Unbreakable escrita por rickthesizzler


Capítulo 3
The confusion


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura babies :)



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[...]

Eu sei que eu o vi no bar ontem, mas era diferente, ele me lembrava algum famoso, mas deve ser só impressão...

Já havia se passado duas semanas e eu mal via o garoto que fez minhas mãos tremerem e meu coração quase pular para fora. Hoje é sexta, acabei de chegar da faculdade, as meninas queriam sair para aquele bendito bar de novo. Não estava nem um pouco afim de ir. Tinha muitas coisas para estudar, pois odiava tirar notas baixas, aliás, nunca tirei. Sempre fui do tipo de menina que adorava estudar, pode soar irônico, mas eu gostava e muito. Era muito dedicada aos meus estudos, e é graças a ele que eu estou aqui hoje.

–Você não vai mesmo querer ir Lize? – Perguntou Clo se sentando ao meu lado no sofá.

–Hoje não meninas, vão e se divirtam por mim. –Falei fazendo cara de cansada, que na verdade já era minha cara.

Ainda era 20:00hr. Assim que elas saíram, subi para meu quarto, peguei meu caderno e uns livros e comecei a estudar sobre um monte de coisa de cada vez. Realmente eu estava muito focada naquilo, em ser a melhor em todas as matérias, mas aquilo me deixava exausta. Desde que cheguei só sai uma vez. Guardei minha bagunça e fui tomar um banho. Já estava cansada de ficar dentro de casa então decidi ir tomar um café para acordar um pouco e esfriar a cabeça. Coloquei essa roupa https://comonumcontodefadas.files.wordpress.com/2013/01/dsc06961-cc3b3pia.jpg?w=300&h=272 , fiz um coque no cabelo e desci sem rumo procurando uma cafeteria. Já era 23:00, não sabia se encontraria alguma aberta aquela hora. Passei por três e elas estavam fechadas, então continuei andando sem destino até que alguém gritou:

–MAS QUE DELICINHA!

Fingi que não ouvi e continuei seguindo meu caminho em passos largos, me apressando pois eu não sabia quem estava do outro lado e já estava realmente tarde para andar sozinha pelas ruas, foi quando chegaram mais perto e dessa vez falaram pra eu parar.

–Ei mocinha, fique paradinha ai

Droga, e agora? Diminui meus passos e dois garotos riram e a mesma voz que gritara antes, me alcançou ficando em minha frente. Droga, eu estava realmente encurralada por 3 garotos imbecis.

–O-olha eu não tenho dinheiro. – Disse gaguejando um pouco mas sem olhar para o rosto deles.

–Mas quem disse que queremos dinheiro docinho? –O mais nojento de todos disse passando a mão pela minha bochecha acariciando e então virei o rosto.

–Vem com a gente gatinha. –Disse o que parecia ser o líder dos três.

–Eu não vou a lugar nenhum, me solte ou eu grito. –Disse totalmente autoritária. Mas a verdade era que eu estava me borrando de medo.

–Olha aqui –Disse ele nervoso segurando em meu braço esquerdo com força e apontando seu indicador para meu rosto. – Se você gritar acabo com você aqui mesmo ta me ouvindo?

Eu olhei para ele e assenti com a cabeça. Os dois amigos dele estavam mais a nossa frente, foi ai então que ele me levou para um lugar cheio de pessoas, com a intenção de me drogar fazer de fantoche. Fiquei firme, não chorei, pois queria me mostrar durona e arrumar um jeito de escapar dali. Foi então que quando olhei para o lado vi a loira peituda que estava com uma mini saia preta e um bustiê branco. Ela estava sentada no banquinho com mais duas amigas. Achei estranho, ela parecia ser riquinha demais para estar naquele lugar que eu chamaria de nojento pois eles usam e abusam das drogas. Foi ai então que um dos meninos falou pra chamar o chefe. Naquele momento confesso que pirei, achei que fosse algum maluco de 40 anos. MEU DEUS, O QUE ESTOU FAZENDO AQUI? Me perguntava e meus olhos começaram a marejar.

