1989 - Um passado complicado escrita por smwa


Capítulo 2
Capitulo Um : A ligação


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente, passando aqui so para publicar o capitulo um, e avisar que eu acabei de revisar os capítulos que eu ja tinha pronto e que ja vou começar a escrever os próximos ( passei a tarde inteira revisando então por favor comentem para fazer valer a pena ♥ )

E se encontrarem algum errinho, por menor que for, ja sabem, so deixar la nos comentários.



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~*~

  Já era noite, e Roberto continuava a correr por entre os vagões quase vazios do metrô, as poucas pessoas que lá se encontravam, assustavam-se com a correria, mas nada faziam.  Estava em mais uma de suas missões, sendo ela, transportar em segurança uma maleta que estava presa a seu pulso por uma algema, que possuía documentos sigilosos, partindo dos Estados Unidos da América, e chegando ao Brasil. Atravessar a fronteira sem ser pego. Um trabalho simples. Comparado a outros do qual ele já participara.

  O suor pingava por sua testa, seus cabelos negros estavam molhados. Estava sendo perseguido por sete dos guardas mandados para se apossar desses documentos. Vira para trás e atira, sem mirar em um especifico, mas acabara por acertar um moreno que estava bem próximo dele. Que caiu, com o sangue saindo do buraco no peito.

Menos um.

 Entrou no ultimo vagão, estava completamente vazio. As paredes de metal com janelas completamente fechadas. Não tinha saída. Virou-se na direção dos homens e viu que todos tinham as armas apontadas para o moreno.

—Esta cercado. Não tem para onde fugir, passe a mala para cá. – Disse um dos guardas, ele possuía um bigode que parecia que fora feito com lápis de olho, como os de crianças em festa junina. A vontade de rir foi grande, mas resistiu.

—Ah não! – Resmungou o moreno, fingindo-se de surpreso. O que fez os bastardos levantarem uma sobrancelha e se entreolharem, completamente confusos.

 Roberto então levantou as mãos, que estavam com as armas, fazendo com que a maleta se elevasse em um claro sinal de rendição. Porem, quando o cara do bigode ridículo se aproxima para pegar a maleta. O moreno abaixa a arma rapidamente e atira, no meio da testa, entre as sobrancelhas que antes estavam erguidas - Adorava atirar dessa forma.

Menos dois.

 Ao ver o homem já desacordado, os companheiros se espantaram e ficaram atentos. Prepararam os gatilhos de suas próprias armas na direção do Moreira, e começaram a atirar.  O moreno então se segurou na barra de ferro no meio do metrô e ganhou impulso, se elevando o bastante para que, usando a maleta como arma, derrubasse seus oponentes, mas apenas três foram acertados, e foram na direção das cadeiras. Em questão de segundos já havia parado no chão e automaticamente já estava atirando freneticamente na direção dos dois que não haviam sido atingidos. Acertou ambos, que caíram o chão, juntos com o do bigode esquisito.

Menos quatro.

Olhou para os três caídos perto das cadeiras, as armas estavam distantes deles, um havia desmaiado com o impacto forte na cabeça, outro estava tentando se levantar. Estava faltando um...

 Quando ia preparar o gatilho para atirar nos que estavam se levantando, sentiu um enorme impacto na região de seu maxilar, e se desconcertou por meros segundos, mas o suficiente para que o agressor agisse novamente e ele recebesse um murro no nariz.

— Então você quer brincar?– Rosnou ao tocar o ferimento e encarar o liquido vermelho que manchou o seu dedo.

Encarou o cara a sua frente, por milésimos de segundos, o suficiente apenas para limpar o sangue com o braço direito, antes de se se jogar em cima dele, fazendo uma chave de braço, o adversário se debateu por alguns segundos, mas logo desmaia. Perseu então o solta, fazendo-o cair no chão.  Afasta-se em direção a saída, mas pouco antes de ir embora, atira duas vezes acertando a perna dos dois que estavam cambaleando na tentativa de segui-lo.

