Flores pra você escrita por Matthews


Capítulo 9
9


Notas iniciais do capítulo

Oi, olha eu aqui, quase uma semana depois de postar o oitavo capítulo. Demorou um pouco mais do que eu imaginava, mas finalmente está saindo.

Minha intenção era lançar um combo com os dois capítulos de uma vez, já que o próximo está praticamente escrito, mas não deu tempo de passar ele pro computador ainda, o que atrasaria ainda mais a publicação desse, então resolvi que o combo talvez fique para os dois últimos capítulos.



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O semestre já estava acabando e com a ameaça de liberdade também vinha outra ameaça o medo das provas finais. Ninguém gostaria de ficar mais duas semanas no campus para ter que fazer as provas.

E foi esse medo em comum que fez com que o F.A.Q. se ajudasse, mesmo sendo de cursos diferentes. Estávamos no eu quarto durante uma tarde livre. Cada um perdido em seus estudos. Alana e eu costumávamos estudar juntos, mas não hoje. Hoje ela estava junto com Henrique. Eles estavam cada vez mais próximos, assim como Florença e eu. Criamos os nossos subgrupos do grupo.

Florença estava concentrada em alguma coisa em seu caderno, seus cabelos estavam lhe tampando o rosto e eu podia ver o sorriso lhe cobrindo a boca. Cutuquei-a com o pé e ela me olhou sorrindo de volta e perguntei:

— Cansada?

— Meu sobrenome deveria ser cansada, principalmente agora nessa semana.

— Vamos dar uma pausa então. Vamos pro salão.

Sem nem responder ela levantou e seguiu para a porta, fui atrás dela. Florença ia a minha frente sem vacilar. Já fizemos esse caminho milhares de vezes. Estamos chegando ao fim das escadas e já podia ver o salão.

O salão consistia em uma área aberta do dormitório onde os alunos podiam passar o tempo, possuía uns aparelhos televisores espalhados e uns sofás espalhados. Tinha também uma mesa de bilhar e uma de tênis. Tudo isso chamava a atenção dos outros alunos, a minha geralmente ia para as grandes janelas que subiam do chão e iam até o teto. Eu costumo me sentar em um sofá que dá para olhar lá pra fora.

Me sentei em um sofá em frente as muitas TV’s, Florença me seguiu e sentou ao meu lado, antes que eu pudesse ligar a televisão ela estava deitada em meu ombro, dormindo. Olhei incrédulo para ela e tentei entender como era possível dormir em menos de cinco segundo.

Enquanto assistia ao noticiário tentava deixar Florença o mais confortável possível. Ultimamente ela vem se cansando com muita facilidade dorme quase o tempo todo. Deve ser o efeito das provas, estamos todos exaustos, poderia sentir meus olhos fechando enquanto acompanhava uma noticia de enchente.

Meu celular está vibrando no meu bolso, me trazendo de volta do subconsciente. Olho para a tela e vejo que é minha mãe. Penso em não atender para não atrapalhar a Florença, mas sabia que minha mãe poderia ficar preocupada.

— Oi mãe, - atendo o celular o mais baixo possível para não atrapalhar Florença.

— Olá Gabriel, - ela parecia alegre – como vai você?

— Um pouco cansado de tanto estudar, as provas finais estão acabando comigo.

— Pense positivo, daqui alguns dias você estará em casa, descansando. — Minha mão, sempre tentando me alegrar.

— Possa, não vejo a hora de ir para casa. Nunca pensei que iria sentir tanto a falta de casa, mas estava enganado.

— É bom saber que você sentiu falta de casa.

— É bom sentir falta de casa.

— Ela está lá do jeito que você deixou, inclusive seu quarto.

Uma coisa me chamou atenção naquela frase, “lá”.

— Como assim lá?

— Bem, seu pai e eu estamos aqui em frente a faculdade.

Não acreditei no que estava ouvindo.

— Vocês estão aonde? – Não consegui me controlar mais, Florença se mexeu em meu ombro acordando.

— Estamos do lado de fora da faculdade.

— Meu Deus, isso é demais. Vocês vão entrar aqui?

— Não. Não vamos, mas vamos ficar aqui fora te esperando.

— Okay, não saiam daí. Já estou indo.

Enquanto levantava Florença me encarou com aqueles grandes olhos sonolentos. Encarei ela por um segundo, me permitindo ficar feliz só por estar aqui. Nesse momento estava feliz.

— O que está acontecendo? – Ela me perguntou.

— Meus pais estão do lado de fora da faculdade e eu vou ir vê-los. Vem comigo. – Já estava segurando sua mão e a puxando atrás de mim.

Faz apenas três semanas que vi meus pais, porém a saudade é muito grande. Durante esse semestre eu vi eles pelo menos uma vez por mês. Eu sei que tenho muita sorte por poder fazer isso, alguns alunos simplesmente não voltam para casa até o final do semestre.

Minha relação com meus pais é um pouco estranha, como se precisássemos tomar cuidado com todas as palavras, mas isso não me incomodava, me mostra o quanto eles se importam comigo.

