Querida Cupida escrita por Miss Smoak


Capítulo 14
All of me


Notas iniciais do capítulo

Volteeei amores..
Preparadas para mais um cap?
Boa leitura.



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— Papai.. - a voz de Eve me tirou dos devaneios. A olhei no balanço chutando as pernas para cima, ela parecia tão abatida.

Já se fazia dias em que aconteceu a pior coisa que podia ter acontecido. Felicity ainda continuava em coma e sem previsão dela voltar para mim. Eve e eu íamos visitá-la todos os dias, ela contava o que acontecia em seus dias, outros ela preferia pentear os cabelos de Felicity enquanto eu me ocupava em observar.

— O que houve meu amor? - me agachei em sua frente.

— Nós podemos ir ver a mamãe agora? Tenho saudades. - pediu, assenti passando minhas mãos por seus cabelos com duas trancinhas.

Eu tinha a plena certeza de que se não fosse por Eve, eu estaria completamente perdido. Eve tem me mantido sã.

Antes de chegarmos ao hospital, parei em um mercado comprando algo para ela comer. Frutas. Era o que Felicity iria me dizer.

Quando chegamos ao hospital, Donna que tinha chegado esses dias estava com um álbum em mãos, abaixo de seus olhos as olheiras se destacavam. Ela ergueu os olhos lentamente e abriu os braços pedindo por Eve que abraçou sua avó prontamente. Senti meu corpo todo se retrair ao ver minha mãe entrando ali. Ela era de longe a pessoa que mais detestava eu não entendia o que ela tinha vindo fazer aqui.

Donna fechou a cara quando a viu, não a culpava por aquilo porque eu estava agindo do mesmo jeito.

— Eve, titia veio te buscar para passarmos o dia juntas. - Thea disse se aproximando delas.

— Posso dar um beijo na mamãe antes? - perguntou, Thea sorriu e assentiu agarrando sua mão a levando até o quarto onde Felicity estava sendo mantida. Donna resmungou algo sobre querer ar e saiu também.

— O que você está fazendo aqui? - fui ríspido ao falar com ela, o sorriso curto que ela me ofereceu fez meu sangue ferver e meu estômago revirar.

— Vim prestar minhas condolências Oliver, acima de tudo eu sou sua mãe. - falou.

— Felicity não está morta para essas suas condolências falsas. - retruquei e franzi o cenho com sua careta de surpresa ela resmungou algo baixo e saiu apressada agarrando o celular no processo.

Sendo guiado pela curiosidade a segui mantendo silêncio em minhas passadas. Ela brigava com alguém no celular.

Senti meu corpo todo ficar rígido.

"A garota não morreu seu imbecil"

Não conseguia evitar o sentimento de repulsa que tomava de conta do meu corpo, eu simplesmente não podia acreditar no que meus ouvidos escutavam. Foi tudo um plano.

Um plano arquitetado por Moira Queen.

— Eu não queria ouvir isso. Juro que não queria. Sempre tentei entender o porquê de você não gostar de Felicity, nunca vi motivos o suficiente, mas isso é baixo até para você. A mulher que eu amo está em coma por uma implicância sua, eu corro o risco de perdê-la e minha filha pode ficar órfã de mãe por sua culpa, a qualquer momento eu posso perder Felicity e o filho que ela carrega. - gritei socando a parede mais próxima, o rosto da minha mãe se tornou branco feito papel, ela soltou o celular no chão, assustada.

— Oliver o que é que está acontecendo? - Thea agarrou meu braço, procurei Eve com os olhos e não a vi, seria melhor se nem ela e nem Donna ouvissem isso, o olhar suplicante que Moira me deu não surtiu nenhum efeito sob mim.

— Ela foi quem armou. Ela é a culpada por Felicity estar naquela cama.   -foi tudo o que eu disse. Thea se afastou de mim, ela negou veemente.

— Ollie é a nossa mãe..

— E ela não é santa Thea. Ela nunca gostou da Felicity, chegou a oferecer dinheiro para ela me deixar, ela fez isso com Felicity essa mulher a sua frente não merece ser chamada de mãe e sim de monstro. - gritei, as pessoas pararam prestando atenção na gente, alguns até se atreviam a filmar.