~*~

 

Já passava da meia noite quando dirigiu em sua moto rumo ao bar do Manoel, depois de entregar a encomenda ao seu destinatário e receber o seu pagamento.

Ao sentar-se em um dos bancos de frente ao balcão, encontrou seu amigo, Fernando, que já estava no que parecia ser o quinto copo de vodca.

—Hey! – disse chamando a atenção do homem de olhos puxados, e corpo totalmente em forma.

—I ai cara? – Cumprimentou, enquanto o moreno pedia uma tequila e observava uma morena sentada a uma distancia de três bancos atrás de Fernando, que piscava na direção do Roberto.  – Muito trabalho? – O grandalhão olhou o moreno.

—Não muito.  – Pegou o pequeno copo que o barman havia trago e bebeu tudo em um só gole, se levantando logo em seguida. – Já volto. – disse sorrindo. O asiático logo olhou para onde o amigo tanto observava e sorriu.

—Sem pressa- Bateu nas costas do moreno,

Roberto então caminhou na direção da moça.

A noite de hoje prometia.

~*~

   Acordou com a claridade da janela em seu rosto. Segunda-feira definitivamente estava na lista de ‘ piores coisas da vida’. Virou na cama colocando o travesseiro em cima da nuca, tentando voltar a dormir.  Mas como sempre nada estava ao seu favor, à campainha tocou.

—Merda- resmungou jogando o travesseiro longe, se esticando na cama, para finalmente abrir os olhos.  Mas o fechou logo depois, sentindo a claridade afetar sua visão, depois de alguns minutos finalmente os abrir completamente.

  Levantou-se devagar, sentando na cama, esfregou as têmporas na tentativa de realmente acordar, mas o som da campainha o incomodou novamente.

—Já vou, Porra!- gritou, se levantando e pegando o celular que estava na mesinha ao lado da cama e olhando as horas. 11h 14min. Cedo demais, comparada à hora em que foi dormir na noite anterior.

  Lentamente, caminhou até o sofá e pegou o pequeno chaveiro que lá estava.

  ‘Quem diabos esta me incomodando a essa hora da manhã?’ – Pensou enquanto se dirigia a porta e finalmente a abrindo, se deparando com uma mulher, na faixa dos seus quarenta anos, com os cabelos cor caramelo presos em um coque, vestida em uma calça jeans e camiseta polo vinho.

— Mas que porra Carmem, cadê a droga da sua chave?- Resmungou com a empregada enquanto entrava novamente na casa sendo seguido pela morena.

— Eu esqueci em casa. Mas o senhor não acha que já este mais do que na hora de você acordar não? Já é tarde. – Disse como se fosse a mãe dele.

—Escute aqui - se virou bruscamente para a mulher, a fazendo recuar um passo, mais pelo susto, pela ação tão repentina do rapaz, do que por medo – eu faço o que bem entendo, na hora que eu bem quero, você só é paga para arrumar, limpar a casa e fazer minha comida, então não se meta na minha vida! Se eu quiser dormir eu durmo o quanto eu quiser. – Carmem somente revirou os olhos, e ultrapassou o mercenário sem dar importância ao que ele dizia, acostumou-se com a grosseria dele, conforme os anos iam passando.

—Já vi que hoje levantou com o pé errado. – resmungou a senhora enquanto Roberto a viu andar até a cozinha. Provavelmente fazer algo para o mesmo comer. Revirou seus orbes verdes e caminhou na direção do quarto, para logo adentrar o banheiro.

~*~

   Estava na sua sala de treinamento, onde tinha mais de 200 equipamentos. Mas os seus preferidos era os alvos.

   Atirou mais uma vez. Já era o seu alvo numero dezessete, a bala atingiu em cheio a cabeça do boneco de madeira. Era sempre assim, seus tiros sempre iam à direção entre as sobrancelhas. Ia se preparar para atirar no próximo alvo, quando o som de seu celular o tirou a concentração.