Meu terapeuta sempre fala para eu não me preocupar que em dia nossa relação vai voltar ao normal. Eu não sei se quero que ela volte ao normal, eu até gosto dela assim, com eles mostrando mais preocupação comigo.

Assim que eu passo pelo portão da faculdade e vejo o carro dos meus pais apresso ainda mais meus passos. Florença faz o possível para me acompanhar.

O carro esta cada vez mais perto, já consigo ver maus pais sentados. Enquanto os observo ele me veem aproximando e saem do carro, minha mãe está tão alegre que não consegue esconder, meu pai também está feliz, posso ver pelo modo como seus olhos se enrugam.

Minha mãe corre em minha direção. Solto a mão de Florença para abraça-la. Nosso abraço dura uns longos segundos. Enquanto nos afastávamos vejo Florença nos olhando com orgulho. É uma reação estranha da parte dela. Depois que salto minha mãe, abraço meu pai, dura menos que o primeiro, mas tem tanto sentimento quanto.

— A que devo a honra de suas visitas? — Essa é a primeira vez que meus me visitam desde que me deixaram aqui no inicio do semestre. Geralmente sou eu que visito eles.

— Estávamos de passagem e resolvemos ver nosso filho favorito, — respondeu meu pai em tom de brincadeira.

— Ei, eu sou o único filho de vocês, então tenho que ser o favorito.

— Você talvez só não conheça os outros filhos ainda, — responde minha mãe com seu tom de voz alegre. — E quem é essa garota com você?

Por um momento me esqueci de que Florença estava ali também.

— Mãe, Pai essa é minha amiga Florença. Florença esses são meus pais, — falei apresentando-os.

— Prazer em conhecê-los senhor e senhora.

— Sem essa de senhores, não vamos nos ater a essas formalidades, — disse meu pai dando um de seus raros sorrisos.

— E o prazer é todo nosso, — minha mãe completou a frase que meu pai deixou no ar.

— Ah, — falei me lembrando de algo. — Você falou que estavam de passagem pela cidade, para onde estão indo?

— Estamos indo em uma viagem, — falou meu pai.

— Viagem? — Perguntei surpreso.

— Sim, resolvemos seguir seu conselho e vamos viajar. — Por isso minha mãe está tão feliz. — Porém não vamos voltar a tempo de receber você em casa, por isso resolvemos parar aqui. Para dar um oi e um até logo. — Minha mãe era doida com saudações.

— Então vou ficar em casa sozinho? — Isso era um grande passo, nos últimos anos não ficava sozinho em casa por mais de meia hora.

— Sim, mas se você quiser pode chamar seus amigos para ficarem lá. — Essa não á a primeira vez que minha mãe tentava me convencer a levar meus amigos em casa, porém nunca gostei, então eles nunca foram.

— Talvez eu chame. O que você acha da ideia Florença? — Perguntei para ela que se afastou um pouco para nos dar um pouco privacidade, mas ainda escutando tudo.

— Acho uma ótima ideia, — falou se aproximando, — talvez devêssemos dar uma festa. — Ela olhou para meus pais com uma cara que denunciava que ter falado aquilo na frente deles era uma má ideia. — Não que iremos fazer uma festa na sua casa.

— Por mim tudo bem, e por você querida?

— Desde que a policia não esteja envolvida no final da festa vocês podem fazer. — Outra coisa que minha mão sempre tentou me convencer: uma festa.

— Antes de pensarmos em festas acho melhor pensarmos nas provas que temos amanhã. — Falei.

— Nossa Gabriel deixa de ser sem graça, um pouco de festa nunca fez mal a ninguém, — retrucou Florença.

— Nunca fez, mas Gabriel também tem razão. Vocês precisam se concentrar nas provas. Nada de festas por enquanto, — falou meu pai.

— Por isso já vamos, assim vocês podem voltar aos estudos.

— Tem certeza que não quer entrar mãe? Fica mais um pouco.

— Tenho meu filho, essa visita foi só para avisar sobre a viagem e que não estaremos em casa quando você chegar.

— Além do mais não podemos nos atrasar, senão perdemos o voo.

— Tudo bem pai. Façam boa viagem, divirtam-se, me tragam presentes.

— Traremos, — falou meu pai me dando um abraço de despedida.

— Até daqui a duas semanas, — falou minha mãe na sua vez.

— E mais uma vez foi um prazer conhece-los.

— O prazer foi todo nosso. E agora tratem de tirar as melhores notas dessa universidade, — falou meu pai.

Enquanto me afastava com Florença pude ouvir minha mãe comentando:

— Você viu como ele está feliz? Aposto que é aquela garota.

Florença corou um pouco com o comentário, enquanto eu pensava que minha mãe não poderia estar mais certa.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, é isso. O próximo capítulo deve sair o mais breve possível, não vou colocar uma data especifica pois minha vida está sendo uma caixinha de surpresas. Então quando der (o mais rápido possível) vocês estarão lendo o decimo capitulo.



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