Os Garotos da Liberdade escrita por Neryk


Capítulo 10
09 – Enquanto isso...


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, eu sei. Eu sei que disse que ia postar o novo capítulo semana passada, mas é que minha net inventou de parar assim, do nada! Foi uma palhaçada. Bom... Pelo menos serviu para trazer um cap bem caprichado para recompensar haha.

Valeu Kagome pelo seu comentário irado. E como prometido, os membros da patrulha vão aparecer já mostrando a sua importância na história!

E agora, sem mais delongas...

Tenham uma Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631945/chapter/10

Enquanto os acontecimentos ocorriam na delegacia, no hospital e no navio, várias coisas também acontecem em outra parte da cidade.

Numa pista de skate, uma jovem garota realizava algumas manobras básicas na pista, enquanto outro garoto chegava no local para conversar com ela.

– Oi Mario. Não tinha te visto. Como vai? – Pergunta a skeitista após terminar com as suas manobras no skate para cumprimentar o amigo.

– Oi Alicia. Eu vou bem. Você viu os nossos amigos no jornal? Agora o nome dos Garotos da Liberdade se tornou algo publico. – Contava Mario amostrando o jornal onde seus amigos apareciam.

– Olha, é mesmo...! Que legal. Até a Batgirl apareceu! Aí eu não acredito! – Dizia Alicia toda empolgada com a notícia.

É. Só que aconteceu algo quando eu sair pra caminhar de manhã. E eu vou precisar da sua ajuda. – Falou Mario, fazendo Alicia mudar sua expressão para escutar atentamente seu amigo.

Enquanto isso, outro garoto de cabelo prateado passava reto próximo do local, andando com as mãos no bolso da calça e com uma feição irritada no rosto. Embora estivesse de olhos fechados, suas sobrancelhas tortas demonstravam claramente que não estava de bom humor.

Na casa de Aeso...

Ainda era cedo quando Aeso acordou. E no lado de fora já encontrava Fran treinando sozinha socando e chutando uma árvore para melhorar seus movimentos.

Aquela visão... Aeso não conseguia desviar seu olhar. Estava admirado demais a bela garota transpirando com o seu treinamento matinal.

– Os “Garotos da Liberdade” fizeram o maior sucesso ontem à noite. – Saga bloqueia a vista de Aeso usando o jornal para tapar a sua frente. O garoto apenas pega o folheto e lê a noticia com os olhos.

– Caraca! Que irado! Não acredito que aparecemos no jornal! – Comenta Aeso animado enquanto segurava o jornal com as duas mãos.

– Vocês fizeram a diferença. Estou orgulhoso de vocês. – Diz Saga demonstrando um sorriso de orgulho para Aeso e para Fran ao longe, que não escutava sua conversa de tão focada que estava.

– Valeu! Hehe.

O Leãofera retribuiu o sorriso demonstrando outro mais tímido. Até que ele desvia seu olhar de volta em Fran, que ainda estava concentrada em seu treinamento.

– E mestre? Eu estou curioso. Porque você se ofereceu para treinar a Fran? – Pergunta Aeso querendo saber o motivo de seu mestre ter tomado essa decisão, rezando internamente para que Fran pudesse ficar por mais tempo com eles.

– Foi porque... Fran passou por muita coisa na vida. Coisas muito ruins. Conseguir ver isso só de olhar nos olhos dela. Era como uma flor num quarto escuro que almejava pela luz do sol. E eu queria entregar essa luz pra ela. Foi por isso, Aeso.

– Entendi... Bom, ainda bem que ela tá com a gente agora. Espero que seja assim para sempre. – Deseja Aeso sorrindo de orelha a orelha.

– Eu também. – Falou Saga.

– Booom...! Acho melhor ir começar a treinar. Mas não antes de mostrar isso para Fran. Ei Fran! Olha a gente no jornal! – Dizia Aeso após se alongar para o treino e ir de encontro até Fran para mostrar o jornal.

