Undisclosed Desires escrita por Larissa Redfield


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

I'm back babiesssss! Nem demorou tanto né? Enfim, obrigado pelos comentários e todo o apoio que eu venho recebendo, de vdd , muito obrigado. Espero que gostem do capítulo e NÃO ME MATEM dps de ler ok? Porque prometo que eu vou recompensar vocês bastante nos próximos cap!
Música do capítulo - Don't Let Me Go da Rachel Rabin, não tem no Youtube, mas se vocês acharem ouçam porque ela é incrivel!



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 Don't Let Me Go

Oliver

― Não deveria estar repousando? – Ouvi sua voz e apenas me permiti revirar os olhos.

― Não temos tempo para isso, Soldado. Além do mais eu estou ótimo! – Gesticulei enquanto andava em passos rápidos pela base com ela em meu encalço.

― Mesmo? Você levou uma flechada, estava no chão convulsionando a algumas horas atrás. – Disse enquanto cruzava os braços e pude ver uma ruga se formar em sua testa.

 Respirei fundo diversas vezes enquanto parava e a encarava.

― Acho que sei cuidar de mim mesmo, Soldado. – Disse irônico.

 Felicity me encarava confusa e pude ver uma faísca se acender no fundo de seus olhos azuis.

― O que há de errado?! – Exasperou enquanto me encarava com fúria.

― O que há de errado, Smoak? – Ri em escárnio. ― Estamos numa guerra, se seu pequeno cérebro de mulher não nota isso. Eles vão nos retaliar, e se nós não estivermos prontos, uma carnificina vai acontecer aqui! - Percebi que minha voz estava alterada quando alguns soldados estavam  nos encarando.

 Voltei meu olhar para Felicity e ela e parecia estar pegando fogo, seu punho estava cerrado, e sua sobrancelha estava franzida. E ela parecia estar pronta para arrancar meus olhos no próximo instante.

― Você ao menos se lembra de ontem? – Perguntou e eu engoli em seco, sabia exatamente do que ela estava falando.

 Mas manti meu rosto firme e o sorriso presunçoso de sempre no rosto.

― Me lembro do quê, Felicity? 

 “― Papai! – Murmurei entrando no escritório do meu pai, estava radiante, havia acabado de voltar da escola e havia feito um desenho para o meu pai, como a professora havia mandado.

 Minha mãe havia ignorado a minha presença como sempre, então resolvi ir direto para ele.

― Já disse que não quero ser interrompido! – Gritou e eu estremeci por dentro. ―  Não deveria estar com Abigail?! Para que eu a pago?

 Abigail era minha babá, mas eu havia pedido que ela fizesse um lanche para mim na cozinha, no modo de eu conseguir chegar até meu pai, coisa que eu ela não deixava nunca.

― Abigail é uma chata, papai! – Murmurei cruzando os braços.

 Ele me encarou sério.

― Já disse para não me chamar assim, Oliver! Está parecendo uma garotinha. É pai, Oliver. Assim que deve me chamar.

 Assenti em silêncio e então ia me dirigindo para fora da sala quando ouvi sua voz me chamar.

― Oliver. Sente aí. – Meu pai apontou a cadeira em sua frente e eu me sentei segurando ansioso a folha entre meus dedos. ― O que tem para mim, filho? 

 Entreguei a folha a ele e percebi seu rosto ir de um sorriso a uma carranca séria.

― O que é isso, Oliver?

― Um desenho papai.

― Isso eu percebi. Queria saber o que é isso. – Ele apontou para um coração no meio do desenho onde eu havia escrito “Eu te amo pai”.

Dei de ombros.

― É como eu me sinto.

― Sentimentos são para garotas, Oliver!

― Mas a Srta. Diaz disse que...

― A Srta. Diaz é o que mesmo?

― Uma garota. – Abaixei o olhar. ― Sinto muito.

 Papai pegou um charuto da gaveta do escritório e acendeu.

― Nunca mais diga essas três palavras, Oliver. Nem ao menos se alguém te disser. Entendeu?

― Entendi.

