Undisclosed Desires escrita por Larissa Redfield


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou de volta bem rápido né . Tô super animada escrevendo então o capítulo ficou meio longo rs O de ontem foi pela perspectiva da Felicity e o de hoje é só do Oliver.
Eu sei que essas preliminares são bem chatinhas, masss são necessárias! O próximo capítulo já traz ação mesmo, pq a Felicity já vai se encontrar com o Oliver. E aqui já deu pra perceber que a Felicity passa bem longe da Felicity da série né, ela é durona e o Oliver aqui mais ainda. Por mais que ele esteja de Boa nesse capítulo nos próximos ele já vai se mostrar de verdade.
E queria principalmente ao comentário da Langdon! Obrigado de coração, você me inspirou muito a continuar!
E a todos que estão acompanhando. Obrigado de coração



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Open Your Eyes

Ouvi algumas vozes no fundo, mas não consegui abrir meus olhos por conta de um imensa claridade que insistia em borrar minha visão.

— Os batimentos estão se estabilizando, doutor. - ouvi uma voz feminina no fundo.

— Ele está acordando! - ouvi alguém gritar quando fiz menção de abrir meus olhos.

— A cirurgia ainda não terminou. Apliquem o sedativo.

E fui levado pela escuridão novamente.

...

Ouvia os bips no fundo, mas não tive coragem de abrir os olhos. Me sentia exausto e com uma tremenda dor na perna. Foi quando ouvi vozes.

— Estou tão cansada. Se não bastasse ter que lidar com a morte do meu marido. Ainda tem o Oliver. Eu sabia que essa ideia ridícula de ir para o exército arruinaria tudo. - ouvi uma voz chorosa. Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar ... Moira.

— Não fale assim, mamãe. Papai morreu como um herói. E Oliver não tem culpa de nada! Ele mudou. - Era Thea. Minha irmã mais nova.

Ouvi a risada sarcástica da minha mãe, quando resolvi me pronunciar.

— Speed ... - murmurou com a voz fraca. Mas foi o suficiente para Thea soltar um gritinho de felicidade.

— Oh meu Deus! Ele acordou. - Abri os olhos lentamente o observei olhos curiosos me observando. Como eu senti falta disso nesses cinco anos.

— Senti saudades. - murmurei num sorriso fraco. O que fez os olhos dela se encherem de lágrimas.

— Ah Ollie ...

Thea era minha irmã mais nova, ela tinha apenas dezessete anos. Eu, ela e o Tommy sempre fomos muito grudados, crescemos juntos praticamente. Ela até tentou algo com Tommy, e ele a rejeitou por só vê-la como "Speed, a irmãzinha do Oliver". Isso acabou nos afastando antes de eu tomar a decisão de ir para o exército com ele.

— O que aconteceu? - Disse ainda com dificuldade, já que cada palavra que saia da minha boca, parecia ser um lâmina rasgando minha garganta.

Thea engoliu em seco e olhou para o outro extremo da sala. Acompanhei o seu olhar e pude ver minha mãe se mexer na cadeira e desviar o olhar.

— Ollie ... Vocês estavam numa missão no Yemen. Vocês invadiram um navio de carga, e conseguiram resgatar os reféns. Mas vocês foram bom bombardeados. - A voz dela começou a ficar embargada. — Papai foi atingido por um tiro na cabeça, e Tommy ... Não havia nada que você pudesse fazer.

Senti todo o peso das palavras de Thea caírem sob mim. E com isso veio uma maldita dor aguda na minha perna, praguejei baixinho fazendo uma careta.

— Que merda aconteceu com a minha perna? - Soltei um grito sentindo a dor aumentar.

— Eu vou chamar um médico. - Thea disse saindo do quarto em passos apressados.

Moira se levantou assim que Thea saiu e olhou para mim com cara de desprezo.