Saga assistia os dois alegres falando sobre a primeira página com um largo sorriso estampado em seu rosto.

– Não poderiam estar mais livres...

Enquanto isso...

Mario levou Alicia até sua casa para falar mais sobre o motivo que a tinha chamado. Era sobre Scooby-doo, que estava na sala de sua casa, coberto por ataduras na pata direita e na barriga. O cão se encontrava no meio da sala da casa de madeira, em cima de um tapete cor de vinho, com um semblante triste.

– Meu Deus... O que houve com ele? – Pergunta Alicia correndo preocupada até o cachorrinho.

– Encontrei ele todo machucado no fundo de uma cratera aqui perto. Fiz uns curativos e ele acordou. Mas parece um pouco abatido. Só fica repetindo a palavra “Salsicha”.

– Salsicha... – Falou Scooby-doo mais uma vez, tristonho por estar longe de seu melhor amigo.

– Achei que ele estava falando de comida mas quando eu trouxe um monte de salsichas ele não quis. Eu não sei o que fazer com ele. – Contou Mario um tanto preocupado também.

– Olha! Ele tem uma coleira. Aqui diz... – Exclamou Alicia tentando ver o endereço na coleira de Scooby.

– O endereço não é de Soleanna. Ele só pode ser dono de um estrangeiro. – Falou Mario.

– Não se preocupe. Scooby-Doo, não é? Vamos encontrar o seu dono. Tá bem? – Falou Alicia confiante para Scooby.

– Tá bem... – Respondeu Scooby manhoso. Até seu estomago roncar, fazendo Mario e Alicia se entreolharem, reconhecendo muito bem aquele som.

– Você deve estar com fome não é? Deixa eu ver se tenho algo na geladeira.

Quando Mario foi abrir a geladeira, ela estava completamente vazia. Como se um furacão tivesse devorado tudo o que tinha ali.

– Ué? Cadê a comida? – Se pergunta Mario confuso. Podia jurar que até ontem a noite estava cheia de comida. Scooby acaba deixando escapar um arroto e tampa a boca logo em seguida.

– Desculpe. – Pediu o cachorrinho.

Mais tarde, na praça...

Touma, Rafa, Kabeyama, Quin e Rony se encontraram com Ichigo e Aeso e passam a caminhar sem rumo na praça, conversando sobre terem aparecido no jornal de Soleanna.

– Primeira Pagina minha gente! – Se gaba Rony.

– Ainda não acredito... Eu estou no jornal! Alguém me belisca. – Dizia Kabeyama emocionado. Até Touma beliscar o braço dele. – AAAAAI! Doeu...

– Foi mal. – Lamenta Touma enquanto Kabeyama massageava no local machucado.

– Quer dizer que esse tal de Megamente estava atrás das Esmeraldas do Caos e da princesa? Mas por quê? – Pergunta Quin querendo estar a par do ocorrido.

– Bom, aparentemente as esmeraldas possuem um poder imenso. Eu só não sei pra que. E quando um cara, acompanhado de robôs, aparece procurando por algo assim, com certeza não é pra fazer coisa boa. – Indagou Aeso, até um barulho de um gemido de depressão de alguém interromper a conversa.

– O que foi isso? – Pergunta Rafa, enquanto seu Charmander pulava do ombro do seu amigo e caminha até um banco com um garoto de 13 anos jogado de molho depressivo, com a cabeça inclinada para trás. Pelas vestes parecia um monge, e ao seu lado tinha uma espécie de bastão com alguns panos pendurados.

– Eita. Tá vindo dele. – Respondeu Rony, enquanto o Charmander tenta animá-lo ao cheirar o garoto.

– Aiiii... – Quando o garoto levantou seu rosto, pode-se reparar uma espécie de seta azulada em sua cabeça raspada.

Foi aí que ele encontra Rafa, Touma e os outros encarando ele, não entendendo como aquele garoto ficou naquele estado.

