Doce Rendição escrita por NutellaCruz, Mrs Fox


Capítulo 22
Coexistência e Cumplicidade


Notas iniciais do capítulo

[Mariana] Fala moçada, nos acréscimos do segundo tempo tô chegando aqui!
Suas pervetidas, ficaram toooodas animadas com o beijo! Teve até pedido de hentai! KKKKKK Vão com calma gente, tudo tem seu devido tempo. #MomentoMongeSábio Agradeço todos eles, vou tentar achar um tempinho pra responder vocês.

E eu não sei vocês, mas esse enem ♥, melhor tema impossível!

Desculpa pelos erros, boa leitura!



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Alguns dias se passaram após o ocorrido no lago e para minha estranheza as coisas estavam caminhando normalmente, não havia qualquer tipo de constrangimento ou receio pelo acontecido, até porque foi algo que ambos queríamos. As coisas começaram a acontecer naturalmente, almoçávamos juntos as vezes, eu ia busca-la no hospital sempre que possível, treinávamos somente nós dois ou acompanhados de Naruto – quando o mesmo tinha tempo – e tudo com Naruto sempre acabava no Ichiraku.

Parecia que os tempos de paz haviam finalmente chegado, tudo estava em seu lugar e no auge da plenitude. Eu realizava algumas missões aqui e ali, continuava minha investigação junto a Naruto, havia finalmente me acertado com Sakura e tudo ia bem, não era segredo para ninguém o que estava acontecendo mesmo eu procurando permanecer reservado como sempre e Sakura aparentava entender isso, nossos amigos estavam cientes desse nosso novo passo, porém me incomodava o fato de caminharmos pelas ruas da vila e as pessoas olharem torto para Sakura, não a queria censurada por minha causa mesmo ela já tendo me dito várias vezes que não se importava com o que diziam ou o modo como a olhavam.

Há uns dias atrás Naruto havia me mandado para uma missão nas proximidades da Vila Oculta da Grama, mesmo sendo uma aldeia aliada, estava havendo diversos conflitos ao redor da vila e também na extensão do caminho até lá. Em alguns pontos do caminho eu e meu time fomos atacados diversas vezes mas conseguimos dar conta do recado, porém no caminho de volta fomos severamente atacados por um número maior de ninjas e saímos bem feridos. Ao chegar em Konoha já era de madrugada e meus companheiros de time foram diretamente ao hospital, eu detestava hospitais e decidi então por ir ao encontro de Sakura em seu apartamento, já fazia um tempo que realizar plantão não estava sendo necessário e eu esperava encontra-la la.

Ao chegar em seu apartamento Sakura veio me receber, mesmo sendo uma noite fria de inverno e estar em suas roupas de dormir ela não sucumbiu em vir até mim. Ao se aproximar vi preocupação em seus olhos verdes e a medida que veio me segurar senti seu desespero julgando pelo meu visível estado debilitado.

– Por Kami-sama Sasuke-kun! O que houve com você? – perguntou com uma voz extremamente preocupada e em um segundo estava me segurando. Eu me agarrei a ela e deixei o calor de seu corpo me embalar e relaxar. Doía cada centímetro de meu corpo, nem tanto pela luta de algumas horas atrás, mas sim pelo longo caminho até aqui juntamente aos ferimentos.

– Fomos atacados a algumas horas atrás. – expliquei. – mas eu estou bem, só cansado da viagem. – jamais admitiria uma fraqueza e ela pareceu entender já que fez uma careta ao mesmo tempo que me arrastava para dentro de seu apartamento, após alguns minutos senti minha costa repousar em algo excepcionalmente macio e suave, onde a máscara Anbu já havia sido esquecida do outro lado da cama.

Eu havia me acomodado e mesmo com todo meu cansaço não consegui adormecer, apenas fechei meus olhos no intuito de relaxar ao máximo. Sakura veio alguns minutos depois com algumas coisas em mãos que julguei serem para tratar meus ferimentos. Ela sentou-se na beira da cama e inclinou-se sobre mim para limpar as feridas de meu rosto com um pano úmido, isso proporcionava uma leva ardência mas nada que eu precisasse me preocupar. Constatei que seu cabelo havia crescido um pouco mais já que conseguia sentir levemente as pontas dos fios roçar meu rosto. Após isso ela retirou meu colete Anbu abrindo minha camisa para limpar as feridas do meu peito, abri meus olhos e me permiti observar seu olhar atento e concentrado que era iluminado pela luz da lua que entrava pela janela do quarto. Eu achava inusitado o modo como me tratava, o carinho, a dedicação e o cuidado transmitido para alguém como eu, nem em mil anos serei merecedor de tudo isso, mas agradecia por receber tais ações, me despertavam a sensação de pertencimento a algum lugar, o qual eu sempre poderia retornar. Suas atitudes seriam uma eterna incógnita para mim.

