Justin POV:

Me arrumei todo para ficar bem apresentável para Lize. Coloquei um moletom preto, uma calça larga como de costume, um tênis qualquer que achei para combinar com a roupa e joguei meus cabelos para trás. Tirei até uma selfie, eu estou assim nesse exato momento

um gato não é não? Hahaha. Droga, faltavam 10 minutos para eu ser pontual pela primeira vez.

Peguei meu fisker karma e fui para caixa de mensagens no celular para recordar qual era seu endereço e fui de encontro a ela. Cheguei eram exatamente 20h. Quem diria, pela primeira vez. Soltei a buzina e saí do carro me encostando na porta do mesmo e logo depois ela apareceu se despedindo das amigas a porta. Veio em minha direção e DAMN! ela estava linda demais.

–Oi –Ela disse chegando perto de mim dando um sorriso tímido e pude ver suas bochechas corarem por um instante.

–Oi princesa –Eu disse a abraçando para ela não ficar ainda mais corada. Abri a porta do carro e ela entrou e então fechei e fui correndo para minha porta e entrando no carro.

–E então misterioso, para onde nós vamos? Posso saber? –Ela perguntou já ligando o som

–Claro que pode, quando a gente chegar você saberá –Eu disse dando um sorriso e uma piscadinha para ela.

Sinceramente eu não sabia ainda para onde levar-la. Estranho não? Pois é. Eu sei que a convidei mas foi por impulso, e fiquei a tarde toda jogando então não tenho tanta culpa assim por não saber onde levar-la. Ou tenho? Ah, não importa. Fiquei dando voltinhas com o carro até avistar um parque de longe.

–Justin, estou ficando um pouco nervosa. Você está dando voltinhas e até agora não chegamos a um lugar específico. –Ele disse olhando para a janela e avistando os carros e pessoas que passavam por ali.

Olhei o para o parque fixamente ainda distante e respondi:

–Já estamos chegando nervosinha –Respondi e nós rimos

–Pronto, chegamos. –Disse estacionando o carro em uma rua escura, pois era o único lugar que tinha para estacionar no momento.

–Você me trouxe em um parque? Um parque Justin?? –Ela disse fazendo cara de desentendida e eu fiquei desesperado, porque não sabia se ela gostava, estava começando achar que fiz merda.

–É-é. Você não gosta? –Perguntei meio confuso

–Você está brincando comigo?? EU AMO PARQUE!!!! Venha. –Ela gritou dizendo que amava e logo em seguida pegou em meu punho e saiu correndo me puxando. Me lembrou exatamente a Jazzy. Ah! Que saudade do meu bebê. Queria tanto que ela tivesse aqui comigo e com Lize..

–Vem Jus, vamos na montanha-russa. –Ela disse pagando os ingressos. Droga, por que ela fez aquilo? Foi tão rápido que mal pude tirar o dinheiro da carteira para pagar.

–Ta “Jazzy”, vamos lá! –Impliquei e ela sorriu animada.

Entregamos os ingressos ao rapaz que estava recebendo e nos ajeitando nos carrinhos da montanha-russa. Não percebi nenhum temor na face de Lize, ela estava eufórica para que começasse logo.

–Você tem medo de morrer não minha filha? –Impliquei novamente com ela erguendo uma de minhas sobrancelhas.

–Não vamos morrer, seu cagão. Agora se segure que já vai começar. –Disse segurando e olhando para frente. –E ah! Não esqueça de fazer uma careta bem bolada na hora que ele virar de cabeça para baixo ok?

Meu Deus, aquilo virava de cabeça pra baixo? Que merda era aquela? Eu não sabia, droga. Não podia gritar pois ela ia me achar um cagão de verdade. O brinquedo então começou a se mover, logo depois foi subindo aos poucos e já estava quase na hora da descida. Droga, a pior parte. A montanha-russa desceu e eu ouvia os gritos da Lize indo para bem longe e estava prestes a soltar o meu, o impulso era extremamente sinistro e quando estava perto de virar de cabeça para baixo, eu não resisti e :

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH –Gritei com todas minhas forças e só senti um flesh em meus olhos me cegando.

Descemos do brinquedo e eu estava completamente tonto, com os cabelos mais pra cima ainda. Lize me olhou e caiu na risada. Pegou nossa foto com o rapaz que revelava e começou a rir mais ainda de minha cara na foto enquanto ela estava completamente linda.

–Ah é? Vai continuar rindo? Vem aqui! –Disse enquanto puxei ela e baguncei seus cabelos lisos e nós caímos ainda mais na risada.

–Sorvete, vamos tomar sorvete! –Ela disse batendo os pés no chão e pegando em meu punho e me puxando de novo. Que nem uma criança.

–Dessa vez eu pago. –Disse

Escolhi o sabor de baunilha e ela de chocolate. Nos completávamos. Paramos um pouco até ela ver um macaco enorme de pelúcia.

–MEU DEUS! MEU DEUS! EU QUERO –Ela gritava indo em direção a barraca de jogos que se acertasse o tiro em um dos golfinhos que estavam subindo e descendo do cenário de jogos, ela poderia escolher o que quisesse. Era difícil. Comprei a fixa para ela e:

–Deixa que eu atiro. –Eu disse convencido de que iria acertar. Ela apenas me olhou e ergueu sua sobrancelha direita.

Eu tinha 3 chances. Primeiro tiro, nada. Segundo, nada. Terceiro, nada.

