Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 12
Will be mine.




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NARRAÇÃO: Isabella.

Não há mais como negar. Eu e Edward estamos completamente apaixonados um pelo outro. Sei disso porque sinto necessidade de estar perto o tempo todo, e sei que ele sente o mesmo. A forma como ele me olha me diz tudo. Seus olhos verdes e expressivos, amo tudo neste homem á minha frente.

Amo seu sorriso torto, que aparece como se não soubesse o que causa nas pessoas. Amo como seus olhos ficam pequenos quando qualquer um dos seus sorrisos surgem. Amo a forma protetora com que ele me segura quando estamos andando juntos na rua. Amo a sua concentração quando ele está dirigindo. Amo a expressão que ele faz quando me vê, como se não tivesse me visto antes, como se estivesse se apaixonando hoje, todos os dias. Tenho a sensação de a minha expressão é a mesma, só que bem menos maravilhosa.

— No que você está pensando?- Ele perguntou. Eu sorri.

— Em você.- Ele sorriu.

— Espero que sejam coisas boas.

— Não tenho motivos para pensar coisas ruins á seu respeito.- Eu dei de ombros. Ele concordou com a cabeça, olhando para o lago. O céu estava começando á ficar laranja, e apesar de saber que papai faria um belo drama se chegasse na hora ou depois do jantar, eu não queria ir embora.

— Preciso arranjar um jeito de não ficar atolado no trabalho, tenho certeza de que papai vai me dar muito o que fazer. Ele quase não fica mais em casa, não quero que isso aconteça comigo.- Ele disse, fazendo uma careta. Eu suspirei.

— Espero que a sua pressa não seja por minha causa. Odiaria saber que seu pai me odeia por eu te tirar do seu trabalho.- Eu disse, nervosa. Ele balançou a cabeça.

— Duvido que ele a odeie. Se não fosse por você, eu estaria procurando alguma forma de servir o país, mesmo que não fosse como soldado. Eu daria um jeito.- Ele deu de ombros. Sorri, feliz por saber que ele não vai mais se afastar, ele não tem mais motivos. E saber que tudo isso é por minha conta me deixa ainda mais satisfeita.

— Você não ia gostar de servir o exército.- Eu disse, ele deu de ombros.

— Nós nunca vamos saber.- Ele sorriu, eu concordei com a cabeça.

— Mas não se preocupe, eu também estou com bastante coisas para fazer na semana. Não vou sentir sua falta.- Eu disse, ele abriu a boca, chocado, e eu ri. Ele suspirou.

— Tem como você não sentir minha falta? Tenho a sensação de que se eu não aparecesse hoje, você morreria.- Ele disse, balançando a cabeça dramaticamente. Eu fiz uma careta para ele.

— Não seja bobo. Eu sou forte.- Eu disse, ele concordou com a cabeça, me olhando daquele jeito estranho de novo. Quando percebi que eu e ele estávamos nos inclinando, sem perceber, na direção um do outro, não pude parar de notar no quanto estamos atraídos um pelo outro. Ele se afastou primeiro, percebendo que me beijaria. Minha boca reclamou pela falta do toque, mas me controle.

— Acho que preciso levar você para casa. Não quero que o seu pai a proíba de me ver.- Ele disse, ficando de pé e estendendo a mão para pegar a minha.

Caminhamos lentamente, sem pressa, na direção da minha casa. Repassamos pelos lugares que ele me apresentou mais cedo, e as pessoas continuavam apontando para nós dois, e cochichando. Incrível como o mundo adora uma fofoca, e como eu odeio uma fofoca, principalmente quando estou envolvida. Acho que nasci na época errada.

Quando estávamos chegando perto de casa, já estava escuro o suficiente para o meu pai reclamar, mas não o suficiente para eu me despedir. Hoje o dia foi menor do que eu esperava, gostaria de ter mais horas na tarde, para gastá-las todas com Edward.

— Bom, aqui estamos.- Edward disse, apontando para a porta. Eu espiei pela janela da sala, papai estava conversando com mamãe, enquanto ajudava-a a colocar o meu buquê em um jarro. Eu mordi o lábio inferior.

— Não quer ficar um pouco?- Perguntei. Ele ia dizer sim, mas então pensou bem e fez uma careta.

— Mamãe está um pouco solitária agora, acho que ela ficaria feliz em ter o filho em casa esta noite. Perdão.- Ele disse, eu suspirei.