No instante seguinte Sakura tinha terminado de limpar minhas feridas e minha próxima visão foi suas mãos iluminadas com chakra verde, ela aproximou as mesmas de mim e pude sentir seu chakra restabelecendo meu corpo, fechando minhas feridas e levando as dores embora. Não sei quanto tempo isso durou, lembro-me somente da dor deixar meu corpo me relaxando e consequentemente me levando a finalmente adormecer.

Acordei depois do que me pareceu minutos, mas pelo relógio no criado ao lado da cama vi que eram cinco horas da manhã, eu havia dormido um pouco mais de uma hora. Olhei a minha volta para me situar e tudo foi voltando aos poucos a minha mente, notei Sakura adormecida ao meu lado e me foi uma agradável visão. Permaneci olhando ela por mais um tempo até que adormeci novamente. Quando mais uma vez acordei ja passava das seis horas e notei Sakura sentada na beirada da cama assim como na noite passada, pelo que observei de suas roupas diria que ela estava pronta para sair, porém não antes de me analisar minuciosamente, coisa que estava fazendo no momento.

– Você está bem Sasuke-kun. - anunciou calmamente me olhando. - Que susto você me deu!

– Hn. Sinto muito.

– Já estou indo para o hospital ! Creio que você ainda precise descansar mais um pouco. Fique o tempo que quiser. - disse com um sorriso confortante conjuntamente ás mechas do meu cabelo que ela retirava dos meus olhos com uma caricia enquanto eu permanecia fitando-a intensamente. Antes de qualquer outro movimento ela inclinou-se lentamente sobre mim e deu um beijo suave em minha testa para logo depois descer e encontrar meus lábios num beijo inicialmente carinhoso mas que se intensificou logo em seguida, pudia sentir sua ansiedade e urgência pelo modo como uma de suas mãos ainda remexia em meus cabelos ao mesmo tempo que a outra mão transmitia ternura e esmero ao acariciar meu rosto, era uma combinação perfeita a qual eu descobri estar viciado. Após nos separarmos para respirar, grudamos nossas testas por uns instantes e um sorriso surgiu em seus lábios numa visão única e encantadora, logo então ela me deu um último roçar de lábios e um beijo vagaroso na bochecha, afastou-se e levantou-se caminhando em direção a porta, deixando-me deitado aturdido com tudo aquilo.

– Nós vemos por aí Sasuke-kun. Bom descanso. – foi a última coisa que disse após sair e me deixar intrigado, mas ignorei e tratei logo de voltar a dormir.

[...]

Acordei num lugar a principio desconhecido por mim, estava tudo muito escuro e o vento cortante entrava em contato com minha pele dizendo me que o inverno se aproximava. Não me importei. Queria apenas saber onde eu estava, tudo que via a minha volta eram enormes árvores e suas sombras permitiam pouca visão. Comecei a caminhar no intuito de sair daquele lugar e encontrar algo familiar, não demorou muito e eu estava no lugar que um dia foi meu lar, um sentimento apertado se apoderou de meu peito e uma sensação ruim preenchia minha mente deixando meus instintos alertas. O que eu fazia no Distrito Uchiha ?

Caminhei receoso pelas ruas observando tudo ao redor, até que minha próxima visão me dilacerou pela segunda vez nessa maldita vida. Havia corpos espalhados por todos os lados e o sangue predominava para todo lugar que se olhasse, cada esquina dobrada, cada casa que eu passava, cada passo que eu dava... uma real tortura a qual meu sangue gelava e meu estômago retorcia. O meu clã estava mais uma vez destruído e massacrado.

Uma ideia me ocorreu e eu imediatamente corri em direção a minha casa mesmo com medo do que poderia encontrar, mas eu precisava de uma confirmação. Ao chegar a porta encontrava-se aberta e eu entrei cuidadosamente, sem o menor ruído. Me dirigi ao cômodo em que tudo aconteceu na maldita noite de anos atrás, a visão era a mesma... Meus pais estavam caídos e mortos, como se fossem nada, sem qualquer valor. Mas o que me chamou a atenção foi que Itachi também estava lá, mas não como um assassino cruel e sim somando mais um cadáver dentre muitos outros além dos meus pais. O desespero tomou conta do meu corpo e eu estava petrificado no lugar, não conseguia mover um só dedo enquanto lágrimas transbordavam pelo meu rosto, qual a última vez que eu havia chorado? Nem sequer me lembrava que isso era possível. Se não Itachi, quem então havia feito tudo isso? Ódio. Era tudo que sentia agora.

