Doce Rendição escrita por NutellaCruz, Mrs Fox


Capítulo 24
Sacrifícios


Notas iniciais do capítulo

[Mariana] Olá pessoas, eu tava tão distraída aqui escrevendo o capítulo da minha outra fic que quase esqueci que tinha que atualizar ainda, foi mal, kkkkkkk. O capítulo de hoje está... tenso.

Desculpa pelos erros e boa leitura!



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Tudo estava escuro. Forcei meus olhos a abrirem e para minha surpresa eu não estava mais naquele cômodo escuro de quando cheguei a esse lugar. Estava em um sala enorme, com cápsulas grandes, camas com equipamentos operatórios e num canto isolado havia uma vasta mesa com diversos botões e outros tipos de funções, mostrando ser um painel que possivelmente controlava e monitorava tudo ao redor e dentro desse lugar.

Não me lembro de que maneira vim para aqui, provavelmente fui dopada ou desmaiada de alguma maneira, já que minha cabeça doía consideravelmente. Conforme meus sentidos foram voltando, pude sentir a dor em meus braços e só então percebi que eu estava presa.

Meus braços estavam abertos acorrentados acima da minha cabeça em duas fortes correntes presas a parede, meus tornozelos estavam na mesma situação. Me levantei tentando diminuir a tensão sob meus braços e quando os forcei juntamente as pernas no intuito de romperem as correntes, notei um chakra percorrendo por elas tornando impossível seu rompimento. Era frustrante. Me sentia a beira de estar fraca, o que me fez constatar que tinham retirado boa parte do meu chakra ao me prender aqui. Maldição.

Por alguns instantes rodopiei meus olhos pelo local e me perdi em meus pensamentos de possíveis fugas, até que minha atenção voltou-se ao barulho rompante vindo da porta, indicando que alguém entrara na enorme sala. Olhei em direção ao barulho e vi três homens cruzando a sala vindo em minha direção, um deles permaneceu na porta provavelmente para impedir a entrada de qualquer um.

Em minha frente estavam agora o homem de pele branca e cabelos marrons e logo atrás dele estava o Hyuuga traidor. Eu não conseguia acreditar em tal coisa, pobre Hinata. Finalmente o dono dos cabelos marrons se pronunciou.

– Então você é Haruno Sakura? – perguntou com um sorriso irônico e se aproximou de mim a ponto de eu sentir sua respiração em minha pele. – Você é quase como um tesouro de Konoha, peça chave que não podemos ignorar. Foi realmente uma sorte você tomar o lugar da Hyuuga. Um toque do destino. - comentou a última frase em tom zombeteiro, parecia realmente ter achado graça nesse trocadilho do destino.

– O que querem? – questionei hostil.

– É simples minha doce Sakura, você é a melhor amiga do hokage e a melhor nin-médica junto a Tsunade. É mais do que óbvio que o Uchiha e seus amiguinhos virão atrás de você, mas não podemos permitir que saia daqui sem nos dar algumas informações. – relatou com normalidade e com um sorriso no rosto que me deixava enojada.

– Eu não direi nada a vocês! – afirmei convicta e vi em seu rosto aquele maldito sorriso irônico.

– Veremos. Você estava naquela missão junto aos outros por algum motivo e algo me diz que estavam atrás de nós. Vocês de konoha sempre se metendo em assuntos que não lhes diz respeito. – falou e se afastou de mim, mas dessa vez não vi sorriso algum em sua face.

– Você sequestra ninjas e acha mesmo que ninguém notaria? Sem falar que são todos ninjas em posse de algum tipo de doujutsu, Konoha é a vila que abriga o maior clã possuidor de doujutsu e é claro que não deixaria algo assim passar. Isso tudo talvez explique a presença desse traidor. – pronunciei e desviei meu olhar ao garoto esquecido num canto da sala próximo a nós. Estava encostado na parede com os braços cruzados e olhos fechados, uma posição de indiferença mas diria que ele não perdeu um segundo de minha conversa com o homem a minha frente. Ao ouvi que me referi a ele, abriu seus olhos e desencostou da parede vindo até mim.

