Um novo trilhar escrita por Nyne


Capítulo 20
Capítulo 19 - Enfim, o sonho se torna realidade


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras, como estão?
Bem, a fic já está finalizada, ou seja, as postagens não vão mais demorar tanto.
Aliás, segue mais um capítulo, espero que gostem.
P.S: Comentem, por favor... Não custa nada fazer isso, certo?



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Carlos estava no escritório revisando alguns documentos, quando sua linha toca.

 - Doutor?

 - Pois não Lia. O que houve?

 - Estela Gutierrez na linha, quer falar com urgência.

 - Passe, por favor - diz com a voz tensa.

Lia transfere a ligação. Carlos estava completamente rígido em sua cadeira, temendo por alguma noticia ruim. 

Havia passado tantos maus momentos nos últimos meses que ficava temeroso antes mesmo de saber o que poderia ser.

 - Senhor Castiel?

 - Sou eu. O que houve? Aconteceu alguma coisa?

 - Sim senhor. Liguei para avisar que estamos a caminho do hospital.

Carlos sente um frio na espinha, uma sensação ruim que ainda era muito recente pra ele.

 - O que houve? Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?

 - Fique calmo, não é nada ruim, pelo contrário. A Paula está tendo contrações cada vez com um intervalo menor de tempo. A criança vai nascer senhor Castiel. Seu filho vai nascer.

Carlos sorri, passando uma das mãos pelo rosto.

 - Isso é sério?

— Sim senhor. Vou passar o endereço do hospital que estamos indo. Encontro o senhor lá.

Carlos anota o endereço no primeiro pedaço de papel que encontra em sua frente e sai em disparada, mal conseguindo explicar para Lia o que estava acontecendo.

 - Lia, não volto hoje. Cancele qualquer coisa que eu tiver marcado ok? Estou indo para o hospital.

 - Aconteceu alguma coisa senhor Castiel? Sua esposa está bem?

 - Depois de hoje tenho certeza que ficará ainda melhor, como há muito tempo não a vejo. - diz com um sorriso ao sair apressado.

Ele dirige como um louco até chegar em casa. Ao chegar, entra gritando pela esposa, que vai ao encontro dele assustada.

 - Pelo amor de Deus Carlos, o que foi? Porque está em casa a essa hora?

 - Vim buscar você.

 - Me buscar pra que homem? O que foi?

 - A Estela acabou de me ligar. A Paula está indo pro hospital. Vai ter o bebê!

 - Isso é sério? - pergunta a mulher com um sorriso de orelha a orelha.

 - Sim. Vamos, ela me deu o endereço do hospital pra onde está indo. 

Suzana sequer se arrumou, apenas seguiu com o marido para o hospital.

Ao chegar lá, ambos não conseguiam conter a ansiedade. Carlos andava em círculos e Suzana não conseguia ficar parada por muito tempo.

 - Por que ninguém fala nada? 

 - Calma amor.

— Como quer que eu fique calma? Estou há meses esperando por esse momento.

Enquanto conversava com o marido, Suzana ouve a voz de Estela logo atrás dela.

 - Não precisa esperar mais senhora Castiel. A criança acabou de nascer. É um menino lindo e forte.

Suzana sorri e abraça Carlos.

 - Somos pais Carlos. Finalmente somos pais!

 - Podemos ver ele?

 - Ainda não. Ocorreram alguns contratempos e...

 - Contratempos? Ela desistiu? Ela não pode mais mudar de ideia, assinou um documento, o juiz já nos deu a guarda definitiva.

 - Calma senhora Castiel, não é nada disso.

 - O que é então?

 - A Paula sequer quis olhar para a carinha do bebê. 

— Isso quer dizer que ela nem viu se era menino ou menina? - pergunta Carlos.

 - Não. Consequentemente também não o amamentou e se nega a fazer isso. Então as enfermeiras o levaram para o berçário para poder alimenta-lo com leite que tem no banco de leite daqui do hospital.

Suzana olha para Carlos. Ele sabia o que aquele olhar implorava.

— Minha esposa não pode amamenta-lo?

— Como? - pergunta Estela confusa.

— Sei que é estranho, mas, desde que soubemos que a guarda da criança seria nossa, o meu corpo mudou. Tive sintomas como se estivesse grávida também. 

 - Fomos ao médico e ele diagnosticou gravidez psicológica. Todos os sintomas e mudanças que uma mulher grávida tem, a Suzana teve também.

 - Inclusive leite. 

Estela ouve a tudo boquiaberta.

 - Quando minha bebê nasceu... Eu não tinha uma única gota de leite. Mas agora... Não sei explicar, mas tenho e muito. Por favor Estela, se a Paula não quer estabelecer laços com esse bebê, eu quero, é o que mais desejo na vida. Eu imploro, me leva pro berçário, deixa eu falar com as enfermeiras, com os médicos, com quem for preciso, mas não me negue esse direito. Não me negue o direito de ser mãe.

Estela olha para Suzana e pode ver seus olhos vermelhos e marejados. Não havia como negar o amor que aquela mulher tinha por aquele bebê que sequer havia visto.

Ela olha para Carlos e suspira.

 - Não posso prometer nada, mas venham comigo, podemos ao menos tentar.

Eles seguem Estela até o berçário e lá conversam com a enfermeira chefe. Contam todo o caso, desde o inicio, até o momento em questão.

A mulher, que aparentava estar na casa dos quarenta anos, ouviu tudo atentamente. Quando a conversa acabou, analisou a Carlos e especialmente Suzana. 

 - E então enfermeira Correia - diz Carlos ao olhar o crachá que a mulher usava - Minha esposa pode amamentar o menino?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Comentem, por favor, é importante pra mim.
Beijos e até o próximo!



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