– Se a gente sair de fininho ele não vai perceber nossa presença. – Sussurra Rony, recebendo um olhar mal encarado de reprovação de Ichigo.

O garoto no banco se levanta e se joga no primeiro a sua frente, no caso Touma, que teve que segurar ele, como se não tivesse outra escolha.

– Seeeeeeedeeeee... – Implora o monge careca olhando para Touma com os olhos quase lacrimejando.

– Não, meu nome é Touma, não Sede. – Responde Touma entendendo errado o que ele quis dizer.

– Ele tá desidratado. Ele quis dizer que está com sede, Touma. – Esclareceu Quin, fazendo Touma se tocar.

– Ah entendi! Deixa eu ver... – Touma olha para os lados procurando algum vendedor de água ou algo assim.

Felizmente ele avista uma maquina de bebidas ao ar livre na praça.

– Ali! Segura ele, Rafa. – Pede Touma, entregando o garoto careca nas mãos de Rafa para ir até a maquina de bebidas.

Mas quando Touma sacou a sua carteira, a única coisa que ele tinha lá era apenas uma única nota de dinheiro no preço certinho para pegar algum refri da maquina.

– O que foi? – Pergunta Rafa após reparar uma preocupação nascer no rosto de Touma.

– N-não é nada. – Disfarçou o rapaz introduzindo a nota no aparelho apressadamente e em seguida aperta o botão da bebida desejada. Touma queria gastar sua ultima grana bem, mas a situação lhe pedia por uma exceção.

Porém, o medo de Touma se realizou. A maquina não liberou a bebida.

Touma aperta o botão de novo e nada. Ele aperta mais e mais vezes e a maquina não soltava. Até que ele perde a paciência e aperta o botão sem parar chegando ao ponto até de chutar a maquina frustrado.

– Droooga! – Reclama o garoto.

– Iiih rapaz... A maquina comeu a tua grana. – Descreveu Aeso.

– Mas que azar... – Se lamenta Touma batendo a cabeça na maquina.

– Hahaha mas que lesado você, hein. Sai daí. Deixa que eu cuido disso.

Uma garota chega até o grupo e retira o Touma da maquina por um leve empurrão. O que funcionou, até o garoto resolver retrucar, se arrependendo após ver quem era a garota que tinha feito isso.

Era Misaka.

– Ah... Oi Faísca. – Cumprimentou Touma sem animo ao se dirigir a Misaka com seu apelido. O que irritou a garota.

– Quantas... vezes... eu tenho... que... dizer... Meu Nome É MISAAAAAKAAAA!!!!!!!!

Misaka descarrega seu raio em Touma, mas acaba atingindo em Rony, Rafa, Quin e Aeso, enquanto Ichigo desvia dos raios aproveitando também para salvar Kabeyama e o careca.

– QUE SACO TOUMA! CHAMA ELA PELO NOME NA PRÓXIMA! – Reclama Rafa todo fritado.

– É! EU NÃO QUERO PEGAR CHOQUE DE NOVO! – Se queixou Rony também.

– Ai meu intestino... – Geme Aeso todo arrebentado.

– Você vive esquecendo o meu nome! Será que dá pra memorizar de vez?! Mais que saco! – Bufa Misaka irritada com Touma. Normalmente ela é uma garota legal, só abre sua guarda para meninos, embora Touma é quem mais a deixa irritada, na maioria das vezes por motivos banais.

– Eu memorizei. Só que você vive soltando faíscas em mim, daí o apelido. – Justifica Touma como se não fosse nada demais, só que Misaka vira o rosto emburrada com ele.

– Estou nem aí pra isso! É só você me chamar pelo nome e pronto, ora essa... – Resmunga a garota cruzando os braços.

Até ela avistar o garoto careca.

– E quem é esse aí? – Pergunta Misaka não reconhecendo o garoto.

