola e por pouco que ele não cai.

–Cuidado. Isso é útil para emergencias mas isso poderia ser uma falta - ele me avisa.

–Desculpe! Não foi minha intenção tentar fazer uma falta! - eu falo confusa e me sentindo mal.

No dia seguinte ...

Até que foi bem instrutivo ter treinado com Ibuki-san e Tsurugi-san. Mesmo os meus erros terríveis, é bem melhor treinar com outras pessoas. Assim você já se acostuma para jogar em uma partida. Tsurugi-san faz uns comentários e me dá uma ou outra dica. Inclusive ele falou que seria mais conveniente eu prender o cabelo quando for jogar. O pior é que fez todo o sentido O.o. ENtão prendi o meu cabelo em maria chiquinha

Assim que chego no campo, fico surpresa ao ver todos do time reunidos. Enquanto imagino o que aconteceu, nem reparo que o treinador está no campo também. Então levo um pequeno susto quando ouço ele falar.

–Acho que estão todos. Então vamos começar o exame de retirada do Inazuma Japão. Os que passem poderão sair da equipe se quiserem, e me comprometo em cumprir as condições do contrato.

Eu me desligo do mundo tentando compreeender o que ele quis dizer. Um diminuto sorriso se forma em meus lábios.


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Notas finais do capítulo

*Desvia de OVPNI*
OVPNI: Objeto Voador Pontiagudo Não Identificado.
Eu sei que não saiu muito bem, mas foi o que tem pra hoje ^^"
Prometo tentar postar o mais rápido possível (vou tentar ..)



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