Unbreakable Ice escrita por Lucy Lancaster


Capítulo 16
Arco Memórias do Passado: Desespero


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! Novamente, em menos de um mês, temos capítulo novo. Yey!!!

Não tenho muito o que dizer, só espero que gostem e comentem. VERIFIQUEM AS NOTAS FINAIS!!! Bora.



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Em um lugar distante da guilda, longe de tudo e todos, estavam três individuas que estavam perdidas na história. Erza e Wendy. Caminhando em um cavalo preto pela estrada da floresta, elas estavam em busca dos outros, pois tinham um recado importante dado pelo mestre.

Ordenou que todos voltassem para casa caso ainda considerassem como tal. Claro que nunca concordariam com isso, mas Erza segue os costumes e ordens de seu mestre, Makarov.

— Erza-san, não acha que o mestre está tomando a decisão errada? – perguntava a garotinha sentada na frente junto à Erza no mesmo cavalo — Sabe que Natsu-san nunca vai concordar com isso.

— Certo. Mas eu não posso ir contra regras. – o cavalo caminhava lento, ela não queria buscar todos, mas tinha que fingir.

— Então não deveríamos ir mais rápido?

***

Dentro de Karsland, um novo amanhecer se sobressaía na bela cidade. As mercearias se abriam e os mendigos, digo, Gajeel e sua turma, estavam sendo “incomodados” por um senhor que precisava pegar os sacos de batata que estavam dormindo em um profundo e maravilhoso sono.

— Ei, saíam de cima da minha mercadoria! – dizia o velho.

— Modos, cadê os modos?! – Levy abria os olhos lentamente até se tocar que estava em uma pose fofa, típica de casal, ao lado de Gajeel.

— Nós já íamos sair credo. – soltou Lily.

— Por que Gajeel e eu estamos assim?! Lembro-me de ter dormido com o Lily e Kitsune ontem! – se levantava aos poucos coçando os olhos.

— Acho que você se mexe muito durante a noite, Levy-chan. – Kitsune deu uma desculpa esfarrapada — Quem vai levantar esse peso todo? – apontou com a patinha direita para Gajeel que estava imóvel desde os cutuques do velho.

— Vou chamar os guardas!

— Calma! – Levy abraçou o velho sem graça — Vou dar um jeito nisso.

— Estou com medo. – disse Kitsune.

— GAJEEL! – ele não moveu um dedo, apenas coçou o nariz ferozmente — GAJEEL, ACORDE AGORA OU VOU ARRANCAR TODOS ESSES NEGÓCIOS QUE VOCÊ TEM NA CARA! – ele continuava parado.

— Você é péssima. – comentou a raposa gato.

— Cale-se!

A garota ficou pensativa andando de um lado para o outro e deixando o velho um pouco irritado e incomodado a ponto de sua mulher começar a abrir sua loja. Ficava com os dedos roçando no queixo em forma pensativa enquanto a raposa e o gato grande tentavam mover o Dragon Slayer do lugar. Até que:

— SOCORRO! – começou a gritar — GAJEEL ELES ESTÃO NOS LEVANDO! GAJEEL! – prolongou o último grito.

— O QUE?! – ele levantou no ato — Isso foi um teste?

— Eu sou um gênio.

Finalmente acordados, Levy pediu gentilmente para o dono da loja que lhe desse algum pão para dividir, mas ele não tinha. Ficando com pena dos “viajantes”, ele mandou que fossem na loja ao lado que o amigo dele os alimentaria, e foi feito. Comeram feitos porcos por terem passado uma noite fria de fome no meio da rua.

Agora o objetivo era entrar naquele maldito castelo que desviava suas atenções. Pararam em frente aquela estrutura gigante e pensavam em uma maneira menos Natsu para entrar naquele lugar.

— O que faremos? – disse Lily — Hoje parece ter guardas no portão.

— Isso diz que realmente existe alguém muito valioso ou muito perigoso ali dentro. – Levy ressaltou.

Dentro do castelo os magos estavam se reunindo na enorme mesa para tomar seu café da manhã todos juntos. Hoje foi dito pelo conselheiro do mestre, que ele iria se juntar a todos para a ocasião e que teriam mais dois amigos e meio para comer também.

O bafafá era sobre esses dois convidados especiais que seriam apresentados hoje. Seriam novos na guilda? Alguém especial para Zeref? Ou apenas passa fomes? Ninguém saberia até que a hora chegasse.

— Quem será? – Matsu se sentava na longa mesa e garantia seu lugar. Estava morta de fome, mas tinha que aguardar todos e o mestre.