— Tudo bem.

— Mas não preciso ir embora agora.- Ele disse, sorrindo e indo na direção lateral da casa. Fui atrás, confusa com o que ele estava falando. Quando chegamos no quintal ele se sentou em um balanço que eu usava quando era mais nova, ele era tamanho família, e eu me sentei ao seu lado, sorrindo.

— Eu adorava ficar aqui quando eu era mais nova.- Eu disse, ele concordou com a cabeça.

— E porque não adora mais?- Perguntou. Eu suspirei, ótima pergunta.

— Não sei. Quando crescemos perdemos algum tipo de mecanismo que nos faz adorar qualquer coisa, e nos torna mais seletivo.- Eu dei de ombros. Ele sorriu.- O que foi?

— Você falou como uma garota que foi estudar fora agora.- Ele disse, eu ri, balançando a cabeça.

— Bem, já que eu não vou mais seguir meus planos e metas antigos, agora que tenho você.- Pisquei para ele, que riu aliviado.- Então eu tenho que pelo menos tentar não esquecer de tudo o que aprendi.

— Quais eram seus planos e metas que eu estraguei?- Ele perguntou, sem nenhum pingo de culpa desnecessária em sua voz. Eu dei de ombros.

— Eu ia ficar 1 ano com os meus pais, para que eles parassem de reclamar sobre a falta que eu faço para eles. Apesar de amar muito os dois, sei que não posso ficar morando na casa deles para sempre, e como meu objetivo não era arranjar alguém.- Olhei para ele de novo, e ele mais uma vez sorriu, parecendo bem satisfeito.- Então eu ia estudar na França.

— França?- Ele ergueu uma sobrancelha para mim, um misto de surpresa e incredulidade. Eu ri.

— Bem, sim. Eu não sei falar francês, e adoraria aprender. Além disso, as francesas são tão sofisticadas. Conheci uma enquanto estava na Inglaterra.- Eu disse, me lembrando da moça. Ela era gentil, apesar de parecer se esforçar muito para isso. Ele balançou a cabeça.

— Então você ia para um país que você não conhece, e aprender sua língua por convivência?- Perguntou, eu concordei com a cabeça, sorrindo. Ele balançou a cabeça.- Estou feliz por ter estragado tudo isso.

— Bom, eu também estou feliz por ter estragado seus planos de ir morrer com um tiro, ou uma bomba na cabeça.- Eu disse, dando de ombros. Ele fez uma careta.

— Isso não ia acontecer. Pelo menos não a parte da bomba... Não estamos mais na guerra, no máximo uns tirinhos.- Ele falou como se fosse besteira, eu bufei baixinho, mas ele ouviu, erguendo uma sobrancelha.- E talvez eu nem morresse. Provavelmente eu ia perder alguma parte do corpo, ou o movimento das pernas, mas voltaria para casa.

— Sério, estou muito feliz por ter estragado seus planos.- Eu disse, ele riu, balançando a cabeça. Olhei para a porta dos fundos da minha casa, ela dava para a cozinha. A janela da cozinha me dizia que alguém estava ali, provavelmente mamãe estava terminando o jantar. Sem a minha ajuda.

— Bella?- Ele me chamou, olhei para ele, seu sorriso torto apareceu, eu prendi a respiração. Não estava preparada para ele estar tão próximo, apenas um movimento rápido faria nossos lábios se tocarem. Apesar de saber que é o que devia fazer, eu não me afastei.

— Meus pais podem sair á qualquer momento.- Eu alertei quando ele se aproximou mais, encostando nossas testas. Eu estava nervosa, mas não para meus pais nos verem, mas para sentir seus lábios. Ele deu de ombros, senti sua mão na minha nuca, e ele nos aproximou. Tocando os nossos lábios lentamente.

— Opa!- Nos viramos. Lá estava mamãe, segurando uma panela nas mãos, olhando para nós dois com uma expressão divertida. Droga. Fiquei de pé rapidamente, e Edward riu, levantando lentamente, como se fosse besteira.

— Boa noite, sra. Swan.- Ele disse, acenando para ela. Mamãe acenou com o queixo para ele, mas só olhava para mim, e eu queria morrer.

— Vai ficar para o jantar hoje, Edward?- Mamãe perguntou, olhando para ele e sorrindo. Edward fez uma careta, tive a impressão de que ele queria ficar. Sorri.