– Você não sabe de nada Haruno. – seu tom era forte e ameaçador. – Não tenho que lhe explicar coisa alguma, e já que está aqui seu papel é unicamente nos dar informações secretas de konoha. – terminou cerrando os dentes e virando-se para o homem de cabelo amarronzado. – É melhor irmos logo com isso Yudi, se bem a conheço ela não falará facilmente e não temos tempo a perder. – falou e logo deixou o lugar com passos largos permanecendo somente eu, Yudi e o cara ainda na porta.

– Perdoe – o, apesar de ser um hyuuga ele é bem impaciente. Mas então, como faremos isso? Você prefere do jeito fácil ou difícil? – perguntou irônico voltando-se para mim. Não recebendo qualquer resposta ele continuou: – Vamos tentar do jeito fácil. Nós já temos bastante informações sobre doujutsus e graças ao Hayato sabemos o suficiente sobre o clã Hyuuga. Estamos quase prontos para invadir Konoha, já que ela abrange dois dos nossos maiores interesses. Porém para isso necessitamos de informações sobre a vila as quais somente uma ninja do seu nível e posição em Konoha poderia oferecer. – contou e senti meu corpo recuar instintivamente. Isso não era bom. Mas talvez eu pudesse ganhar tempo até os outros chegarem aqui e quem sabe conseguir tirar algumas informações, aliás, para que eu pudesse contar algo ele teria que revelar seus principais objetivos, só precisava instigá-lo um pouco.

– Que tipo de informações? – questionei entrando em seu jogo.

– Hn. Você não percebeu ainda que lidero um grupo de contrabandistas? Esse é meu grande interesse já que konoha é a vila mais forte e poderosa das cinco nações. Hayato é ressentido com o clã Hyuuga e usei isso a meu favor, se juntarmos o armamento da sua querida vila com um exército de usuários doujutsus, seremos imbatíveis. – anunciou com orgulho visível em seus olhos e um sorriso idealizador. – Você apareceu de repente mas me servirá bem, pode me dizer onde fica o carregamento e estoque de armas de Konoha revelando também um método mais eficaz de transferência do olho.

Então era isso? Tudo isso por poder? Milhares de vidas poderiam ser perdidas por causa de um desejo insano de um homem doente.

– Você é louco? Eu jamais te ajudaria em algo desse tipo. – rebati me remexendo tentando soltar as correntes, consequentemente causando um barulho irritante.

– É melhor parar com isso! – ordenou e apertou meu rosto entre os dedos enquanto o segurava com força. – Não permitirei que uma garota como você prejudique meus planos. Você me dará essas informações custe o que custar. – ameaçou próximo a meu rosto fazendo eu sentir seu hálito quente. Mantinha seu olhar ameaçador sobre mim e após isso caminhou até um armário do outro lado da sala enquanto eu apenas o segui com o olhar. Ao voltar e parar a minha frente vi que junto a ele veio uma kunai comum e normal, porém suas intenções eram claras e eu tinha que me preparar para aquilo.

– Vai me contar o que preciso saber ou terei que iniciar com você o jeito difícil? – perguntou com um tom sarcástico girando a kunai no dedo indicador, era claro em seus olhos que ele se divertiria com aquilo. Mas eu não trairia minha vila e com isso causando inúmeras mortes.

– Você é doente. – respondi com total desprezo.

– Hn, pelo jeito será do modo difícil. Então vamos lá. Te darei bons motivos para me odiar.

Falando isso ele segurou firme a kunai em sua mão direita e começou a me cortar com ela, primeiro meu braço esquerdo depois o direito seguindo para minhas pernas e barriga. Eu sentia o sangue escorrer pelo meu corpo e a dor percorrer todo meu corpo, aguentei firme e tentei me acalmar fechando os olhos concentrando-me na ideia de que tentaria me curar depois.

Quando ele parou com os cortes nivelou seu rosto junto ao meu e meu desprezo por ele só aumentou. Aquele maldito sorriso vitorioso estava lá novamente e isso me irritava.

– Você é um covarde, me solte e resolveremos de forma justa.

– Não preciso de uma luta com você, preciso apenas das informações que você tem. Não pararei até conseguir isso. – anunciou em tom baixo como se somente eu pudesse ouvir.