–Entra aí vadia. – Um dos garotos me jogou em um quarto branco.

Entrei e fiquei sentada na cama, quando avistei uma janela e pensei seriamente em tentar escapar. Confesso que a vista daquele lugar em que eu estava era muito bonita, por um momento perdi o medo e me desliguei de tudo e só fiquei observando.. De repente ouvi a porta se abrir e ser trancada novamente. Eu estava chorando, realmente com medo. Então sequei minhas lágrimas e permaneci parada sem me virar. Então senti uma mão tocando meu ombro. Me retorci fazendo-o tirar as mãos de mim.

–Ei, calma. – Uma voz rouca e bem calma me disse para ficar calma.

Me virei e ele estava olhando para minha bunda e logo após olhou para meus olhos. Não acredito em quem estava vendo ali. Era o garoto do sorriso. Sim, o próprio. Senti minhas mãos tremerem exatamente como aconteceu naquela vez na escola. Coloquei minha mão esquerda em meu braço direito me encolhendo e deixando meus cabelos caírem sobre meu rosto.

–Eu te conheço? –Ele disse olhando em meus olhos.

–Não. –Respondi ríspida e logo tirei minha mão esquerda de meu braço direito me mostrando durona.

–É, acho que não conheço mesmo. – Ele disse rindo e então me puxou para mais perto dele.

–Me solta! –Disse exaltada

–Ei ei ei, calma.. –Ele disse levantando as mãos. –Você que veio até mim querendo sexo e agora quer se fazer de durona? – Bufou ele.

–Você é louco? Estava na rua andando a toa quando três garotos me pararam e me trouxeram para cá. Só quero sair daqui – Disse me virando de volta para a janela.

–É uma vista e tanta né? –Disse ele ficando ao meu lado e admirando a mesma.

–É. –Respondi com a voz fraca

O silêncio permaneceu entre nós dois por um minuto. Eu realmente não entendia o por que dele fazer isso, ele era gato, poderia ter tudo e todas que quisesse.

–Por que você faz isso? –Perguntei quebrando o silêncio

Ele permaneceu em silêncio.

Justin POV

Mas que saco essa escola, não queria ficar aqui, só queria pegar meu violão e cantar para o mundo ouvir e sentir a música. Minha vida era a música, mas meu pai queria que eu fosse um médico. Ele era médico, nossa família toda praticamente era de cirurgiões, enfermeiros etc. Por que eu deveria fazer medicina também? Mas que besteira. Duas semanas se passaram desde que eu vi uma menina tão linda em um bar e depois na escola. Meu Deus ela era perfeitamente linda. Seu sorriso, seus olhos, o jeito que mexe nos cabelos, o senso de humor que parecia ser sempre o mesmo. Eu estava perdidamente apaixonada pela primeira vista e primeiro oi.

–Ai mano, vamos ir ao Party Hotel hoje? –Chaz me questionou enquanto eu estava avoado com meus pensamentos.

–Claro bro! Se eu não for meu pai não gostar muito. –Respondi e peguei as chaves do carro indo em direção ao Hotel.

Era nojento ver aquele pessoal todo ingerindo tanta droga só em uma noite. Era repulsivo como as meninas se entregavam para mim só por eu ser “bonito” como elas dizem. Nada disso faz muito sentido para mim. Mas desde os meus 14 anos eu era obrigado a vir aqui e fazer sexo com as vadias que meu pai arrumava só para ganhar dinheiro. Sim, eu poderia dizer que eu era um prostituto. Meu pai era rico, um dos mais ricos da cidade, mas se o negócio dele acabasse iríamos pra merda. Meu pai era dono desse puteiro sofisticado e eu era o mais cobiçado dali. Não desejaria ser, mas eu infelizmente era. Era horrível, já satisfiz senhoras de 40 anos e eu tinha apenas 19. Era repugnante, mas se eu saísse dali eu iria morar na rua.