― Muito menos para essas vadias que se denominam mulheres. – Sorriu maldoso. ― Nenhuma vale a pena.

Assenti em silêncio mais uma vez e ele me segurou pelos ombros.

― Repita comigo, Oliver. Amor é uma fraqueza e ele somente é forte porque nós somos fracos.

― Amor é uma fraqueza.

E naquela noite eu me tonei outra pessoa, outra... Coisa.“

 

  Pude ver um misto de ódio e rancor nos olhos dela, mas daria para trás.  “Amor é uma fraqueza”, ouvi isso do meu pai desde que entrei no exército e neste momento ele não poderia estar mais certo. Por mais que eu sentisse algo, não acreditava que deveria ser amor. Pensei até em leva-la para cama para saciar de vez meus desejos, mas decidi que seria baixo demais. Até para mim.

― Vai pro inferno, General. – Cuspiu as palavras em mim, e pude até acreditar ter visto lágrimas em seus olhos, mas foi rápido demais.

― General, precisamos de alguém para fazer a retaguarda de lá da torre e... – Ouvi um soldado se dirigindo a mim, mas mal ele pode falar algo, quando Felicity puxou o rifle bruscamente da sua mão.

― Deixa que eu faço, Antony. – Murmurou se dirigindo a torre sem ao menos olhar para mim.

 Respirei fundo diversas vezes e percebi Sara se aproximando, revirei os olhos já sabendo o que viria agora.

― Agora não, Sara. – Murmurei visivelmente irritado e ela estendeu as mãos para o alto.

― Wow, pega leve General. – Disse sorrindo. ― Só vim ver como você estava e me deparei com essa cena.

 A encarei com os braços cruzados.

― Não tem cena nenhuma, Sara. O soldado Smoak apenas não aceita ordens. – Ironizei.

― Imagino que não. – Sara disse normalmente e eu a encarei com pesar.

― Como vai Barry? – Questionei-a e pude ver seu sorriso diminuir.

― Estou fazendo o melhor que eu posso, Oliver. Talvez não seja o bastante.  Ele precisa de um hospital. – Disse encarando o nada e foi minha vez de suspirar pesadamente.

― Não podemos tira-lo daqui agora, Sara. Eles estam esperando uma brecha para invadir a base.

― Está parecendo um neurótico de guerra, Oliver. Peça um helicóptero, não podemos arriscar a vida dele tanto assim. – Sara estava com a sobrancelha arqueada e parecia visivelmente irritada.

― Nenhum piloto em sã consciência voaria sobre essa área, ele seria bombardeado.

― Precisa fazer algo! – Gritou enquanto me encarava. ― Ele é seu soldado, sua responsabilidade!

― Acha que eu não sei, Sara? – Gritei de volta. ― Apenas não posso ariscar vida de todos pela vida de um!

― Isso é ridículo! O sangue dele estará em suas mãos, Oliver. E desta vez eu não vou limpa-las. – Murmurou então se afastando e eu cerrei os punhos. Sabia exatamente do que ela estava falando.

  ― Eu não posso salvar a todos, Sara. - Suspirei. ― Eu não posso.

...

 Felicity

  Eu mal enxergava algo, e isso era péssimo.  Eu encarava o nada com o rifle de assalto, estava completamente desconcentrada. E isso era péssimo, pois um deslize meu e estaríamos todos mortos.

 Desde ontem eu me sentia assim, eu havia passado boa parte da minha noite em claro. Desde que Oliver havia dito aquelas palavras... ”Eu te amo”.   Ele havia caído na inconsciência no mesmo instante, e eu fiquei estancada no mesmo lugar por horas, até John me puxar e me mandar ir dirigindo o jeep. Desconfiava que ele houvesse ouvido, pois ele me encarava o caminho inteiro e eu ficava quieta o caminho inteiro.

 Eu não sei descrever como havia sido ouvir aquelas palavras, já que eu nunca havia as ouvido.  Meu pai vivia dizendo que “amor era fraqueza e fraqueza era a morte”, então eu jamais dizia isso a ele, e aprendi a jamais dizer a ninguém. Ray me dizia ás vezes, mas eu simplesmente dava de ombros, não era algo tão relevante.