– Meu nome é Aang... – Se apresenta o monge careca ainda morrendo de sede.

– Ele precisa beber algo se não morre desidratado. – Explicou Kabeyama.

– Ah, se é assim, é só pegar uma bebida dessa maquina ué. – Falou Misaka como se fosse a coisa mais obvia do mundo, enquanto introduzia uma nota de dinheiro na maquina de refrigerante também.

– Olha, essa maquina aí está com defeito. – Adverte Touma.

– Verdade. Ela comeu a ultima nota do Touma e não soltou nenhum refrigerante. – Complementou Kabeyama.

– Heh. Eu sei muito bem disso. Acontece que essa maquina e eu temos história. É só conhecer um certo macete para fazê-la pegar no tranco.

O tom de voz da Misaka demonstrava confiança. Ela realiza um ou dois pulinhos como se estivesse se preparando para algo, até efetuar um giro potente e CHUTAR a maquina com bastante força.

– O QUE?! – Se espantam os rapazes com o “macete” de Misaka. E a maquina acabou pegando. Acabou liberando não um, mas dois refrigerantes. Um do dinheiro do Touma, e outro dela.

– Aqui. Esse era o que você tinha solicitado. Pode ficar com um pra você, pegue. – Ofereceu Misaka entregando um refri para Touma enquanto segurava outro para ela beber.

– Ufa... Obrigado. – Agradece Touma pegando o refri, mas Aang toma da mão dele sem perder tempo, bebendo até a ultima gota da lata.

– Aaaah... Estou recuperado! – Falou Aang após ter matado a sede.

– Ai! O que foi isso? – Pergunta Ichigo após alguma coisa acertar sua cabeça.

– Ah... gente...

Quando Rony chamou pelos amigos, ele apontou para a maquina soltando mais de um refrigerante. O objeto que tinha acertado Ichigo era um dos refris da maquina. O aparelho ficou soltando, soltando, esvaziando com o estoque de bebidas da maquina inteira, deixando em evidencia de que tinha pifado de vez.

– Droga! Ela quebrou. Ei garotos, me ajudem aqui!

Quando Misaka olhou para trás, os garotos já tinham saído em disparada.

– Se alguém souber que nós quebramos a maquina podem achar que estávamos tentando roubar os refrigerantes! – Falou Quin.

– Eu não quero ser preso...! – Choramingou Kabeyama correndo ao lado dos amigos.

– EI PERAÍ?!?!?!!? VOLTEM AQUI! NÃO ME DEIXEM NESSA ROUBADA NÃO, HEIN!? EEEEEEEEI!!!– Berrava Misaka correndo desesperada atrás deles.

Depois...

Na mesma pista de skate anterior, os garotos descansavam após a corrida estressante, até que Misaka alcança eles.

– Muito bonito, hein! Bando de ingratos. Me deixaram lá para morrer, não é?

– Aff. Não vem com essa Misaka. – Reclama Rafa pegando fôlego.

– É isso aí. A culpa foi sua por ter chutado a maquina daquela maneira, sua louca. – Apóia Touma.

– E você também é um mal agradecido. Eu só queria ajudar. Não são muitos os garotos que merecem ajuda da Exper soberana nível 5 de Tokiwadai. Sintam-se honrados. – Se gaba Misaka com um certo tom de arrogância.

– Falou então, “majestade”. – Ironizou Ichigo revirando os olhos.

– Menos guria, menos. – Falou Aeso não dando corda para esse lado arrogante da Misaka.

– Mas e você Aang? Como você ficou naquele estado? – Pergunta Quin para o mais novo amigo.

– Eu meio que fugir de onde eu moro para ver o famoso Festival do Sol daqui! Eu precisava muito sair de lá. Não me deixavam em paz. Era só deveres e deveres e tudo o que eu pedia era um dia livre para assistir o festival. E quando eu soube que faltava um dia para o evento, eu vim voando sem parar. Acabei chegando hoje aqui. – Respondeu Aang contando sua história.