–Ai mano, carne nova pra você lá em cima. –Disse um dos capangas do meu pai.

Apenas sorri e quando eu iria subir a Megan, uma loira com uns peitões me interrompeu.

–Oi gato! –Ela disse passando o dedo sobre meu peitoral

–Eai -falei tirando as mãos dela de mim

–Ai que grosso. –Ela disse fazendo biquinho

–Gata, grosso aqui só meu pau. –Disse colocando a mão no mesmo e ela mordeu os lábios

–Hmmmm –Ela fez com a boca

Eu simplesmente sorri e continuei subindo as escadas. Quando cheguei ao meu quarto (é, cada prostituto tinha seu quarto), pela primeira vez não tinha uma mulher nua ou quase nua deitada na cama. Abri a porta e a tranquei, quando olhei para frente avistei uma menina, parecia ter 17 anos e ela estava virada para a janela. Cheguei por trás dela e coloquei minha mão em seu ombro, ela se retorceu me fazendo tirar a mão dela.

–Ei, calma. –Disse calmamente

Olhei para sua bunda que não era tão grande e nem tampouco pequena e ela se virou, acho que ela percebeu que eu estava olhando e senti suas bochechas corarem e vi ela colocando sua mão esquerda em seu braço direito. Olhei em seus olhos e eles estavam marejados e seu nariz estava um pouco vermelho. Confesso que não entendi o porque dela estar chorando. Mas não perguntei.

–Te conheço? –Perguntei a ela, quem sabe eu a conhecia mesmo

–Não. –Ela me respondeu ríspida e tirando sua mão esquerda de seu braço direito.

–É, acho que não conheço mesmo.-Dei uma risada e a puxei para perto de mim.

–Me solta! –Ela se exaltou.

–Ei ei ei, calma.. –Eu disse levantando as mãos. –Você que veio até mim querendo sexo e agora quer se fazer de durona? – Bufei.

–Você é louco? Estava na rua andando a toa quando três garotos me pararam e me trouxeram para cá. Só quero sair daqui – Ela disse se virando de volta para a janela.

Eu realmente não entendi, por que os meninos fizeram isso? Sem contar que ela foi sem vontade e nem estava com dinheiro. Acho que a intenção deles ela era passar por mim primeiro e depois por eles, de graça. Não poderia deixar isso acontecer, ela era muito doce para ser abusada assim.

–É uma vista e tanta né? –Olhei pela janela junto dela

–É. –Ela me respondeu com a voz meio fraca

Ficamos em silêncio por um minuto e eu me lembrei de minha irmã Jazzy. Fiquei pensando se no futuro alguém quisesse fazer mal a ela. Essa menina ao meu lado, que não perguntei pelo nome pois até esqueci, me parecia ser tão meiga, tão doce.. Não poderia tocá-la se ela não quisesse. Não ela. Ela era diferente, podia-se ver em seus olhos que ela não estava fazendo cu doce que nem algumas putas que vem aqui.

–Por que você faz isso? –Ela perguntou quebrando o silêncio e me deixando realmente surpreso. Permaneci em silêncio e sentei-me na cama.

O que eu iria dizer? Que eu sou obrigado porque se não vou morar na rua? Que meu pai quem comanda isso tudo? Eu estava envergonhado, tinha vergonha de meu pai ser tão covarde por fazer isso comigo. Mulheres que eram viúvas ou mesmo casadas eram trazidas para meu quarto, pois quando meu pai devia demais fazia um acordo e me usava como “quitação”. Aquilo era repugnante. Mas eu não sabia se deveria contar a ela essa história tão pessoal sobre minha vida. Mas quando olhei seus olhos cheios de lágrimas e confusa, não resisti e comecei a falar.


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Notas finais do capítulo

bom, espero que tenham postado! Amanhã de noitinha posto o outro. Beijos Liebers :*



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