Fiquei alguns minutos parado ali olhando e perdido em meus devaneios, até que um ruído me despertou e me movi em direção ao tal som. Ao cruzar o cômodo percebi que o som vinha do quarto ao lado e a medida que eu me aproximava pudia distinguir os ruídos como tosses e uma respiração pesada. Me apressei e ao abrir a porta do quarto me deparei com alguém lutando pela vida, seu corpo estava de costa para mim e era iluminado somente pelo brilho da lua. Eu calmamente me aproximei na intenção de ajudar e quem sabe conseguir alguma pista do causador de tudo isso, ao virar seu corpo de frente para mim foi decretado meu mundo caindo e se estilhaçando em bilhões de pedaços irremediáveis... a pessoa se tratava de Sakura.

– Sakura! – chamei desesperado. – Vou te levar para o hospital imediatamente. – alertei e ameacei pegá-la em meus braços, porém ela se opôs.

– Não é necessário Sasuke-kun, não há mais solução para mim. – silabou com bastante dificuldade e com tosses intermináveis de sangue.

– Quem fez tudo isso? O que houve? Diga-me o que posso fazer para te ajudar. – questionei impaciente e extremamente abalado por seu estado, pudia sentir malditas lágrimas vindo.

– Parece que você não se lembra de nada Sasuke-kun. – comentou com um sorriso mínimo e um tanto irônico. Me lembrar de que? – Você fez tudo isso, - foi interrompida por uma tosse. – não sei bem o porque, apenas vim até aqui tentar te impedir e ao chegar vi o cenário lá fora, ao entrar neste quarto a sua procura fui recebida por um golpe seu. Desde então estou aqui, tudo que vi foi você sair desnorteado rumo àquela floresta próxima. – sua respiração era pesada e havia grande dificuldade em sua fala.

– O que? Não pode ser! – afirmei arregalando os olhos ao sentir o choque e desespero preencherem meu corpo. – Você não pode me deixar Sakura, por favor seja forte! Você tem que sobreviver. – pedi.

– Eu te amo Uchiha Sasuke. Sempre amarei independente do que aconteça. – foi tudo o que disse antes de eu ver a vida deixando seus viciantes olhos verdes, os quais um dia foram minha salvação. Agarrei seu corpo e o segurei apertado escondendo meu rosto em seu pescoço e cabelo, ali permiti derramar toda a dor e desespero de estar sozinho novamente... e dessa vez não pudia culpar ninguém senão a mim mesmo.

Sasuke-kun ... Sasuke-kun ...

Abri os olhos e me deparei com olhos esmeralda me fitando com enorme preocupação. Meu coração batia rapidamente e em grande descompasso, como se fosse sair de meu peito. Me encontrava suado, com manchas de lágrimas no rosto e com os músculos tensionados, mas ao me deparar com os olhos verdes de Sakura o alivio foi imediato por todo meu corpo, olhei em volta e me lembrei que estava em seu apartamento. Hoje era um daqueles dias em que eu a buscava no hospital e a trazia para casa, ela me convidava pra entrar e iniciávamos uma conversa no sofá até ela cair no sono em meu peito, porém ao que me parece eu também acabei adormecendo.

– O que aconteceu Sasuke-kun? Você está bem? - falava ansiosa a medida que acariciava meu rosto e retirava os fios grudados pelo suor.

– Sim, apenas volte a dormir. – respondi procurando conter a agitação da minha voz e me acalmar após meu recente pesadelo.

– Acha mesmo que vou conseguir? Olhe o estado em que você está. Quer me contar sobre o pesadelo? – perguntou e eu a olhei instantaneamente, será que era tão óbvio assim? Eu até queria contar-lhe mas não sabia se conseguiria, me sentia assustado. Tsc. Patético.

Por alguns minutos narrei a ela o que vivi em meu pesadelo, era a única a quem me sentia a vontade para mostrar o que se passava dentro de mim. A reação dela oscilava e parecia mais abalada e impactada a cada palavra que eu proferia. Até finalmente se pronunciar.

– Sinto muito que tenha esses pesadelos Sasuke-kun. A visão de seus pais é infelizmente memórias recolhidas. Quanto a Itachi trata-se apenas de culpa, a qual você pensa em ter tirado a vida dele em prol da sua, uma vida que ele poderia ter tido... porém o rumo que ele tomou foi escolha somente dele e você não deve mais se assombrar por isso, deve apenas seguir em frente com sua vida assim como era a vontade de todos seus familiares, ser feliz e não viver mais no passado. Sobre mim, eu não sei dizer. - sorriu sem graça. - Arrisco dizer que depois de todos os acontecidos talvez você tenha apenas medo de me machucar, mas digo que estou aqui e independente do que houver não vou a lugar algum, pelo menos não sem você. - assegurou com firmeza e acalmou em mim os demônios que insistiam em me atormentar.