— Korudo disse que eram importantes para Zeref-sama. – logo ao lado sentou seu irmão, Marui.

— Tem que ser mesmo, estou morrendo de fome! – cruzou os braços.

Aproximando-se da mesa, estava o mais temido e amado Mago Negro.

Era a primeira vez que ele se mostrava a todos daquela forma tão formal. Estava com seus velhos trapos de sempre, mas nunca convocou uma reunião tão familiar assim. Todos estavam surpresos e felizes em vê-lo junto a todos.

— Zeref-sama. – disseram todos em uníssono.

Ele sentou-se na ponta da mesa e guardava a outra ponta para seu convidado especial do dia, Natsu Dragneel.

Descendo as escadas cor cinza, estava todo o bando. Natsu, Lucy, Happy, Renzo, Kawori e até Sherry. Estavam todos em seus mesmos trapos também, mas não esperavam encontrar tanta gente na mesa.

— Natsu, olhe para a ponta da mesa... – Lucy cochichou para o mago que logo avistou seu “irmão” das trevas sentado.

— O que faremos? – perguntou à loira.

— Como quer que eu saiba?!

— Parem de cochichar, está pegando mal... – sussurrou Kawori mais a frente.

Aproximaram-se da mesa e sentaram na ponta que permanecia com o lugar em destaque também vazio. Estava perfeitamente guardado para eles.

— Está atrasada. – disse Korudo para sua irmã ao vê-la se sentar ao seu lado.

— Então você conversa com as outras pessoas, Renzo?! – perguntou Marui ironicamente para o garoto que a ignorou completamente.

Os outros terminavam de ajeitar suas cadeiras e posições diante da mesa. Assim que o barulho acabou, o mestre começou o seu discurso chamando a atenção de todos para si ao relaxar seu braço esquerdo sobre o braço da cadeira.

Kawori estava mais tensa do que nunca. Olhava para Renzo – que já sabia de tudo – e esperava que o olhar dele pudesse acalma-la, mas nem isso adiantava.

— Hoje é um dia especial.

Antes que ele terminasse seu discurso, a garota entrou em um completo devaneio sobre sua última noite em seu quarto ao lado de seu mais novo amigo, Renzo Dragneel.

Estavam colocando tudo em pratos limpos até que ela, por um gesto carinhoso, lhe implora para ajuda-la nessa enrascada que ela acabou se metendo.

— Kawori, eu sinto muito.

— Não é sua culpa, Renzo. – sentou-se no chão.

— Eu prometo te ajudar. – ela corou — Não importa qual lado seja certo, eu acredito em você e suas palavras.

— Renzo...

— Sabe, pode não parecer, mas Sherry me lembra todos os dias do quão babaca eu sou por ser egoísta comigo mesmo. E eu me recuso a não me escutar dessa vez. – ela não sabia o que dizer, então resolveu apenas escuta-lo — Você chegou ontem e eu sinto como se fizesse muito tempo.

— Renzo! – pulou — Isso é algo a cogitar. Meu irmão apagou todas as memórias que tenho de infância, estou recuperando aos poucos e isso pode ser verdade! Eu posso conhecer você há muito tempo e não me lembrar. Consequentemente, você também não se lembra de mim.

— Espero que se lembre de mim. – ele corou — Eu vou ouvir o meu eu e ficar ao seu lado. Algo me diz que é o certo. Você não me parece má, nem seus amigos. Eu prometo que vou te proteger e ajudar em qualquer coisa que me pedir, até que seja a minha morte, eu farei.

— Isso é lindo. – sorriu — Obrigada, Renzo. – se abraçaram.

— (Kawori!) – sentiu a cutucada de seu irmão — Preste atenção nas palavras do mestre. – ela assentiu com a cabeça e o ouviu falar asneira.

— Vocês todos conhecem meu irmão, Renzo Dragneel. – levou os olhares para Renzo que se sentava na ponta do lado direito — E também sabem que ele foi adotado por mim – todos assentiram — Mas eu tenho um irmão verdadeiro. Não sei se posso dizer de sangue, mas sim, criado por mim. Etherius Natsu Dragneel.

As bocas caíram diante de todos os pratos vazios. Lucy estava preocupada com o que viria a seguir e Natsu ainda não conseguia acreditar. Aquele garotinho do cabelo cinza estava falando a verdade, eles eram realmente irmãos. Como poderia acreditar nessa barbaridade?! Não podia ser irmão da pessoa qual mais quer matar em sua vida.

— Eu sei que meu irmão, Natsu, quer me matar. – os olhos na sala se arregalaram — Mas há um problema nisso tudo, irmão.