— Bem, não. Mamãe ficou um pouco triste por eu não ter jantado com ela ontem, ela anda um pouco solitária.- Ele deu a mesma desculpa que deu á mim. Eu mordi o lábio inferior, mamãe suspirou.

— Tudo bem, eu entendo. Além disso, não queremos que as pessoas achem que você e a minha filha estão tendo algo, certo?- Ela ergueu uma sobrancelha para ele. Eu fiquei roxa de tão vermelha, constrangida por lembrar que ela me viu beijando-o na boca. Edward sorriu.

— Pra ser sincero, as pessoas já pensam que nós temos, só nos resta confirmar.- Edward disse. Arregalei os olhos para ele, ele deu uma piscadinha para mim, e eu fiquei ainda mais roxa. Meu Deus porque ele está fazendo essas coisas na frente da minha mãe? Mamãe riu.

— Gosto de você, mas aconselharia á não fazer isso – mamãe apontou para nós dois – até que meu marido concorde com isso. Não queremos que Bella seja proibida de ver você, certo?- Mamãe perguntou, segurando a panela com uma mão só, e estendendo a outra para mim. Eu fui até ela, ficando de frente para Edward. Ele ainda estava com um sorriso divertido no rosto.

— Obrigado pelo conselho, vou tentar seguir.- Ele disse, piscando para mim. Meu Deus, eu vou deixar de ficar constrangida essa noite?- Está mesmo ficando tarde, tenho que ir.- Ele disse, se aproximando de mim. Prendi a respiração, por favor, não me beije na frente dela de novo.

— É sempre um prazer ver você.- Mamãe ficou na minha frente, impedindo-o de vir mais perto. Não era comum ela fazer isso, ela normalmente o deixaria vir e fazer o que quisesse. Olhei confusa para ela, enquanto Edward sorria e apertava a sua mão, seguindo de um beijo na mesma.

— Até o próximo fim de semana.- Ele disse, olhando para mim. Minha mãe ainda estava na minha frente, mas ele a rodeou para me dar um beijo na testa e ir embora. Quando ele não estava mais perto, mamãe ergueu uma sobrancelha para mim.

— O que?

— Você tem muita sorte por ter sido eu quem viu, imagine se fosse seu pai, ou um vizinho? Querida, você tem que ser mais cuidadosa.- Ela disse, estreitando os olhos para mim. Eu concordei com a cabeça.

— Está tudo bem, mamãe.

— Sim, eu sei. Sei que ele gosta de você, percebi em seu olhar. Mas ele ainda não tem um relacionamento sério com você, tem? E seu pai é um homem público, não queremos que falem mal da filha dele, queremos? Ele batalhou muito para chegar onde está. Não vamos estragar agora.- Ela disse, dando batidinhas carinhosas na minha bochecha. Eu concordei com a cabeça, não tinha percebido meu real problema.

Entramos em casa e eu ajudei mamãe á colocar o jantar na mesa, papai pareceu confuso ao me ver.

— Onde está Edward?- Perguntou. Mamãe balançou a cabeça.

— Ele não mora aqui, Charlie. Ele ainda tem uma família, lembra?- Mamãe sorriu para ele, que deu de ombros. Eu me sentei á mesa, esperando que eles também sentassem. Mamãe se serviu primeiro, deixando que nós dois começássemos a nos servir também.

— Sim, eu sei. Mas ele e Bella estão desgrudáveis agora.- Papai deu de ombros. Mamãe olhou para mim de canto e olho, e eu apenas dei de ombros.

— Não é verdade. Ele agora vai começar á trabalhar com o sr. Masen, então acho difícil vê-lo por aqui tão cedo.- Eu disse, mamãe deu de ombros.

— Acho que ele virá no fim de semana.- Ela ergueu uma sobrancelha para mim. Eu mordi o lábio inferior.

— Provavelmente.

— Ele gosta de você.- Papai disse rapidamente. Eu e mamãe olhamos para ele, ela sorrindo, e eu chocada.- O que foi?

— De onde o senhor tirou isso?- Eu perguntei, mas sabia que ele estava certo. Edward gostava de mim.

— Estou surpreso por ele não ter vindo falar comigo sobre vocês ainda. Talvez ele ache que você não gosta dele também, mas é claro que você gosta.- Ele falava tudo isso sem me olhar, concentrado no seu purê de batatas. Mamãe pressionava os lábios, se segurando para não rir.