–Droga, como assim eu errei? Vocês estão trapaceando. Vamos, me dê outra fixa. –Disse me garantindo mais uma vez que iria acertar.

–Me dê isto. –Ela pegou a arma de mentira de minhas mãos e mirou, mirou bem e ficou por 5 segundos só mirando. *PÁ* Ela atirou, fechei os olhos devido o barulho que me deu susto e quando abri:

–É assim que se faz parceiro. –Ela disse erguendo suas mãos para que eu batesse nas dela e fizéssemos um HIGH FIVE

Ela conseguiu o macaco enorme, do qual desejou assim que o viu.

Elizabeth POV:

Essa noite estava bem divertida para ser verdade. Minha asma depois de muitos anos voltou e quase me matou. Assim que peguei o meu macaco de pelúcia e sai andando com Justin para logo irmos em outros brinquedos, eu comecei a sentir falta de ar e a tossir, e assim fui soltando o macaco enquanto Justin continuava andando e conversando sozinho até que percebeu minha ausência e quando olhou para trás viu pessoas a minha volta.

–LIZE!! –Ele disse atravessando as pessoas. Ele pegou em minhas mãos e: -Lize calma, respire fundo e solte devagar, fique calma meu amor, eu estou aqui com você. -ele disse acariciando meus cabelos e eu fui me acalmando e as pessoas já haviam chamado a ambulância que no momento já estava quase chegando.

No momento eu estava mais calma pois Justin realmente conseguiu fazer com que eu me acalmasse um pouco. Ambulância chegou e eu já estava imóvel dentro da mesma. Justin queria vir comigo, mas não foi possível. Ouvi ele me dizendo que me esperaria lá para ficar comigo.

Quando cheguei lá, fui levada para uma salinha não tão pequena mas também não era de outro mundo. Fui consultada pelo doutor e ele me perguntou a quanto tempo eu não tinha crise de asma e eu disse a um bom tempo, ficamos conversando sobre, e ele mediu minha pressão, colocou aquela lanterninha horrível em meus olhos que me fizeram dar várias piscadas rápidas. Ele disse que eu estava bem e que ficaria com um pouco de tontura, pois era normal e me deu uma bombinha para que eu não passasse por isso de novo quando ela voltasse. Sai do consultório, esperava por ver Justin, mas ele não estava lá. Fui andando devagar pelos corredores pois não podia correr. Chamei o elevador para o terceiro andar e quando ele abriu dei de cara com o Justin segurando meu macaco enorme no braço direito e umas rosas na mão esquerda.

–Desculpe a demora, dei uma parada para comprar elas para você. –Ele disse entregando as rosas em minhas mãos e saindo do elevador.

Apenas o empurrei de volta para dentro, coloquei minha mão na lateral de seu rosto, fazendo carinhos e me aproximei de sua boca, nossas bocas ficavam perto e mais perto. Foi quando um babaca entrou no elevador e o mandou descer. Tirei rapidamente minha mão de seu rosto e olhei para baixo fitando as rosas que eram lindas e estavam bem cheirosas. Chegamos a portaria e fomos andando em direção a seu carro. Por incrível que pareça já era meia-noite. Chegamos em frente a república, não tinha ninguém na rua, não passava nem carro. Justin desceu do carro e abriu a porta para mim como um verdadeiro gentleman. Segurou em minha mão para que eu descesse e antes de descer ele a beijou. Senti meu rosto corar na mesma hora.

–Está entregue sã e salva pequena. –Ele disse passando a mão em meus cabelos.

–Obrigada Jus, me desculpe por não te contar sobre essa minha crise. –Eu disse abaixando a cabeça e fitando novamente as rosas.

–Que isso, você não precisa se desculpar. –Ele ficou me fitando por um bom tempo e eu fazia o mesmo.

Não passava nenhum carro, não tinha ninguém na rua, estava tudo completamente vazio e escuro. Justin segurou minha mão esquerda, chegou ainda mais perto de mim e eu pude sentir sua respiração em meu nariz. Com a outra mão ele colocou em meu rosto. Chegou mais perto ainda e selou nossos lábios com uma leveza maravilhosa. Ele pediu passagem para língua e eu cedi. Nosso beijo estava lento e tão cheio de paixão, foi um dos melhores beijos da minha vida. Ele era tão carinhoso, tão atencioso... Foi quando o seu celular começou a tocar interrompendo o beijo dos meus sonhos.

–É meu pai, preciso atender. Desculpe. –Ele disse se virando. –Oi pai...Que?...Mas ago-agora?... Tá pai, estou indo já.

–O que houve? Alguma coisa séria? –Perguntei preocupada.

–Não se preocupe Lize, não é nada. Preciso ir, nos falamos depois. –Ele depositou um beijo em minha testa e me entregou o macaco.

Não me preocupei com o que ele ia fazer, o pai dele devia estar precisando dele para algo. Mas que beijo, não conseguia parar de pensar nele por um minuto. Pensei em mandar mensagem assim que cheguei para agradecê-lo.

*Obrigada pela noite Jus, foi maravilhosa.*

Logo fui para o banheiro. Peguei minhas toalhas, meu iPod e liguei umas músicas enquanto tomava banho. Estava animada pois o beijei. Digo e repito: E que beijo. Saí do banho e enrolei uma toalha em meus cabelos que eu havia lavado e uma em meu corpo. Vesti uma blusa de pijama e coloquei uma booty shots preta e me joguei na cama rapidamente pegando meu celular para ver se ele tinha respondido. O sorriso que estava estampado em meu rosto, havia sumido...