— Você perdeu a perna, querido. - Ela sussurrou no meu ouvido dando ênfase na palavra "querido". — Boa sorte para achar alguém que te queira, agora que não é mais um homem inteiro.

Senti um ódio se formar e cerrei meus punhos.

Moira era a pior mãe que eu poderia ter. Desde que meu pai fora para o exército, ela se afundou no álcool e em qualquer homem que ela encontrava na rua. Thea era criança, por isso ainda aguenta conviver com o sarcasmo exagerado, o humor ácido e a pessoa deplorável que ela se tornou. Eram raros os momentos que eu a via sóbria, e isso só influenciou em minha decisão para largar tudo e seguir meu pai no exército. Mesmo isso exigindo largar Thea.

— Saia daqui! - Gritei com toda a força que meus pulmões permitiam. A maquina começou a fazer bips exagerados e eu vi enfermeiras enxerem o quarto.

— Você precisa se retirar, senhora. - Uma enfermeira disse a Moira que me lançou um olhar maldoso antes de se retirar.

E depois tudo ficou preto.

...

3 meses depois

Hoje era meu dia de alta. Já faziam três meses que eu estava no hospital. Eu melhorei bastante desde que cheguei aqui, já tinha aceitado minha situação de um homem sem perna.

Recebia visitas diárias de Thea, Sara, de alguns amigos do exército do meu pai e até do Malcom Merlyn. Que dizia que sabia que eu não tinha culpa alguma do que aconteceu com o Tommy.

Nesse momento eu estava esperando Helena voltar. Ela era minha fisioterapeuta e hoje era o dia que eu tentaria colocar a prótese.

Helena Bertinelli era alta, e tinha longos cabelos pretos e olhos azuis. Era uma boa fisioterapeuta, uma excelente psicologa e uma ótima ouvinte. Ela era a mulher dos sonhos de todos. E quem sabe não seria a minha agora que eu também teria que passar mais tempo ao seu lado.

— Hey. - Vi uma figura loira entrar pela porta. — Por que não me avisou que hoje era sua alta? Tive que ligar para sua fisioterapeuta para descobrir!

Sara Lance era minha ex-namorada e atual melhor amiga. Namoramos no colegial e eu a trai com metade de Starling City. Mesmo assim ela me perdoou, já que agora vive trocando de namoradas. Pois é ... Ela só ficou comigo para poder estar mais perto das modelos que eu saia.

— Não queria te incomodar. Sei que está ocupada terminando a faculdade de medicina. - Ela revirou os olhos e eu sorri. Dando espaço para ela sentar na beirada da cama.

— E aí como anda sua recuperação? - Sara perguntou animada.

— Bem animadora. Helena é uma excelente profissional.

Sara me lançou um olhar malicioso.

— Imagino que seja. Você fica sozinho com aquelas pernas todo dia?

Eu ri.

— Pode ficar, Helena. Ela não iria querer nada comigo.

Sara me olhou com uma cara de indignação.

— Como assim, Ollie? Sempre dividimos as mulheres. - Disse bravo e eu gargalhei alto. Isso era verdade.

Eu as levava para cama num dia e quebrava seu coração no outro. E claro, Sara ia ajuda-las a se reconstruir.

— Eu não tenho uma perna, Sara. Eu não sou mais um homem inteiro.

— Pare de fazer da sua vida um drama, Oliver Queen! Não ter uma perna não te faz menos homem, se você ainda tem o ... - Disse dando uma piscada e olhando sugestivamente fazendo Oliver rir alto e nesse momento Helena chegou.

— Ollie, eu ... - Helena disse mas parou a ver Sara. — Desculpe, não queria interromper. Não sabia que sua namorada estava aqui.

Eu e Sara nos entreolhamos quando ela disse "namorada".

— Não somos namorados. Somos iguais demais para namorar. - Eu disse entrelaçando as mãos com as de Sara e sorrindo.