Minha respiração já estava pesada e minha mente oscilando, eu estava perdendo sangue e não tinha outro jeito senão tentar me curar naquele momento mesmo. Eu havia atingido um nível inimaginável com o treinamento realizado para cura da minha doença, com isso em mente consegui articular meu chakra para curar de dentro para fora fazendo uma cura de célula por célula onde logo as feridas foram se fechando, mantendo-se apenas um arranhão com uma leve ardência.

Notei que apesar das correntes terem um chakra especial que de algum jeito controlava o meu, me foi deixado uma quantidade considerável de chakra percorrendo meu corpo suficiente apenas para me manter viva, parece que ele havia pensado em tudo, sabia que eu era uma nin-médica e iria tentar me curar então deixou chakra suficiente para eu me manter viva. Maldito.

– Finalmente decidiu se curar, não podemos continuar se você perder muito sangue e morrer. – comentou rindo. – E então, mudou sua mente e resolveu colaborar?

– Eu já disse que não te ajudarei em nada.

– Hn. Imaginei que não seria fácil, mas eu estou só começando.

Falando isso ele se afastou e novamente foi pra o outro lado da sala aparentando procurar por algo. Quando retornou a visão não me agradou nada e meu sangue gelou, senti meu estomago revirar. Estava em sua mão direita um ferro comprido com uma ponta semelhante a uma flecha, a ponta estava avermelhada então conclui que fora retirada do fogo a pouco tempo e obviamente estava fervendo. Mas o que me assustou foi a idéia que passou em minha mente sobre o que ele faria com aquilo. Era meio óbvio.

Fiquei muda apenas o fitando com a raiva crescendo dentro de mim. Ao Perceber meu silêncio ele me olhou mais uma vez como se me dando uma última chance, como não lhe disse coisa alguma ele não hesitou em passar o ferro sobre meu braço esquerdo, o perfurando graças a ponta afiada e queimando a pele em volta. Tentei segurar ao máximo meu grito, mas realmente não consegui. Por kami-sama, como aquilo doía. Ao ouvir meu grito um sorriso apareceu em seu rosto como se aquilo fosse um incentivo, ele mudou para meu outro braço seguindo para minha barriga e pernas. A dor era intensa e eu sentia rasgando minha pele seguido do cheiro de carne pobre, o sangue escorria pelas feridas recém abertas. Tentei iniciar um processo de cura sentindo alguns músculos e veias se fechando mesmo aquilo não sendo suficiente.

– Está apreciando o show minha doce Sakura? – falou com uma voz irônica e uma expressão sarcástica de quem se divertia.

Não respondi nada, gostaria de jogar-lhe todos os tipos de insultos que eu conhecia mas eu não tinha forças nem para isso, tudo estava dolorido e eu já estava soando frio como se minha pressão estivesse caindo. Nos instantes seguintes ouvir ele dizer:

– Deixarei que pense um pouco sobre o assunto e retornarei mais tarde para saber o que pensa.

Após dizer isso ouvi seus passos caminharem para longe e então a escuridão me engoliu.

[...]

Acordei algum tempo depois, não sei dizer exatamente quanto. Meu corpo estava extremamente dolorido numa dor quase insuportável, meus braços machucados suportavam o peso do meu corpo que pendia para frente. Com o máximo de esforço tentei me levantar para aliviá-los um pouco e a dor em minhas pernas foi imediata, mas teria que aguentar já que meus braços não estavam em condições. Ao olhar para mim mesma vi as feridas abertas começando a inflamar, ainda sangrava e o mau cheiro ainda estava forte. Havia sangue seco pela maioria do corpo e me vendo em tal estado não consegui segurar minhas lágrimas que agora rolavam pelo meu rosto sem parar.

Eu não poderia morrer aqui, não depois de tudo que conquistei, mas também não poderia permitir que Naruto perdesse tudo aquilo que sempre quis e lutou tanto para conseguir, a paz entre as nações e uma vila forte e digna, a qual o respeitava imensamente. Preferiria morrer do que derrubar os sonhos de meus companheiros e com isso perder muitas vidas, eu aguentaria firme o máximo que conseguisse. Eles não conseguiriam informações da vila a menos que alguém de confiança os informasse e essa pessoa não seria eu, nem que pra isso eu precisasse me sacrificar. Valeria a pena morrer por aqueles que tanto amo e prezo.