 Cooper e eu tínhamos outro tipo de relacionamento, ele deixava bem claro o quanto detestava as trivialidades de uma relação incluindo romantismo, então o máximo que eu ouvia era “Ual, você foi ótima hoje.” e isso nunca me incomodou.

“― Mais rápido, Felicity! – Ouvi a voz do meu pai enquanto tentava acertar socos em um garoto da minha turma. Mas eu não conseguia e nem queria, já que ele era Kyle Morgan, nós fazíamos jiu jitsu juntos e ele era o garoto que eu era apaixonada.  Ele estava acabando comigo, mas eu não tinha coragem de fazer o mesmo.

 Uma pequena distração e seu punho acertou com força meu rosto e eu caí coma cara na lona. Pude ouvir sua comemoração enquanto me levantava com os olhos marejados e me dirigia até o vestiário, mas uma mão me interceptou e eu parei bruscamente ao ver meu pai.

― Pai... – Disse tentando me explicar, mas ele me cortou.

― Nem tente se explicar, Felicity! – Rugiu. ― Eu não pago 300 dólares por mês para você perder.

― Eu acho que não estava pronta.

― Acha? – riu em escárnio. ― Eu te vi treinando outro dia com outro garoto, e você acabou com ele! E agora esse garotinho Ky...

― Kyle. – Completei.

― Kyle. Vem e te derruba? Você nem tentou bater nele Felicity!

― Eu, eu... – Disse soluçando.

― O quê? Gosta dele? Acha que não notei seus olhares para ele? Eu não nasci ontem!

― Eu o amo, papai. Tente entender.

― Ama? – Riu alto. ― Amor é fraqueza, Felicity! Olhe para o seu rosto! – Gritou e eu chorei mais.

 Meu pai suspirou pesadamente então segurou meu queixo me fazendo olhar para ele.

― Eu só quero o seu bem, Felicity. Mas para isso você tem que compreender uma coisa. Amor é fraqueza e fraqueza nesse mundo é a morte. Repita comigo, querida.

― Amor é fraqueza e fraqueza é a morte.

 Naquela noite eu bati em Kyle Morgan, bati até meu pai me avisar que a polícia estava vindo, e naquela noite... Eu me tornei outra pessoa, me tornei outra... coisa.”

 Mas agora... Pela primeira vez eu não sabia o que responder. Poderia ter dito “Eu também te amo”, ou poderia ter feito o que eu tenho vontade de fazer há tempos, transar com ele. Mas isso jamais sairia da minha boca, ainda mais para um cretino como Oliver.  Ele provavelmente só estava tirando uma com a minha cara, ou simplesmente delirando já que a flecha estava envenenada.     Não deveria nem levar em consideração o que ele disse, quanto mais ficar pensando sobre isso. Ray havia me avisado o quanto ele era manipulador, meticuloso e metódico, e agora mais que nunca eu não duvidava disso.

 Eu não iria cair nos joguinhos de Oliver Queen, eu dava as cartas aqui.  E além do mais, toda vez em que eu olhava para ele fazia meu próprio lembrete mental de ver a cara do pai dele ali, já que era esse o motivo.

[...]

 Já estava escurecendo, em meia hora eu poderia trocar meu posto com Eddie e poderia comer.  Eu estava faminta. 

 Nada havia acontecido nas últimas horas, um soldado havia dormido em serviço e havia acabado atirando no chão sem querer, Oliver havia quase esmurrado o garoto e eu havia me concentrado plenamente na retaguarda.  Havia outros três soldados na zona norte, zona oeste e na zona leste. Outros estavam no portão e o resto estava descansando para a provável troca de postos.

 Suspirei cansada, meus dedos faziam machucados e eu mal sentia meu braço de tanto tempo em que eu estava segurando a arma.