— Gostamos demais das mesmas coisas, Doutora. - Sara disse sorrindo para Helena que sorria confusa. — Te espero lá fora, Ollie. - disse me dando um beijo na bochecha.

Helena e alguns médicos começaram a colocar a prótese. De inicio foi bem incomodo, mas depois eu comecei a me acostumar. Mesmo que seja estranho ainda para andar.

Depois de arrumar minhas coisas, me dirigi para fora do hospital murmurando um "tchau" de longe para Helena. Sara me esperava lá fora encostada no capô do carro e abriu um sorriso quando me viu.

Passamos metade do caminho em silêncio até que ela resolveu se pronunciar quando estávamos parados no trânsito.

— O Comandante quer falar com você. - Ela murmurou e observou minha feição se fechar. — Sei que ainda é cedo, mas parece ser importante Oliver.

Sara também trabalhava para o exército como enfermeira. Ela ia para locais com veteranos de guerra, para trabalhar durante anos.

— Não vejo nada que ele possa me dizer que me convença a ficar no Exército, que é o que provavelmente ele quer fazer.

— Oliver, você pode voltar. Não pode se sentir culpado pelo resto da vida. Os soldados estão com saudades. Vai ter uma missão na Somália, mês que vem. E se tiver apto pode voltar. - Exclamou feliz, mas sua felicidade murchou ao ver minha cara. — Eu vou junto, OK?

Apenas assenti e permanecemos num silêncio desconfortável até chegar a sede do Exército.

Ao chegar na sede da Exército, Sara resolveu me dar espaço e permanecer no carro. Eu subi as escadas, sendo recebido por todos com um sorriso de pena e um abraço. Até de gente que nunca falou comigo.

Cheguei a sala da presidência e fui recebido por um abraço inesperado da secretária do Comandante.

— Oliver Queen! - Ela gritou me abraçando. Por que diabos todos me amavam agora?

Pigarrei sem graça.

— Nos conhecemos? - O sorriso da ruiva murchou.

— Carrie Cutter. - Ainda a olhei sem entender. — Você me namorou no ensino médio.

Ah claro. A Maldita Carrie Cupido. Ela ficou sendo chamada de Cupido pelos três anos do Colegial. Por conseguir vencer até a Laurel Lance, em levar todos os caras da escola para cama. Saímos uma vez, eu a levei para cama e no dia seguinte ela dizia a todos que namorávamos.

— Ah ... Oiiiii Carrie. - Disse com uma falsa animação.

Ela ia dizer algo quando foi interrompida pelo Comandante.

— Oliver Queen. Que prazer revê-lo. - Ele exibiu um sorriso sincero e apertou minha mão. Gesticulando para que fôssemos para sua sala.

O Comandante apontou para a cadeira enquanto fechava as portas atrás de nós se sentando na minha frente.

— Fico feliz que esteja vivo, Oliver.

Dei um riso fraco.

— Com todo respeito, Comandante. Não acho que tenha me chamado aqui para dizer isso.

Ele riu.

— Sempre direto, Oliver. Eu gosto disso. - Ele se levantou e começou a andar com as mãos nas costas. — Agora com a morte de seu pai, o nosso exército ficou sem nenhum General. E a Somália está precisando de ajuda urgente. Já enviei meus melhores homens para conter Imran Zakhaev, mas nada está se resolvendo como eu quero.

— Imran? O mercenário? Ele está vivo? Explodimos o trem de carga com ele dentro! Como é possível?

— Ele é um mal que insiste em nos perseguir. — Ele parou me olhando com um olhar crítico. — Por isso o chamei.

— Quer que eu lute com seus homens na Somália?

— Não. Quero que se torne o novo General Queen.

O olhei abismado. Meu pai nunca tinha comentado nada a respeito disso.

— Mas e o Eddie Tawne? Ele era o provável substituto do meu pai.