— Pai? - Thea se virou para nosso pai e ele confirmou minhas palavras.

— Estou chamando a polícia. - ele anunciou sem nenhuma emoção no rosto, Moira estava paralisada, seus olhos em choque, Thea chorava baixo.

Peguei Eve no meu colo, a protegendo das câmeras que estavam ali. Dezenas de jornalistas já estavam ali, assim como a polícia.

Eu ainda não consigo acreditar! Olhava minha mãe ser levada pelos policiais sem nenhum tipo de emoção, os flashes iluminando seu rosto avermelhado de tanto implorar por perdão.

Senti lágrimas quentes descendo por meu rosto, coloquei as mãos na cabeça me sentindo derrotado. Limpei meu rosto enquanto caminhava até o quarto da Felicity. Eve estava deitada ao lado dela e Donna sorria vendo a cena.

— O que houve Oliver? - ela perguntou a chamei com a cabeça me certificando que Eve não escutaria o que eu iria lhe dizer.

— Preciso que fique com Eve, eu estarei na delegacia prestando depoimento.

— Encontraram quem fez isso com minha Felicity? - ela colocou as mãos na boca, uma pequena felicidade invadindo seus olhos.

— Sim e preciso que me perdoe. Moira Queen foi a culpada. - murmurei a vi dar dois passos para trás assustada.

— Você não tem culpa de ter uma mãe dessas Oliver. Pode ir, eu fico com Eve. Certifique-se de que ela passe bastante tempo na cadeia. - pediu.

— Vou me certificar.

(...)

A encarei ali, suas mãos algemadas.

— Não adianta, eu fiz e faria novamente. - falou, senti aquelas palavras me quebrarem. Ainda não podia acreditar como pude venerar aquela mulher um dia.

— Felicity está naquele hospital por sua culpa. - rosnei baixo, encarando seu rosto. Um sorriso curto e frio surgiu em seus lábios, podia ver uma sombra de satisfação em seu olhar.

— Querido.. Eu só queria sua felicidade, aquela mulher não serve para você. - falou.

— Felicity é a minha felicidade. Ainda não acredito que você é minha mãe, tenho vergonha de você. Você é insana.

— Você acha que ela é sua felicidade, mas está enganado. E quando enxergar a verdade vai me agradecer. - ela disse me ergui rápido da cadeira querendo sair daquele ambiente tóxico.

— Você é doente.

— Ela conseguiu mesmo te agarrar. Sempre usando o golpe da barriga. - disse, uma raiva invadiu meu corpo.

— Não se atreva a se aproximar dela ou da minha família. - soquei a mesa que estava ali e a deixei sozinha ali.

— Detetive Lance. Tome todas as precauções para que ela fique o máximo de tempo presa. - não queria mais aquela mulher em minha vida. De jeito nenhum.

Resolvi passar no hospital novamente, com toda loucura que foi o dia de hoje não pude ficar um pouco com ela.

Meu coração se apertou um pouco ao vê-la ainda de olhos fechados. Eu precisava de seus olhos abertos, eu precisava de Felicity ao meu lado novamente.

— Me perdoe por tudo Felicity. Eu queria não ter saído de casa aquele dia, eu tinha que te proteger, e eu falhei. Falhei com você, e eu sinto tanto. Eu te amo Felicity, abre os olhos meu amor, por favor. - implorei baixo me sentando do seu lado, passei meus lábios por sua testa. E então eu senti um leve aperto em minha mão. Olhei para baixo e vi seus dedos se mexerem lentamente.

Foi incrível. Eu podia sentir todo meu corpo se encher de felicidade ao sentir seu aperto em minha mão. Seus olhos se abrindo lentamente, confusos.

— Oi meu amor. - dussurrei baixo acariciando sua mão, ela virou o rosto em minha direção e sorriu. O sorriso mais belo que podia existir.

—Oliver. -Suspirou, me debrucei sob seu corpo tomando cuidado necessário. Nossos lábios se tocaram e foi como da primeira vez. Mágico.


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Notas finais do capítulo

Aguardo vocês.. Beeijos ^^