 Resolvi então olhar para baixo, na esperança de ver algo em me distraísse um pouco.  Pude ver alguns soldados comendo no refeitório, mas não vi Oliver. Franzi o cenho. O que diabos ele estaria fazendo? Ray jamais abandonou por nenhum segundo seus soldados com ameaça de ataque.

 Então eu vi uma mulher entrando na tenda de Oliver, eu não estava acreditando. Até que ponto ele podia ser tão ridículo? Estávamos em guerra, porra!

 Então tudo aconteceu rápido, eu me virei para encarar a frente e depositar toda a minha raiva em outra coisa, quando algo atingiu a Base.  Mal consegui pensar, mas sabia que era um míssil. Tínhamos sido atingidos.

O baque foi instantâneo, mal tive tempo para se quer pensar no que fazer quando senti que a torre onde eu estava, se desmoronando, e eu não poderia fazer nada.

 Fechei os olhos no mesmo momento em que senti meu corpo bater no chão e escombros caírem sobre mim.

Estava acabado.

...

John Diggle

― Não deveria estar descansando? – Questionei me aproximando de Oliver que estava com os braços cruzados e com uma cara nada boa.

― Você também não, John. – Bufou sem ao menos me encarar.

  Dei um riso baixo sendo fuzilado por um olhar de canto de Oliver.

― Me deixa adivinhar, todo esse mau humor tem a ver com uma criatura loira que saiu exalando raiva agora a pouco? – Disse sorrindo e Oliver não pôde deixar de sorrir também.

― Qual das duas? – Ele disse e nós rimos juntos.

― Mulheres. Como viver com elas e como viver sem elas?

[...]

― Em formação! – Ouvi a voz de Oliver e sai de dentro da minha tenda entrando em posição em meio a uma fila.

 Oliver andava com as mãos nas costas de um lado para o outro e por conhecê-lo, sabia que ele estava tomando uma decisão.

― Robbie, Drake e Willians. Um passo a frente. – Murmurou e os três soldados deram um passo a frente.

― Robbie você vai fazer a retaguarda da área oeste, Drake você vai para o norte e Willians você fica com o leste. – Os três assentiram em silêncio e pegaram uma arma cada um se dirigindo para seus devidos postos.

 Oliver denegriu funções para cada um deles e no final sobrou eu e mais cinco soldados.

― John, Marcus, Grayson, Antony e Liam vocês vão para o portão. – Apontou para o portão central e todos assentiram pegando suas armas, mas eu fiquei e me dirigi a Oliver.

― Quem está na área sul? – Indaguei.

― Felicity. Por quê?

― Aquele não deveria ser o posto de Eddie Tawne?

― Ela dá conta. E além do mais, ele vai substitui-la logo.

― Não confio nele. Devia ficar de olho nele. – Murmurei enquanto me agachava e pegava uma arma.

― Não vejo por que. Ele não me deu o mínimo problema até agora. E agora cuide do seu posto, que eu cuido do meu.

 Apenas assenti em silêncio e me dirigi para o portão central. Pelo do canto do olho pude ver Eddie guardando o portão de saída sozinho. Franzi o cenho, pensei em avisar Oliver, mas deixei para lá.

[...]

 O dia passou normalmente, minha hora de almoço seria em meia hora. Já estava completamente escuro e não vi nenhum sinal de terrorista por aqui, e isso fazia me sentir cada vez mais desconfiado.

― Cadê a Felicity? – Ouvi uma voz e vi Dick me encarando. ― Ela devia me substituir.

― Está na área sul, eu acho.

― Até agora? – Questionou erguendo a sobrancelha. ― Eddie devia ter a substituído a horas atrás.

 Franzi o cenho.

― Tem algo errado.

 Eu ia me dirigindo a passos rápidos até a tenda de Oliver, mas tudo foi extremamente rápido.

 Um clarão cortou o céu e demorou segundos para meu cérebro processar o que era aquilo, um míssil. Mas por que diabos ninguém havia acionado o alarme?

  Tentei chegar até algum lugar seguro, porém foi tarde demais, um barulho alto preencheu o ambiente logo depois de uma explosão. Meu corpo foi jogado contra uma tenda qualquer e então a única coisa na qual eu conseguia pensar era em Sara e Lyla, como eu pude abandona-las?