— Não me chame assim. – retrucou o Dragon Slayer.

— Se eu morrer, você também morre.

Lucy e Happy quase deixaram seus olhos correrem sozinhos por ai. A preocupação que a loira sentia antes aumentou cem por cento.

— Se estiver disposto a correr o risco e viver a morte comigo, venha me matar agora e ninguém dos meus irá lhe impedir. – abriu os braços em redenção.

Sem pensar duas vezes, Natsu se levantou da cadeira e ia furioso com sangue em seus olhos atrás do Mago Negro. Teve seus passos interrompidos pela mais novata na guilda, Kawori BlueIce.

— Não. – parou-o com a mão em seu peito — Você não pode se render assim, Natsu.

— É a minha única chance. – tirou a garota da sua frente.

— Natsu! – Lucy gritou por seu nome ao levantar desesperadamente da cadeira — Você não vê o que tem em sua volta? – o garoto olhou para trás e percebeu Happy e ela com lágrimas nos olhos — Vai mesmo nos deixar assim? Acabou de descobrir que tem um irmão, ou dois, que seja! Tem uma pequena parte do que dizemos ser uma família! Vai deixar seu melhor amigo? – apontou para o gato azul — E vai deixar a... – Natsu mantinha seus olhos espantados com a atitude — Mim?

Estava claro o quão ele sentiu arrependido por ter levantado da cadeira onde estava. Olhava para seu lado direito e via Zeref morto por suas mãos. Olhava para a esquerda e podia ver Happy e Lucy lamentando por ele em um túmulo sem graça. Não era aquilo que desejava, jamais. Não queria vê-los sofrer.

— Você é burro Salamander?! – brutamente falando, Gajeel chegou empurrando a grande porta da entrada do castelo — Vai continuar pensando mesmo depois desse discurso amoroso que acabou de receber?!

— Não foi discurso amoroso! – Lucy protestou.

— Gajeel! – Kawori comemorou.

— Nem que eu tenha que gastar toda minha magia para te deixar desacordado e voltar com você para a guilda, mas nunca deixarei jogar sua vida fora por causa de um... – olhou por completo o Mago Negro — Lixo?

Korudo fez sinal para que os guardas impedissem o Dragon Slayer de Ferro de agir, mas ele é bem forte para meros guardas. Livrou-se de todos os oito com apenas socos e chutes com sua mão de ferro.

— Vai precisar mais do que guardas para conseguir me manter calado, Memorizador de merda! – afrontou o irmão de Kawori, que ignorou.

— Gajeel! – Lily chegou — Meu deus! – se espantou ao ver a reunião na qual interrompeu.

— Muitos magos não são? Tisk, eles cheiram muito mal.

— Gajeel seu irresponsável! – Levy chegou ofegante — Eu tinha um plano incrível!

— Levy-chan! – Lucy e Kawori comemoraram em uníssono.

— Chega disso. – disse o Mago.

O silêncio reinou entre todos os magos presentes no recinto. Natsu mantinha seus olhos fixados para Zeref, que olhava para todos naquela sala, procurando um ponto fraco de seu irmão.

— Quem será o seu ponto fraco, Natsu Dragneel? – olhava para Happy e Lucy.

— Não se atreva!

— O gato. – pensou consigo mesmo: — (Pode não ser sua paixão, mas a morte de tal animal fará sua amiga chorar, o que o deixará furioso o suficiente para me matar).

— Não encoste um dedo nele! – disse Lucy.

— Se entrar na frente a vitima será você, Lucy Heartfilia.

Automaticamente veio a morte da Mirai Lucy na cabeça de Natsu, nunca mais queria ver aquela cena em toda sua vida. Partiu para cima de seu irmão.

— Omae! – puxava pelo pescoço — Eu não vou, infelizmente, ter o prazer de acabar com sua imortalidade porque eu não quero ver mais lágrimas.

— Natsu. – a voz serena e bem conhecida o fez parar seus atos — Nós vamos para casa, com você. – era seu maior rival, Gray.

O coração azul de Kawori palpitou ao ouvir aquela voz novamente. Achou que seria incapaz de ver aquele rosto e sentir aquela presença de novo, corou só de se lembrar.

— Então é isso, Dragneel? – o Mago se levantou após ter sido solto — Vai deixar essa oportunidade única passar? – Happy caminhou até Natsu e colocou a patinha em sua perna — Para conseguir chegar perto de me matar novamente, terá que passar por cima de cada um nessa mesa.

Ele não quis perder tempo em contar, mas aproximadamente treze magos.

— Natsu, volte para casa. – Kawori colocou a mão em seu ombro.