    Caminhou na direção da mochila, que estava jogada na lateral da sala, a passos largos, odiava ser interrompido durante seus treinamentos. Olhou a tela, e nela estava um numero desconhecido, não costumava gravar muitos números.

—Diga – resmungou mal humorado ao atender.

—Roberto? Roberto Moreira? – A voz do outro lado da linha parecia entrecortada, quase que desesperada.

—Sim, eu mesmo, mas da para ir direto ao ponto? – disse impaciente enquanto revirava os olhos com a enrolação.

—Roberto, aqui é Fábio Barbosa – conhecia-o, era um empresário do qual fazia alguns serviços de vez em quando. Mas nunca falara com ele, sempre era com algum de seus secretários. – Peço que venha para meu escritório agora, digo logo que é assunto de seu interesse e de que não vai se arrepender. Mas tem que ser imediatamente.

—Em 20 minutos estarei ai. – Disse para logo depois desligar o aparelho.

  Andou na direção da porta de aço de quase dois metros de altura, que dava na direção do seu closet, no qual existia mais para esconder a sua sala do que para realmente guardar roupa, fechou a porta de aço e pressionou o polegar e logo depois a mão inteira no aparelho de detectar digital, o que em seguida a porta se trancar e uma parede falsa cobri-la. Captou a retina do olho e ai sim pode sair do quarto, tendo a segurança de que ninguém jamais entraria ali sem a sua concepção.

   Saiu do quarto trancando a porta atrás de si e guardando a chave logo em seguida.

—Carmen, vou sair, terminar vá embora! – gritou. Sabia que ela odiava quando ele saia sem avisar por que ela fazia a comida e sempre se estruía. E isso era horrível para alguém como ela. E para ele, também era um pouco.

 Saiu da casa e foi na direção da garagem, onde estavam quatro motos e dois carros. Vestiu a jaqueta de couro preto e montou na Yamaha YZF R1, colocou o capacete fechado, também preto. E saiu a toda velocidade na direção do Edifício Chase.

  Depois do que pareceram 10 minutos, estacionou em frente ao enorme prédio. Desceu da moto e logo retirou o capacete o depositando no guidão da moto. Um homem de estatura baixa e cabelos alaranjados apareceu a fim de ir estacionar o veiculo, mas o mercenário o dispensou.

 -Não encosta um dedo nessa maravilha se não quiser ter eles amputados. - Disse com uma expressão tão seria que fez o manobrista recuar um passo.

—Ma-mas é proibido estacionar aqui senhor. - ele nem sequer conseguia olhar para o moreno, de tão nervoso que estava.

—Dane-se! Se alguém tocar na minha moto... – fez sinal com o dedo no pescoço, e seguiu normalmente em direção ao elevador do estabelecimento.

  Apertou o numero do quarto andar e aguardou chegar ao seu destino. Tentou ignorar a musica irritante do elevador e começou a pensar no que seria tão importante para que Fábio o chamasse para conversar pessoalmente. A ultima vez que trabalhara para ele fora há dois anos, quando ele teve que conseguir transportar cem mil quilos de crack para que o empresário pudesse ganhar a sua grana.

 “Se a população soubesse que o famoso dono da ‘Arquitetura Barbosa’ é na verdade um traficante de drogas...” - Se permitiu rir com o pensamento enquanto as portas do elevador se abriam revelando um enorme corredor.

  Caminhou na direção à porta do escritório dele, ignorando as perguntas do tipo ‘ tem hora marcada senhor?’ da secretaria dele.

—Então, o que quer que eu faça e quanto irei receber por isso? – resmungou se jogando na cadeira giratória que estava de frente à mesa.

~*~


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Notas finais do capítulo

E ai? estão gostando? reforçando o que eu disse la em cima, qualquer errinho que vocês virem, por menor que for, me avisem ok? obrigadenhaaa, e comentem bastante para valer a pena eu ter passado a minha tarde de ferias inteira revisando capítulos ♥



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