Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 6
Condição.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633889/chapter/6

NARRAÇÃO ISABELLA SWAN:

Resumindo tudo, a senhora Masen não me chamou para o chá, eu e Edward ficamos conversando na biblioteca a tarde toda. Ele parecia tão enigmático! Em alguns momentos eu pensei que ele estivesse flertando comigo, mas afastei esses pensamentos da minha cabeça antes que começasse á ficar sonhadora demais.

– Já é tarde.- Ele disse, olhando para a janela. Eu concordei, o pôr do sol já tinha passado, e nada de mamãe e Elizabeth Masen. Ele olhou para mim, seus olhos ficavam mais verdes quando ficava escuro.

– Acho que devíamos chamar nossas mães, a conversa deve estar tão maravilhosa que elas devem ter perdido a noção da hora.- Eu disse, levantando-me da poltrona e arrumando o meu vestido, que á essa hora já estava todo amassado. Ele levantou-se também, num pulo.

– Está com pressa?- Ele perguntou, erguendo uma sobrancelha para mim. Queria dizer que, na verdade, a última coisa que eu queria era me afastar dos seus olhos e do som da sua voz, mas ele ficaria assustado e me acharia vulgar e pretensiosa, como todas as outras garotas da cidade. Coisa que eu, definitivamente, não era e não queria que ele achasse.

– Não, mas papai está sozinho em casa e nós não temos empregados, deve estar morrendo de fome.- Só pensei em papai agora, e me senti culpada por isso. Esse é um dos motivos para eu não querer casar – apesar de que, se Edward Masen me pedisse em casamento, eu acredito que aceitaria antes que ele terminasse de falar, e me atiraria em seus braços como uma bigorna cai em cima de um cartum.

– Tudo bem, vamos chamar as senhoras.- Ele disse, indo comigo até a porta. Quando chegamos á sala de estar, mamãe e a senhora Masen estavam lá, olhando fotos de um álbum. Elas sorriram para nós.

– Conversa boa na biblioteca?- A mãe de Edward perguntou, olhando para ele de forma sugestiva. Vi-o revirar os olhos.

– Apreciativa o suficiente, como todas as conversas com Isabella são.- Ele disse. Eu mordi o lábio inferior.

– Edward...- Chamei. Ele olhou para mim.- É Bella.- Eu corrigi. Ele riu.

– Perdão, eu sempre esqueço. É que eu realmente acho o seu nome tão bonito! Mas vou chamá-la de Bella, se é assim que prefere.- Ele disse, sorrindo para mim. Eu suspirei, se eu soubesse que ele me chamava assim porque gostava, eu nada tinha falado. Na verdade, acabei percebendo que eu gostava do som do meu nome na sua voz. Eu sempre faço besteira.

– Estávamos vendo as fotografias de Edward quando mais novo. Venha ver, Bella, que garoto gentil!- Mamãe chamou, sorrindo para mim. Fui até elas, era o bebê mais lindo que já vi.

– Esse fotógrafo era um artista, até me fazia parecer fofo.- Edward comentou ao meu lado. A senhora Masen deu-lhe um tapinha na perna, repreendendo-o, mas estava sorrindo, não havia reclamação real. Eu sorri para ele, balançando a cabeça.

– Você tem fotografias onde está mais velho?- Perguntei erguendo uma sobrancelha. Ele concordou com a cabeça e fez uma careta.

– Apesar de odiar aquela coisa, sim.- Ele disse. Vi a mãe dele remexer no baú e tirar uma bolsinha de veludo, de dentro dela saíram cerca de 7 fotografias. Edward estava em todas, sorrindo torto ou sério, mas sempre lindo.

– Acho que não é o artista, mas sim o modelo. Olhe só como você está maravilhoso em todas elas!- A mãe dele o mimou, mostrando uma fotografia. Ele ficou vermelho na hora, constrangido pelo mimo da mãe. Eu sorri, ela o ignorou.- Não é, Bella?

– Acho que as fotos o deixam melhor do que ele realmente é.- Eu brinquei e ele revirou os olhos para mim, dando de ombros.

– Eu também.- Ele disse e eu ri. Ouvimos um ruído vindo da porta, o pai de Edward acabara de retornar de algum lugar que eu não me lembro onde era, e parecia exausto. Mesmo assim, sorriu quando nos viu.

– Boa noite, senhoras!- Ele tirou o chapéu para nos cumprimentar, acenamos para ele. Mamãe olhou ao redor, quando encontrou o relógio, arregalou os olhos espantada.