– Você é irritante. - falei e seu sorriso intensificou, parece já ter entendido o real significado dessas palavras.

Eu relaxei e passei novamente meus braços em torno dela indicando que tudo estava bem e que ela poderia descansar, o que logo fez. Mal sabia ela que mesmo suas palavras me atingindo intensamente as coisas iam bem mais além, não tinha somente medo de machucá-la, mas também de perdê-la. Ela é minha chance de recomeço, é meu futuro promissor que não mereço mas ela insiste em me oferecer, é aquela que junta os pedaços quebrados de mim e transforma em algo bom.. algo que somente ela pode ter acesso. Como pode existir alguém assim? Suportar tudo que fui um dia e ainda me receber de braços abertos, me dar esperanças e me fazer querer ser melhor. Alguém com tanta delicadeza e carinho misturados a tamanha força, resistência e coragem. Chega a ser irônico e injusto alguém assim pertencer a um individuo como eu. Sim, Pertencer. Não tinha duvidas que é a mim que a flor de cerejeira pertence. Me penalizo por não ter coragem suficiente para lhe dizer que é a ela e somente a ela a quem pertenço e sempre pertenci. Quem cuidou serenamente de mim desde sempre e que agora além de tudo afasta os fantasmas de meu passado.

Com esses pensamentos fechei meus olhos e adormeci logo, embalado pelo cheiro adocicado que Sakura emanava e me embriagava, eu realmente poderia me acostumar com isso. A partir daquela noite os pesadelos me deixariam e não regressariam, graças a Sakura. Eu realmente preciso dela em minha vida.

[...]

Determinado período passou e as coisas continuavam bem, até que Sakura e eu fomos chamados a sala do Hokage. Ao chegarmos lá Naruto não estava sozinho na sala e sentado em sua cadeira como de costume, estava de pé ao lado da janela acompanhado de Hinata e do outro da sala encontrava-se Shikamaru de braços cruzados e claramente entediado, como sempre.

– Estávamos a espera de vocês. – comentou Naruto nos olhando e caminhando para sua mesa sentando-se na cadeira.

– Agora que eles estão aqui pode finalmente nos dizer do que se trata Naruto. – pediu Shikamaru que apesar da calmo, uma certa impaciência era percebida em sua voz.

– Sim. Chamei-os aqui para dar a vocês uma missão, a qual é bem importante. Sasuke e eu temos investigado a um tempo os estranhos desaparecimentos nas proximidades de Tanzaku Gai e pelos dados que levantamos esses desaparecimentos estão relacionados a ninjas com doujutsus, sendo assim concluímos que se trata de uma organização criminosa a qual tem grande interesse em doujutsus e tem sequestrado ninjas com essa habilidade para fins desconhecidos. Como Konoha abriga um dos maiores clã com doujutsu – o clã Hyuuga – queremos evitar ter problemas futuros, por isso envio vocês nessa missão afim de encontrarem e deterem essa organização, a missão pode ser extensa então quero que me enviem relatórios semanais sobre o andamento de tudo. Gostaria de enviar um representante do clã Hyuuga com vocês e por isso tentei falar com o chefe do clã – pai de Hinata – mas ele está viajando e não pôde tomar uma posição, sendo assim Hinata tomou seu lugar e resolveu ir como plena representante, mesmo contra minha vontade. – relatou e deu um olhar de canto para Hinata como se tentasse a fazer mudar de idéia, porem ela nada fez além de manter sua posição determinada e ele bufou nervoso.

– Quando partimos? – manifestou Shikamaru.

– O mais rápido possível. O líder do time será você Sasuke, por conhecer bem o local – já que esteve lá – e estar mais aprofundado no assunto. Tudo que precisar irá encontrar nesses pergaminhos. Boa sorte a todos. – concluiu e me entregou os pergaminhos.

Após deixarmos a sala do Hokage cada um se dirigiu para sua respectiva casa buscando se preparar para a missão e nos encontrarmos em meia hora na saída vila, o que logo ocorreu. Em seguida demos o primeiro passo fora da vila indo em direção a Tanzaku Gai.




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Notas finais do capítulo

[Lee] oooi galera,
espero que tenham gostado do cap de hje *-*
Adooorei escrevê-lo e foi mais pra mostra um poko do relacionamento deles, a cumplicidade e reciprocidade entre eles, a sintonia *-* sempre quis escrever algo sobre pesadelos do Sasuke kk
Quero agradecer a todos os comentários! Obrigada meus lindos, são todos mto motivadores *-* também queria dar as boas vindas aos novos leitores e agradecer por terem se manifestado com comentários tão lindos *-* OBRIGADA õ/

Até o próximo cap povo Sasusaku haha vejo vocês nos comentários. - Bejoooooow ;*