Eddie era o braço direito do meu pai. Ele o tinha como exemplo. Sempre me odiou e o sentimento era recíproco. Pois sempre o odiei por ser mais próximo do meu próprio pai do que eu.

— A decisão veio mais de cima.

— Amanda Waller? - ele apenas assentiu. — Por que ela iria querer a mim no comando?

— Você é competente Oliver, assim como seu pai. Temos grandes planos para você.

— Mas e a minha irmã, ela já passou cinco anos sozinha, Comandante. Não posso larga-la de novo.

— Sua irmã completa dezoito anos em um ano. Ela poderá trabalhar com enfermeira junto com você se assim desejar.

Ponderei um pouco. Eu realmente precisava fugir de tudo isso. Os repórteres, os inimigos, e toda essa loucura de Starling. E ser general era um posição de renome, eu finalmente seria reconhecido.

— Eu aceito.

O Comandante sorriu vitorioso.

— Você parte em três semanas.

...

— Não acredito que vai me abandonar de novo, Ollie! - Thea disse fazendo biquinho no aeroporto. Tinha que admitir isso estava doendo mais em mim, do que nela.

— Sabe que eu preciso, Speed. Em um ano, você poderá me ver. - disse a abraçando. — E além do mais, você pode me escrever cartas.

Ela revirou os olhos.

— Ninguém manda mais cartas, Oliver. Em que mundo você vive?

Eu ri e dei um beijo em sua testa.

— No exército.

Eu já estava quase embarcando quando ouvi uma voz conhecida gritando pelo saguão do aeroporto.

— Já vai fugir de novo, Queen? Por que é isso que você sabe fazer quando as coisas começam a ficar ruins! - Reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

Laurel Lance foi minha última namorada, a qual eu nunca amei de verdade. Vivíamos entre tapas e beijos, e quando estávamos brigados ela procurava consolo nos braços do meu amigo Tommy, qual sempre foi apaixonado por ela. Então ela me largou para ficar com ele, coisa que eu aceitei porque eu só queria a felicidade de Tommy. Mas Laurel sempre teve ódio de mim, por trai-la com metade de Starling City e estar sempre tendo que me tirar da cadeia.

— Essa não ... - Sara murmurou já descendo do jatinho que o Comandante havia alugado para nós.

— Você! Seu idiota. É tudo culpa sua. Como pôde deixar o Tommy morrer?

A essa altura várias pessoas já estavam parando para ver a briga.

— Laurel, se acalme. Oliver não tem culpa. - Sara disse tentando acalmar os ânimos, mas só piorou. Já que Laurel tinha inveja da Sara.

— Cale a boca, Sara. Você vive de casinhos por aí. Não entende o que é amor verdadeiro. - Cuspiu as palavras em Sara que ficou quieta sem ter ao menos o que dizer.

— Você nunca aceitou nossa relação, não é? Seu desgraçado. Você é um ser humano terrível Oliver! Essa foi sua vingança, a troco de quê?

Nesse momento os seguranças chegarem e a puxaram a força do local.

— Me soltem! Prendam ele! Ele matou meu noivo. - Nesse momento a atenção de todos já estava em mim. — Ainda bem que você não morreu, Ollie. Porque a morte seria a fuga de ter uma vida miserável levando essa culpa de matar o melhor amigo e o pai no mesmo dia. E isso eu não desejo a ninguém.

Ela saiu rindo loucamente enquanto eu ficava lá, parado e sem reação.

— Vamos Ollie. Você não precisa disso. - Sara disse me puxando para dentro do jatinho e para longe de toda aquela confusão.

Horas depois Sara apareceu com um champanhe e duas taças sorridente. Eu sorri de volta e ela me estendeu a taça, enchendo-a.

— A uma nova vida.

— A uma nova vida.


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Notas finais do capítulo

E é isso por hoje pessoal. Então comentem pq eu quero saber o que vocês estão achando! E se tiver comentários o capítulo 3 vem amanhã



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