Dream Girl escrita por Magnefly


Capítulo 4
I Need Your Help


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, eu sei, me desculpem mesmo.
Queria agradecer a llliilliia, doreh Lynch Simpson, Bia Lynch, Lizzy e NicoleLynch pelos lindos comentários. Vou responde-los logo, eu prometo.
Espero que gostem desse novo capítulo, escrevi com muito amor.



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Pov Ally

Depois de chegar da escola, apenas comi alguma coisa e me tranquei em meu quarto. Pretendia dormir a tarde toda e não queria ser incomodada. Mas, como tenho dois irmãos e um deles tem dezessete anos, sei que não será possível. Joguei minha bolsa em qualquer canto do cômodo e me entreguei ao sono, sem ao menos trocar de roupa.

Meus sonhos não foram muito interessantes, nada de que eu me lembrasse. A única cena que me vem a cabeça quando tento me lembrar do pequeno filme que se passou pela minha cabeça enquanto estava inconsciente, foi a de um ursinho de pelúcia verde segurando uma batata e dizendo repetidamente “Quero minha mãe!”.

Mesmo não gostando de ser acordada por alguém, agradeci mentalmente quando meu celular começou a tocar, me despertando do sonho maluco com o urso faminto procurando pela mãe. Ursinhos de pelúcia tem mãe, por acaso?

Vi a foto de minha melhor amiga no visor do celular. Atendi a ligação, levando o aparelho até minha orelha.

– Ally, você pode vir aqui, por favor?

– Eu tenho que trocar de roupa e tomar um banho, mas eu posso. Não tenho pra fazer em casa mesmo.

– Ótimo, obrigada amiga.

– Mas, o que aconteceu? Por que quer que eu vá?

– É meio complicado. Não consigo explicar por telefone.

– Tudo bem, estarei na sua casa em mais ou menos meia hora.

– Até daqui a pouco.

– Até.

Alexa desligou a ligação, logo depois de soltar um longo suspiro. Ela está preocupada. Eu conheço a garota há quatro anos, sei distinguir qual emoção a loira está sentindo com facilidade, até mesmo com um simples suspiro.

Deixei o celular carregando e fui para o banheiro. Não demorei no banho, minha amiga precisava de mim e eu não posso me dar ao capricho de demorar um pouco mais, na tentativa de tirar todos os sinais de que havia acabado de acordar de meu rosto.

Sai do banheiro, enrolada em minha toalha branca e fui ao meu closet, pegando o primeiro vestido que vi e meu all star branco. Voltei ao quarto e fiz uma maquiagem realmente leve. Mas, a grande pergunta é: Por que estou me maquiando? Só estou indo na casa da Alexa, coisa que faço praticamente todos os dias.

Olhei meu reflexo de sempre, dei um pequeno sorriso, observando o gloss labial em meus lábios. O mesmo que uso sempre. Não gosto de mudanças. E, esse gloss foi um dos presentes da minha mãe no natal do ano passado. Não sei se ela mesma escolheu, já que nem mesmo vir para entregar pessoalmente ela veio, mas eu adoro. É complicado ter alguma coisa que me ligue, de certa forma, a ela. É difícil também manter contato, já que ela mora na França com o meu pai, e o fuso horário é diferente.

Peguei meu celular novamente e sai de meu quarto, encontrando Ben no corredor. Ele comia um sanduíche e me encarou confuso. Ele sabe que geralmente eu não saio de casa a essa hora. Não é muito tarde, ainda não se passam das sete da noite, mas meu horário normal de ir a casa de Alexa é das duas às quatro da tarde.

– Vai sair? – pergunta, me fazendo ter vontade de rir. Quer dizer, não é óbvio?

– Sim, vou na casa da Alexa. – respondi, sorrindo para meu irmão com malícia. Eu sei que ele está apaixonado pela minha melhor amiga, assim como ela está por ele. Os dois apenas não admitem isso. – Ela me ligou e pediu que eu fosse.

– Tudo bem, diga a ela que eu mandei um beijo. – falou o garoto, enquanto eu assistia suas bochechas começarem a ficar em um tom rosado.

– Por mais que eu saiba que você adoraria dar esse beijo pessoalmente, eu digo sim. – beijei a bochecha de Ben e voltei a fazer meu caminho para fora da casa.

Caminhei a passos largos até a casa dos Moon’s, que não era muito longe da minha. A lua já iluminava a noite em Miami, com um pequeno vento balançando meus cabelos. Um lado bom de ter o cabelo curto é que, mesmo com o vento, não vai ter nenhum fio na sua cara ou grudando na sua boca caso esteja com gloss.

Chegando ao local, toquei a campainha, sendo atendida por Mike.

– Ally! – exclamou, me lançando um sorriso gentil e me abraçando em seguida. Tenho um carinho enorme por ele. – Alexa disse que viria.

– Ela me ligou. – expliquei, passando a encarar as pessoas presentes na sala. Uma garota ruiva, com olhos verdes como esmeraldas estava presente, com um homem, aparentemente da mesma faixa estaria de idade de Mike, com os cabelo grisalhos e um olhar curioso.

– Ah.. claro... Ally, esses são Amber, e seu pai, John. – Mike falou, apontando para os dois. – Amber, John, essa é Ally, melhor amiga de Alexa.

Vi um sorriso triste se formar no rosto de Amber. Ela certamente ficou chateada com a última afirmação de Mike. Lembro-me vagamente de Alexa ter comentado alguma coisa sobre a garota; ela me contou que eram melhores amigas, antes da ruiva e Austin se mudarem para Nova York.

– Ally! – Alexa gritou, descendo as escadas da casa e correndo em meu encontro, me abraçando fortemente. – Vamos ao meu quarto, lá podemos conversar melhor.

– Claro. – concordei, já sendo puxada para o andar de cima.

Entramos em seu quarto, que, como sempre, se encontrava em uma completa bagunça de roupas e sapatos. Me sentei em sua cama, sendo acompanhada pela loira, que parecia realmente aflita.

– Ally, eu estou pirando. – confessou, após cinco segundos de silêncio entre nós. – Austin está muito diferente. E ainda tem essa coisa da Amber ter voltado... eu não suporto mais olhar pra cara dela e me lembrar que eu perdi o meu irmão por cinco anos, e tudo foi culpa dela.

– Alexa, respira. Fica calma. – tentei a tranquilizar. – Como assim o Austin está diferente?

– Antes de ir, o Austin era educado, gentil e fofo. – começa, olhando para um quadro em seu criado mudo. Acompanho seu olhar, observando a foto de quando os gêmeos eram crianças. Já havia visto essa foto várias vezes, já que a loira nunca tira o quadro do lugar. – Mas... agora, ele está tão frio. Ele foi grosso comigo e eu não falei nada demais.

– Amiga, vocês ficaram cinco anos sem ver um ao outro, ele precisa de tempo pra se acostumar. Dê esse tempo a ele, e talvez a situação melhore. – sugeri, pegando em sua mão.

– Não, Ally, tenho certeza que não é isso. – afirma a garota, parecendo se lembrar de algo. – Eu estava na cozinha e ele apareceu, perguntou se eu sabia onde a mamãe havia guardado seus antigos cadernos e... espera, é isso.

– Isso o que?

– Os cadernos. – exclamou. A olhei, confusa, não entendendo onde minha amiga queria chegar. – Eu te explico depois. Mas, agora, Ally, eu preciso da sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! No próximo, Austin e Ally irão se conhecer. Mas, não sei quando irei postar, porque minhas aulas voltam na segunda.
Comentem. Favoritem. Recomendem. Me deixem feliz!
Beijinhos