– Mas o festival foi ontem. – Lembrou Kabeyama, fazendo Aang murchar desanimado só de lembrar.

– Eu sei... Cheguei um dia após o festival e ainda estava cansado da viagem. Eu trouxe um bolinho para me alimentar assim que eu chegasse só que eu vim com tanta pressa que acabei me esquecido da água... – Explicou Aang.

– Isso explica porque você estava desidratado. – Comentou Touma.

– Você deve ser de bem longe para acabar daquele jeito. De onde você é? – Pergunta Misaka curiosa. Aang acaba ficando nervoso com aquela pergunta, se gaguejando todo.

– E-eu- eu sou... De Midgard. – Responde Aang, rezando mentalmente para não perguntarem qual área especifica de Midgard ele é.

– De Midgard? Essa é uma das terras mais afastadas de Soleanna. – Falou Quin.

– Esse trabalho deveria ser pesado demais para você vir de tão longe só para ver o festival. – Comenta Kebeyama.

– O que você fazia lá? – Pergunta Ichigo levantando a curiosidade de todos ali, enquanto Aang sorrir forçado ao pensar em uma maneira de tentar escapar dessa situação sem revelar nada.

– Eu... Eu... Eu... Eu fazia... Ah! Eu organizava umas coisas. Mas de onde eu venho era tanta coisa para organizar que não sobrava nenhum tempinho pra mim. Estava começando a ficar sufocado, eu precisava...

– Ser livre?

Completou Rafa, até perceber o “poder” que aquela palavra transmitiu para os que conheciam. Uma troca de olhares e sorrisos dos garotos confundiu Misaka e Aang, até a garota finalmente descobrir o significado daquilo, deixando somente Aang sem entender.

– Bem... Acho que sim. Não me deixavam fazer nada de divertido, parecia uma prisão. Então digamos que sim, eu realmente precisava ser livre, nem que seja um pouquinho. – Aang interrompe o clima de camaradagem dos garotos terminando sua história.

– Pois você veio para o lugar certo. Não tem ninguém que entenda de liberdade mais do que a gente. É só você ler o jornal de hoje. – Dizia Touma como um experiente no assunto ao envolver seu braço no ombro do monge, todo convencido.

– Você quis dizer que entendem de fugir do trabalho. Vai por mim Aang, se você se envolver com esses garotos, vai se tornar mais um preguiçoso desse grupinho. – Intrometeu Misaka tentando “proteger” Aang dos garotos.

– Nada disso. Trabalhar demais sobrecarrega a pessoa, por isso saímos fora a tempo para retornar com a bateria cheia. Não é rapaziada? – Argumenta Touma, fazendo seus amigos concordarem com o garoto.

– Vocês só sabem ficar jogados por aí. Deveriam aprender comigo. Sou multitarefa, treino meu corpo e minha mente, me entregando de bandeja para qualquer trabalho. Por isso sou considerada uma das expers nível 5 mais forte daqui. – Dizia Misaka com o peito todo inflado de orgulho.

– Não sei por que toda essa marra. Não ganha de mim numa luta. – Lembrou Touma, fazendo todos ali ficaram chocados, menos Misaka, que fica irritada da cabeça aos pés.

– É sério? – Pergunta Kabeyama surpreso. O titulo de Exper Nivel 5 não é pra muitos. Só existe 7 expers nível cinco, considerados como os expers mais poderosos. E a Misaka era a terceira esper nível 5 da lista, e perdia somente para o Touma.

– É. Ela vive comprando briga comigo, mas não terminamos a luta nenhuma vez. – Esclarece Touma, fazendo o sangue de Misaka entrar em ebulição. A garota não suportava nem um pouco aquele garoto. Não só pelo fato dela sempre perder SÓ pra ele, como também por outra coisa que ela não sabia dizer ao certo.