— Falar sobre nós dois?

— É, filha. Pedir para que eu lhes abençoe, como eu fiz com o seu avô... Bom, o seu avô não nos abençoou, mas nós somos muito abençoados mesmo assim.- Ele olhou para mamãe, ela sorriu para ele, concordando.

— O senhor espera que ele venha falar com o senhor?- Eu perguntei, começando á imaginar que talvez não fosse tão ruim ter um relacionamento sério, um relacionamento assumido. Afinal, eu e Edward temos um relacionamento, não importa se não sabemos o que é. Eu adoraria dar um nome á ele.

— Ele virá, Bella. Não demorará muito, aliás. Ele deve estar conversando com os pais, buscando a melhor forma de fazer isso. Ele é um garoto de família tradicional, muito respeitável e educada.- Papai disse, parecendo muito convicto de tudo isso.

— Não vamos criar expectativas, vamos deixar que ele venha, sem ficar nervosos caso ele não venha.- Mamãe aconselhou, olhando para mim. Eu dei de ombros, não tinha dúvidas de que em breve eu e Edward íamos andar juntos sem nos preocupar com o que as pessoas dizem.

Depois do jantar eu ajudei mamãe á tirar a mesa, lavar toda a louça, e arrumar a cozinha para amanhã. Papai ficou na sala fazendo palavras cruzadas, e depois foi dormir, dando beijos nas nossas testas, nos deixando sozinhas com o trabalho.

— Quantas vezes ele já te beijou?- Mamãe perguntou de repente, me deixando vermelha.

— Algumas vezes.- Mentir não era uma opção, eu nunca minto para minha mãe, e nem para ninguém. Mamãe balançou a cabeça, mas não parecia surpresa.

— E quando você pretendia me contar?- Perguntou. Eu revirei os olhos.

— Foi só ontem e hoje. Eu não estava esperando.- Eu suspirei. Ela sorriu para mim.

— Você gosta muito dele, certo?- Perguntou. Eu concordei com a cabeça, mordendo o lábio inferior. Ela se aproximou e me abraçou.- Estou tão feliz, filha. Só me apaixonei uma vez na vida, e sou casada com ele até hoje, e sou muito feliz. Você tem que lutar pelas coisas que a fazem feliz, não se importe com o que puder te impedir, certo? Nada pode impedir alguém que tem metas.

— Ninguém vai me impedir de ficar com Edward.- Eu falei mais alto do que deveria, ela sorriu.

— Pensando assim você vai longe.- Ela disse, fechando a porta da cozinha.- Hora de dormir.

Subi as escadas pensando sobre tudo o que estava acontecendo, e a pressa que estava acontecendo. Eu conhecia Edward á quanto tempo? 2 ou 3 semanas? E já estávamos falando em relacionamento? Quanto tempo demoraria para que alguém falasse de noivado? Quero dizer, os pais dele parecem ter pressa para que ele se case. Mas e quanto á mim? Estou preparada para tudo isso?

Nunca me imaginei casando, e a ideia me dá calafrios. Sei que a maior parte das garotas sonha com o casamento perfeito, mas eu só queria estudar, ser uma pessoa influente, e ensinar pessoas também. Eu só queria ter meu próprio emprego, minha própria casa, sem me preocupar com o que as pessoas falam, como sempre fiz. Mas agora eu tenho Edward.

Imaginar a minha vida sem ele nela é doloroso, então está fora de questão. A única forma de tê-lo na minha vida para sempre, o tempo todo, é me casando com ele. Pensar nisso me faz tremer em desespero. Eu não sou a pessoa ideal para me casar com ele, ele devia se casar com alguém melhor. Mais bonita, mais sofisticada, e mais focada nisso. O que eu posso oferecer á ele? Tudo o que eu tenho ele pode conseguir com outra pessoa.

Me deitei na cama com o coração acelerado, imaginar Edward se casando com outra também era doloroso, e ainda mais fora de questão. Não, eu tenho que ser a garota certa para Edward, e se eu não for, vou me tornar. Edward será meu.

(…)


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Notas finais do capítulo

Oi pessoinhas mais lindas da vida da titia Tai, como vocês estão? Espero que vocês estejam bem na paz, para não quererem fazer guerra comigo por eu ter demorado á postar, e mais na paz ainda para deixar um comentário bem lindo, amável e adorável para mim. E aí, o que vocês acham?