– Santo Deus, veja só que horas são! Bella seu pai deve estar desmaiando de fome, pobrezinho!- Mamãe parecia em choque, colocou as fotos no colo da senhora Masen, arrumou o vestido e o cabelo, analisou seu corpo de cima á baixo e depois olhou para mim, esticando a mão para segurar a minha, que eu estendi para ela.

– Veja só como o tempo passa voando quando estamos em companhias agradáveis!- A senhora Masen sorriu gentilmente, levantando-se também, com muito mais calma do que mamãe, que se levantou alvoroçadamente. Mamãe sorriu para a amiga.

– É sempre uma honra estar ao seu lado, querida. Marcaremos outra reunião, dessa vez na minha casa!- Mamãe prometeu, levando a mão ao peito. Seu rosto era tão singelo e angelical, ela estava sempre tão nervosa com o trabalho perigoso de papai, com as contas da família e com todas essas coisas de uma dona de casa, que era quase um milagre vê-la tão leve e risonha. Eu podia apreciar esse momento o quanto eu pudesse, desde que minha memória permitisse.

– Edward, querido, será que você poderia, por favor, levar as belíssimas mulheres até sua casa? Está tarde para andarem sozinhas pela rua, e estão com pressa.- O senhor Masen pediu ao filho, que olhou para nós duas e concordou com a cabeça, sorrindo. Eu neguei com a cabeça.

– Não é necessário, e ainda não está tão tarde assim. Tenho certeza de que o incomodo não é necessário, certo?- Perguntei á mamãe, que negou com a cabeça nervosamente, me decepcionando. Revirei os olhos discretamente enquanto assistia mamãe sorrir para Edward.

– Ela só está tentando ser gentil. Infelizmente, eu não tenho tempo para ser tão gentil. Não quero, realmente, incomodar, mas é verdade que está tarde e estamos com pressa, então aceitaríamos de bom grado a oferta. Obrigada.- Mamãe disse, colocando a mão no ombro do Edward gentilmente. Ele sorriu.

– Não há de quê.- Ele disse, indo na direção do pai e pegando a chave do automóvel. Nos despedimos da família Masen e acompanhamos Edward, que abriu a porta para mamãe. Quando eu ia me sentar ao seu lado, ela pediu para que eu fosse ao lado de Edward, pois “queria ficar um pouco sozinha com seus pensamentos e espaço”. É claro que eu não caí nessa, ela só queria que eu ficasse mais tempo perto de Edward.

– Mas e então, já acham que são amigos o suficiente para irem ao parque?- Mamãe perguntou, salvando a pátria, quando o silêncio entre nós ficou constrangedor. Eu pigarreei, pois a pergunta foi igualmente constrangedora.

– Bem, se Isabella achar agradável, eu poderia com prazer levá-la ao parque central.- Ele disse, sorrindo torto para mim. Precisei lembrar de respirar, pois aquele sorriso era realmente abalador, meu coração bateu acelerado. Eu respirei fundo.

– Filha?- Mamãe ergueu uma sobrancelha sugestivamente para mim, incentivando. Eu engoli em seco.

– Mamãe, a senhora não acha que já estamos explorando muito o pobre Edward? Quero dizer, ele tem de estudar, e ainda tem de seguir á frente o trabalho do pai. Há muito o que fazer!- Eu disse, mordendo o lábio inferior. Ele suspirou, eu imaginei que ele tivesse pensado que eu não queria sair com ele, então tratei de mudar a opinião.- Não que eu não fosse ficar feliz, há tanto o que conhecer em Chicago e em todo o país!

– Então não há discussão!- Mamãe disse animada. Eu revirei os olhos de novo. Paramos na frente de casa. Edward abriu a porta para mamãe primeiro, e quando ele ia abrir a porta para mim, mamãe falou apressadamente:- Não tenham pressa. Eu vou entrar e conversar com seu pai, e fazer seu jantar. Podem ficar aqui fora conversando. Ou vão passear pela rua! Está uma noite tão bonita!- Mamãe suspirou sonhadora.

– Eu sinto muito por ela.- Eu disse constrangida depois que ela nos deixou á sós. Edward balançou a cabeça, o sorriso torto destruidor de vidas brincando mais uma vez nos seus lábios. Ele ofereceu o braço para que eu o segurasse.

– Eu não. Ela é divertida, eu acho cômica a forma como ela quer que nós nos demos tão bem. E é legal.- Ele disse, me incentivando á andar. Caminhamos pela calçada, indo em uma direção que eu realmente não me lembro de ter ido nenhuma vez antes na vida.

