1 ano depois...

Justin POV:

Já se passou 1 ano e eu realmente fui um sucesso por onde cantei. Elizabeth me acompanhava em todos os lugares. Não sentia ciúmes das minhas fãs e ela havia realmente largado sua faculdade, desistiu de tudo por mim, por amor. Nossa vida estava sendo ótima, porém corrida. Sentia saudades de Jazmyn, não pude lutar pela guarda da pequena pois nem em casa eu parava e Lize era muito jovem para cuidar dela sozinha e por isso não conseguiria ganhar a guarda dela de qualquer jeito.

–Oi amor, o que está pensando? –Elizabeth chegou se sentando em meu colo e me tirando de meus devaneios.

–Em você. –Sorri e a beijei

–Hum, em mim? O que?

–Sobre você ter sido um anjo na minha vida –Sorri

Pude ver seu sorriso lindo sorrindo de volta para mim. Elizabeth se levantou e eu voltei com meus pensamentos. Minha vida mudou, todos que achavam que eu continuaria naquele serviço imundo pra sempre, hoje estão pagando ingressos para meus shows. Parece que tudo isso não passa de um sonho.

Tenho um show marcado hoje no Madison Square Garden, creio que vai bombar. Já não vejo a hora de subir em um dos palcos mais desejados do mundo e cantar minha música, ouvir meus fãs cantando junto, ler cartazes, ganhar ursos de pelúcias que normalmente são jogados no palco... Caramba, é um sonho se tornando realidade. Resolvi entrar um pouco no twitter e responder algumas pessoas. É incrível como só um “oi” que eu mando respondendo elas já entram em pânico, printam e tudo mais, essas minhas Beliebers (opa, acabei de dar um nome as minhas fãs, vou até postar aqui como elas serão chamadas) são muito loucas. São fãs de todos os lugares, muitos países e tal. Havia pouco tempo que lancei meu primeiro CD Believe, foi sucesso.

Elizabeth POV:

Justin achava que não, mas eu tinha ciúmes sim de suas fãs. Algumas delas eram muito atiradas, queriam passar a mão em todo seu corpo e tudo mais, acho que não havia necessidade disso tudo, até porque elas sabem que ele tem namorada né. Era um pouco chato quando acontecia isso, mas eu fingia nem ligar para não arrumar encrenca. Se tinha uma coisa que eu odiava era brigar com Justin. Nesse ultimo ano, foram 2 vezes que brigamos feio e eu nem lembro mais o porque, sério, eu não guardo rancor. Hoje era mais um show e eu não sabia se teria condições de ir, não estou me sentindo nada bem... Minha barriga dói e estou um pouco enjoada...

–Oi princesa, vamos almoçar? –Justin perguntou enquanto se sentava no sofá ao meu lado.

–Estou sem fome –Sorri de lado

–Você está pálida, está tudo bem?

–Sim –Falei fraco.

Não, eu não estava nada bem. Pude sentir meu corpo ficar fraco e o frio tomava conta de mim, meus olhos estavam se fechando involutariamente e a voz de Justin ecoava longe.

Justin POV:

Elizabeth essa manhã estava tão tranqüila e agora esta meio pálida. Chamei-a para almoçar e pude ver que seus lábios estavam brancos e seu rosto mais branco ainda, seus olhos grandes se fechavam involutariamente e ela lutava contra seu corpo que insistia em ficar fraco.

–Elizabeth –Dizia. –Tá me ouvindo? –Perguntei na tentativa dela me responder. –Lize meu amor!

Rapidamente a peguei no colo, quando a peguei, pude sentir algo molhado em meus braços, coloquei-a no banco traseiro do carro deitada. Quando a deixei deitada, pude notar que em meus braços havia sangue, entrei em estado de choque e a levei as pressas para o hospital. Cheguei lá peguei ela novamente em meu colo e sai gritando por ajuda.

–POR FAVOR ALGUÉM E AJUDA, SOCORRO! –Gritava essas palavras repetidamente.

Alguns enfermeiros chegaram com uma maca e colocaram Lize na mesma. A enfermeira que estava com eles pediu para que eu tivesse paciência e me fez umas perguntas.

–O que o senhor é da moça?

–Namorado. –Respondi nervoso

–Você sabe o que ela tem? Desde quando ela está assim?

–E-eu não sei, ela aparentava estar bem hoje de manhã, mas quando a chamei para almoçar, vi que seu rosto estava pálido e logo em seguida desmaiou. –Falei

–Vocês tem relações sexuais freqüentes?

–Que? Que tipo de pergunta é essa? –Passei a mão pela boca

–Tem ou não senhor? Preciso saber para fazermos os exames específicos. É para o bem dela.

–Sim,temos. –Disse fitando o chão

–Ok, obrigada. Aguarde um pouco por favor.

Ela me pediu e eu assenti. Sentei-me a cadeira e fiquei pensando sobre a última pergunta que ela fizera a mim. O que tem a ver nós fazermos sexo com ela ter desmaiado e sangrado? Juro que não sei.

Elizabeth POV:

Abri meus olhos lentamente na tentativa de fazer minha dor que mais parecia cólica parar, e olhei em volta de onde estava. Não havia ninguém no quarto em que eu estava. Comecei a ficar nervosa e logo tentei me levantar da cama, mas minhas pernas ainda estava fracas e então cai no chão soltando um grito de dor. Rapidamente pude ouvir a porta sendo aberta:

–Lize! Lize! Sua maluca o que você está fazendo? –Era a voz de Justin

–Justin? O que houve comigo? Por que estou aqui? –Perguntei enquanto ele me colocava na cama.