– B-p-b-pois e-então vamos resolver isso! Aqui e agora! – Desafiou Misaka mais uma vez, trazendo a tona as lembranças de todas as lutas que ela e Touma tiveram, mas sem nenhum vencedor declarado.

– Uuuuuh...! Agora gostei. – Comentou Rony.

– TRE-TA! TRE-TA! – Incentivava Aeso animado.

– E-espere gente... Vamos resolver isso de outra maneira, sim? – Kabeyama se meteu, tentando evitar uma briga desnecessária.

– Saia da minha FRENTE! – Berrou Misaka ainda impaciente com Touma, liberando uma forte descarga elétrica em Kabeyama.

– ME DESCUUUUULPAAAA!!!!!!! – Implorou Kabeyama tentando escapar dos raios de Misaka.

Sem olhar por onde andava, ele acaba se esbarrando no mesmo cara de cabelo prateado anterior que sempre pega aquela rota para o mercadinho próximo dali.

Só que uma coisa bizarra aconteceu.

Antes do Kabeyama encostar seu corpo no cara, uma espécie de barreira invisível repeliu o impacto e jogou Kabeyama na mesma direção de onde veio, como se estivesse devolvendo em resposta a uma força maior que o gorducho possuía ao quase atingir o rapaz.

– Mais o que?! – Se espanta Rafa quando Kabeyama passou por ele até cair em cheio em um latão de lixo.

– Ei você! Ô do cabelo branco! Pede desculpa pro meu amigo! – Exigiu Aeso chamando a atenção do responsável.

– Falou comigo?! – Em resposta, o rapaz gira o rosto fuzilando os garotos com o olhar.

– Isso mesmo! Pode ir pedindo desculpas! – Agora quem exigia algo era Misaka.

– Hehe... Vocês só podem estar brincando com a minha cara! É melhor vocês darem meia volta, ou... – Ameaçava o de cabelo branco, até Ichigo o interromper.

– Ou o que? Vai fazer o que?! Quero só saber o quê que você vai fazer!? – Encarou Ichigo cara a cara, sem ter medo do rapaz.

– Ah... então você quer saber, é...?

O rapaz de cabelo branco só fez tocar no chão usando o pé de leve para criar uma rachadura na terra, que provocou uma forte enxurrada de areia, jogando cada um dos garotos para trás.

– E então? Ficaram surpresos? Esse é o meu poder. Posso controlar vetores a minha vontade só de tocar. E sabem o que eu faço com aqueles que se acham demais...? Eu picoto CADA pedaçinho dos seus membros superiores e inferiores até clamarem por piedade! E de brincadeira... eu continuo enquanto proclamam. – Ameaçou o de cabelo branco, elevando seu tom de voz às vezes, imitando um verdadeiro psicopata.

– Controle de... vetores? Eu só conheço uma pessoa com esse poder em toda a Soleanna...! – Dizia Misaka, começando a temer de verdade o de cabelos brancos a sua frente.

– Permita-me que eu me apresente. Eu sou Accelerator. Mas podem me chamar de... O cara que vai fazer da suas vidinhas um verdadeiro inferno!

– O Exper... Nivel 5... número um. O mais forte de todos os expers inclusive dos sete nível 5 de Soleanna inteira... – Complementou Misaka, fazendo Accelerator rir psicopaticamente.

– Mais essa agora. – Falou Ichigo se levantando do ultimo golpe.

– Vamos começar por você...!

Disse Accelerator, aparecendo atrás de Ichigo.

– MAISOQUE?! – O rapaz nem teve tempo quando foi atingindo pelo poder do prateado, indo parar de cara na parede.

– ICHIGO!!! – Gritou Quin, enquanto Misaka corre ferozmente até o inimigo.

– VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE MACHUCAR O MEU AMIGO DESSA MANEIRA! – Declarou Misaka enquanto tentava atingir Accelerator com seus raios. Mas era inútil. Ele desviava de todos.

– DAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAHAHA...!!!!!!!!! Você é interessante, garota!

Declarou Accelerator, antes de jogar um banco de concreto próximo dali em cheio em Misaka.

– Vou te eliminar por ultimo. – Finalizou o psicótico.

– MISAKA! – Gritaram Aeso e Aang correndo para socorrer a menina.

– Esse cara é maluco! – Falou Aeso enquanto Accelerator ria adorando a cara de horror estampada nos garotos da liberdade.

– Já chega disso!

Se intrometeu Touma, chamando a atenção do cara batendo seu pé no chão.

– Ora, ora. Quer apanhar também?

Accelerator deu um leve chute em uma pedra do tamanho de um tijolo, mas que passou pelo rosto de Touma de raspão como uma verdadeira bala-canhão, só para assustar o rapaz.

Porém, aquilo não abalou Touma. Só o deixava com uma feição mais determinada em seu rosto.

– E alá. Tá se achando, carinha? Quero só ver seu rosto mudar para um desespero agonizante...! – Provoca Accelerator.

– Eu não tenho medo de você só porque é o nível 5 mais forte. Eu sou nível zero e mesmo assim eu encaro!

As palavras de Touma surpreenderam Accelerator por um segundo, mas foi só por um segundo mesmo. Após isso ele rir mais ainda. Riu tanto que chegou até a se engasgar com a sua própria corda vocal.

– Que piada! Bom... Veremos se você vai continuar de pé... DEPOIS QUE EU TRUCIDAR VOCÊ!!

Accelerator avança em Touma, enquanto Touma avança em Accelerator. O prateado só precisava tocar em Touma para atravessar sua pele, mudar sua corrente sanguínea para fora do corpo de todas as saídas possíveis e/ou impossíveis para acabar de vez com isso. Mais ao invés disso acontecer...

Touma lhe atinge um soco de direita.

Um soco que pegou no rosto de Accelerator em cheio.

Esse soco foi tão efetivo que quase jogou Accelerator para longe. Mas ao invés disso ele só capota duas vezes, ficando com a vista turva no chão.

– O... o que foi isso... o que eu estou sentindo... é a primeira vez que sinto algo assim, eu... eu... AI! Mais o que?! Mais o que é isso?! É dor?! EU estou sentindo DOR?! MAS QUE DROGA É ESSA?!?!?!?

Accelerator não estava acreditando. Estava sentindo dor pela primeira vez em toda a sua vida. Seu poder sempre o deixava imune a qualquer força física que se opusera contra ele. Mas dessa vez seu poder não pode lhe proteger da mão direita de Touma, mesmo sendo apenas um soco como qualquer outro.

– Você... mas como...? – Sua voz estava pesadamente assustadora. Era de arrepiar qualquer um que ouvisse.

– Minha mão direita é capaz de anular qualquer magia ou poder, embora eu seja nível zero. Para alguém que vive contando com o seu poderb, não deve se garantir em uma briga de rua. Esse é o meu Destruidor de Ilusões. E se você acha que vai machucar mais alguém, então eu irei destruir essa sua ilusão. – Esclareceu Touma enquanto serrava sua mão direita, determinado a vencer Accelerator.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Diretamente do Anime Toaru Majutsu no Index - Mudança de Vetores é basicamente alterar uma forma física e molda-la a sua maneira com um simples toque em qualquer parte de seu corpo. No caso do Accelerator, ele tem o poder de ignorar as leis da física com um simples toque. Como se um peso de 10.000 quilos fosse apenas um grão de areia só para ele, e ele ainda pode chutar esse peso com uma bola de futebol daquelas pequenas que cabem na palma da mão. De qualquer forma, é sinistro.

Muito obrigado por terem lido até aqui!

No próximo capítulo, será a luta do Exper mais fraco contra o Exper mais forte!

E é isso então. Fiquem com Deus e Até a Próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Garotos da Liberdade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.