– Pensei que ela quisesse que eu tivesse amigos, mas, de repente, parece que ela quer apenas que eu fique exclusivamente com você, pois não me dá espaço para ficar longe de você. Desde sexta nós nos vimos incansavelmente. Foram 3 dias de companhia excessiva.- Eu disse. Ele fechou a cara, percebi seu queixo travado, e só então pude me dar conta do que tinha falado.

– Eu não tinha percebido que, para você, era um incomodo. Se tivesse me dito, eu a teria apresentado á vários outras moças... E rapazes, e poderia ter feito novas amizades. Eu sinto muito pela lista mínima.- Ele disse, com a voz dura. Eu engoli em seco.

– Oh Edward não foi isso que eu quis dizer! Não me entenda mal, por favor! Eu adoro a sua companhia, é a melhor do mundo todo. Eu realmente me sinto muito confortável ao seu lado, e eu não me sinto confortável com, bem, ninguém.- Eu mordi o lábio inferior. A expressão dele não mudou. Percebi que estávamos perto de uma praça. Alguns casais tomavam sorvete, outros conversavam e sorriam. Sentamos numa mesa de pedra, de frente um para o outro.

– Não se preocupe em me magoar, eu estou sempre interessado com a sinceridade.- Ele disse sem me olhar.

– Mas eu estou sendo sincera! Eu me expressei mal, eu quis dizer que é curioso que mamãe use a desculpa para que nós fiquemos juntos sempre, de que eu preciso de amigos. Mas na verdade, ela apenas quer que eu fique com você. Deus, eu não sei explicar!- Eu levei a mão á cabeça, desesperada, nervosa. Meus olhos estavam abertos exageradamente, e ele olhou para mim, depois gargalhou. Eu fechei a cara.- Qual a graça?

– Você fica muito bonitinha quando está nervosa. Está pálida, Isabella.- Ele brincou, esticando a mão.

Eu vi, como se fosse lentamente, como num sonho, sua mão vir na direção do meu rosto. O toque da ponta dos seus dedos na minha bochecha foram suaves. Eu senti como uma pena, e eu queria desfrutar mais. Meus olhos quiseram se fechar pelo carinho, mas me obriguei á mantê-los abertos, só para olhar a forma como as pupilas dele dilataram, e como sua expressão ficou séria e concentrada de repente.

Uma mecha de cabelo meu estava pousada no meu ombro, e ele depositou demasiada atenção ao movimento lento de tirá-la dali, e induzi-la até atrás da minha orelha, gentilmente. Quando terminou, ele pareceu ter sido acordado de um transe, sua mão se afastou rapidamente, e encolheu-se na mesa. Ele piscou fortemente e pigarreou.

– Perdão, eu não queria ser... Indiscreto.- Ele disse. Eu balancei a cabeça, minha garganta estava seca.

– Você não foi indiscreto. Não precisa pedir perdão toda vez que tocar em mim. Somos amigos, não somos?- Perguntei. Ele piscou, engoliu em seco e depois sorriu.

– Somos.- Ele disse. E, no entanto, isso não pareceu o suficiente. Nem o que ele disse, e nem seu toque. Eu senti ansiedade de que sua mão passeasse mais pelo meu corpo, e isso me deixou constrangida. Agradeci por ele não pudesse ler mentes, caso contrário, ele me acharia vulgar e fugiria de mim. Eu não quero que ele fuja de mim, mas acho que se eu descobrisse que alguém sente por mim, o que eu estou começando á sentir por ele... Bem, eu fugiria.

(…)

Depois ele pagou um sorvete para mim, e nós voltamos para minha casa. Ele deu boa noite ao meu pai á porta e se foi. Mamãe me perguntou tudo sobre o que conversamos, eu deixei de fora a parte em que ele me disse que eu mudaria de ideia sobre o casamento, pois aquele momento foi especial. Seus olhos tinham um brilho diferente, e apesar de eu ter ficado triste por ele ter sugerido me apresentar á um amigo, no fundo eu só o imaginava ao meu lado. Ele não fazia ideia de que eu já tinha mudado de ideia á muito tempo, desde que olhei em seus olhos verdes incríveis. Tudo isso eu escondi, tanto de mamãe, quanto dele.

– Pena que amanhã já é segunda, e provavelmente ele terá de ficar no trabalho com o pai. O senhor Masen é realmente muito rigoroso.- Mamãe disse enquanto eu a ajudava á lavar a louça. Eu concordei com a cabeça.