 Estava acabado.

...

 Dick Grayson

 Eu enfiava a comida na minha boca o mais rápido que eu podia, adrenalina corria em minhas veias desde ontem, eu nem sabia do que era capaz até então.

― Pega leve, garoto.— Ouvi uma voz e então vi uma Felicity sorridente se sentar na minha frente.

― Não posso. – Murmurei com a boca cheia. ― Quero ir para o meu posto o mais rápido possível.

 Ela revirou os olhos.

― Está tão paranoico quanto o Oliver, Dick.

― Oliver? – Murmurei com um sorriso malicioso. ― Sabia que tinha algo acontecendo entre vocês.

― Não há nada acontecendo. – Disse séria. ― E além do mais você o chama de Oliver.

― Somos parentes.

 Felicity deu de ombros.

― Você foi incrível ontem, Grayson. Tenho que admitir, você evoluiu bastante.

― Eu nem sei de onde veio tudo aquilo. – Murmurei sem graça. ― Talvez nem consiga fazer novamente.

― Eu posso te treinar. – Disse me encarando e eu sorri.

― Quem é você? A canário negro?

 Ela me encarou como se eu fosse de outro planeta.

― Quem?

― A canário negro. – Fiz uma cara óbvia. ― Você não lê quadrinhos?

 Dei de ombros e ela continuava com a mesma expressão confusa.

― Ás vezes esqueço que você foi criada longe da sociedade por anos.

 Ela não disse nada e então ela viu algo que chamou sua atenção, me virei a ponto de ver Oliver sair de dentro da sua tenda. Eu ia fazer um comentário mas ela rapidamente se levantou e murmurou um “Te vejo depois”, saindo e me deixando comendo sozinho.

― Esses dois. – Balancei a cabeça.

[...]

 Minha barriga roncava, já deviam fazer oito horas desde que eu não ingeria nada além de água quente.

 Os soldados não pareciam estar na mesma situação, estávamos guardando o portão a horas e nada acontecia. Todos eles haviam sido trocados de posto, menos eu e John. E por coincidência do destino, Felicity era minha substituta, e ela não aparecia.

 Andei até Diggle em passos rápidos, estava com o pressentimento de que algo não estava certo.

― Cadê a Felicity? – Questionei. ― Ela devia me substituir.

 Meu comentário pareceu fazê-lo acordar porque ele me encarou confuso.

― Está na área sul, eu acho.

― Até agora? – Indaguei erguendo a sobrancelha. ― Eddie devia ter a substituído a horas atrás.

 Se eu já achava que tinha algo errado antes, esse pressentimento aumentou com as palavras de John.

 ― Tem algo errado.

 Mal pude responder e eu o vi se dirigir a passos rápidos até a tenda do General.

 Uma coisa estranha passou pelo céu, e então eu a encarei melhor.

― Mas que diabos... – Exalei e então tudo foi rápido. Mal me dei conta do que era, quando o míssil atingiu a Base e como um efeito dominó houve uma explosão e todos nós fomos caindo um a um, eu fui jogado contra o muro de aço e tudo começou a girar, consegui abrir os olhos a tempo de ver tudo destruído e coberto pelas chamas e pela poeira.

― Bárbara... – Murmurei antes de ser engolido pela escuridão.

Estava acabado.

...

 Sara

― Aí! – Ouvi um grunhido e então fiz uma careta para Oliver.

― Não reclame. Você tem sorte de ainda estar vivo.

 Ele revirou os olhos.

― Mesmo? – Deu aquele sorriso presunçoso que eu tanto detestava. ― Eu não sou médico, mas posso jurar que passou bem longe de qualquer órgão vital.

― A flecha estava envenenada, Oliver. – Murmurei enquanto terminava de dar os pontos no ombro de Oliver e ele me encarou em silêncio. ― Felicity te salvou.

― Eu teria sobrevivido. – Deu de ombros.