–Você passou mal essa tarde.

–Mas mal de que? –Insisti

–Eu não sei Lize, ainda não trouxeram os seus exames. Mas você está se sentindo melhor? Posso notar que a cor de seu rosto está ficando mais corada, você estava muito pálida mais cedo. –Disse ele

–E o seu show? Já está quase na hora Justin. –Falei em um tom preocupado.

–Eu não vou mais. –Disse ele olhando para baixo.

–O que? Você pirou? Justin, é MADISON SQUARE GARDEN. Como assim você não vai cantar? –Perguntei indignada.

–Eu não vou te deixar aqui sozinha meu amor, não sou louco.

–Vida, é seu show. Eu vim com você para cá, pra você realizar seu sonho. Então você vai ir lá e vai arrasar. Eu devo tomar alta hoje ainda. Não se preocupe. Ok?

–Mas.. –Ele ia falar e eu o interrompi.

–Mas nada, você vai cantar. Por mim –Fiz biquinho

–Ta bem –Ele cedeu.

–Agora vai, você tem que treinar sua voz ainda e se arrumar. –Falei dando um beijo em sua mão que estava segurando as minhas.

–Assim que você descobrir o que é, você me liga por favor. –Disse depositando um beijo em minha testa.

Agora era só eu naquele imenso hospital. Meus pais já sabiam da minha nova vida, que eu larguei a faculdade e fui seguir na estrada com Justin. No começo eles não aceitaram muito a ideia, realmente, eu vacilei e muito com meus pais que deram duro para eu ter um futuro promissor. Mas eu to feliz, acho que isso é o que importa.

–Senhorita Elizabeth? –O médico que aparentava ter uns 50 anos chegou me tirando de meus devaneios.

–Sim?

–Bom, o resultado dos seus exames já saíram. –Ele disse sendo sério e seu tom de voz não me agradava nem um pouco.

–Então, diga logo o que eu tenho doutor? Vou ter alta hoje mesmo né? Ai graças a Deus. –Falei me sentindo um pouco aliviada achando que não seria nada demais.

–Bom, a noticia que tenho pra te dar não é nada agradável. –Dizia enquanto se sentava na cadeira ao lado do meu leito.

–Diga logo doutor, por favor. –Meus olhos já estavam marejados

–Você teve um aborto espontâneo senhorita.

O que? Eu estava grávida? Mas como isso é possível? Eu nem sabia que estava grávida. Droga! Me lembrei. Deve ter sido há uns meses que Justin e eu transamos no jardim e esquecemos de usar a camisinha. Mas um aborto espontâneo? No momento em que parei para refletir, eu já estava chorando e incrédula de tudo que havia acontecido. Era uma vida dentro de mim e eu a perdi. Eu sei que só tenho 19 anos, mas seria um filho, eu o fiz e arcaria com as conseqüências sem pensar duas vezes.

–Senhorita? –O doutor tentava me tirar do transe.

O olhei com uma cara de “me abraça” e no mesmo momento ele me abraçou. Eu não me importava quem estava me abraçando, eu só precisava saber que tinha alguém comigo. Meus olhos não paravam de descer lágrimas, minha cabeça parecia que ia explodir e meu corpo estava cada vez mais fraco. Novamente senti uma tontura e meus braços se soltaram da cintura do médico e eu desmaiei.

–Senhorita Elizabeth? -Uma voz ecoava longe

Tentava abrir meus olhos e tudo que eu conseguia ver era esboço. Acordei um pouco tonta e pude ver uma moça em pé ao meu lado mexendo no soro, no mesmo instante em que ela percebeu que eu estava de olhos abertos, correu chamando o doutor. Tentava levantar a cabeça para avistar alguém conhecido, mas eu mal sentia meu corpo.

Era para eu ter ligado para Justin. Mas eu não podia o deixar preocupado logo naquele dia. Quando pude realmente abrir meus olhos, pude ver uns 3 médicos ao meu redor sorrindo para mim e dizendo que eu estava bem. Já era madrugada e eu não conseguia dormir. As luzes de fora do hospital já estavam todas apagadas, o silêncio ecoava naquele lugar imenso, minha mente estava focada somente no filho que eu perdi. Eu só sabia chorar e chorar. Olhei para o relógio e eram mais ou menos 02:30 am. Pude ouvir a porta se abrir lentamente e quando olhei, para minha surpresa era Justin.

–Oi meu amor -Ele disse com aquele sorriso irradiante tomando conta de seu rosto.

–Oi -Sorri de leve

–Você está bem? Por que está chorando? -Perguntou com um tom preocupado.

Eu o abracei na mesma hora e me derramei mais ainda em lágrimas. Justin sem entender nada me afastou de seu peito e me olhou nos olhos.

–Ei meu amor, o que houve? Me conte

–Eu sofri um aborto espontâneo Justin -Olhei em seus olhos

–O que? Como assim Lize? Meu Deus isso não pode ser possível!

Quanto mais ele falava, mais eu chorava. Mesmo eu não sabendo que estava grávida, quando eu soube que perdi meu bebê, eu já entrei em estado de choque e pude perceber o quão grande é um amor de mãe.

Justin POV:

Eu estava em choque. Não sabia o que dizer para Elizabeth e não sabia o que fazer. Não sei se ela ter perdido o neném foi bom ou ruim, eu sinceramente já não sabia de mais nada...