– Ou não. É uma ótima oportunidade para eu conhecer outras pessoas além dele.- Eu mordi o lábio inferior, eu não queria mais conhecer ninguém.

– Eu acho que não precisa. Ele é o suficiente.- Ela piscou para mim. Eu sorri, concordava com ela em número, gênero e grau. Mas escondi isso dela também.

– Você é absurda, mamãe! Acho que já passou da hora de desistir dessa ideia de que eu e ele iremos nos casar.- Eu disse. Ela balançou a cabeça.

– Querida, eu sou cristã. Tudo é possível!

(…)

Na segunda, eu não encontrei com Edward, como já era de se imaginar. Eu fiquei o dia todo fazendo os trabalhos de casa com mamãe, e lendo livros educativos no meu quarto. Na terça, foi mais um dia sem ver Edward, eu estava começando á ficar nervosa, pois li algo num livro e quis falar para ele, e ele não estava aqui para ouvir, era perturbador. Na quarta, mamãe me mandou ir na costureira comprar um vestido novo, ela sairia com papai para jantar fora e queria estar maravilhosa, pois papai tinha dito que seria uma noite boa. Eu fiquei em casa á noite, olhando pela janela do quarto. Os casais passavam de braços dados, as crianças em suas casas jantando com os pais, os idosos tricotando na varanda de casa... Por um momento eu quis uma vida daquela. Na quinta, mamãe me disse que papai tinha recebido um bom dinheiro do banco, tinha investido em algo que tinha dado muita boa renda, e que provavelmente teríamos dinheiro para comprar um automóvel e contratar empregados sem nos preocupar com o futuro, eu fiquei feliz por isso, era importante para mamãe ter dinheiro, ela se sentia um pouco desfalcada por todas as suas amigas terem tanto dinheiro e ela não, mas agora as coisas estavam mudando, certo? Na sexta mamãe fez uma tarde do chá com todas as mulheres da rua, para comemorar a boa época, e é claro que eu era obrigada á estar entre elas. Foi então que eu a conheci.

Octávia Lawrence era bonita, provavelmente uma das moças que eu já tinha visto, e eu já tinha visto muitas moças bonitas! Ela sorriu para mim, mas não de uma forma que me deixasse confortável, mas de uma forma que me deixasse querendo morrer. Ela se aproximou e me avaliou.

– Será que seria muito difícil dizer para mim o que você fez para conseguir conquistar Edward Masen? Vi os dois juntos na semana passada, indo para uma festa. E depois os vi de braços dados, indo para a praça... Diga-me, você aprendeu feitiçaria em Londres?- Ela perguntou, e apesar de eu saber que ela estava falando sério, eu quis gargalhar, e o fiz. Ela ficou me olhando assustada, como se eu fosse louca, mas eu simplesmente não acreditava que ela estava falando isso! Que estúpida!

– Perdão, mas você não pode estar falando sério!- Eu disse, começando á fechar a cara. Eu não gostava que falassem de Edward para mim, desde o dia da lavanderia, era nesses momentos que eu me lembrava o porquê de que ficar desconfortável no começo.

– Sim, eu estou. Sei que é crime cometer a bruxaria em Chicago, mas não sei nada sobre a Inglaterra. Você pode muito bem ser uma daquelas pessoas que fazem feitiços para conseguir maridos.- Ela deu de ombros, com desprezo. Eu ergui uma sobrancelha.

– Eu tenho cara de quem perde tempo fazendo feitiço? Nem marido eu quero ter, você está totalmente errada sobre a Inglaterra. E sobre Edward: eu simplesmente sou uma que ele de bom grado aceita a companhia. Não há nada demais em ir á uma festa juntos ou ir á praça.- Eu disse, dando de ombros, apesar de ter muito o que eu gostaria de falar.

– Bem, todo mundo acha que você e ele estão organizando um noivado, principalmente agora que você e ele tem quase a mesma classe social.- Ela disse, sorrindo para mim como quem pede desculpa. Eu quis bufar, mas a minha educação não permitiu, então eu simplesmente respirei fundo.

– Eu e Edward somos apenas amigos.- Eu disse, e no entanto eu queria que ela estivesse certa, mordi o lábio inferior torcendo para que ela não percebesse a minha mania nervosa. Ela sorriu abertamente, e eu percebi que isso a deixava animada. Talvez, e quase uma certeza, ela estivesse louca para ser a senhora Masen. Eu suspirei.- Está satisfeita?

