Para sempre Levi escrita por Pégasus
Enquanto andava rápido, Eren seguia Erwin esforçadamente. Erwin caminhava dizendo:
– Esses três garotos estão no segundo ano da minha escola. Depois do dia que Levi esfaqueou um dos deles acabei descobrindo os seus nomes. O que foi machucado se chama José, não mora muito longe daqui – Disse tirando uma foto do bolso e entregando a Eren. Eren observou o garoto ruivo sardento. - ele tem dois amigos “fieis”, um se chama Dorian e o outro Abraão. Vamos fazer uma visitinha para cada um deles, e destruir essa amizade de uma vez por todas.
Eren acompanhava o que Erwin dizia perplexo.
– Como você descobriu isso tudo?
– Isso não importa. Agora vou dizer o que nós vamos fazer.
Eren ouviu boquiaberto, surpreso com a inteligência de Erwin que havia planejado um plano perfeito.
Chegaram à frente da casa de José, as janelas estavam fechadas e parecia estar vazia. Erwin comentou.
– Por incrível que pareça a família desse garoto é muito religiosa. Essa é a hora em que eles vão para igreja, toda semana. – Erwin pulou a cerca da casa, logo sendo imitado por Eren.
Ambos seguiram para o fundo da casa aonde não seriam notados e Erwin quebrou o vidro da porta dos fundos e abriu a porta por dentro. Subiram as escadas e procuraram pelo quarto de José. Ao encontrar, Eren sentiu o estomago revirar. Em cima da mesa havia varias fotos de Levi, Erwin pegou uma delas.
– Meu Deus. Ele deve ser obcecado com Levi.
– Isso não faz sentido, por que então machuca-lo? – Questionou Eren.
–Acho que nem todas as pessoas que veem a pessoa amada com outro lidam com essa situação da mesma forma, ainda mais se você for gay. Acho que esse garoto estava confuso e magoado e fez todas as escolhas erradas pra se vingar.
Eren entendeu o loiro, mesmo assim não aceitava de jeito nenhum aquela desculpa.
– Seja o que for, é imperdoavel. – Disse Eren mais para si mesmo.
– Sim – Erwin concordou.
Erwin pôs a foto de volta no lugar. Tirou uma chave do bolso e a jogou no chão da sala. Aquela era a chave do armário escolar de Abraão que ele havia tirado uma copia e colado um adesivo com o numero do armário igual a de abraão. Essa seria a pista do suspeito de ter invadido a casa de José.
– Pegue tudo de valor. Eletrônicos, dinheiro, joias ... Temos que fazer parecer um assalto. Temos 30 minutos.
Os dois garotos vasculharam a casa recolhendo tudo que se encaixava no conceito de “valioso” enfiaram na mochila e deixaram a casa pelos fundos.
– Próxima parada, escola. – Falou Erwin.
Na antiga escola de Levi, os dois garotos pularam o muro e entraram com a desculpa de que fariam um trabalho, a moça da portaria estranhou, mas deixou que os garotos entrassem. Erwin foi até o armário de Abraão e o abriu um clip, enfiou tudo o que tinha na mochila dentro daquele armário, o trancando em seguida. Eren fez o mesmo no armário de Dorian.
– Precisamos esperar aqui um pouco, senão a mulher da portaria vai acabar desconfiando de nós.
Os dois esperaram no banheiro. Eren finalmente tomou coragem para questionar o plano.
– E se não der certo?
– Claro que vai dar.
– Admiro sua confiança, mas e se eles não brigarem?
– A ideia do plano é causar desconfiança entre eles. Abraão será o primeiro a ser descoberto. Dorian Provavelmente acreditará em José inicialmente, então abrirá seu próprio armário e verá que armaram para ele, mas não contará nada a ninguém pois saberá que José não ira acreditar nele. Além do mais, ainda acredito que ele irá adorar ficar com as coisas de José, afinal ele é esse tipo de pessoa. Ele irá se afastar de José com medo de ser descoberto, e também de Abraão, achando que ele é o culpado. Eu venho estudado eles há um tempo. Sei o que estou fazendo Eren.
Enquanto o tempo passava os dois conversavam baixo, ate que se passaram 40 minutos e os dois saíram da escola. Na saída Erwin disse a Eren:
– Amanhã na escola eu te conto o que aconteceu.
Eren sorriu.
– Obrigado.
Erwin voltou ao hospital e se sentou novamente a frete de Levi segurando sua mão. Surpreendeu-se ao ver Levi abrindo os olhos devagar.
– Levi! – Disse mais alto do que queria.
– Oi – Disse com a voz baixa.
Uma lagrima caiu do rosto de Erwin. Ele se levantou e beijou a cabeça de Levi.
– Você foi vingado. Ninguém mais te fará mal.
– Obrigado.
Erwin continuou ali abraçando Levi que respirava com dificuldade. O rosto machucado do garoto era posto contra o peito de Erwin, e permaneceram assim por um bom tempo.
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