— Você não vem?! – perguntou Gray.

— Só, voltem. – estava fria com todos, mas na realidade estava com medo.

— Vamos... – Lucy o puxou levemente pelos braços.

— Espera Lucy. – ela parou e o encarou — Você concorda mesmo com isso?! Vai a deixar ficar?

— Nós não temos escolha. – foi fria também.

Assim, todos da Fairy Tail, exceto Kawori, se direcionavam até a porta principal. Naquele ângulo podiam ver nitidamente o olhar triste que permanecia na garota, mas era a escolha dela e ninguém podia impedir.

Ao ver partir, a imagem de Gray olhando-a triste partiu seu coração. Não imaginou que fosse tão difícil para ele como estava para ela. Só queria que todos ficassem bem. Quando viu, estava presa em seus devaneios novamente:

Em uma tarde normal em magnólia, Gray e Kawori encontravam-se sentados em uma mesa de bar externa observando Kitsune brincar com as crianças da cidade.

— Gray, porque você está tão disposto a ficar ao meu lado?

— Algo me faz ficar com você. – estava sem graça com a situação embaraçosa.

— E a Juvia? – a pergunta ficou estranha — Quer dizer, o que sente em respeito a ela? – corou de vergonha.

— Não é recíproco. – olhou o horizonte — Não posso dizer que gosto dela, só a considero da família assim como todas as outras da guilda.

Após alguns segundos de silêncio, a garota estava se mordendo para fazer uma pergunta que surgiu após essa resposta.

— Mas... – gaguejou — Isso inclui a mim? – desviou o olhar quando percebeu que o garoto a encarava.

— (Kawori) – alguém a chamava — Kawori! – era Renzo analisando seu rosto.

Quando deu por si só, todos haviam partido e a porta acabara de se fechar. Bateu um arrependimento enorme em ter deixado o Devil Slayer partir. Perguntava-se “o que eu fiz?” quando deu e correu até a porta, com todos os olhares voltados para si, ela abriu e correu até o portão do castelo. Quebrou a fechadura com um chute e procurava pelo time que havia partido.

— Gray! – gritava entre o tumulto das pessoas — Gray! – estava difícil enxergar com tanta gente passando pela sua visão.

— Pare de gritar garota! – disse uma velha rabugenta.

— Gray! – erguia seu pescoço para procurar, mas nada via.

— Kawori... – Renzo apareceu entristecido — Eu acho que eles já não podem mais ouvir.

— Gray! – gritou mais alto.

— Está forçando algo que já se foi. – pôs a mão sobre o ombro da garota.

— Renzo, eu fiz besteira em deixa-los partir, não fiz? – escondeu os olhos na sombra do arrependimento.

— Vocês vão se encontrar de novo.

Naquele momento, o garoto sentiu o quanto aquelas pessoas eram especiais para Kawori e o quanto tinha que protegê-los. Sempre teve esse espírito protetor dentro de si.

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Natsu: Não entendi nada, Lucy está louca!

Lucy: O que eu fiz?

Natsu: Estou falando da escritora.

Happy: Você não entendeu o que?

Natsu: POR QUE ELA NÃO ME DEIXOU MATAR?

Lucy: Você é muito burro mesmo...

Gray: Eu só entrei em cenas por alguns segundos, é uma lastima. Em pensar que era sobre mim a história.

Naruto: Normal, passei boa parte da minha história procurando o Sasuke.

Kawori: GENTE O NOME DO PRÓXIMO CAPÍTULO!

Natsu & Naruto: Próximo capítulo: Time formado!

Natsu: POR QUE NÃO ME DEIXAM FAZER ISSO SOZINHO?

Naruto: POR QUE VOCÊ TA GRITANDO?

Gajeel: Por que eu nunca participo disso?

Happy: Acabou...


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Notas finais do capítulo

Estou repetindo personagens ou até mesmo o anime nas notas finais porque geralmente eles combinam (exemplo: Natsu e Naruto) e também porque todos conhecem, fica mais engraçado.

Vocês não precisam me matar PORQUE SENÃO A FIC ACABA por ter deixado a Kaworizinha sozinha novamente ai na nossa "guilda do zeref" já que isso vai ter uma explicação muito grande, juro.
Ela simplesmente não podia sair agora da guilda sem ao menos ter conhecido o resto das pessoas, seria como ter jogado todo meu tempo pensando em magia, nomes e aparência fora, e não é o objetivo. Apenas esperem, sejam pacientes e ela vai continuar com o Renzo, sim. TO SAINDO CORRENDO, TCHAU.

Beijucy.



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