– Muito. Perdão pelo incomodo e pela minha grosseria, mas é que... Bem, já faz um tempo que o meu pai está fazendo acordos com o Sr. Masen, e á um tempo ele falou que tinha uma filha, para o caso de o Sr. Masen querer casar seu filho, eu até mesmo já fui tomar chá com a Sra. Masen á um tempo... Estava esperando por uma resposta da família, e pensei que não o tivessem dado por sua culpa, que ingenuidade a minha! É claro que uma mulher estudada como você não vai querer se prender á um rapaz tão cedo!- Ela disse, ainda sorrindo aliviada e animada. Eu suspirei, ela estava enganada. Eu me prenderia á Edward facilmente.

– Perdão, eu tenho que ir até o meu quarto, volto num instante para continuar essa conversa adorável.- Eu disse, tentando sair daquele lugar o mais discretamente possível. Procurei por mamãe, e para a minha surpresa, ela estava com o pescoço esticado na minha direção, analisando tudo com os olhos estreitos. Balançou a cabeça lentamente quando eu a olhei em desespero, e voltou á olhar para a mulher com quem conversava. Olhei para Octávia.

– Certo, mas... Bem, eu não quero ser muito pedinte, mas será que seria muito incomodo você falar com Edward sobre mim? Sondar para saber se ele sabe que pode estar noivo.- Ela disse, sorrindo constrangida. Eu suspirei, tive de suspirar várias vezes até que a minha voz saísse num tom amigável.

– Eu não sei quando o verei novamente, perdão.- Eu disse, colocando a xícara de chá na bandeja que estava na mesinha ao lado.

– Oh sim, mas quando o vir, poderia fazê-lo?- Ela perguntou. Seu olhar era tão desesperado, deu para perceber que ela realmente queria isso. Eu mordi o lábio inferior, eu estava sendo tão cruel!

– É claro.- Eu disse, levantando-me e indo para o meu quarto. Fiquei lá alguns minutos pensando.

É claro que eu imaginava que muitas moças quisessem o posto de noivas de Edward Masen, sendo bonito como era, tendo uma família renomada e dinheiro... Bem, era de se esperar que todas estivessem loucas para desposarem ele! E percebi que eu estava começando á entrar para esta lista, o que me apavorou.

Existiam muitos outros rapazes com dinheiro na cidade, e com uma família renomada, e bonitos, mas todas os adjetivos numa só pessoa? Acredito que tenham poucos, e os que tem, já estejam noivos de alguém. Apenas Edward ainda está “disponível”, e falar dele assim me faz sentir náuseas.

Tentei pensar em todas as garotas que á muito tentam chamar a sua atenção, sem perceber que na verdade ele nem as nota, ou talvez o faça, mas não como mulheres, apenas como filhas de amigos de seus pais. Imagino se eu estivesse no lugar delas, como me sentiria péssima! Não é justo que eu queira tomar o lugar delas, que eu queira que Edward me escolha invés delas, e mesmo assim, eu fazia. Eu queria ser noiva dele, e eu queria andar de mãos dadas com ele apenas para que todas as outras pessoas soubessem que ele me pertencia. E mais uma vez, senti náuseas.

Respirei fundo algumas vezes, talvez eu falasse de Octávia para ele quando o visse, e talvez ele sentisse meu tom ciumento quando falasse, e talvez ele me desse alguma dica de se eu deveria criar expectativas ou não. Apenas de uma coisa eu tenho certeza: ele não está interessado nas garotas da cidade, caso contrário, seriam elas quem estariam marcando encontros aleatórios com ele nos fins de semana, e não eu.

Não que ele esteja interessado por mim, é claro. Mas ao menos, ele não está desinteressado. E já é grande coisa se comparar com elas! Não é como se eu estivesse disputando pelo coração de Edward, pois não há uma disputa real e justa, se for contar com minhas vantagens e desvantagens. Mas de certa forma, eu me sinto ameaçada por todas essas garotas com quem minha mãe me fez conversar hoje, imagino que essa não tenha sido a sua intenção, mas foi o que aconteceu.

Eu não tenho mais para onde escapar, devo assumir as responsabilidades do meu desastre de ter me apaixonado por Edward Masen, e espero que ele esteja disposto á ficar comigo, pois eu só aceito essa condição.

(…)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou admitir: esse capítulo estava escrito á séculos, mas eu esqueci de postar. Me perdoem, amo vocês!
Os próximos capítulos já estão escritos, e espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei de escrever! Amo vocês, até os comentários!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escrito nas estrelas." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.