Em todo momento via o rosto de Sasuke-kun em minha mente, onde será que ele estava? Será que estava perto ou longe? Eu precisava ganhar tempo para ele e pelo bem de todos, eu não morreria aqui e desse jeito. Minhas lágrimas pararam e eu me senti mais forte, precisava me curar logo. Tentei ao máximo realizar uma regeneração e fechar os danos, mas não estava adiantando e eu não sabia mais o que fazer.

Até que ouvi a porta ser aberta e por ela regressar aquele que denominei como meu carrasco.

– Ora, ora, ora... Você finalmente resolveu acordar, pelo que vejo você não tem muito tempo... e eu também não, então vamos logo. – falou ameaçador. – ONDE ENCONTRO AS ARMAS DE KONOHA? – gritou e pude ver a enorme irritação em seu rosto.

– Foda-se você, não lhe direi absolutamente nada. – falei ofensiva e me permitir sorrir irônica para ele. Recebi um soco em meu olho esquerdo que me fez pender pra trás, sendo segurada por meus braços presos as correntes, gemi com a dor que os percorreu.

Nem sequer o vi se afastar voltando com um pote cheio de um liquido incolor, só soube disso no momento em que senti o tal liquido em minhas feridas e eu quase desmaiei com a dor, o liquido corroía minha pele e eu só podia concluir que se tratava de algum tipo de ácido. Eu não aguentaria aquilo e não vendo outra solução resolvi usar o pouco chakra que me restava para ativar meu selo e com isso liberar meu Jutsu das cem curas. Em instantes meu corpo foi preenchido por fitas rosas e eu senti a cura por meu corpo, mesmo sendo um jutsu extremamente poderoso ele não seria suficiente para me curar perfeitamente graças a minha pouca reserva de chakra, mas serviria para me manter viva por mais um tempo.

Isso tudo pareceu irritá-lo extremamente pois no mesmo instante encheu-me de socos e chutes, eu não sabia até onde isso tudo iria e meu corpo caiu exalto mais uma vez sendo suspenso pelos braços presos. Yudi finalmente concluiu que não importava o que fizesse, eu não lhe contaria nada. E foi nesse momento que ele provavelmente se desesperou e foi chegada a hora que me mataria, mas por algum motivo ele não prosseguiu.

– Você ficará ai, morrerá lenta e dolorosamente. – após isso saiu da sala e tudo ficou escuro para mim.

[...]

Acordei um tempo depois ouvindo uma voz conhecida chamar meu nome, era Sasuke-kun. Meus instintos logo ficaram em alerta mas eu não levantei meu rosto, não queria que me visse assim. Pelos fios do meu cabelo que cobria meu rosto vi os pés de Yudi ao meu lado e de relance vi Sasuke-kun e os outros próximos a porta da sala.

– Porque não olha para seu namoradinho e mostra o resultado de toda nossa diversão, minha doce Sakura? – falou Yudi e eu não fiz qualquer menção de me mexer, até que senti suas mãos em meus cabelos puxando os para baixo e assim levantando meu rosto para encarar meus companheiros.

Tudo que vi foi o olhar espantado e chocado no rosto de Hinata e Shikamaru, desviei meu olhar para Sasuke-kun vendo o segurar firmemente em sua katana com um olhar chocado que logo mudou para um ódio que eu desconhecia. Tudo que eu poderia fazer era sussurrar um “Sinto muito” com meus lábios. Sasuke-kun desviou seu olhar de mim para Yudi que ainda segurava meus cabelos e ouvi-o dizer com sua voz forte e intimidadora que causava temor a todos.

– Eu o farei pagar por isso.


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Notas finais do capítulo

[Lee] oooi galera, mais um cap ae pra vces, devo dizer que foi um pouco intenso kkk mas adooorei escrever, talvez o que mais gostei... liberar um pouco a mente fértil em torturas hahaha tadinha da Sakura kk
Enfm, espero que tenham gostado (: vejo vces nos comentários
PS: perdão por essa ousadia mas por ser minha primeira fic sozinha to divulgando ake, deêm uma passada por lá (:
Links: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-naruto-o-sussego-do-demonio-4730305
https://fanfiction.com.br/historia/656836/OSossegodoDemonio/capitulo/1/
Obrigada – bejoooooow ;*

[Mariana] Lee, deixe de coisa que é ousadia nenhuma.