― Não teria não, Oliver. – Parei de dar pontos e o encarei com a expressão fechada. ― Você teve sorte, não dão treinamento sobre veneno no exército, ninguém saberia como proceder.

 Ele ficou em silêncio e eu pude ver um pouco de ego ferido nele.  Continuei o costurando até que não aguentei ficar em silêncio e não perguntar o que estava entalado em minha garganta.

― Qual o problema?

― Como? – Murmurou confuso.

― A questão aqui é o herói ter sido salvo pela mocinha indefesa? Porque se for isso é bem machista da sua parte, Oliver.

― Não tem nada a ver com machismo, Sara... – Murmurou sem graça e eu não o deixei terminar.

― Mesmo Oliver? Você a trata mal desde que ela chegou aqui! E Felicity tem sido um peão importante em toda essa missão. E o que você tem feito? Desprezando e humilhando ela sempre que você pode! – Disse aumentando a voz. ― Se eu não te conhecesse, diria que está apaix...

― Nem ouse terminar essa frase, Sara! – Rugiu e eu passei a mão pelo cabelo.

 Oliver abotoou a camisa e saiu da tenda irado, eu ia segui-lo, mas percebi Felicity indo encontra-lo. Talvez ela o acalma-se.

[...]

  Já devia estar escuro lá fora, eu não sabia ao certo porque depois da minha segunda discussão com Oliver nessa tarde, eu havia me enfiado na ala médica e passado o dia todo aqui. Eu não iria ser útil lá mesmo.

 E além do mais eu preferia ficar ao lado de Barry, precisava garantir que ele ficaria estável até então. E ele de fato estava, o coma induzido havia ajudado bastante.

  Eu mexia no notebook, procurando um jeito de achar algum médico sem fronteiras ou quem sabe um regaste para salvar Barry, mas até agora não havia tido nenhum progresso.

Suspirei cansada me recostando na cadeira e fechando os olhos por alguns instantes, fui desperta pelo som do notebook.  Abri meus olhos vendo uma solicitação de videoconferência, sorri aceitando ao ver quem era.

― Nyssa! – Murmurei alegre ao ver Nyssa aparecer sorridente no monitor.

― Sara!— Sorriu. ― Como você está?

― Bem. E você?

― Trabalhando muito. – Sorriu sincera e eu dei um pequeno riso.

― Nem me fale. Mal tenho tempo para respirar. – Disse revirando os olhos.

― Muitos pacientes?— Questionou.

― Não, um só. – Empurrei a cadeira para o lado de modo de Nyssa poder ver Barry na maca atrás de mim.

 Nyssa franziu a sobrancelha.

― O que houve com ele, Sara?— Murmurou com cautela e eu puxei a cadeira de volta para frente da tela.

Suspirei pesadamente.

― Alguns terroristas o espancaram como aviso. – Dei de ombros. ― Tive que induzi-lo ao como, ou ele não aguentaria.

 Nyssa me encarava aflita.

― Onde você está, Sara?

― No Irã. – Murmurei normalmente e Nyssa arregalou os olhos.

― Sara me escute bem, você precisa sair daí agora.

― Como assim? Não posso sair daqui.

― Você precisa, Sara!— Nyssa estava histérica demais e aquilo estava cada vez me deixando mais aflita.

― Por que Nyssa?

― Não pergunte o porquê, Sara. Apenas saia!— Ela gritava loucamente e eu continuava imóvel.

― Não darei um passo até você me dizer o que diabos está acontecendo! – Gritei de volta.

― SARA!

 Foi a última coisa que eu ouvi antes de uma explosão acontecer, eu não sabia o que e por que, só senti meu corpo sendo soterrado por inúmeros escombros, abri um pouco o olho a ponto de ver poeira pelo ar e a tenda pegando fogo e então eu fechei os olhos sendo levado pela inconsciência.

 Estava acabado.


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Notas finais do capítulo

Your fight is over galera? hahaha Quem morre e quem vive? Não garanto nada em migos, tudo pode mudar. E vem muita coisa pela frente galera, espero que curtam e se curtirem comentem e eu posto logo. Bjs.



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